MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
zé carreiro e carreirinho - adeus amigos
Adeus amigos companheiros de seresta
Hoje esta festa é para me despedir
Eu vou deixar desta vida de boêmio
Porque um prêmio na velhice recebi
Me deram um livro, a Escritura Sagrada
Serão a espada para o mal me defender
Este violão aos meus amigos deixarei
Só para o lar de hoje em diante irei viver
Os meus cabelos já estão ficando grisalhos
Como o orvalho caindo sobre a mata
Foi este prêmio que ganhei da boemia
E da orgia e das minhas serenatas
Aos meus amigos aqui deixo o meu abraço
Este meu passo foi o mais certo que eu dei
Se algum dia a ilusão chegar ao fim
Vinde a mim que eu lhe ajudarei
Os meus cabelos já estão ficando grisalhos
Como o orvalho caindo sobre a mata
Foi este prêmio que ganhei da boemia
E da orgia e das minhas serenatas
Aos meus amigos aqui deixo o meu abraço
Este meu passo foi o mais certo que eu dei
Se algum dia a ilusão chegar ao fim
Vinde a mim que eu lhe ajudarei
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
zé carreiro e carreirinho - crianças do brasil
Como as aves que vão à procura da flor
As crianças também são as aves do amor
Pelas ruas em bando eu vejo passar
De manhã quando vão nas escola estudar
E à tardinha felizes regressam ao lar
Como os anjos do céu a cantar(Somos nós que amanhã formaremos
Uma raça varonil
O futuro da pátria depende
Das crianças do Brasil
Somos nós que amanhã formaremos
Uma raça varonil
O futuro da pátria depende
Das crianças do Brasil)
A escola é o guia que vai indicar
Os caminhos da vida que devem trilhar
Respeitar vossos pais e a pátria também
Ter amor a Jesus que é o caminho do bem
E se tudo aprender podem então caminhar
Para frente feliz a cantar
(Somos nós que amanhã formaremos
Uma raça varonil
O futuro da pátria depende
Das crianças do Brasil
Somos nós que amanhã formaremos
Uma raça varonil
O futuro da pátria depende
Das crianças do Brasil
Somos nós que amanhã formaremos
Uma raça varonil
O futuro da pátria depende
Das crianças do Brasil)
zé carreiro e carreirinho - carreiro sebastião
O meu nome é Sebastião Rodrigues de Carvalho
Fui carreiro e com saudade lembro os tempos de trabalho
Hoje eu moro na cidade mas nem de casa não saio
Chego a sonhar com meu carro cortando pelos atalhos
Quatorze boi todos manso desde a guia ao cabeçalho
Nome da minha boiada até hoje estou lembrado
Redondo e Marechal, Craveiro e Desejado
Jagunço e Violento, Estrangeiro e Numerado
Retaco e Barão, boi baixo arreforçado
Maneiro e Rochedo, doze boi aparelhado
Na junta de cabeçalho, Ouro Preto e Coração
José Martins de Azevedo, o nome do meu patrão
Na fazenda São Luiz, onde eu morei um tempão
Cortava aquele serrado lotadinho de algodão
Dava um dueto doído o gemido do cocão
Hoje eu moro na cidade mais não posso acostumar
Em outubro fez dois anos que eu deixei de carrear
Ã?s vezes quando estou sozinho eu começo a lembrar
Parece que estou escutando o meu carro a cantar
Eu nasci pra ser carreiro não nego meu naturar
zé carreiro e carreirinho - buquê de flores
Neste meu aniversário mandou meu amor
Um buquê de flor e uma carta também
Desejando com saudade
Para mim felicidade, saúde e parabéns
São doze flores que eu mando
