versos que compomos na estrada - ana de cantar
Ã? na distância do ser
Indelével de si
Que Ana cede pedaços
E move um mar tão seu
Trazendo luz ao breu
Que ana leva
Sem ter pra onde ir
Sede do canto que há
Desata-se o nó
E parte de nós por aqui
Intactos
Entende Ana que o céu
Acomodado tão seu
Irrompe vestes
Desatam-se os nós
E parte de nós por aqui
Intactos
Sede do encanto que há
Derradeiros nós à parte
Contrastes em si
Intactos
versos que compomos na estrada - cama com linho e sol
O nosso amor merece cama com linho e sol
Pra iluminar teu corpo um pouco antes de acordar
E recriar essa luz em meu rosto
Ao desfazer-se esse nó entre nós
Hoje te espero, espero o teu gosto de paz
Ontem ligou disse que o sol quis se por no mar
Contava horas, minutos pra poder voltar
Que sete vidas se vão em um segundo
Que o tempo arranje um lugar pra nós dois
Quem sabe tudo não passe de um sonho
Quem sabe eu acorde ao chegar
Que tanta luz se perde ao fundo desse mar
Amar esse será nosso triunfo
Definir nossos planos ao mesmo lugar
Amor esse será nosso triunfo
La ra la raiá la raiá la raiá la ra la raiá
La ra la raiá la raiá la raiá la ra la raiá
La ra la raiá la raiá la raiá la ra la raiá
O nosso amor merece cama
Com linho e sol
versos que compomos na estrada - candeeiro
Tão dedicado ao destino
Tão destinado ao meio
Despe-se terno menino
Candeeiro
Bem colocado no eixo
Bem sustentado na sorte
Livre dos livros alheios
Candeeiro
Aah se eu pudesse voltar
Se eu pudesse encontrar
Teus planos veredas de vestes serenas
Pra sermos lugares
Sermos lugares
Sermos lugar
AAh
AAh
A procissão segue ao ponto
Lava os leitos vazios
Segue e leva por fim o candeeiro
AAh se eu pudesse voltar
Se eu pudesse encontrar
Teus planos veredas de vestes serenas
Pra sermos lugares
Sermos lugares
Sermos lugar
versos que compomos na estrada - céu de cimento e cal
Moça peço que me seda
Um segundo seu
Ã? que aqui perdi meu rumo
Sei lá o que aconteceu
Hoje me flagrei parado em direção ao sol
Planejava estar mais perto
Sei lá o que aconteceu
Se foi a desilusão de um primeiro amor
Ou céu de cimento e cal que nos acostumou?
Foi então que eu resolvi
Me desvincular
Desse fluxo inconvincente
Eu résolve parar
E ao te ver tão diferente quis lhe perguntar
De onde vem?
Pra onde vai?
Quer me acompanhar?
Que começa hoje
Começa hoje o recomeço meu
Venho aqui humildemente
Não pedir conselhos nem sorte
Nem pedir pra que em frente a morte
Só considerar
Se algo que disse prove
Não ser único, derradeiro, só
Talvez nos leve ao início
Ver o que acontecerá
Se foi a desilusão de um primeiro amor
Ou céu de cimento e cal que nos acostumou?
Comece hoje
Comece hoje
Comece hoje
Comece hoje o recomeço seu
versos que compomos na estrada - deixa como está
Deixe como está
De repente a gente aprende
Como sempre
num segundo se encontrar
Deixe como está
De repente a gente aprende
Como sempre
Um segundo se encontrar
Há de ser que leve tempo
Ou talvez que eu tenha sorte
Ou quem sabe em outra vida possa dar
Deixe que o tempo mostre
Que o tempo trate
Há tantas voltas pra se retratar
Deixe como está
De repente a gente aprende
Como sempre num segundo se encontrar
Pode ser que leve tempo
Ou talvez que eu tenha sorte
Ou quem sabe em outra vida possa dar
Deixe que o tempo mostre
O tempo trate
Há tantas voltas pra se retratar
Bem que a gente poderia se deixar levar
Se o tempo se esquecesse desse lugar
Deixe que o tempo mostre
O tempo trate
Há tantas voltas pra se retratar
Deixe que o tempo mostre
O tempo trate
Há tantas voltas pra se retratar
versos que compomos na estrada - desate o mundo
O frio, a noite e a condição
De mais um rosto que se vai
Ainda para e pensa onde vou parar
Quem sabe um tanto é confissão
E essa sentença de ficar
Quem sabe vai passar
Deserda o mundo que te tem
E pouco a pouco se desfaz
E grita aos ventos
Ei, não tem mais jeito
Eu sou feito do que não se faz
versos que compomos na estrada - mães e filhas
Posso abrir a janela?
