MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
vicente celestino - coração materno
Disse um campônio a sua amada
Minha idolatrada
Diga o que quer
Por ti vou matar
Vou roubar
Embora tristezas me causes, mulher
Provar quero que te quero
Venero teus olhos, teu porte, teu ser
Mas diga, tua ordem espero
Por ti não importa matar ou morrer!
E ela disse ao campônio a brincar
Se é verdade tua louca paixão
Parte já e pra mim vai buscar
De tua mãe inteiro o coração
E a correr o campônio partiu
Como um raio na estrada sumiu
E sua amada qual louca ficou
A chorar na estrada tombou
Chega à choupana o campônio
Encontra a mãezinha ajoelhada a rezar
Rasga-lhe o peito o demônio
Tombando a velhinha aos pés do altar
Tira do peito sangrando
Da velha mãezinha o pobre coração
E volta a correr proclamando
"Vitória! Vitória! Tem minha paixão!"
Mas em meio da estrada caiu
E na queda uma perna partiu
E à distância saltou-lhe da mão
Sobre a terra o pobre coração
Nesse instante uma voz ecoou
"Magoou-se pobre filho meu?
Vem buscar-me, filho, aqui estou
Vem buscar-me, que ainda sou teu!"
vicente celestino - o ébrio
vicente celestino - porta aberta
Vinha por este mundo sem um teto
dormia as noites num banco tosco de jardim
sem ter a proteção de um afeto
todas as portas estavam fechadas para mim
Mas Deus, que tudo vê e nos consola
em seu Sagrado templo me acolheu
e, além de me ofertar aquela esmola
meu destino transformou
meu sofrimento acabou
e a minha vida renasceu
Porta aberta
tendo o emblema de uma cruz
essa porta não se fecha
contra ela não há queixa
são os braços de Jesus
Porta aberta
por Jesus de Nazaré
desvendou-me o bom caminho
hoje é o meu doce ninho
novamente deu-me a fé
Porta aberta
já não vivo mais ao léu
Porta aberta
ao transpor-te entrei no céu
Porta aberta
nunca mais hei de esquecer
que és na terra a minha luz
és o bem que me conduz
desde o berço até morrer
vicente celestino - saudade do sertão
Lá na terra altaneira
Onde a cachoeira
Passa a murmurar
A alma se enebria
Na doce harmonia
Do branco luar
Sob um docel de estrelas
Que supõe ao vê-las
Olhos a brilhar
O coração palpita
E todo nos grita
Como é belo amar
E ao frescor tão salutar
Das madrugadas
Divina luma sem igual perfumadas
Queres acaso linda moça comparar
Horror sem fim de uma cidade a tumultuar
A tumultuar
E esse esplendor
De que se veste a primavera
Essa alegria do sertão, pura e sincera
Não tem rival na capital
Onde se abri as mãos
As multidões em vendavais, ilusões
por nelson de campos
vicente celestino - a princesa e a rosa
A princesa perguntou
Ã? rosa do jardim
Onde acharei o grande amor
O amor que quero, espero que virá
Virá um dia para mim
E a rosa respondeu
Só um sorriso triste
O amor, linda princesa não existe
Ã? então maltrata o coração
(Ao vento forte meu corpo entreguei
Juras de amor escutei
A vida em flor logo passou
E nunca mais a encontrei)
Volte princesa ao castelo real
O amor é só ideal
Ã? ilusão é sonho vão
(Feliz vai o seu coração)
por nelson de campos
vicente celestino - altivez
ALTIVEZ
Queimei as tuas cartas
Sem nenhum constrangimento,
Rasguei o teu retrato
No maior desprendimento
Não quero nem de leve
A menor recordação
Tu foste em minha vida
A maior desilusão
Cingiste em minha fronte
A Coroa da amargura
Cravaste no meu peito
O punhal da desventura
Mas hoje a minha vida
Ã? um desabrochar de flores
A tua, no entanto, é um rosário
De amargores.
Eu sigo o meu destino
A cantar muito contente
Que importa que tu sigas
Um caminho diferente
A culpa é toda tua
Não proclames inocência
Dos dois qual o culpado?
Põe a mão na consciência!
