MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
xangai - matança
Cipó caboclo tá subindo na virola
Chegou a hora do pinheiro balançar
Sentir o cheiro do mato da imburana
Descansar morrer de sono na sombra da barriguda
De nada vale tanto esforço do meu canto
Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica
Arvoredos seculares impossível replantar
Que triste sina teve cedro nosso primo
Desde de menino que eu nem gosto de falar
Depois de tanto sofrimento seu destino
Virou tamborete mesa cadeira balcão de bar
Quem por acaso ouviu falar da sucupira
Parece até mentira que o jacarandá
Antes de virar poltrona porta armário
Mora no dicionário vida eterna milenar
Quem hoje é vivo corre perigo
E os inimigos do verde da sombra, o ar
Que se respira e a clorofila
Das matas virgens destruídas vão lembrar
Que quando chegar a hora
É certo que não demora
Não chame Nossa Senhora
Só quem pode nos salvar é
Caviúna, cerejeira, baraúna
Imbuia, pau-d'arco, solva
Juazeiro e jatobá
Gonçalo-alves, paraíba, itaúba
Louro, ipê, paracaúba
Peroba, massaranduba
Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro
Catuaba, janaúba, aroeira, araribá
Pau-fero, anjico amargoso, gameleira
Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá
xangai - ei flor
Ei flor
Cadê o cheiro que ocê prometeu
Ei flor
Não venha dizer que se esqueceu
Ei flor
será que não se lembra mais d'eu
Ei flor
daquele cravo de juntin' seu
Amor
nosso brinquedo no pé de juá
Ei flor
não esconda vê se vem me dar
Amor
será que se esqueceu de mim?
não acredito no que vejo
pois sei que o seu desejo
era me amar até o fim
Amor
será que bicho foi que te mordeu
Ei flor
será o que foi que se assucedeu
Amor
não lembra mais do seu dodói
eu era o lírio dos teus olhos
nós banhava no riacho,
diacho, valha-me Deus
xangai - abc do preguiçoso
Marido se alevanta e vai armá um mundé
Prá pegá uma paca gorda prá nóis cumê um sarapaté
Aroeira é pau pesado num é minha véia
Cai e machuca meu pé e ai d´eu sodade
Marido se alevanta e vai na casa da tua avó buscá
A ispingarda dela procê caçá um mocó
Só que no lajedo tem cobra braba num é minha véia
Me morde e fica pió e ai deu sodade
Entonce marido se alevanta e caçá uma siriema
Nóis come a carne dela e faiz uma bassora das pena
Ai quem dera tá agora num é minha véia
Nos braço duma roxa morena e ai d´eu sodade
Sujeito alevanta e vai na casa do venderão
Comprá uma carne gorda prá nois fazê um pirão
É que eu num tenho mais dinheiro num é minha véia
Fiado num compro não e ai d´eu sodade
Ô marido se alevanta e vai na venda do venderim
Comprá deiz metro de chipa prá fazê rôpa pros nossos fiim
Ai dentro tem um colchão véio num é minha véia
Desmancha e faiz umas carça prá mim e ai d´eu sodade
Disgramado se alevanta, deixa de ser preguiçoso
O homi que num trabáia num pode cumê gostoso
É que trabáia é muito bom num é minha véia
Mas é um pouco arriscoso e ai d´eu sodade
Ô marido se alevanta e vem tomá um mingau
Que é prá criá sustança prá nóis fazê um calamengal
Brincadêra de manhã cedo num é minha véia
Arrisca, quebrá o pau e ai d´eu sodade
Marido seu disgraçado tu ai de morrê
Cachorro ai de ti lati e urubu ai de ti cumê
Se eu subesse disso tudo num minha véia
Eu num casava cum ocê e ai deu sodade
xangai - na estrada das areias de ouro
Lá dentro no fundo do sertão
Tem uma estrada
de areia de ouro
Por onde andaram
Outrora senhores-de-engenho
E de muitas riquezas
