MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
tião carreiro & paraíso - boiadeiro é boi também
Vai boiada deixando poeira pra trás.
Eu vou com você boiada eu vou e não volto mais.
A boiada vai pro corte eu no corte já estou.
No corte da ingratidão que o senhor me preparou.
Com muita dor e tristeza vou levando esta boiada.
Se a dor ocupasse espaço não cabia nessa estrada.
Vai boiada...
Nesta boiada vai boi que puxou carro e arado.
Sofreu debaixo de canga sem receber ordenado.
Eu também sofri na unha de um senhor muito malvado.
Que a custa do meu suor tesouro ele tem guardado.
Vai boiada...
Engoli muita poeira em cima de um arreio.
Esperando a recompensa que até agora não veio.
Boiadeiro e boiada são dois filhos de ninguém.
Nas mãos de um senhor malvado boiadeiro é boi também.
Vai boiada...
tião carreiro & paraíso - amor e perfeição
Não corte o verde não derrube a mata
Não jogue detritos nas águas do rio
Não destrua a vida de quem nada destruiu
Não faça fumaça para não cobrir o sol
Se lhe faltar a luz poderá morrer de frioNão queime a campina não seque o varjão
Suba na colina veja a imensidão
Quem fez a natureza tem cuca e pé no chão
Não é aventureiro submisso e nem patrão
É o Pai de todos nós é o Amor e a Perfeição
Não use gaiola e nem matadouro
Não use anzol nem guasca de couro
Não queira ensinar o que ainda tem que aprender
Pra desfrutar a paz precisa saber viver
É só não plantar no mundo o que não quiser colher
Você que estuda ciência e medicina também
Você que constrói cidade na idade que o mundo tem
Não vejo nenhum invento para construir o bem
Talvez o homem esqueceu eu vim pra lembrar que tem
A essência do amor mas é só em Deus e mais ninguém
tião carreiro & paraíso - parede e meia
Esta vida meu bem não é vida...
Você ama e não é amada...
Seu amor passa as noites com outra...
E só chega quando é madrugada...
Você fica sozinha em seu leito...
A chorar esperando o seu bem...
Sem saber que no quarto vizinho...
Eu padeço por você também...
Eu...
Vejo a luz que em seu quarto clareia...
Nós moramos de parede e meia...
Sei o quanto que você padece...
Sinto...
O desejo de beijar seu rosto...
E abraçar o seu lindo corpo...
Que espera por quem não merece...
Você chora e fala baixinho...
Reclamando o martírio absurdo...
Sem saber que eu estou acordado...
Em meu quarto escutando tudo...
E quando ele bate na porta...
Você corre a abrir no ensejo...
Com carinho e afeto recebe...
Quem esta enjoado de beijos...
Eu...
Vejo a luz que em seu quarto clareia...
Nós moramos de parede e meia...
Sei o quanto que você padece...
Sinto...
O desejo de beijar seu rosto...
E abraçar o seu lindo corpo...
Que espera por quem não merece...
tião carreiro & paraíso - noites de angústia
Sei que nunca mais voltarei aos braços de quem eu tanto amo
Embora eu tenha que me esforçar para esquecer
Esta saudade que fere meu peito sempre me acompanha
E sei também que por muito tempo irei padecer
Amei de mais fui abandonado inocentemente
Por isso mesmo aquela mulher eu não quero ver
Ela foi cruel ao renunciar meu amor sincero
Agora do mundo nada mais espero
Nem mesmo que outra possa me querer...
Que noites tão longas, são as minhas noites
Vejo seu retrato não posso dormir
Daquele dia que você meu bem destruiu meu sonho
Esteja certa que por toda vida eu também morri.
Que noites tão longas, são as minhas noites
Vejo seu retrato não posso dormir
Daquele dia que você meu bem destruiu meu sonho
Esteja certa que por toda vida eu também morri!!!!!!
tião carreiro & paraíso - alma de boêmio
A minha sorte foi tirana e a desdita,
Me faz sofrer por amar quem não me quer,
Isto acontece para o homem que acredita,
Que existe amor no coração de uma mulher.
