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Vicente Celestino
gondoleiro do amor
Teus olhos são negros, negrosComo as noites sem luar
São ardentes, são profundos
Como o negrume do mar
Sobre o barco dos amores
Da vida boiando à flor
Douram teus olhos a fronte
do gondoleiro do amor
Teu amor na treva é um astro
No silêncio uma canção
Ã? brisa nas calmarias
Ã? abrigo no tufão
Por isso eu te amo querida
Quer no prazer, quer na dor
Rosa, canto, sombra, estrela
Do gondoleiro do amor