Ã? inútil insistires em dizer
Que não me deixas
Ã? tarde, muito tarde...
Para ouvir as tuas queixas
E não te surpreendas
Se algum dia alguém disser
Que abri a minha porta
Para entrar outra mulher.
vicente celestino - adeus ó terra em que nasci
Adeus, adeus, eu vou partir
Carpir, sofrer, viver sem ti
Adeus, adeus, ó flor dos céus!
Terra enflorada em que nasci
Adeus, adeus, suspiros meus
Terra amada em que nasci
Flor do meu pranto, meu doce encanto
Terra gentil do céu de anil
Berço amado, adorado
Namorado da minha dor
Ã? luz da vida, luz perdida
ante a Ermida do Senhor
Adeus, adeus, vou te deixar
Chorar, sentir e relembrar
Ã? flor, ó flor em botão!
Ã? flor piedosa da Redenção!
Fanal, fanal do coração
Perfumosa rosa a trescalar
São teus meus prantos, os cantos meus
Ã? minha terra, adeus, adeus!
vicente celestino - irapurú
Passava um sonhador
Esquecendo os dias seus
Perdera seu grande amor
Rezava, pedia a Deus
Vivendo numa floresta, só
A buscar
Alguém que dele tivesse dó
Para o amar
Gorjeava a passarada então
E entoou a grande orquestração
E de repente escapou a sinfonia
Ao longe docemente
Uma só voz então se ouvia
E toda a passarada
Ouviu a voz do trovador
E o pobre apaixonado
Encontra ali o seu amor
Ouvindo o dia cantar, a gorjear
Em meio a flor
Tu és também Irapurú do amor
Ao empestror
vicente celestino - à luz do luar
Ã? suave e meiga luz desse luar,
Iluminando com doçura esta mansão,
Acordar vem sem querer o coração,
Que já cansado ele se achava de sonhar,
Vem depressa me escutar,
A mágoa ouvir de um coração,
Que está ferido,
Está perdido por te amar!
Vem ver este luar, o canto meu sentir,
O meu amor vibrar, o meu amor vibrar,
Com o peito irradiar,
Sentir, gozar ! Ouvir cantar,
Um'alma dolorida,
Que vive, ai, esquecida,
Meu doce amor à luz do luar,
Escuta o soluçar do teu cantor,
O meu canto vem ouvir, ó minha flor!
Banhado está teu lindo rosto no luar,
Atende este soluçar do teu cantor
Que faz brilhantes,
Dá-te a luz do teu olhar,
Vem solícita escutar,
Amada ouvir o teu cantor,
Que está ferido,
Está perdido por te amar!
Olha bem este luar,
Repara o meu sofrer,
Que cresce pra te amar,
Eu só quero te ver....
vicente celestino - abismo de amor
Ã? lua, o argênteo véu se espalma
por sobre a noite eterna
que eu tenho dentro d'alma
Ao teu luar de prata
um beijo originou
o amor que aquela ingrata
em cinzas transformou
Ao teu luar!
Ã?s ondas, espúmeas serpentinas
às líricas ondinas
à branca espumarada
um infeliz lamenta
que amando enlouqueceu
Ã? lua prateada
esse infeliz sou eu!
