MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
vieira e vieirinha - passa morena
Passa morena passa
Debaixo da verde rama
Passa morena passa
Debaixo da verde rama
Quando passa dá um suspiro
Quando suspira me chama
Vida triste é de quem ama
A maré do mar baixou
Fiquei brincando na areia
A maré do mar baixou
Fiquei brincando na areia
Se namorá fosse crime
Eu morava na cadeia
Não namoro moça feia
Eu vi uma moça bonita
Debruçada na janela
Eu vi uma moça bonita
Debruçada na janela
Ela é muito luxenta
Eu quero casar com ela
Eu sustento o luxo dela
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
vieira e vieirinha - a grande verdade
Os grandes países vão se preparando se aperfeiçoando em
armas nucleares
Aviões de caça com cargas de guerra farão nossa Terra
sumir pelos ares
Bomba de hidrogênio deturpe esta vida vão ser
explodida na luta final
Os grande cientista temendo o fracasso com suas
própria mão farão cruzar o espaço
Máquinas da morte de alcance mundial
Os navios de guerra lançarão torpedo espalhando o medo
em sua missão
Foguetes possantes em poucos segundo levarão o mundo à
destruição
O nosso planeta será destruído seremos varridos da
face da Terra
Senhor poderoso és o rei da bondade estenda sua mão
para a humanidade
Salvai o nosso mundo da terceira guerra
As grande potência não se compreendem já não mais
pretende a paz e o amor
Nessa grande guerra tudo está perdido só haverá
vencido senão vencedor
Ã? grande a ganância de muitos governo só lutam a esmo
só querendo o mal
Porém não se esqueçam que a quarque momento terão que
enfrentar o julgamento
Do Divino Mestre no juízo final.
vieira e vieirinha - cuiabá
Cuiabá
Chamaram eu de cuiabano por eu vir de Cuiabá
Me criei numa fazenda por nome de Corumbá
Ajustei com o fazendeiro por eu saber adomá
Na idade de quinze anos saí pro mundo a viajá
Buscar boi no Mato Grosso na serra do pantaná
Comprei um macho tordilho por nome de Curimbatá
Arreava com meu lombinho que veio de Minas Gerais
O meu calção de bombacha usava chapéu Panamá
O patrão me protegia pois era só determiná
Enjeitei bons casamento que chegaro a me ofertá
Quando eu chegava de viaje o patrão vinha me contá
Contando tantas façanhas lá no portão do currá
Me levava eu lá pra dentro lá no salão de jantá
Logo vinha a moreninha vinha me cumprimentá
Adeus como foi de viaje o que me conta de lá
O patrão me perguntou se eu queria me casá
Tem treis fia pra você escolher na qual você interessá
Te dou uma em casamento querendo eu faço desde já
Eu ficava pensativo sem eu ter o que falá
Pra mim ai, não tem escoia todas elas são iguá
Por Nelson de Campos
vieira e vieirinha - adeus querida
Adeus querida, eu já vou partindo
Teu rosto lindo me fez penar...
Por todo mal que você me fez
Jamais, talvez, eu torne a voltar...
Meu coração desconsolado
Sofreu calado e penou por ti...
E vem sofrendo, sempre te amando
Já desde quando eu te conheci...
Vivo sofrendo, sempre tristonho
Parece um sonho, mas não é não...
Viver assim, não posso mais
Já é demais a desilusão...
Juro querida que eu lamento
Cruel momento desta paixão...
A minha alma sofre em delírio
Este martírio do coração...
Eu vou partir para o sertão
E na solidão quero ficar...
Quero esquecer a tua maldade
A falsidade eu não vou lembrar...
Agora mesmo eu deixo a cidade
Só a saudade eu vou levar...