Que o sol já vai raiar
Mãe eu quero sair
Filha eu vou te levar
Que o céu desenha poemas demais pra ficar
Mãe eu quero sair
Filha eu vou levar
E a vida vai te guiar
Quem sabe onde vai darâ?¦
Eu tenho as chaves pra ver
O mundo se enrolar
O mundo enquadra poemas demais pra ficar
Filha eu quero sair
Mãe eu vou te levar
E a vida vai te guiar
Quem sabe onde vai dar
Posso abrir a janela
Que o sol já vai raiar
Mãe eu quero sair
Filha eu vou te levar
Que o céu desenha poemas demais pra ficar
Filha eu quero sair
Mãe eu vou te levarâ?¦
versos que compomos na estrada - o poeta
Algo aconteceu
Me olham bem de frente não vêem mais eu
O mundo imprimiu em todos um rosto igual
E fez nesse gesto o nexo parecer tão normal
A desilusão e a temperatura amena há de retornar
Torna-la reduzida não mais brotar
E desabrochar aos ventos é ansiar feliz
Coloração mais gris
Algo se assucedeu
Me olham bem nos olhos não veem mais eu
O mundo imprimiu em todos um jeito igual
E fez nesse gesto o nexo parecer tão normal
A desilusão e a temperatura amena há de retornar
Torna-la reduzida não mais brotar
E desabrochar aos ventos é ansiar feliz
Coloração mais gris
Ele disse que volta
Mas não voltará
Ele disse que ama
Mas não sabe amar
E assim seguem nossos dias
Melhor se acostumar
O mundo acaba
Deixa ele se acabar
E assim seguem nossos dias
Melhor se acostumar
O mundo acaba
Deixa ele se acabar
Ele disse que volta
Mas não voltará
Ele disse que ama
Mas não sabe amar
E assim seguem nossos dias
Melhor se acostumar
O mundo acaba
Deixa ele se acabar
versos que compomos na estrada - que nem kalu
Ai de mim, se volta com esse jeito manso
Como quem quer por um segundo recordar
Ai de mim, sugiro deixar no passado
Se sabe que vai dar errado
Vá!
Tira esses olhos de mim, não faz assim que nem Kalu
Que não nos deixa esquecer, prosseguir
Tira esses olhos de mim, esqueço dessa sua ausência
Que lembra em nosso dia-a-dia da falta que faz sonhar
Decidi, sabendo bem o mal que faz
A tônica e as resultantes disso tudo
Escolho assim, ficar um pouco aqui quietinho
Tentado, mas vai ser melhor, bem melhor
Tira esses olhos de mim, não faz assim que nem Kalu
Que não nos deixa esquecer, prosseguir
Tira esses olhos de mim, esqueço dessa sua ausência
Que lembra em nosso dia-a-dia da falta que faz sonhar
Tira esses olhos de mim, não faz assim que nem Kalu
Que não nos deixa esquecer, prosseguir
Tira esses olhos de mim, esqueço dessa sua ausência
Que lembra em nosso dia-a-dia da falta que faz sonhar
versos que compomos na estrada - tempo
Tempo posso te pedir um segundo
Que fique um pouco
Fique um pouco mais
Sei não sou tão paciente contigo
E fique um pouco
Fique um pouco mais
Que enquanto esqueço lá fora
Passa por dentro outra hora
Reconstituo o que se desfaz
Passe devagar pra mim
Devagar pra mim
Tempo eu te confesso
Sempre o quanto mais te quero és
Tão cruel
Quando o mundo se esquece de nós
E a gente fica um pouco
Fica um pouco aflito
Sem versar
Sem ver céu
Sem ventar
Ã? deriva num mar de papel
Passe devagar pra mim
Devagar pra mim
Tempo eu te confesso
Sempre o quanto mais te quero és
Tão cruel
Devagar pra mim
Devagar por mim
Tempo eu te confesso
Sempre o quanto mais te quero és
Tão cruel
versos que compomos na estrada - todos os lugares
Encontra o destino um lugar
Envolto de chuva
Enquanto um rio se faz
Sob seus pés
Um novo edifício se ergue
Um velho lar se desfaz
Um curto recorte no tempo
Tão desconexo
Do que foi e o que virá
Assim como nós
Quando o vento passar
Quem ficará
Lembro em um retrato no chão
Nós
Uma casa
Recordação
Em todos os lugares
Todos ares
Todos os caminhos
Onde dão?
Todas as cidade
Nós
Abaixo do chão
Todos os lugares
Seus amores
Tanto que era tudo e já não é
Tudo que foi novo e fim
Cumpre a ilusão
versos que compomos na estrada - eu me chamo antônio