Taz Mureb

efeito borboleta

[Verso 1: Lívia Cruz]
Enquanto a riqueza não for dividida
nós tem dispô pra tomar
Enquanto o acaso me faz protegida
não há quem faça desviar
Falsas promessas que atrasa momentos
As encruzilhadas e os cruzamentos
Leões e hienas, selva de cimento
Eu desci pra arena e todos tão atentos
Minha proteção, instinto ou sustento
Mão na direção sem rosa dos ventos
Se for contra-mão é um instinto eu sustento
Eles querem meu sangue, cobram lançamentos
Querem meu corpo pra entretenimento
Eles cobram postura, sem disciplina
Sempre pesando na ideia das minas
Eles cobram postura, sem disciplina
Eu não sou donzela, eu sou o perigo
Então não queira me salvar
Essa torre é minha, o dragão é meu
e eu treinei pra matar
E no que é meu cê não rela, tá entendido
Não queira me atravessar
Sou filha de rainha, esse trono é meu
Levanta que eu quero sentar
Vi que os fake favela, ficaram ofendidos
mas vão ter que me aturar
Falaram que era magia, tá repreendido
deixa os menino trabalhar
E eu tô dando trabalho hein, eu tô dando trabalho
No fundamento eu não falho, chamei pro sumário
Cês nem deviam tá na rua nesse horário

[Verso 2: Cintia Savoli]
Vamos ao que interessa, deixa de conversa
De fazer promessa
não me testa que eu sou das avessas
Tudo tem a hora certa, tem que saber chegar
Põe foco na meta e não pare de caminhar
Rapa, eu tô ligeira com os papos de tamo junto
O certo é pelo certo uma porra, o jogo é sujo
E eu não me iludo, o foco é no conteúdo
Eu sou obstinada
e só para depois que conquistar o mundo
Pensar em desistir eu já pensei uma pá de vez
E quando vejo as merdas que ceis faz conto até três
É tipo um jogo de xadrez, usando a sensatez
Mas nesse jogo aqui as damas devoram os reis
Chegou a nossa vez, e ceis num guenta
Não chama nois porque nois chega é de. 40
Nois rouba a cena e toma de assalto esse topo
Se não der espaço pra nois, nois vai tomar no soco!

[Verso 3: Taz Mureb]
Mulheres boas vão pro céu
E as badsista vem do céu pra fazer rap
Se depender dos machos, o rap vai virar créu
Aprende: rua é escola, não é creche
Seu Mc favorito espanca mulheres
Isso não é novidade
Acontece com uma mina a cada 7 minutos
Enquanto o público aplaude
Não é questão de classe social nem cor de pele
Sujeito que é sujeito tem hombridade
Respeito as minas não pedem, exigem
E hoje só veio entidade
Esses pelas se garantem em dinheiro e banca
Crew é meu filho em casa pedindo a janta
Existe mais mistérios entre as mulheres
do que rotular entre puta e santa
Mulheres no topo, nem vai dar pra babar ovo
Vocês só gozam com o pau um do outro
Se quer trocar toma o troco
Nós inventamos a porra do jogo
Vcs são tudo garoto, viciadinho em game
Eu não jogo pérola aos porco
Se é que você me entende
E Deus me livre ser a mãe de um bambino
Que o "Pai" acha bonito ir pra boca vender pino

[Verso 4: Sara Donato]
Quer me tira pra loka?
Cês não gosta de rap só aprecia o game
Pra falador é poucas ne?
Online cês reina e na rua cês treme
155 no boy de supreme dentro do bate cabeça
É Ubc nessa porra, talvez você não conheça
Corra pras masmorras, leva seu mal agouro
Abraça papo torto, sindrome de goro
Aumenta um ponto no conto pra causar
Ponteiro gira e quem atrasa nunca adianta
Muita lorota desrepeito pra 1 ser só
Tanta farsa a mente falha e da nó
Dá mó dó, Tarzan emocionado cai do cipó
Made in roça avisa é de madeira seu palitó
O topo é pouco pá nois, mas se as mina não subir
ninguém vai
Cês nunca dão nada pa nois, sua opinião
pra mim tanto faz
O topo é pouco pa nois
mas se as mina não subir ninguém vai
Cês nunca dão nada pa nois, sua opinião
pra mim tanto faz

[Verso 5: Issa Paz]
Não te vi em nenhum lugar, de todos lugares que estive
Não conheço o seu passado, vê minha cara de detetive
Não detive em arriscar, a minha ideologia eu mantive
O que esses macho querem falar
de algo que nenhum deles vive
Ces acham que eu quero brincar
Eu só quero que esse jogo vire
Que as cabeça comece a pensar
e que o nosso espirito vibre
Libre, de quebra, narizes de infelizes de suástica
Estrangera es la tatica, anarquista na tática
Ironia é didática, cês reclamam da teoria
Vão se fuder quando noiz bota em prática
Feminista sim, tiuzão, levante em guerrilha
Cê nem viu e nós já ta no radio da sua filha
Essa não é mais sua, ó subiu
Agora ta com nós e na peita: Respeita tiu!

[Verso 6: Meire D'Origem]
Nois fecha o bonde e passa a regua
Nois toma de assalto, não paga comédia
Nois taca o salto na cara dos fela
Nois canta as verdade, eles amarela
Nois mira no peito acerta na testa
Eles tem talento mas dá varias brecha
Seu flow sem respeito não nos representa
Comece de novo talvez cê entenda
Que não passarão, não passarás
Cês tão na minha lista dos que tanto faz
Dos que dão pra trás, não cola com nois
Nóis é ardilosa e é eficaz
Não passarão, não passarás
Despejo as verdade de forma voraz
Talento sem dom é doído demais
E dom sem amor não contempla os reais
Não passarão, não passarás
Despejo as verdade de forma voraz
Talento sem dom é doído demais
E dom sem amor não contempla os reais
Não passarão
Não passarás
Não passarão
Não passarás
Não passarão
Não passarás
Não passarão
Não passarás