Adeus querida e os erros teu
Eu peço a Deus pra te perdoar...
vieira e vieirinha - cravo na cinta
Encontrei co meu benzinho isto foi de quarta pra quinta
Ela estava bem trajada de vestido azul cor de tinta
E um anér doro no dedo e um cravo preso na cinta
Corada de natureza e a loirinha não se pinta
Conversei co meu benzinho e contei a paixão que eu sinto
Se você me quizer bem eu não quero que você minta
Casá com você eu caso nem que seus pais não consinta
Se vóis qué ir eu te levo na garupa do pilintra
Quem disser quá amor não dói na mesma hora eu desminto
Eu acuso quarqué coisa e com paixão de amor não brinco
Meu coração véve roxo tenho cor de vinho tinto
Sofre um coração de pedra que certos punhar não sinta
O rapaiz do azar no mundo se quando se ele for limpo
Casamento é que nem jogo as veiz dá par as veiz dá ímpa
E a gente joga no quatro e as veiz pode dar o cinco
A gente arranja amorzinho e as veiz os carancho fica
vieira e vieirinha - quando estes meus olhos tremem
Quando estes meus olhos tremem, certeza que eu vou chorar
Quando não choram, se riem, ai meu bem
Alguma coisa vai dar, oi, ai, ai
Eu já soube por notícia, que meu bem vai me deixar
Mas se ela deixar do namoro, eu também deixo de amar
O meu sentido sumiu, minha esperança eu perdi
A dor no seu coração, ai meu bem
Foi o meu quem foi sentir, oi, ai, ai
Encoste suas mãos nas minhas, eu quero me despedir
Mas adeus morena malvada, só fez traição pra mim
Eu chorei pra quem não veio, suspirei pra quem ficou
Recebi o desprezo vosso, ai meu bem
Foi no ano que passou, oi, ai, ai
Caiu águas dos meus olhos, caiu no chão nasceu flor
Mas por sinal de apartamento, já não sou mais seu amor
No meu peito tem um cravo, pro meu benzinho apanhar
Leve a mão tire com jeito, ai meu bem
Apanha bem devagar, oi, ai, ai
Se não for do vosso gosto, deixa no mesmo lugar
Mas deixa bem devagarinho, pro meu cravo não murchar
vieira e vieirinha - rapaz solteiro
Dos filhos da minha mãe só ieu que nasci criolo
Só pego cá mão esquerda pois me chamam de canhoto
Com o zoio desse jeito aprendi fica maroto
Perto da minha minina, namora minina di outro
Eu vi o padre fala que muié feia não tem pecado
Não precisa confessar, com a feiúra ta perdoado
Mais se ela for bonita, ela confessa todo dia e tem pecado a reveria
Quem casa com muié feia, coitado não vive bem
Passa a semana em casa e não aparece ninguém
Mais se ela for bonita, ô di casa e ô di fora e tem visita toda hora
Namorar muié casada é namoro proibido
Precisa tomar cuidado com 38 do marido
Se agente morrer sorteiro, diz que vira lobisomen
Muié casada pra mim é homem
vieira e vieirinha - rio de ouro
Quando eu vim da minha terra
Eu passei no rio do ouro
Mala com fita, cabelo louro
Bonita assim me faz desaforo
Quando eu vim da minha terra
Eu passei no rio da prata
Amarrar com fita minha mulata
Bonita assim que você me mata
Passa morena passa
Por baixo da verde rama
Quando passa dá um suspiro
Quando suspira me chama
Vida triste é de quem ama
vieira e vieirinha - terra de goiás
A perdiz pia no campo e o urú pia na mata
Pia a garça no varjão canta o gavião pirata
Tudo isso me judia tudo isso me martrata
Alembro daqueles tempos da noite de serenata
Quando era de madrugada que a viola tava bem arta
Alembro daqueles dia dos meus tempos de alegria
Que as mocinha me queria Adeus terra de Goiás
Tempo bão não vorta mais
Chora violinha ingrata que a minha nervosa desata
Dos fazendero graúdo sempre nóis recebe carta
Pra desempenhá um catira e qué que nóis vai sem farta
Se nóis disser que nóis vai, nóis sustenta o que nóis trata
Nóis canta em quarqué lugar de campião nóis num afasta
E a moda que nóis inventa não tem campião que arrebata
Invento moda dobrada e na linha bem trovada
