MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
zico e zeca - a caneta e a enxada
?Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão
Encontrou-se com uma enxada, fazendo a plantação.
A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação,
Mas a caneta soberba não quis pegar sua mão.
E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão.?
Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim, não
Você está suja de terra, de terra suja do chão
Sabe com quem está falando, veja sua posição
E não se esqueça à distância da nossa separação.
Eu sou a caneta soberba que escreve nos tabelião
Eu escrevo pros governos as leis da constituição
Escrevi em papel de linho, pros ricaços e barão
Só ando na mão dos mestres, dos homens de posição.
A enxada respondeu: que bateu vivo no chão,
Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão
Eu vim no mundo primeiro quase no tempo de adão
Se não fosse o meu sustento não tinha instrução.
Vai-te caneta orgulhosa, vergonha da geração
A tua alta nobreza não passa de pretensão
Você diz que escreve tudo, tem uma coisa que não
É a palavra bonita que se chama.... educação!
zico e zeca - a outra boiada
Boiadeiro estava triste por perder sua boiada
A inveja de alguém destruiu sua invernada
Deus ajuda quem precisa e dele não esquece
Trabalhando, trabalhando novo gado aparece
Uê, uei boi, uê, uei boi
Noite alta, céu azul, boiadeiro descansando
Relembrando a sua amada que ficou lhe esperando
O mugido do seu gado com as notas misturando
No repique da viola o boiadeiro vai cantando
Uê, uei boi, uê, uei boi
Muito obrigado meu Deus
Por ter me ajudado a vencer
A outra boiada já vai
Muito obrigado meu Pai, uei boi
Como é lindo a gente ver lá no alto da chapada
Colorindo a natureza a poeira da boiada
Parece um quadro à óleo que o destino desenhou
Lá se foi o boiadeiro com saúde, paz e amor
Uê, uei boi, uê, uei boi
Uê, uei boi, uê, uei boi
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
zico e zeca - a enxada e a caneta
Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão,
encontrou-se com uma enxada fazendo uma plantação,
a enxada muito humilde foi lhe fazer saudação,
mas a caneta soberba não quis pegar na sua mão
e ainda por desaforo lhe passou uma repressão.
Disse a caneta pra enxada
não vem perto de mim não
você está suja de terra
de terra suja do chão
sabe com quem está falando
veja sua posição
e não esqueça a distância
da nossa separação...
Eu sou a caneta dourada
que escreve no tabelião
eu escrevo para os governo a lei da constituição
escrevo em papel de linho para os ricaço e para os barão,
só ando na mão dos mestres dos homens de posição...
A enxada respondeu
de fato eu vivo no chão
pra poder dar o que comer
e vestir o seu patrão
eu vim no mundo primeiro
quase no tempo de Adão,
se não fosse o meu sustento
ninguém tinha instrução...
Vai-te caneta orgulhosa vergonha da geração atual
da nobreza não passa de pretenção,
você diz que escreve tudo
tem uma coisa que não,
é a palavra mais bonita
que se chama...EDUCAÃ?Ã?O!
zico e zeca - amor passageiro
Você era pra mim uma flor
Mais formosa que tem no jardim
Você fez tantas juras de amor
Que jamais esquecias de mim
Você hoje é tão diferente
E até finge que não me conhece
Um coração que bate desfeito
Sofre calado, mas não esquece
Nosso amor foi tão passageiro
Como um sonho que é tudo mentira
Relembrando o passado
Hoje meu peito suspira
Se um dia a saudade doer
Você sabe aonde me encontrar
Quando a sua ilusão morrer
Estou pranto pra lhe amparar
Se nos braços de outra eu tiver
Por favor, não me venha insistir
Você mostre a opinião de mulher
Você sofra, mas saiba fingir
Se um dia isto acontecer
Nunca diga que eu fui ruim
Você fique bem certa
Nosso amor chegou ao fim
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
zico e zeca - a morte da bugrinha
Com destino pra Bahia
Eu deixei o meu estado
No sertão do Rio do Peixe
Quando eu cheguei do outro lado
A bugrada me prendêro
Num tronco eu fui amarrado
Noutro dia bem cedinho
Pra morrê fui condenado
