MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
tonico e tinoco - tristeza do jeca
Nestes verso tão singelo
Minha bela, meu amor
Pra mecê quero contar
O meu sofrer e a minha dor
Eu sô que nem sabiá
Quando canta é só tristeza
Desde o gaio onde ele tá
Nesta viola eu canto e gemo de verdadi
Cada quadra representa uma saudade
Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira chão
Tudu cheio de buraco
Adonde a lua fai clarão
Quando chega a madrugada
Lá no mato a passarada
Principia um baruião
Nesta viola eu canto e gemo de verdadi
Cada quadra representa uma saudade
Lá no mato tudo é triste de meu jeito de cantar
Pois um jeca quando canta têm vontade de chorar
O choro que vai caindo
Devagar vai se sumindo
Como as água vão pro mar
Nesta viola eu canto e gemo de verdadi
Cada quadra representa uma saudade
tonico e tinoco - bailão gaúcho
Ao Rio Grande do Sul adorado
Conservando lindas tradição
Os gaúchos dançando arrasta-pé
E as prendas enfeitando os bailão.
Dança o xote e dança a vaneira
Rancheira e também vaneirão
Os gaúchos dançando arrasta-pé
E as prendas enfeitando os bailâo.
Nos bailãos se reúne as famílias
Os gaúchos tomando mé
E um viva para o Rio Grande
Os gaúchos no arrasta-pé.
tonico e tinoco - assim É que É o sertão
(Assim é que é o sertão
Assim é que é o sertão
Assim é que é o sertão
Assim é que é o sertão)Quem não conhece a beleza dessas matas
Quem não conhece uma rua de café
Quem não conhece essas fontes e cascatas
Uma rocinha, um ranchinho de sapé
Quem não conhece a batida dum machado
Quem não conhece uma colheita de argodão
Quem não conhece um violeiro apaixonado
Uma viola, uma saudade, uma canção
(Assim é que é o sertão
Assim é que é o sertão
Assim é que é o sertão
Assim é que é o sertão)
Quem não conhece o cantar da passarada
O milho verde bem no ponto de colher
Quem não conhece a primavera perfumada
Perca um dia e venha de perto ver
Quem não conhece um estouro de boiada
Que o fazendeiro tem orgulho de ser sua
Quem não conhece uma festa de terreiro
Que só termina quando esconde a lua
(Assim é que é o sertão
Assim é que é o sertão
Assim é que é o sertão
Assim é que é o sertão)
Quem não conhece o vigário da capela
Casamenteiro como esse outro não há
Quem não conhece a cabocla, flor mais bela
Que a natureza até hoje pode dá
(Assim é que é o sertão
Assim é que é o sertão
Assim é que é o sertão
Assim é que é o sertão)
tonico e tinoco - festa na roça
Festa na roça
É a festa do arraial
O povo canta, dança e pula
Vamos todos chacoalhar
Festa na roça é alegria
O ano inteiro, é todo dia
Festa na roça
É a festa do arraial
O povo canta, dança e pula
Vamos todos chacoalhar
Festa na roça que bom que é
É no catira e Arrasta-Pé
Festa na roça
É a festa do arraial
O povo canta, dança e pula
Vamos todos chacoalhar
Festa na roça é o sanfoneiro
Que vai dançando lá no terreiro
Festa na roça
É a festa do arraial
O povo canta, dança e pula
Vamos todos chacoalhar
tonico e tinoco - chico mineiro
Cada vez que me "alembro"
do amigo Chico Mineiro,
das viage que nois fazia
era ele meu companheiro.
Sinto uma tristeza,
uma vontade de chorar,
alembrando daqueles tempos
que não hai mais de voltar.
Apesar de ser patrão,
eu tinha no coração
o amigo Chico Mineiro,
caboclo bom decidido,
na viola era delorido e era o peão dos boiadeiro.
Hoje porém com tristeza
recordando das proeza
da nossa viage motin,
viajemo mais de dez anos,
vendendo boiada e comprando,
por esse rincão sem-fim
caboco de nada temia.
Mas porém, chegou o dia
que Chico apartou-se de mim.
Fizemo a urtima viage
Foi lá pro sertão de Goiai.
Fui eu e o Chico Mineiro
também foi um capatai.
Viajemo muitos dia
pra chega em Ouro Fino
aonde noi passemo a noite
numa festa do Divino.
A festa tava tão boa
mas ante não tivesse ido
o Chico foi baleado
por um home desconhecido.
Larguei de compra boiada.
Mataram meu cumpanheiro.
Acabou o som da viola,
acabou seu Chico Mineiro.
Despoi daquela tragédia
fiquei mais aborecido.
Não sabia da nossa amizade.
Porque nós dois era unido.
Quando eu vi os seus documentos
me cortou meu coração
vim sabê que o Chico Mineiro
era meu ligítimo irmão.
tonico e tinoco - baile na roça
Baile na Roça meu bem, se dança assim: pego na cintura dela e ela garra?cá? em mim (BIS)
E o sanfoneiro toca toca alegria,
Vamo vamo minha gente, até clarear o dia
Refrão
Introdução
Refrão
Dança dança com a morena, dança dança com a loirinha
Começa o baile na tuia, e termina na cozinha.