Por mais que eu queira esquecer o meu passado,
Meu sofrimento é viver pensando nela,
E os amigos pra me verem magoado,
Quando me encontram, vem me dar notícias dela.
Só tenho a lua e a bebida como herança,
Este mulher me este maldito prêmio,
E hoje dela só me resta uma lembrança,
A torturar a minha alma de boêmio.
Embriagado, passo às noites pelas rua,
Ninguém tem pena deste meu triste viver,
Olho pro céu pra contemplar a luz da lua,
E representa, sua imagem aparecer.
Foi o desgosto que atirou-me nesta vida,
Abandonado e renegado pelo mundo,
Eu vivo sempre naufragado na bebida,
Tornei-me apenas um boêmio vagabundo.
Perdi amigos, perdi tudo que já tive,
Em altas noites, só o sereno me abraça,
E esta mulher na mesma rua ainda vive,
Segue com outro, a brindar minha desgraça.
( Ela recitando )
Se hoje estás abandonado, tú mesmo és culpado, pois não me soubeste amar,
tú caminha sem guarida, e eu, triste, brindo tua despedida, na mesa deste bar.
( Ele recitando )
Segue, segue agarrada à tua taça, zombando de minha desgraça, que breve
chegará ao fim, quando eu for pra eternidade, tú lembrarás com saudade, e
hàs de chorar por mim.
Foi o desgosto que atirou-me nesta vida,
Abandonado e renegado pelo mundo,
Eu vivo sempre naufragado na bebida,
Tornei-me apenas um boêmio vagabundo.
Perdi amigos, perdi tudo que já tive,
Em altas noites, só o sereno me abraça,
E esta mulher na mesma rua ainda vive,
Segue com outro, a brindar minha desgraça...
tião carreiro & paraíso - sertão vazio
Sertão vazio gigante adormecido
Coração ferido por golpes fatais.
Ninho sem ave jardim sem flor
Começo de dor final de uma paz.
No seu recanto cheio de tristeza
Chora a natureza o riacho murmura.
Vivo na cidade sou um pobre coitado
Longe do roçado colhendo amargura.
Os donos do mundo com golpes vibrantes
Meu sertão gigante fez adormecer.
Velhas tradições caíram pra sempre
Ficando somente a brisa a gemer.
Descendo serra entre verde mato
Soluça o regato despertando a fonte.
Até a lua que era risonha
Parece tristonha lá no horizonte.
Sertão vazio devagar vai morrendo
Em silêncio sofrendo a destruição.
Igual tecido desfeito em retalho
Gotas de orvalho sumindo no chão.
Lágrimas de sangue derramando eu vejo
Muitos sertanejos com alma ferida.
Meu sertão vazio dorme soluçando
Acorda chorando nas manhãs sem vida.
Aqui bem distante um grande desgosto
Sentindo no rosto meu pranto cair.
Sertão vazio é um reinado sem rei
Seu nome gritarei pra cidade ouvir.
As grandes cidades tem agriculturas
E ninguém segura tua marcha-ré.
Querido sertão poderosa raiz
Sem você meu país não aguenta de pé.
tião carreiro & paraíso - amor de uma noite
A vida que levo não presta
Mas vivendo passei a gostar
Transformei minha vida num jogo
E perdendo aprendi a ganhar
Coloquei cadeado no peito
E mandei minhas mágoas embora
Para sempre apaguei da lembrança
Os momentos sofridos de outrora
Uma noite que vai, outra noite que vem
Nunca me falta carinho de alguém
Um disco tocando, bebidas na mesa
Amor de uma noite não mata ninguém
Coloquei cadeado no peito
E mandei minhas mágoas embora
Para sempre apaguei da lembrança
Os momentos sofridos de outrora
Uma noite que vai, outra noite que vem
Nunca me falta carinho de alguém
Um disco tocando, bebidas na mesa
Amor de uma noite não mata ninguém
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
tião carreiro & paraíso - aos pés do altar
Estou triste, muito triste nesta hora
E me esforço pra não dar demonstração
Choro por dentro, porém conservo sorriso por fora
Pra esconder a grande mágoa do meu coração
Quem tanto amo vai casar neste momento
Ã? o casamento mais feliz desta cidade
E eu maldito a santa lei do casamento
Que destruiu meu lindo sonho de felicidade
No momento que a multidão se cala
Ouço o ciúme a gritar dentro de mim
Eu gostaria que minha amada perdesse a fala
E não tivesse condições de dizer o sim
A vingança que meu coração deseja
Ã? uma loucura que eu não posso aceitar
O que eu queria era roubar a noiva da igreja
E deixar o noivo falando sozinho aos pés do altar
No momento que a multidão se cala
Ouço o ciúme a gritar dentro de mim
Eu gostaria que minha amada perdesse a fala
E não tivesse condições de dizer o sim
A vingança que meu coração deseja
Ã? uma loucura que eu não posso aceitar
O que eu queria era roubar a noiva da igreja
E deixar o noivo falando sozinho aos pés do altar
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
tião carreiro & paraíso - prato do dia
Sobre as margens de uma estrada,
Uma simples pensão existia.
