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Salvador Sobral
mar de memórias
Guardo cá dentroUm mar de memórias
Histórias esquecidas
Glórias perdidas
Vidas cruzadas
Como mortes fingidas
Lágrimas secas
Que brotam as minhas
Versos cantados
Gritados, sombrios
Ecoam na alma
E ficam comigo
Antes da saudade me encontrar
Prefiro abandonar que ver o fim
Pra poder sonhar
Guardo cá dentro
O pó dos que deram
Talento honesto
De peito aberto
Histórias moldadas
Em vidas alheias
Que fazemos nossas
Espalhando horizontes
Grandes ilusiones
E valsas sensíveis
Acabam na alma
Dançando comigo
Ainda que me esteja a evaporar
Serei inspiração e alento
Pra quem quiser cantar