Escravos e Senhoras
Naquelas terras imensas
De Nosso Senhor
Lá dentro no fundo do sertão
Tem uma estrada
de areia de ouro
E contam que em noites
De lua pela estrada encantada
Uma linda sinhazinha
Vestida de princesa
Perdida sozinha vagueia
Pelas areias
Guardando o ouro
De seu pai, seu senhor
Aquele fidalgo
que o tempo levou
Pras bandas do mar de pó
E hoje que tudo passou
A linda sinhazinha
Encantada ficou
Lá dentro no fundo do sertão
Na estrada
das areias de ouro
xangai - a meu deus um canto novo
Bem de longe
na grande viagem
Sobrecarregado
paro a descansar,
emergi de paragens ciganas
pelas mãos de Elmana,
santas como a luz
e em silêncio contemplo,
então mais nada a revelar
fadigado e farto
de clamar às pedras
de ensinar justiça
ao mundo pecador
oh lua nova quem me dera
eu me encontrar com ela
no pispei de tudo
na quadra perdida
na manhã da estrada
e começar tudo de nôvo
topei in certa altura
da jornada
com um qui nem tinha
pernas para andar
comoveu-me em
grande compaixão
voltano o olhar para os céus
recomendou-me ao Deus
Senhor de todos
nós rogando
nada me faltar
resfriando o amor
a fé e a caridade
vejo o semelhante
entrar em confusão
oh lua nova
quem me dera
eu me encontrar com ela
no pispei de tudo
na quadra perdida
na manhã da estrada
e começar tudo de nôvo
bôas novas de plena alegria
passaram dois dias
da ressurreição
refulgida uma beleza estranha
que emergiu da entranha
das plagas azuis
num esplendor de glória
avistaram u'a grande luz
fadigado e farto
de clamar às pedras
de propor justiça
ao mundo pecador
vô prossiguino istrada a fora
rumo à istrêla canora
e ao Senhor das Searas
a Jesus eu lôvo
levam os quatro ventos
ao meu Deus um canto nôvo
xangai - ana raio
Pelos prados
Rompe rumo seu reinado
Pele em pêlo
Pelo luar prateado
No ar repassando a cortina
Do passado
Como um raio
Rompe um tempo seu cavalo
Ana Raio, Ana Raio.
Não há pressa
Nesse espaço
Seu futuro
Passo a passo
Seu passado
Nosso apreço
Seu presente
Não tem preço
É o começo, é o começo
Sobre o dorso
De um trovão
Voa ao vento o coração
Sobe aos céus
E desce ao chão
Num rebento de paixão
E entre tropas e tropeiros
Boiadas, peões, rodeios
Vem a vida
Em seus anseios
Ana Raio, Ana Raio, Ana Raio.
xangai - curvas do rio
Vô corrê trecho
Vô percurá u'a terra
preu pudê trabaiá
prá vê se dêxo
essa minha pobre terra
véia discansá
foi na Monarca
a primeira dirrubada
dêrna d'intão é sol é fogo
é tái d'inxada
me ispera, assunta bem
inté a bôca das água qui vem
num chora conforma mulé
eu volto se assim Deus quisé
Tá um apêrto
mais qui tempão de Deus
no sertão catinguêro
vô dea um fora
só dano um pulo agora
in Son Palo Tring'Minêro
é duro môço
êsse mosquêro na cozinha
a corda pura e a cuia sem
um grão de farinha
A bença Afiloteus
te dêxo intregue
nas guarda de Deus
Nocença ai sôdade viu
pai volta prás curva do rio
Ah mais cê veja
num me resta mais creto
prá um furnicimento só eu caino
nas mãos do véi Brolino
mêrmo a deis pur cento
é duro môço
ritirá prum trecho alei
c'ua pele no osso e as alma
nos bolso de véi
me ispera, assunta viu
sô imbuzêro das bêra do rio
conforma num chora mulé
eu volto se assim Deus quisé
num dêxa o rancho vazio
eu volto prás curva do rio.
xangai - estampas eucalol
Xangai - Estampas Eucalol
Montado no meu cavalo
Libertava prometeu
Toureava o minotauro
Era amigo de teseu
Viajava o mundo inteiro
Nas estampas eucalol
A sombra de um abacateiro
Ícaro fugia do sol.