campião não arranja nada
Pra cantá pra me abatê convém voceis aprendê
Voceis tem a idéia fraca sua moda não me ataca
Dia vinte de janeiro arriei a mula pirata
Passei a mão no meu trinta carsei a espora de prata
Eu fui catar numa festa catira arranca lasca
Fui cantá de campeonato que cantava por mandraca
Eu dei no cerne da arueira deixando ele na casca
Perderô o rumo da estrada que até o povo deu risada
Minhas moda são pesada foi contá pros seus parente
que meu murro é diferente
Eu surri quarqué comarca violero da sua marca
vieira e vieirinha - boiadeiro de fama
Sou boiadeiro de fama
Conheço vinte e um estados
Tenho um cavalo tordio
Puro sangue, bem treinado
Pra tocar uma boiada
Eu peço bão ordenado
No lombo do meu cavalo
Com o patrão eu falo, dinheiro adiantado
Eu carrego na garupa
Dois laço dependurados
Quem tem dois laço
Vai sempre muito bem apreparado
Eu laço boi na carreira
E dou tombo carculado
Distância de oito braça
Eu jogo meu laço de zóio fechado
Na fazendo do Rio Grande
Eu arrecebi um recado
Pra pegar um boi mandingueiro
Eu fui atende o chamado
Eu cheguei lá na fazenda
Eu tava sendo esperado
Pra pegar um boi arisco
Que bão boiadeiro não tinha pegado
Perguntaram do meu nome
Arrespondi compassado
Me chama eu de mineiro
Por onde eu tenho passado
Mas pra dizer a verdade
Eu nem sei o meu estado
Minha casa é o chapéu
Debaixo do céu eu tô bem guardado
Fui a procura do boi
Serviço bem arriscado
Levei São Jorge no peito
Eu fui bem acompanhado
Fiquei dois dias no mato
Mas trouxe o boi arrastado
Mostrei que sou positivo
Eu trouxe o boi vivo e o chifre serrado
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
vieira e vieirinha - cabelos cortados
Morena quando eu vejo
Este teu rosto corado
Me dói porque eu me arrecordo
Daqueles tempo passado
Que você me fazia carinho
Hoje eu vivo desprezado
Mas viva vossos amantes
Que se arregale bastante
Quando eu deito no seu colo
Que via o brilhar dos teus olhos
Ã? no relampiado
Morena elegante dos olhos galante
E cabelos cortados
Um dia nós encontremos
Num grande samba rolado
Sabia que eu encontrava
Meu lindo sonho adorado
A morena tava me esperando
Na porta do emparalisado
Mas era a primeira feição
Que eu chegava e pegava na mão
Eu não falo com soberba
Nem sinto que outros perceba
Que eu vivo enganado
O rosto mimoso do olhar piedoso
E cabelos cortados
De uns certos tempos pra adiante
Eu fiquei contrariado
Seus carinho me ofendia
Enjoei dos vossos agrado
Eu mudei pro arto da serra
Pra viver abandonado
Eu falo com toda a razão
Quem me fez ingratidão
Eu vi a morena passando
Dois amante acompanhando
Dois apaixonado
O olhar bonito, corpinho esquisito
E cabelos cortados
Meu amor me desprezou
Mas foi de causo pensado
Por ver que eu queria bem
Pensou que eu estava amarrado
Que o mundo dá muitas volta
Mais tarde eu era obrigado
Engana com a cor da chita
Quem pensa em me fazer fita
Só entrego meu cadáver
Pra um coração amável
Que eu morra matado
Eu não sou iludido por olhar fingido
E cabelos cortados
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
vieira e vieirinha - silêncio do berrante
â?? (Coitado do Zé Marreiro
Que já foi bão boiadeiro
E agora não é mais nada
Hoje vive aborrecido
No seu rancho escondido
Lá bem longe das boiada
Vou contar seu passado
Esse moço era casado
Com uma linda caboclinha
A cabocla era o amor
E mais linda que uma flor
Se chamava Mariquinhaâ?)
Ele transportava gado
De Goiás pra outro estado
Demorava pra vortá
Mas também quando vortava
Lá de longe ele tocava
O berrante pra avisá
Ela conhecia o toque
Sem fazer nenhum retoque
Dava um pulo no instante
E alegre ela corria
Para o lado que se ouvia
O chamado do berrante
E correndo em disparada
Pra arcançá ele na estrada
Que tamanha ansiedade!