São flores colhidas
Por mim escolhidas com muito gosto e prazer
Sei que você vai sentir
Mas perdão vou lhe pedir
Por eu não comparecer
Eu guardei aquelas flores com muito carinho
E um bilhetinho mandei para o meu amor
Tem onze flor no buquê
Não como disse você, está faltando uma flor
Chegou meu aniversário
Meu peito sentia tamanha alegria
Porque chegou meu amor
Com a flor que faltava aqui
Eu então lhe arrespondi
Era você minha flor
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
zé carreiro e carreirinho - adeus, minha mocidade
ME LEMBRO E TENHO SAUDADE DO TEMPO QUE EU FUI RAPAZ
PRA SER FELIZ COMO EU FUI TALVEZ EU NÃ?O SEJA MAIS
EU FUI COMO UM BEIJA-FLOR QUE VIVE ENTRE OS ROSEIRAIS
HOJE EU CHORO DE SAUDADE ROSAS QUE EU NÃ?O BEIJO MAIS
MESMO ASSIM EU SOU TEIMOSO PUXEI PRO VEIO PAI
ACOMPANHO OS COMPANHEIROS POR TODA A PARTE QUE VAI
UM FANDANGO DE VIOLA Ã? O QUE AINDA ME DISTRAI
CONFORME TODOS ANOTA ÁGUA DOS MEUS OLHOS CAI
O QUE EU FAZIA ANTIGAMENTE HOJE EU NÃ?O FAÃ?O MAIS
MEUS CABELOS EMBRANQUECERAM SÃ?O COISAS QUE A IDADE TRAZ
EU COMPARO A MOCIDADE UMA FLOR QUE MURCHA E CAI
DO GALHO QUE FOI NASCIDA NÃ?O SE ERGUE NUNCA MAIS
MEUS COLEGAS DE FUNÃ?Ã?O HOJE JÁ NÃ?O DANÃ?AM MAIS
EU TAMBÃ?M JÁ ESMORECI NEM CANTAR NÃ?O SOU CAPAZ
A MINHA INFÃ?NCIA QUERIDA A ANOS FICOU PRA TRÁS
FOI UM PASSADO RISONHO QUE PRA MIM NÃ?O VOLTA MAIS
zé carreiro e carreirinho - arrependida
Eu não sou culpado se hoje você chora
Foi você mesma que me abandonou
Implorei tanto pra não ir embora
As minhas suplicas não escutou
Hoje você chora triste arrependida
Para os meus braços você quer voltar
Você foi maldosa arruinou minha vida
Me compreenda não vou perdoar
Na sua ausência eu chorei de dor
Não suportei fui a sua procura
Encontrei você com um novo amor
Trocava beijos e fazia juras
Naquela noite fiquei embriagado
Amanheci bebendo no bar
Estava triste e desesperado
Chamei seu nome comecei chorar
Segue mulher vai viver de mão em mão
Porque o remorso pouco a pouco lhe consome
Sinto uma dor dentro do meu coração
Tenho vergonha por você usar o meu sobrenome
zé carreiro e carreirinho - chave do apartamento
Um certo dia ao voltar de uma viagem
Faltou-me toda coragem ao chegar no apartamento
Bati na porta e a porta estava fechada
Passei hora amargurada no mais triste sofrimento
E por castigo para a dor ser mais patente
Meu vizinho estava ausente só à noite que voltou
Entregou-me amargurado com pena do meu estado
A chave que ela deixou
Abri a porta envolvido de emoção
Meu infeliz coração loucamente a pulsar
Entrei no quarto estava bem arrumado
Com alcova de noivado como alguém que vai se casar
Na ânsia louca esse amor foi revivendo
E as gavetas remexendo um bilhete dizia assim
Perdoe-me por favor se nunca lhe tive amor
Adeus esqueças de mim
zé carreiro e carreirinho - infância é uma só
Hoje eu acordei chorando, eu sonhei com minha infância
Sonhei com meus onze anos, todo cheio de esperança
Vi minha casa de tábua, lá no alto a escolinha
Quando vi o monjolo dâ??água, e mamãe fazendo farinha,
Dizem que homem não chora, mas no sonho eu fui criança
Duvido alguém que não chore, se voltasse à sua infância
Nossa infância é só uma, nossa infância é só uma
Ã? só uma nossa infância.