Subia o monte Olimpo
Ribanceira lá do quintal
Mergulhava até netuno
No oceano abissal
São Jorge ia prá lua
Lutar contra o dragão
São Jorge quase morria
Mas eu lhe dava a mão
E voltava trazendo a moça
Com quem ia me casar
Era minha professora
Que roubei do Rei Lear.
xangai - brasil x portugal
Portugal, Portugal,
Vou voltar pra Portugal.
Portugal, Portugal,
Vou descobrir Portugal.
Num primeiro de abril,
Parto com minha esquadra,
Os pés no mar da estrada,
E alguns ritos baianos,
Cocos de roda e ciranda,
Frevo e maracatu,
O Brasil de norte a sul,
Pra descobrir Portugal.
xangai - chegando
Já não vejo a hora
De abraçar seu beijo
Nessa madrugada
Juro inda lhe vejo
Nessa madrugada
Juro inda lhe vejo
Já não vejo a hora
De abraçar seu beijo.
Arrume a casa lá de Itapoã
Que eu ando louco
Cheio de desejo
Compre batidas feitas de maçã
Pra tira-gosto
Guarde caranguejo
Fique na varanda
Que hoje é lua cheia
Vou chegar de índio
Nessa sua aldeia
Vou chegar de índio
Nessa sua aldeia
Fique na varanda
Que hoje é lua cheia.
Responda logo
Se quer vir comigo
Me diga urgente
Se vai me provar
Que eu me tempero
Fico todo ardido
Já fiz os planos
Você vai gostar
Responda logo (...)
Bote pimenta
Você vai gostar (bis)
Já não vejo a hora
De abraçar seu beijo
A vontade implora
Mas hoje eu lhe vejo
Fique na varanda
Que hoje é lua cheia
Vou chegar de tanga
Nessa sua aldeia.
xangai - desafio
Senhores donos da casa, o cantadô pede licença
Pra puxar viola rasa, aqui na vossa presença
Venho das banda do norte,
cum pirmissão da sentença.
Cumpri minha sina forte,
já por muitos con'icida,
Buscando a i'lusão da vida
ou o cutelo da morte
E das duas a prifirida
há que me mandar a sorte.
Já que nunciei quem sou:
Deixo meu convite feito
Pra qualqué dos cantadô,
dos que se dá por respeito,
Que aqui por acaso teja,
Nessa função de alegria,
e pra que todos me veja
Puxo alto a cantoria,
Cum-essa viola de peleja
que quando n´mata-aleja cantadô de arrelia.
Só na escada de uma igreja
labutei quantos u´dia
Si morreram de inveja
três de avexo e de agonia
matei os bicho do-note,
que já me deu três mulé.
Ã? a história de um caçote
um quati e um saqué
O caçote com o pote
Com u´outro o quati, um café
Em-antes ofereceu o lote
num saco pro saqué
o saqué secou o pote
deixou o quati só com a fé
de que dentro do tal pote
inda tinha algum café
Isso exposta manda um xote
no xavido do saque
que quati ca-dica a sorte
bato o bico e boto o bote
o que é que o saqué quer?
Em-antes porém aviso
Sô malvado, não aliso
Triste ou feliz é o cantadô
queu-apanhar pra dar o castigo,
A´pois quem canta comigo
sai defunto ou sai dotô
Sô cantador chegante, me adesculpe o tratamento
Nessa hora nesse instante, mermo aqui nesse momento
Com um canto tão significante
Sem fama sem atrevimento
Num duelo de falante
Venho de muito conhecimento
Mas pra títulos e valentia
Só traz u'a viola na mão
Falta ilustre companheiro
Marcar o lugar da porfia
Se lá fora no terreiro
ou aqui mémo no salão
Vamo logo mano à obra
Deixe as bestas de lado
Que a luma já fez manobra
No seu canto alumiado
Vamo seguir-sois daqui
Vai deixando esturricar
As roda dos cantori-lírio
e que lhe é mais agradado
Se vamo cantar o moirão
o martelo ou a tirana
Ou a ligeira sussuarana
Parcela de mutirão
ou entonce, ao invés
A obra de nove pés
De oito, sete, ou seis
Ou se dez pés, um quadrão
Vamo logo mano à obra
Deixe essas coisa de lado
Vamo cantar no salão
Dô mais riuna que a cobra
que a cobra que traz o rabo encravado,
envenenado o ferrão.
