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João Bosco
samba em berlim com saliva de cobra
Quase que eu chamei o SapaimTamanha a rebordosa
A overdose de veneno de cobra
Que a morena
Quando é Pomba Gira põe na prosa
Congelar e derreter
Sentir firmeza em cena
Se nessa fera um bicheiro leva fé
Não entra em cana
Pomba que entorta sacana
Na sexta frota
Até Popeye roda a baiana
Gente, a minha história foi assim
Sou verde e rosa
E fui bebemorar num botequim
A gloriosa
E lá no bar foi se encostando em mim
Tão sestrosa
Rolinha e pomba de arrupiar
Cascavel em pé de manacá
Minha timidez sumiu de mim
Cantarolei: Ô Rosa!
Aí eu virei a dose e era veneno
Que a morena
Salivou no meu copo sem pena
Me abalou, tentei sambar
Cadê firmeza em cena?
Me deu um sono e um suor
E eu, machão, fiz um berreiro
E hoje ex-viril-fuzileiro
Larguei a farda
E sou cambono em seu terreiro