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Aíla
clã da pá virada
Eu fui criada na fronteiraMeu sangue é de arara
Pense numa disposição
Eu sou do clã da pá virada
Da pá virada!
Eles matam, e desmatam e envenenam
E escravizam e explodem tudo
Eles mancham e desmancham
Envenenam e traficam
E roubam tudo
De farda ou à paisana
De terno ou de havaiana
Eis o mal!
Então eu canto, canto, canto
Mas não se engane
Em cada verso há um contra-ataque
Então eu danço, danço, danço
Mas não se engane
Em cada passo há um contra-ataque
E não tem nada nem ninguém
Que me faça esquecer de onde eu vim
E o que eu vim fazer