A´pois-sim, tá certo: vamo
cantá qualqué cantoria
Brinquei-lhe em minha acamo
pra rodá a sabedoria
Vamo cantar, meu amigo
as moda que for chegando
Num córrem, mas sem perigo
que tá sempre esp'ricando
P'esse povo que eu digo
Enducado me escutano
A'pois pra entender parcela
martelac-ou-quitirando
Tem que bater mil cancela
na estrada dos desengano
E ainda pú-rrico, ah, tem
que saber, sofrer, esperar
memo sabendo que não vêm
as coisa do se' sonhá
Na estrada dos desengano
Andei de noite e de dia
A'pois sim, tá certo: vamo
cantá qualqué cantoria...
Na estrada dos desengano
Andei de noite e de dia
Inludido percurando
aprendê o que num sabia
Quando eu era moço, um dia
Risolvi sair andando
Numa estrada da alegria
A alegria percurando
Curri doido, atrás dela
Entrou ano, saiu ano
Bati mais de mil cancela,
na estrada dos desengano
Bati mais de mil cancela,
na estrada dos desengano
Todo cantadô já arrentraro nos peito
d'uma-mazela-nas-alma-moribante-estrada: o som de
cancela, ai
Todo cantadô já arrentraro nos peito
d'uma-mazela-nas-alma-moribante-estrada: o som de
cancela, a...
Ai, fonte que ficou distante
que matava a sede-dela
E o coração mais discrente
Dos amor da catingueira
Ai o amor é uma serpente
Esse bicho morte a gente
Vamo'pois cantar pá cela
Va-e'-dá, da-e'-da
Eu sou cantador de cocô
Eu não canto a cela,
Pa-cela feiticeira,
eu corro às legua dela, ah, ah
Chegando nu' lugar
Adonde tem janela
Eu vo' me esculpano
Me dano nas canela
Da-e'-da, da-i'-da, da-i'-na,
Conheci um cantadô ossudo e valente
que mandava aos homens o mal vezes crente
Mas um dia ele tocou nos batente d'u'a janela
E o bicho do amor mucambado e'u'a donzela
E o cantadô aos pouco foi se paixonan'o pu´ela
Té que um dia ficô louco de tanto cantar pa cela
E hoje velho pela estrada, resmungando que é culpada
Ferrucama da janela, da-e'-dá, dá-'e- ná,
Eu sou cantadô de coco,
A'pois quem canta pá cela
Corre o pisco são francisco
Corre enquanto canta-nela
Dá-e'-na.
Dá - e' - ná,
tá-ín-a.
xangai - o bolero de isabel
É um nó dado por São Pedro
Desarrochado por São Cosme e Damião
É u'a paixão, é a sensação de um repente
Igual ao quente do miolo do vulcão
Quer ver o bom, é o aguado quando leva açúcar
É ter a cuca açucarada num beijo roubado
É o pecado confessado ao Mestre Sereno
Levar sereno num terreiro bem enluarado
É o pinicado do chuvisco no chão pinicando
Ficar bestando c'um inverno bem arrelampado
É o recado da cabocla um beijo mandando
Tá namorando a cabocla do recado.