Dava um bote que nem louca
Pra beijá ele na boca
Na loucura da saudade
E um dia ele chegando
E o berrante arrepicando
E jamais foi atendido
Apareceu uma vizinha
Que contou que a Mariquinha
Já então tinha morrido
Foi assim que ele sumiu
Nunca mais ele se riu
Desse dia por diante
Ainda guardo na memória
Não esqueço a história
Do silêncio do berrante
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
vieira e vieirinha - viola xadrez
Eu arrecebi uma carta
Isto foi no fim do mês
Bem escrita e delicada
Idioma português
Veio do estado de Minas
Terra dos bois javanês
Convidando pra uma festa
Pra depois do
Pra ir na terra mineira
Disputar uma bandeira
No dia de Santos Reis
Naquela data marcada
Arriei o meu pedrês
Meu parceiro foi num burro
Por nome de Calabrês
Meu chapéu de Panamá
Lenço de seda francês
Passemos em Poços de Caldas
Pela praça do Marquês
Me recordo com saudade
Daquela rica cidade
Rainha do veranês
Nós chegamos decidido
Disposto a agradá o freguês
Parecia uma cidade
E a casa do camponês
Cantemo os primeiros verso
Na linha de Santa Inês
Foi uma chuva de flores
De rosa e cravo chinês
Neste momento feliz
O povo pediram bis
Precisei cantá outra vez
Viola cinco cordas dupla
Parecia ser de seis
Violeirada pediu água
No aperto do truques
Perguntaram nosso nome
A resposta foi cortês
Violeiro das nossas banda
Não deixa nada pra inglês
Pelas violas saberão
Aqui está os dois irmão
E um casal de viola xadrez
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
vieira e vieirinha - violeiro desprezado
Já fui rico, hoje eu sou pobre
Eu já tive um bão vivê
Já gozei na minha infância
Os amor de um bem querê
Hoje eu vivo desprezado
De certo é por merecê
Tanto esforço eu tenho feito, ai
Nem assim não quis valê
Este mundo é mesmo ingrato
Eu tô cansado de sabê
Sempre vivo desprezado
Tudo fiz por merecê
Mas eu tenho na esperança
De um dia mais tarde eu vê
Resurtado de um desprezo, ai
Tô cansado de sofrê
A minha comparação
Ã? fazê pra compreendê
Um letra em breve o nome
Pro leitor que sabe lê
Não precisa pingá o â??iâ?
Quando for pra se escrevê
Pra quem já teve na escola, ai
E conhece o â??abcâ?
A respeito a querer bem
Eu já dei por esquecê
Já perdi minha esperança
Com quem eu tinha prazer
Agora daqui por diante
Eu vou deixar as águas corrê
Meu despique é inventar moda, ai
E cantá pra você vê
Cantando eu me disfarço
E faz desaparecê
Aquelas horas perdida
Que eu saía pra te vê
Arriscando a minha vida
Nem que fosse pra morrê
E vóis sendo tão ingrata, ai
Não soube me agradecê
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
vieira e vieirinha - assombração
Me contou José Raimundo, pescador de profissão
Escuitei a sua história com muita admiração
Diz que lá no poço fundo pega peixe de montão
Mas dentro da capoeira
Na noite de sexta-feira aparece assombração
O caboclo me falou sem tirá o zóio do chão
Mas eu não acreditei, não caio em tapeação
Eu virei, disse pra ele, quer ver esse bichão
Vou pescar no poço fundo
Porque arma do outro mundo eu não acredito não
Quando foi na sexta-feira, na noite de escuridão
Preparei as minhas vara, pus na cinta o meu facão
Também levei um bão reio só pra dar uma lição
Vocês veja que colosso
Fiquei na beira do poço esperando essa visão
Quando era meia-noite começou dar os trovão
Saiu de dentro do mato fazendo um baruião
Era o José Raimundo que vinha com má intenção
Era mesmo bicho feio
Mas quando ele viu meu reio saiu num disparadão
Eu então corri atrás com o meu reio na mão
E lhe dei duas reiada que até hoje tem vergão
Hoje tudo mundo pesca, pega peixe de porção
Tudo pesca sossegado
E o tal lugar assombrado acabou a assombração
Cds vieira e vieirinha á Venda