MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
tony de matos - o destino marca a hora
O destino marca a hora
Pela vida fora
Que havemos de fazer
O que rege a sorte agora
Foi escrito outrora
Logo ao nascer
O relógio marca o tempo de viver
Todos nós somos iguais
Se o destino nos condena
Não vale a pena
Lutarmos mais
O passado nunca volta, podes crer
O futuro não tem dono
Toda a flor por mais bonita há-de morrer
Quando chega o seu outono
Temos hoje p?ra viver toda uma vida
O amanhã, que l,onge vem!
A saudade está escondida
Num destino por medida
P?ra nós dois e mais ninguém
O relógio marca o tempo de viver
... ... ...
tony de matos - cartas de amor
Como jurei,
Com verdade o amor que senti
Quantas noites em claro passei
A escrever para ti
Cartas banais
Que eram toda a razão do meu ser
Cartas grandes, extensas, iguais
Ao meu grande sofrer
Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem
Porém de ti
Nem sequer uma carta de amor
Uma carta vulgar recebi
Pra acalmar minha dor
Mas mesmo assim
Eu para ti não deixei de escrever
Pois bem sabes que tu para mim
És todo o meu viver
Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem.
tony de matos - a rosinha dos limões
Quando ela passa, franzina e cheia de graça,
Há sempre um ar de chalaça, no seu olhar feiticeiro.
Lá vai catita, cada dia mais bonita,
E o seu vestido, de chita, tem sempre um ar
domingueiro.
Passa ligeira, alegre e namoradeira,
E a sorrir, p'rá rua inteira, vai semeando ilusões.
Quando ela passa, vai vender limões à praça,
E até lhe chamam, por graça, a Rosinha dos limões.
Quando ela passa, junto da minha janela,
Meus olhos vão atrás dela até ver, da rua, o fim.
Com ar gaiato, ela caminha apressada,
Rindo por tudo e por nada, e às vezes sorri p'ra
mim...
Quando ela passa, apregoando os limões,
A sós, com os meus botões, no vão da minha janela
Fico pensando, que qualquer dia, por graça,
Vou comprar limões à praça e depois, caso com ela!
tony de matos - balada para uma velhinha
Num banco de jardim uma velhinha
Está tão só com a sombrinha
Que é o seu pano de fundo.
Num banco de jardim uma velhinha
Está sozinha, não há coisa
Mais triste neste mundo.
E apenas faz ternura, não faz pena,
Não faz dó,
Pois tem no rosto um resto de frescura.
Já coseu alpergatas e
Bandeiras verdadeiras.
Amargou a pobreza até ao fundo.
Dos ossos fez as mesas e as cadeiras,
As maneiras
Que a fazem estar sentada sobre o mundo.
Neste jardim ela
À trepadeira das canseiras
Das rugas onde o tempo
É mais profundo.
Num banco de jardim uma velhinha
Nunca mais estará sozinha,
O futuro está com ela,
E abrindo ao sol o negro da
Sombrinha poídinha,
O sol vem namorá-la da janela.
Se essa velhinha fosse
A mãe que eu quero,
A mãe que eu tinha,
Não havia no mundo outra mais bela.
Num banco de jardim uma velhinha
Faz desenhos nas pedrinhas
Que, afinal, são como eu.
Sabe que as dores que tem também são minhas,
São moinhas do filho a desbravar que deus lhe deu.
E, em volta do seu banco, os
Malmequeres e as andorinhas
Provam que a minha mãe nunca morreu.
tony de matos - eu sou aquele
Eu sou aquele
Que em cada noite te persegue,
Eu sou aquele
Que quer esquecer-te e não consegue.
Eu que te espero,
Eu que te quero,
O que sonha ter pra sempre
o teu amor, o teu amor
Eu sou aquele
que por amor amará a vida,
Eu sou aquele
que mesmo longe não te olvida,
Sou quem te espera,
E desespera,
E o que reza, cada noite
por amor
Eu estou aqui, aqui
Para querer-te,
Eu estou aqui, aqui
Para adorar-te,
Eu estou aqui, aqui
Para dizer-te,
Que como eu...
Ninguém te amou...