Refrão
Introdução
Refrão
Viva o baile na roça, viva a noite de S. João
E o povo brasileiro por ser tanta tradição
tonico e tinoco - joão de barro
O João de Barro pra ser feliz como eu
Certo dia resolveu arranjar uma companheira
Num vai e vem com o barro da biquinha
Ele fez sua casinha lá no galho da paineira
Toda manhã o pedreiro da floresta
Cantava fazendo festa pra'quela que tanto amava
Mas quando ele ia buscar um raminho
Para construir seu ninho seu amor lhe enganava
Mas neste mundo o mal feito é descoberto
João de Barro viu de perto sua esperança perdida
Cego de dôr trancou a porta da morada
Deixando lá sua amada presa pro resto da vida
Que semelhança entre o nosso fadário
Só que eu fiz o contrário do que o João de Barro fez
Nosso Senhor me deu força nesta hora
A ingrata eu pus pra fora onde anda eu não sei
tonico e tinoco - moreninha linda
Meu coração tá pisado
Como a flor que murcha e cai
Pisado pelo desprezo
Do amor quando se vai
Deixando a triste lembrança
Adeus para nunca mais
Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você
O amor nasce sozinho
Não é preciso plantar
A paixão nasce no peito
Farsidade no olhar
Você nasceu para outro
Eu nasci para te amar
Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você
Eu tenho meu canarinho
Que canta, quando me vê
Eu canto por ter tristeza,
Canário por padecer
Da saudade da floresta,
Eu saudades de você
Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você
tonico e tinoco - história da minha vida
Eu vô conta pra vocês
O que eu na vida passei
Desde o tempo de criança
Quando sem pai eu fiquei
Nói morava no sertão
Fio mais veio era eu
Eu só tinha doze ano
Quando meu pai faleceu
Minha mãezinha coitada
Quase morreu de chora
Nesse tempo de minino
Comecei a trabaiá
Quando o sór vinha nascendo
Eu já tava no roçado
Quando o armoço chegava
De suor tava moiado
DECLAMADO
Mais despoi a minha mãe
Resorveu de se casá
Nóis fiquemo abandonado
Tudo triste a soluça
CANTADO
No dia que ela casô
Do meu pai me feis lembrá
Meu coração tinha dor
Não pude nada fala
O marvado que levo
Nossa mãe do coração
Cinco fio aqui fico
Tão sozinho no sertão
Peço a Deus pra me ajuda
Nesta triste solidão
Eu sozinho a trabaiá
Pra trata dos meus irmão
Santa virge lá do céu
Carinhosa de bondade
Cuida bem de nossa mãe
Que nói dela tem saudade.
tonico e tinoco - minha terra minha gente
São manuel padroeiro
Protege o roceiro com sua bênção
O teu progresso gigante
Cidade importante de paz e união
Ai, tudo traz recordação
Minha gente, meu sertão
Ai, tudo traz recordação
Minha gente, meu sertão
Foi rever minha palhoça
Casinha da roça lá do meu rincão
A cerca de taquara
Porteira de vara, bem lá no espigão
Ai, tudo traz recordação
Minha gente, meu sertão
Ai, tudo traz recordação
Minha gente, meu sertão
Chorando quem está ausente
Amigo e parente, a recordação
Quem foi para a eternidade
Deixaram saudade em nosso coração
Ai, tudo traz recordação
Minha gente, meu sertão
Ai, tudo traz recordação
Minha gente, meu sertão
tonico e tinoco - menino da porteira
Toda vez que eu viajava
Pela estrada de ouro fino
De longe eu avistava
A figura de um menino
Que corria abri a porteira
Depoi vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço
Que é pra mim ficá ouvindo
Quando a boiada passava
Que a porteira ia fechando
Eu jogava uma moeda,
Ele saia pulando;
Obrigado, boiadeiro
Que Deus vai lhe acompanhando
Pra aquele sertão afora
Meu berrante ia tocando
No caminho desta vida
Muito espinho encontrei
Mais nenhum calou mais fundo
Do que isso que eu passai:
Na minha viage de volta
Quarqué coisa eu cismei,
Vendo a porteira fechada
E o menino não avistei
A piei do meu cavalo
Num ranchinho beira chão,
Vi uma muié chorando
Quis sabê qual a razão:
Boiadeiro veio tarde,
Veja a cruz no estradão,
Quem matou o meu filinho
Foi um boi sem coração
Lá pra banda de ouro fino
Levando o gado servage,
Quando eu passo na porteira
Até vejo sua image
O seu rangido tão triste
Mai parece uma mensage
Daquele rosto trigueiro
Desejando me boa viage
A cruzinha do estradão
Do pensamento não sai
Eu já fiz um juramento
Que eu não esqueço jamais
Nem que o meu gado estore
Que eu preciso ir atrás
Nesse pedaço de chão
Berrante eu não toco mais.
tonico e tinoco - rancho de palha
(â??Vida feliz na roça
Quer de noite, quer de dia
Do roçado à véia choça
Onde tudo é poesia
O caboclo sertanejo
Repica a viola e violão
Cantando em lindos solfejo
As modinhas do sertãoâ?)