Esperando a triste hora
Eu vi os bugre dançá
E uma bugrinha bonita
Começô a me namorá
Fazendo o sinar com a mão
Ela veio me explicá
Te arranjo uma canoa
Que era pra eu me sarvá
Os bugre tava entretido
Nesta hora eu me escapei
Com a bugrinha por diante
Na beira do rio cheguei
Fui dizer adeus pra ela
Mas coragem eu não achei
Carregando ela nos braço
Na canoa eu me embarquei
Um bugre tava sondando
No arto de uma ramada
Quando ele avistou a canoa
Atirou uma flechada
A bugrinha deu gemido
E no rio caiu deitada
Deixando um rastro vermeio
Naquelas águas prateada
Aquele rosto moreno
Disse adeus e afundou
A canoa foi descendo
Num pranto cheio de dor
Meu coração de caboclo
Deste peito se apartou
No fundo do Rio do Peixe
Com a bugrinha ele ficou
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
zico e zeca - adeus boiada
Adeus boiada
Minha boiada carreira
Esta noite é derradeira
Que aqui eu vou passar
Boiada
O patrão me despachou
Meu cansaço já chegou
Já não posso trabaiá
Boiada
Sei que não vou resistir
O meu pranto vai cair
Quando estiver bem distante
Boiada
Tão valente e companheira
A saudade é a vida inteira
Vai me torturar bastante
Meu carro véio
De ti vou levar lembrança
Desde o tempo de criança
Até hoje eu fui carreiro
Carro véio
Nunca mais eu voltarei
E jamais te esquecerei
Adeus carro companheiro
Deixo agora
A casinha que eu morei
E o recanto onde passei
Minha bela mocidade
Para sempre
Digo adeus companheirada
Adeus casa, adeus boiada
Vou levar muita saudade
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
zico e zeca - adeus morena
Na casa de Mané Pedro
Foi numa festa de São João
Cantei moda de viola
Cateretê lá do meu sertão
Toada paraguaiana
De mexê no coração
Eu fiz as véias chorá
E as moça senti paixão.
No termina essa festa
Eu vim s´imbora e deixei alguém
Sai tocando viola
Pra estrada afora como ninguém
Quando eu cheguei na estação
Que eu ia pegá o trem
Ouvi uma voz me chamando
Que queria vim também.
Menina tenha paciência
Vorte pra casa e vai com seu pai
Eu sigo pra muito longe
Eu pego o trem e vou pro Paraguai
Não levo você comigo
Porque isso não se fais
(Adeus morena, adeus, Adeus para nunca mais)BIS
zico e zeca - a melhor laçada
Tenho um cavalo tordilho, tratado no milho.
Tem peito de aço
Quando eu entro na cidade, eu deixo saudade.
No lugar que paço
Do couro de um boi de rento, tirei quatro tento.
E trancei um laço
O cipó não arrebenta, o matungo agüenta.
Os pialos por baixo
Fui ser peão de boiadeiro, de um fazendeiro.
Muito ricaço
Ganhando muitos cruzeiros, logo meu dinheiro.
Fui guardando os maços
Pra pegar mestiço arisco, minha vida arrisco.
Mas não embaraço
Eu sou peão corajoso, se o boi for teimoso
Eu pego de braço
A filha do meu patrão, era um botão
De uva no cacho
Mostrava delicadeza, essa grande beleza
Com desembaraço
Um dia essa malvada, ao descer a escada
De um lindo terraço
Encostou-me seu rostinho, e com muito carinho
Me pediu um abraço.
Daquele dia em diante, esse lindo semblante
Me trouxe um fracasso
Lacei muita vaca arisca, mas essa mestiça
Me em bramou no laço
Pedi ela em casamento, no consentimento
O velho disse eu faço
Foi a melhor laçada, que das embocadas
Trouxe o cacho cacho
zico e zeca - a morte da italianinha
Lá no bairro adonde eu moro
Triste fato aconteceu, ai
Com a morte da italianinha
Ingrato destino seu
A Terra deu um balanço
Os ares se escureceu, ai
Quando eu soube da notícia
O meu coração doeu
Zezinho, seu namorado
Casamento prometeu, ai
Foi falar com o pai da moça
E o véio nem atendeu
Maltratando a pobre fia
O seu pai esclareceu, ai
- Eu não quero o casamento
Quem manda em você sou eu
Enquanto o tempo passava
A italianinha entristeceu, ai
Até chegar um certo dia
Logo assim que escureceu
Ela entrou no seu quarto
E ninguém não percebeu, ai
Imaginando a triste vida
Um veneno ela bebeu
Depois que bebeu o veneno
Numa cama se estendeu, ai
Foi chegando a morte fria
Que a pobre nem se mexeu
Do jeito que ela deitou
Coitadinha amanheceu, ai
Com o vestido cor-de-rosa
Que seu padrinho lhe deu