Eu sou aquele
que por amor amará a vida,
Eu sou aquele
que mesmo longe não te olvida,
Sou quem te espera,
E desespera,
E o que reza, cada noite
por amor
Eu estou aqui, aqui
Para querer-te,
Eu estou aqui, aqui
Para adorar-te,
Eu estou aqui, aqui
Para dizer-te,
Amor, amo(oo)r, amo(oooo)r... amo(oooooo)r!!
tony de matos - fiz leilão de mim
Talvez de razão perdida
Quis fazer leilão da vida
Disse ao leiloeiro
Venda ao desbarato
Venda o lote inteiro
Que ando de mim farto
Meus versos que não são versos
Atirei ao chão dispersos
A ver se algum dia
O mundo pateta
Por analogia
Diz que sou poeta
Refrão:
Fiz leilão de mim
E fui por fim apregoado
Mas de mau que sou
Ninguém gritou arrematado
Fiz leilão de mim
Tinhas razão minha almofada
Com lances a esmo
Provei a mim mesmo
Que não valho mais que nada
Também quis vender meu fado
Meu modo de ser errado
Leiloei ternura
Chamaram-me louco
Mostrei amargura
E o mundo fez pouco
Depois leiloei carinho
E em praça fiquei sozinho
Diz-me a pouca sorte
Que para castigo
Até vir a morte
Vou ficar comigo.
tony de matos - gaivota
Se uma gaivota viesse
Trazer-me céu de Lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
Ã? uma asa que nãp voa
Esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se um Português marinheiro
Dos sete mares andarilho
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse
Se um ohar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse
Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
tony de matos - lado a lado
Somos dois caminhos paralelos
Vamos pela vida lado a lado
Doidos que nós fomos
Loucos que nós somos
Não sei qual é de nós mais desgraçado
Lado a lado, meu amor
Mas tão longe
Como é grande a distância entre nós
O que foi que se passou entre nós os dois
Que nos separou
Por que foi que os meus ideais
Morreram assim, dentro de mim
Ombro a ombro, tanta vez
Mas tão longe
Indiferença entre nós quem diria
Custa a crer que tanto amor
Tão profundo amor tenha acabado
E nós ambos, sem amor
Lado a lado
Fomos no passado um só destino
Fomos um amor desencontrado
Doidos que nós fomos
Loucos que nós somos
Não sei qual é de nós, amor, mais desgraçado
Lado a lado
... ... ...
tony de matos - lisboa à noite
Lisboa adormeceu, já se acenderam
Mil velas nos altares das colinas
Guitarras pouco a pouco emudeceram
Cerraram-se as janelas pequeninas
Lisboa forme um sono repousado
Nos braços voluptuosos do seu Tejo
Cobriu-a a colcha azul do céu estrelado
E a brisa veio, a medo, dar-lhe um beijo
Lisboa
Andou de lado em lado
Foi ver uma toirada
Depois bailou... bebeu...
Lisboa
Ouviu cantar o fado
Rompia a madrugada
Quando ela adormeceu
Lisboa não parou a noite inteira
Boémia, estouvanada, mas bairrista
Foi à sardinha assada lá na Feira
E à segunda sessão duma revista
Dali pró Bairro Alto então galgou
No céu a lua cheia refulgia
Ouviu cantar a Amália e então sonhou
Que era a saudade aquela voz que ouvia
Lisboa
Andou de lado em lado
.... .... ....
tony de matos - lugar vazio
É de noite que eu me lembro
De tudo o que eu tinha
Ao deixar-te abandonada
Deitada, sozinha
Lembro aquela felicidade
Que um dia foi minha
Chego a julgar-me a teu lado
Contigo, deitado,
Procuro na escuridão
Mas o teu lugar vazio
Está tão vazio e tão frio
Como esse teu coração
Olhando a tua moldura
Deduzo por fim
Que ambos sofremos o mesmo
Destino ruim
Falta nela o teu retrato
E faltas-me tu a mim
Chego a julgar-me a teu lado
... ... ...
tony de matos - o fado mora em lisboa
INSTRUMENTAL
Passeia, pâ??lo mundo inteiro
Por gostar da vida boa
Mas não mora no estrangeiro
O fado mora em Lisboa.
Já morou na Mouraria,
Mas depois num sobressalto
Tratou da mudança e um dia
Foi p'ro Bairro Alto.
O fadinho mora sempre, por castigo,
Num bairro antigo, num bairro antigo,
E a seu lado, p'ra falarem à vontade
Mora a saudade, mora a saudade.
Quase em frente, numa casa de pobreza
Vive a tristeza, vive a tristeza,
Tem corrido os velhos bairros sempre à toa
Mas mora em Lisboa, mas mora em Lisboa.
Quando vai cantar lá fora
Tem uma ideia bizarra.
Leva um estribilho que chora
Na voz triste da guitarra.
Canta lá dias a fio
Mas, depois numa ansiedade,
Volta sempre num navio
Chamado Saudade.
O fadinho mora sempre, por castigo,
Num bairro antigo, num bairro antigo,
E a seu lado, p'ra falarem à vontade
Mora a saudade, mora a saudade.