Caboclo roceiro vive no sertão
Com muié e fio, suas criação
A roça de mio, o seu alazão
Seu ranchinho novo pra lá do espigão
Domingo e dia santo vai no catira
Disfarçando a mágoa na viola caipira
As moda é bonita que o povo admira
Os verso é saudoso, as morena suspira
Nos dias de chuva o riacho espáia
Vai na pescaria quando não trabáia
Acende seu pito e nada atrapáia
Caboclo é feliz no seu rancho de páia
O Brasil caboclo tem as lindas cenas
As tardes são preces, a noite é poema
O luar de prata, as manhãs serenas
Tudo é poesia, cabocla morena
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
tonico e tinoco - fazenda da saudade
Declamado:
O meu pai véio carrero,
macho barbaridade.
O meu pai índio matero,
era sua identidade.
Tô seguindo seu rotero,
Com a minha qualidade,
Pois eu sou o seu erdero,
da Fazenda da Saudade.
Da Fazenda da Saudade,
Ai,quantas lembrança trais,
do tempo que já passou
e das coisas atuais.
É o marco da saudade
os que por aqui passô,
O véio Tonho carrero,
o primeiro moradô.
Estribilho:
Quanta saudade
da Fazenda da saudade. (bis)
O baile quanta alegria
não fartando o sanfoneiro.
Antonio Carrero marca
a quadrilha no terrero,
o patrão também dançava
ai, junto com os camarada.
Violeiro no fandango
Cantando até madrugada.
Quanta saudade...
O gado pra exportação,
prantação de tudo um pouco,
o progresso do Brasil
vem do braço do caboclo.
Abre a porteira da vida,
da Fazenda da Saudade,
Vendo os fio crescendo
ai quanta felicidade.
Quanta saudade...
tonico e tinoco - marvada pinga
Com a marvada pinga
É que eu me atrapaio
Eu pego no copo e já dou meu taio
Eu chego na venda e dali não saio
Ali memo eu bebo
Ali memo eu caio
Só pra carregar nunca dei trabaio
Oi lá
Sempre bebo a pinga
Porque gosto dela
Bebo da branquinha,
Bebo da amarela
Eu bebo no copo, bebo na tigela
Bebo temperada com cravo e canela
Seja em qualquer tempo vai
Pinga na goela
Oi lá
Venho da cidade
Já venho cantando
Trago um garrafão
Que venho chupando
Venho pro caminho,
Venho trupicando
Chutando o barranco
Venho cambetiando
No lugar que eu caio
Já fico roncando
Oi lá
Não largo da pinga
Nem que eu tome pito
Que é de inclinação eu acho bonito
O cheiro da pinga fico meio aflito
Bebo uma garrafa e já quero um litro
Já fico babando crio dois espírito
Oi lá
Pinga temperada eu não modifico
Quem manda no bule
Eu chupo no bico
Vou rolar na pueira
Que nem tico-tico
Vou de quatro pé destripando o bico
Junta a mosquiteira
Mas eu não implico
Oi lá
A muié me disse
Ela me falou
Largue dessa pinga
Peço por favor
Prosa de muié
Nunca dei valor
Bebo no sol quente
Pra esfriar o calor
E bebo de noite pra fazer suador
Oi lá
A muié me disse
Largue de beber
Pois eu com essa pinga
Hei de combatê
Você fique quieto largue
De tremer
Depois que se embriaga
Não levanto ocê
Vô deixá da pinga
So quando eu morrê
tonico e tinoco - filho pródigo
Eu tinha bom gado de corte, eu tinha bom gado leiteiro
Eu tinha um cavalo baio e um abundante celeiro
Eu era muito respeitado, eu fui campeão de rodeio
E por toda a redondeza queriam ouvir meu ponteio
Por causa de um par de olhos
Azuis claros como luar
Eu disse meu Pai vou embora
Eu vou procurá-la
Sem ela eu não posso ficar!
Andei lado a lado com a morte por este mundo a vagar
Eu que era amigo da sorte, fui companheiro do azar
Então me tornei vagabundo a dor e a fome chegou
Comi, maltrapilho e imundo o pão que o diabo amassou
Depois de muitas andanças
Encontrei-me com ela num bar, ai
Rindo e bebendo com outro
E naquele lugar
Decidi que eu ia voltar!
No longo caminho da volta a tristeza e a solidão
Sem saber seria bem vindo por meu pai, também meu irmão
Ao longe avistei minha casa, bateu forte o meu coração
O pranto escorreu em meu rosto molhando a poeira no chão
Meu pai com seus braços abertos ,
Disse: Meu Filho voltou , ai , ai, ai
Três dias, três noites de festas ,
O sino tocou
Anunciando que a paz retornou.
Cds tonico e tinoco á Venda