O povo tudo chorava
Quando a notícia correu, ai
Mas antes dela morrê
Um bilhete ela escreveu
Eu peço perdão à Deus
Nada me favoreceu, ai
Ã? benção meu pai e mãe, ai
Quem vai se embora sou eu
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
zico e zeca - a outra mulher
Você que era só minha
Princesa e rainha dentro do meu lar
Com todo conforto e riqueza
Mas sua beleza foi seu grande mal
Deixou o seu ninho de flores
E novos amores você foi buscar
E pra não ser minha somente
Veja em que ambiente você foi morar
Vim pra lhe contar que vivo a cantar
E sou bem feliz vivendo assim
Meu maior prazer
Ã? lhe ver sofrer pertinho de mim
Que pra se manter precisa beber
E viver nos braços de outro qualquer
Vendo o seu fracasso
Eu beijo e abraço outra mulher
Vim pra lhe contar que vivo a cantar
E sou bem feliz vivendo assim
Meu maior prazer
Ã? lhe ver sofrer pertinho de mim
Que pra se manter precisa beber
E viver nos braços de outro qualquer
Vendo o seu fracasso
Eu beijo e abraço outra mulher
(Pedro Paulo Mariano â?? Santa Maria da Serra-SP)
zico e zeca - amor ingrato
Quantas e quantas noites sem sono
No abandono sempre a soluçar
Me lembro alguém que vive além
Saudade vem me atormentar
Aqui tão longe do teu rosto santo
Eu choro tanto sem consolação
As vez comigo eu deliro e falo
Depois me calo nesta solidão
Tu foste ingrata, foste malvada
Tu és culpada do meu sofrimento
Já não te lembras das tuas promessas
Morreu depressa o teu juramento
Aqui distante sei da tua vida
Clama arrependida, sente a minha falta
Sei que agora vive nos braços de outro
Que de ti faz pouco e te maltrata
zico e zeca - amor sincero
Meu bem tem gente querendo
Destruir o nosso amor
Querendo plantar espinho
Nesse canteiro de flor
Mas o nosso amor é grande
Nasceu da simplicidade
Não conhece a desventura
Nem tão pouco a falsidade
Eu olhei para os teus olhos
E me preocupei meu bem
Vi eles quase chorando
E quase chorei também
Não se pode entrar no jogo
Dessa gente que não tem
O dom da felicidade
De um dia amar alguém
E vive no anonimato
Fazendo o que lhe convém
Um amor sincero e puro
Juro que eles não tem.
Eu olhei para os teus olhos
E me preocupei meu bem
Vi eles quase chorando
E quase chorei também
zico e zeca - arrependida
Ai quem me dera voltar ao meu passado
Para matar a dor cruel do sofrimento
Para ter novamente ao meu lado
Aquela que é dona do meu pensamento
Mas é inútil alimentar a esperança
Já é tarde para o arrependimento
Ela já tem outro nome em sua aliança
E o remédio é viver neste tormento
E contemplando a sua fotografia
Quantas noites que eu passo sem sono
Do retrato teu sorriso é alegria
Pois não sabes que eu vivo no abandono
Eu mereço padecer por este amor
Eu zombei de um coração puro e sincero
Vou-me embora padecendo a grande dor
Porque a ela a ruína eu não quero
Vou-me desta terra pra bem longe
Para não ver aquela que eu tanto adoro
Vou viver em outros cantos, não sei onde
Porque distante sua vida eu ignoro
Eu não posso mais ficar um só momento
Esta mágoa, este amor me mata aos pouco
Vou-me embora, vou viver no esquecimento
Só para não ver ela passar junto de outro
zico e zeca - arrependimento
Vou contar-lhes a história de uma mulher que sofreu
Que pôr gostar de dois homens, muito em sua vida perdeu
Seu coração sempre triste assim marcava o destino
Ela sabia que ama-lo era prazer e martírio
Sucedeu longe daqui em uma terra sem nome
Onde a lei nada vale contra a vontade de um homem
Depois de um certo tempo em seu futuro pensou
E entre os dois que a queria, somente a um aceitou
O que ganhou seu carinho vivia só para ama-la
E aquele que a perdeu pensava só em mata-la
E se entregando aos bares, dias e noite bebia
E se converteu em ódio, o grande amor que sentia
E foi no dia do enlace, embriagado ficou
E com seu mal pensamento, a igreja se encaminhou
Tinha jurado vingança no dia do casamento
Ela vestida de noiva saísse morta do templo
Quando apontou sua arma, a vista se escureceu.
Caiu de joelho chorando, pedindo perdeu a Deus
Cds zico e zeca á Venda