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Zé Ramalho
filho de ícaro
Desamarrem os laçosFaçam coisas pela liberdade
Digam versos pela resistência
Pelos caminhos das aventuras
As alturas merecem todas as asas
Homens de plumas
Fogos e clarões na cidade
Anunciando que o sonho não morreu
E em janelas há gente reclamando
Essa prisão que de fato não morreu
Entre todas janelas
Há grades e terror
Momentos de oração
Há gargalhadas na boca da donzela
Há gritos e temor
Momentos que passeiam no passado
Há mais amigos na porta dos fundos
A esperar... A esperar... As pedras bonitas