Vi o meu pai a cavalo, e o matungo era ligeiro
O seu reio dando estalo, tocando os bois no mangueiro
Vi os meus irmãos laçando, e outros chegando a marca
Acordei me vi chorando, senti uma saudade amarga
Dizem que homem não chora, mas no sonho eu fui criança
Duvido alguém que não chore, se voltasse à sua infância
Nossa infância é só uma, nossa infância é só uma
Ã? só uma nossa infância.
zé carreiro e carreirinho - oceano da vida
Vejo no espelho o meu rosto envelhecido
Qual oceano após a sanha de um tufão
A espuma branca são meus cabelos grisalhos
Minha calvice é a praia da ilusão
As minhas rugas são as ondas traiçoeiras
Que se avolumam com os fortes vendavais
Meus olhos fundos são dois barcos naufragados
Que sobre as ondas não emergem nunca mais
Meus lábios frios já quase mornos
Têm sido o porto anos atrás
Onde atracavam lábios ardentes
Hoje só resta a solidão do cais
Velhos amores para bem longe voaram
Como gaivotas que perdem sobre o mar
A mocidade ficou longe como as rochas
Onde só as ondas da saudade vão beijar
Vagando como um navio que perde o rumo
Não encontro o cais onde eu consiga me ancorar
Ã? tão pesada a bagagem dos meus anos
Que esta fazendo minha vida naufragar.
Meus lábios frios, já quase mornos
Têm sido o porto anos atrás...
Onde atracavam lábios ardentes,
Hoje só resta a solidão no cais!!!
Lucier
zé carreiro e carreirinho - sucuri
Me conto um pescador que no rio Itararé
Na barranca desse rio mora uma cobra cruel
Essa cobra quando pia tem que ve como é que é
Deixa o povo do lugar tudo de cabelo em pé
Um dia eu fui pescar e levei o zé mané
Vamu nesse tal lugar onde o rio não dava pé
nós topemos com essa cobra nós fizemos maranzé
A cobra quando viu nós de brava ficava em pé
Nós subimos rio a cima remando contra a maré
Essa cobra vinha atrás e dava arrepio até
Eu chamei por todos os santos por São Pedro e São
José
E disse pro companheiro vai rezando e tenha fé
Onde o rio fez uma curva eu gritei pro zé mané
Abandonamos a canoa e amoitamos num sapé
A cobra passou direto parecia um Lucifer
Nunca mais nós dois voltamos pra pesca no Itararé
zé carreiro e carreirinho - a morte do carreiro
Isto foi no mês de outubro, regulava o meio dia
O sol parecia brasa, queimava que até feria
Foi um dia muito triste, só cigarras que se ouvia
O triste cantar dos pássaros naquelas matas sombrias
Numa campina deserta, uma casinha existia
Na frente uma paiada, onde a boiada remuia
Na estrada vinha um carro, com seus cocão que gemia
Meu coração palpitava de tristeza ou de alegria
Lá no alto do serrado, a sua hora chegou
O carro tava pesado, e uma tora escapou
Foi por cima do carreiro e no barranco emprensou
Depois de uma meia hora que os companheiro tirou
Quando puseram no carro, já não podia falar
Somente ele dizia, tenho pressa de chegar
E os companheiro gritava numa toada sem parar
Já avistaram a taperiinha e as crianças no quintar
Os galos cantaram tristes ai ai ai ai
No retiro aonde eu moro ai ai ai ai
Já levaram ele pra cama, não tinha mais salvação
Abraçava seus filhinhos, fazendo reclamação
Só sinto estes inocentes, fica sem uma proteção
Fechou os olhos e despediu deste mundo de ilusão
zé carreiro e carreirinho - bombardeio
Ai do jeito que me contaram, o negócio pra mim ta feio
Ja fizeram uma reunião, já formaram esse torneio
A respeito a contaria querem me tirar galeio
Pra rebaixar meu nome já aplicaram todo meio
Já mandaram fazer moda e ssa moda já veio
Vieram toda de longe enviada pelo correio
Moda só de me abater diz que tem caderno cheio
Pro dia do nosso encontro me fazer um bombardeio
Sendo que eu não mereço de cair nesse zenleio
Quando eu chego num fandango meus colega eu não odeio
Toda moda que eles canta do valor que apreceio
Conforme repica a viola bato palma e sapateio
Ai eu não sou mesmo instruido ai
Eu pouco escrevo e pouco leio ai
Ai eu não sou mesmo instruido, eu pouco escrevo e pouco leio
A minha sabedoria serve só pro meu consteio
Quando eu passo a mão no pinho eu canto sem ter receio
Porque eu faço a cortesia sem tirar chapéu alheio
zé carreiro e carreirinho - gato de três cores
Foi naquele dia de corpo de Deus
Recebi uma carta que me ofendeu
Portador que trouxe foi quem mesmo leu
O povo queria ver um encontro meu
Com este campeão que apareceu
Chegou este dia o tempo escureceu
Trovejou bastante, mas não choveu.