Alvo sol, branca luz
que iluminaste sobre a cruz
a fronte de Jesus
vem luzir por sobre a minha dor
Ã? vem ungir minh'alma a cair
neste abismo de amor
vicente celestino - mia gioconda
Mia Gioconda
Vicente Celestino
Composição: Indisponível
Do dia que nascemos e vivemos para o mundo
Nos falta uma costela que encontramos num segundo
Ã?s vezes muito perto desejamos encontrá-la
No entanto é preciso muito longe ir buscá-la
Vejamos o destino de um pracinha brasileiro
Partindo para a Itália transformou-se num guerreiro
E lá muito distante, despontar o amor sentiu
E disse estas palavras a uma jovem quando a viu
Italiana,
La mia vita oggi sei tu io te voglio tanto bene
Partiremo due insieme
Ti lasciar non posso più
Italiana
Voglio a ti piccola bionda
Ha il viso degli amori
La tue lapri son due fiori
Tu sarai mia Gioconda
Vencido o inimigo que antes fora varonil
Recebeu a FEB ordem de embarcar para o Brasil
Dizia a mesma ordem:
Quem casou não poderá levar consigo a esposa
A esposa ficará
Prometeu então o bravo, ao dar baixa e ser civil
Embarcarás amada, para os céus do meu Brasil
E, enquanto ela esperava lá no cais napolitano
Repetia estas palavras no idioma italiano:
Brasiliano,
La mia vita oggi sei tu
Io te voglio tanto bene
Quiedo a Dio que tu venga
Ti scordar non posso più
Brasiliano,
Sono ancora tua bionda
Mi sposo hai lasciato
Questo cuore abandonato
Che chiamasti di Gioconda
Di Gioconda
Di Gioconda
vicente celestino - noite cheia de estrelas
Noite alta, céu risonho
A quietude é quase um sonho
O luar cai sobre a mata
Qual uma chuva de prata
De raríssimo esplendor
Só tu dormes não escutas
O teu cantor
Revelando à lua airosa
A história dolorosa
Deste amor.
Lua, manda tua luz prateada
Despertar a minha amada
Quero matar meus desejos
Sufocá-la com meus beijos
Canto
E a mulher que eu amo tanto
Não me escuta está dormindo
Canto e por fim
Nem a lua tem pena de mim
Pois ao ver que quem te chama sou eu
Entre a neblina se escondeu.
Lá no alto a lua esquiva
Está no céu tão pensativa
E as estrelas tão serenas
Qual dilúvio de falenas
Andam tontas ao luar
Todo o astral ficou silente
Para escutar
O teu nome entre as endeixas
Nas dolorosas queixas
Ao luar.
vicente celestino - bonequinha de seda
Boneca de pano escondia
Um coração sonhador
O destino lhe deu, um certo dia
Um grande sonho de amorMas descobriu seu engano
Pois tudo fora ilusão
Uma boneca de pano
Não pode ter coração
Deixa, coração, de sonhar
Morrerás de tanto esperar
Pois é teu dever renunciar
Quem é pobre existe
Só para ser triste
Quem é pobre assim, não pode amar
Larga o teu destino tirano
Muda o sonho teu, por favor
E a bonequinha de pano
Virou boneca de seda
Para ter direito ao amor
Mas descobriu seu engano
Pois tudo fora ilusão
Uma boneca de pano
Não pode ter coração
vicente celestino - cabocla serrana
CABOCLA SERRANA
Cândido da Neves
Existe neste sertão
No alto daquela colina,
Uma cabocla que habita
Uma choupana pequenina.
Ficam todos a contemplar
A sertaneja,
Quando aos domingos
Ela garbosa passa airosa
Para a igreja.
Se alguém lhe revelar
Os seus amores, insiste,
Ela corando suspira
Baixa o olhar e fica triste.
Quem for ao monte pela tardinha
Irá escutar,
Os caborés tristonhos,
A glória dos sonhos
Sertanejos a cantar.
Cabocla, estes versos
Tão cheios de ti
Escrevi à luz do luar
Contemplando-te a choupana,
Ã? serrana,
Quisera Deus que foras minha,
Seria um rei e tu,
De todo este sertão,
Quase rainha.
Ter nos lábios teus
O aroma excelso das caçoulas,
Teus seios afagar
Como a um casal de pombas-rolas,
E ouvir cantar pelas manhãs,
Solenizando o nosso amor,
Os sabiás nos coqueirais em flor.
X = CD - Vicente Celestino - Noite Cheia de Estrelas - Faixa 13
vicente celestino - cancioneiro do amor
Sou um triste cancioneiro
Que passei o dia inteiro
Entre flores a cismarSou a sombra de uma dor
Já não tenho mais amor
Vivo sempre a soluçar
E de amor e de ciúme
Pela Camélia dobrada
Sem beleza e sem perfume
Mais que uma alvura nevada
Meu rival o colibri
Ao despontar da alvorada
Tu voa num frenesi
Deixando-a despetalada
Meu rival o colibri
Ao despontar da alvorada
Tu voa num frenesi
Deixando-a despetalada
Cds vicente celestino á Venda