tempestade

Roberto Rosendo

Bem de leve, levemente,
veio a chuva mansamente,
transparente na vidraça.
Eu sorri, indiferente,
essa chuva, certamente
é só garôa e logo passa...
Qual o que, tão de repente,
foi crescendo imensamente
na mais louca realidade:
- Violento veio o vento,
transformou num só momento
a fina chuva em tempestade :

-O AMOR é igual a tempestade:
-Torrentes de ilusão e de paixões
que passam pelos céus da mocidade,
e afogam, na saudade, os corações !
Meus sonhos foram feitos de esperança
que um dia essa verdade transformou:
-Depois da tempestade veio a bonança,
porém, a minha paz ela levou

Bem de leve, levemente ela veio mansamente
certo dia, lá, na praça...
Eu sorri indiferente, o que vejo certamente
nesse olhar, tão logo passa...
Qual o que, tão de repente,
foi crescendo imensamente
neste amor realidade
Incessante o pensamento
não esquece um só momento
desse amor ...
que hoje é SAUDADE !

O AMOR... é igual a TEMPESTADE... ETC.