Logo meu colega compareceu
Pra cumprir com o trato que prometeu
Cheguemos na festa que o portão bateu
Festeiro alegre me arrecebeu
Lá pra dentro estavam uns amigos seus
Já veio uma pinga tudo ali bebeu
Meu peito velho já desenvolveu
Repiquei no pinho que as cordas gemeu
Chamei o festeiro ele me atendeu
Vamos lá pra sala que a hora venceu
Diga pro campeão quem falou foi eu
Gato de três cores ainda não nasceu, ai
Que dirá campeão pra quebrar eu
Primeira moda foi pra dizer adeus
O festeiro veio e me agradeceu
O pessoal dali já me conheceu
Uns disse baixinho outro arrespondeu
Violeiro igual esse ainda não nasceu
Um dueto triste o coração doeu
Pra falar verdade até me comoveu
Elogios que nós não mereceu
O próprio festeiro já me protegeu
Cantei outra moda não me arrespondeu
E aqueles campeão já se encolheu
Nem pra afinar a viola não se atreveu
Chegou meia-noite o relógio bateu
O campeão dali desapareceu
Que estava perdido reconheceu
Só nós dois cantando que amanheceu
Para trabalhar meu peito não deu
Mas pra fazer moda, apostou perdeu
Gato de três cores ainda não nasceu ai
Que dirá campeão pra quebrar eu
Luan Jesus de Oliveira
zé carreiro e carreirinho - facão do cristiano
Tenho uma namorada lá em americana
Parece mineira, mas ela é baiana
Gosto daquela moça que é uma desgrama
Estou desconfiado que ela me engana
Se eu deito eu não durmo, eunão paro ma cama
Se for pra ser falsa então não te amo
E o pai desta moça está me procurando
E eu não quero é gemer no facão do cristiano
Essas moças de agora são muito sacana
Elas tratam namoro depois elas enganam
Anuncia pro mundo que nem telegrama
Eu dei um desprezo naquele fulano
Ã? a razão que alguns trouxas já fazem alguns danos
Tem alguns que se matam e já vai se acabando
Vai lá pro cemitério e lá fica morando
E eu não quero é gemer no facão do cristiano
Arranjei outro amor lá em são caetano
Quando vi que era falsa fui abandonando
Eu deixei de uma vez, sai fui andando
Não era só eu que estava namorando
Namorava de dez, namorava de bando
Se eu casar com essa praga já entro pro cano
Tá cheio de chifrudo no mundo rodando
E eu não quero é gemer no facão do cristiano
Mas comigo ela enrosca por que eu sou tirano
Sou ativo demais, sou igual o tucano
Se pensar que eu não vi, já estou adivinhando
Quando ela vai com o milho me acha trocando
Quando ela esta de volta me acha jantando
E o homem do facão esta me procurando
Antes que ela me encontra eu já vou me arrancando
E eu não quero é gemer no facão do cristiano
zé carreiro e carreirinho - mariposa do amor
Não sei por que é que eu vivo tão errado
Traindo sempre a companheira do meu lar
Sinto vergonha e reconheço meu pecado
Mas assim mesmo eu não sei me controlar
As mariposas tem em mim uma influência
E na clemência da esposa que eu adoro
Sinto remorso dos meus atos praticados
Disfarço as mágoas nesta hora então eu choro
Gosto da minha inseparável companheira
Somente à ela é que eu amo com ardor
Mas como a abelha rouba o mel de flor em flor
As mariposas do meu peito roubam amor
Não sei por que é que eu vivo tão errado
Traindo sempre a companheira do meu lar
Sinto vergonha e reconheço meu pecado
Mas assim mesmo eu não sei me controlar
As mariposas tem em mim uma influência
E na clemência da esposa que eu adoro
Sinto remorso dos meus atos praticados
Disfarço as mágoas nesta hora então eu choro
Gosto da minha inseparável companheira
Somente à ela é que eu amo com ardor
Mas como a abelha rouba o mel de flor em flor
As mariposas do meu peito roubam amor
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
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