Quase em frente, numa casa de pobreza
Vive a tristeza, vive a tristeza,
Tem corrido os velhos bairros sempre à toa
Mas mora em Lisboa, mas mora em Lisboa.
INSTRUMENTAL
Quase em frente, numa casa de pobreza
Vive a tristeza, vive a tristeza,
Tem corrido os velhos bairros sempre à toa
Mas mora em Lisboa, mas mora em Lisboa.
tony de matos - oh tempo volta pra trás
INSTRUMENTAL
A Severa, foi-se embora.
O tempo, p'ra mim parou.
Passado que foii com ela,
Para mim não mais voltou.
As horas pra mim são dias,
As horas pra mim são dias,
Os dias pra mim são anos.
Recordação é saudade,
Recordação é saudade,
Saudades são desenganos.
Oh tempo volta pra trás,
Traz-me tudo o que eu perdi.
Tem pena e dá-me a vida,
A vida que eu já vivi.
Oh tempo volta pra trás,
Mata as minhas esperanças vãs.
Vê que até o próprio sol,
Volta todas as manhãs.
Vê que até o próprio sol,
Volta todas as manhãs.
Porque será que o passado,
E o amor são tão iguais.
Porque será que o amor,
Quando vai, não volta mais.
Mas para mim a Severa,
Mas para mim a Severa,
Tem o eco dos meus passos.
Eu tenho a saudade à espera,
Eu tenho a saudade à espera,
Que ela volte prós meus braços.
Oh tempo volta pra trás,
Traz-me tudo o que eu perdi.
Tem pena e dá-me a vida,
A vida que eu já vivi.
Oh tempo volta pra trás,
Mata as minhas esperanças vãs.
Vê que até o próprio sol,
Volta todas as manhãs.
Vê que até o próprio sol,
Volta todas as manhãs.
INSTRUMENTAL
Oh tempo volta pra trás,
Mata as minhas esperanças vãs.
Vê que até o próprio sol,
Volta todas as manhãs.
Vê que até o próprio sol,
Volta todas as manhãs.
tony de matos - procuro e não te encontro
Procuro e não te encontro
Não paro, nem volto atrás
Eu sei, dizem todos que é loucura
Eu andar à tua procura
Sabendo bem onde tu estás!
Procuro e não te encontro
Procuro nem sei o quê!
Só sei, que por vezes ficamos frente a frente
E ao ver-te ali finalmente
Procuro, mas não te encontro!
Preferes a outra e queres
Que eu nunca, vá ter contigo
Por isso, tenho um caminho marcado
E vou procurar-te ao passado
Para lembrar o amor antigo
Procuro e não te encontro,
Procuro, nem sei o quê
Só sei, que por vezes ficamos frente a frente
E ao ver-te ali finalmente
Procuro, mas... não te encontro!
tony de matos - saudade vai te ambora
Olho a terra, olho o céu
E tudo me fala de ti
Do teu amor que perdi
Quando a minh?alma se perdeu
Sim, a única verdade
Presente no nosso amor
Tem como imagem a cor
Tão bela e triste da saudade
Refrão:
Saudade, vai-te embora
Do meu peito tão cansado
Leva para bem longe este meu fado
Ficou
Escrita no vento esta paixão
E à noite o vento é meu irmão
Anda a esquecer a tempestade
Também
Quero olvidar esta saudade
Ai de mim, que não consigo
Volta amor, porque é verdade
Vai-se a dor, volta a alegria
Vai-se o amor, fica a amizade
Só não parte do meu peito
Esta profunda saudade
Porque será que não vens
Espreguiçar-te nos meus braços?
Porque será que me tens
Na poeira dos teus passos?
Refrão
tony de matos - só nós dois é que sabemos
Só nós dois é que sabemos
Quanto nos queremos bem
Só nós dois é que sabemos
Só nós dois e mais ninguém
Só nós dois avaliamos
Este amor forte e profundo
Quando o amor acontece
Não pede licença ao mundo
Anda, abraça-me... beija-me
Encosta o teu peito ao meu
Esquece que vais na rua
Vem ser minha e eu serei teu
Que falem não nos interessa
O mundo não nos importa
O nosso mundo começa
Cá dentro da nossa porta
Só nós dois é compreendemos
O calor dos nossos beijos
Só nós dois é que sofremos
A tortura dos desejos
Vamos viver o presente
Tal qual a vida nos dá
O que reserva o futuro
Só deus sabe o que será
Anda, abraça-me... beija-me
... ... ... ...
Cds tony de matos á Venda