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Tião Carreiro E Pardinho
fim de picada
Barranco de lado a ladometro e meio só de estrada,
quem saiu de lá com vida
viu um estouro de boiada,
Briga de foice no escuro
pra ele é marmelada
pra quem já caiu no fogo,
uma brasa não é nada.
Quem está molhado de chuva,
não tem medo de sereno,
quem perdeu um grande amor
desprezo é café pequeno.
Água quente é refresco
pra quem já bebeu fervendo
quem foi mordido de cobra
não tem medo de veneno
A esteira é conforto
pra quem já viveu na estrada,
o lençol é cobertor
prá quem já dormiu na geada.
Quem pegou na picareta
zomba do cabo da enchada
Brinca na pinta de faca
quem quebrou ponta de espada
Quem bateu sino de Roma
não pode bater sincerro
pra quem já enfrentou leão
touro bravo é bezerro
É esse o fim da picada
meu pagode não tem erro
quem canto na grande guerra
não pode chorar no enterro