Quer ver desejo, é o desejo tando desejando
E a lua olhando este amor na brecha do telhado
É o rodeado do peru peruando a perua
É a canarinha galeguinha cantando o canário
Zé do Rosário bolerando com Dona Isabel
Dona Isabel bolerando com Zé do Rosário
Imaginário de paixão voraz e proibida
Escapulida, proibida pro imaginário
Quer ver cenário é o vermelho da auroridade
É a claridade amarelada do amanhecer
É ver correr o aguaceiro pelo rio abaixo
É ver o cacho de banana amadurecer
Anoitecer vendo o gelo do branco da lua
E a pele nua com a lua a resplandecer
É ver nascer o desejo com a invernia
E a harmonia que o inverno fez nascer
xangai - dassanta
Mais o pió qui era
sua buniteza
virô u'a besta fera
naquelas redondeza
in todas brincadêra
adonde ela chegava
as mulé dancadêra
assombrada ficava
já pois dela nas fêra
os cantadô dizia
qui a dô e as aligria
na sombra dela andava
e adonde ela tivesse
a véa da foice istava
a véa da foice istava
in todas as brincadêra
adonde ela ia
iantes dela na frente as aligria
dispois só se uvia
era o trincá dos ferro
as mãe soutano uns berro
chorano mal dizia
e triste no ôtro dia
era só chôro e intêrro
chôro e intêrro (bis)
Dassanta era bunita
qui inté fazia horrô
no sertão prú via dela
muito sangue derramô
conta os antigos quela
dispois da morte virô
passú das asa marela
jaçanã pomba fulô
fulô rôxa do panela
só lá tem essa fulô
dispois da morte virô
pássu japiassoca assú... (bis)
xangai - cantada
E então desperto e abro a janela
ânsias, amores, alucinações
Desperta amada que a luz da vela
tá se apagando chamando você
Está chamando apenas para vê-la
morrer por teu viver.
Amada acende um coração amante
que o som suave de uma aurora distante
estremeceu aqui no peito meu
Os galos cantam pra fazer que a aurora
rompa com noite e mande a lua embora
Os galos cantam, amada, o mais instante
O peito arfante cessa e eu vou me embora
Vem namorada que a madrugada
ficou mais roxa que dos olhos teus
as pálpebras cansadas
Amada atende um coração em festa
que em minha alcova entra nesse instante
pela janela tudo que me resta
uma lua nova e outra minguante
Ai namorada nesta madrugada
não haverá prantos nem lamentações
Os teus encantos vão virar meus cantos
voar pra os céus e ser constelações
Ai namorada nesta madrugada
incendiaram-se os olhos meus
Não sei porque você um quase nada
do universo perdido nos céus
apaga estrelas, luas e alvoradas
e enche de luz radiosa os olhos meus
Mulher formosa nesta madrugada
somos apenas mistérios de Deus...
xangai - meninos
Vou pro campo
No campo tem flores
As flores tem mel
Mas a noitinha
Estrelas no céu, no céu, no céu. . .
No céu da boca da onça é escuro
Não cometa não cometa
Não cometa furo
Pimenta malagueta não é
Pimentão tão, tão, tão. . .
Vou pro campo
Acampar no mato
No mato tem pato
Gato, carrapato
Canto de cachoeira
Dentro d?água
Pedrinhas redondas
Quem não sabe nadar
Não caia nessa onda
Que a cachoeira é funda
E afunda
Não sou tanajura
Mas eu crio asas
Com os vagalumes
Eu quero voar, voar, voar. . .
O céu estrelado hoje é minha casa
Fica mais bonita
Quando tem luar, luar, luar. . .
Quero acordar com os passarinhos
Cantar uma canção com o sabiá
Dizem que verrugas são estrelas
Que a gente aponta
Que a gente conta
Antes de dormir, dormir, dormir. . .
Eu tenho contado
Mas não tem nascido
Isso é estória de nariz comprido
Deixe de mentir, mentir, mentir. . .
Os sete anões pequeninos,
Sete corações de meninos
E a alma leve, leve. . .
São folhas e flores ao vento
O sorriso e o sentimento
Da Branca de Neve, neve, neve. . .
Não sou tanajura. . .
Cds xangai á Venda