A comida era tipo caseiro,
E o frango caipira era o prato do dia.
Proprietário homem de respeito,
Ali trabalhava com sua família.
Cozinheira era sua esposa,
E a garçonete era uma das filhas.
Foi chegando naquela pensão,
Um viajante já fora de hora.
Foi dizendo para a garçonete,
Me traga um frango vou jantar agora.
Eu estou bastante atrasado,
Terminando eu já vou embora.
Ela então respondeu num sorriso,
Mamãe tá de pé pode crer não demora.
Quando ela foi servir a mesa.
Delicada e com muito bom jeito.
Me desculpe mas trouxe uma franga,
Talvez não esteja cozida direito.
O viajante foi lhe respondendo,
Pra mim franga crua talvez eu aceito.
Sendo uma igual a você,
Seja a qualquer hora também não enjeito.
Foi saindo de cabela baixa,
Pra queixar ao seu pai a mocinha.
Minha filha mate outra franga,
Pode temperar, porém não cozinha.
Vou levar esta franga na mesa,
Se bem que comigo a conversa é curtinha.
É a coisa que mais eu detesto,
É ver homem barbado fazendo gracinha.
Foi chegando o velho e dizendo,
Vim trazer o pedido que fez.
Quando o cara tento recusar,
Já se viu na mira de um schimith inglês.
O negócio foi limpar o prato,
Quando o proprietário lhe disse cortêz.
Nós estamos de portas abertas,
Pra servir à moda que pede o freguês.
tião carreiro & paraíso - os milagres do menino da tábua
Eu vou contar uma historia ela é pura e real que ate hoje no
mundo não existe outra igual.......
tião carreiro & paraíso - mineirinho de fibra
Um mineirinho de fibra
Neto de um velho escravo
Da pele bem bronzeada
Cor de canela com cravo
Criado no sertão bruto
No meio de bicho bravo
Dentro da sua razão
Ele gastava um milhão
Pra defender um centavo
Na sua cama de esteira
Sonhava com o tesouro
E se viu ganhar dinheiro
Mas sem levar desaforo
Com esperança e coragem
Chegou na terra do ouro
Onde a lei era o patrão
E quem lhe dissesse não
Ali deixava seu couro
Mas o mineiro de fibra
Com boato não se zanga
Na luta em busca do ouro
Ele arregaçou as manga
Encontrou uma fortuna
Sofrendo igual boi de canga
Foi receber seu quinhão
Mas encontrou seu patrão
Entre um bando de capanga
Como estava acostumado
Seu patrão falou assim
Tudo que sai dessa terra
Pertence somente a mim
Ou você volta sem nada
Ou vai encontrar seu fim
Mineirinho respondeu
Vou levar o que é meu
Foi pra isso que eu vim
Começou o jogo da morte
Aonde o ouro era a taça
Mas só se via capanga
Tombando entre a fumaça
Patrão deu a sua parte
Deixou de fazer trapaça
Não viveu mais na pobreza
Mas pra ter sua riqueza
Mineirinho mostrou raça
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
tião carreiro & paraíso - a grande cilada
Malandro de muita arte que roubou a vida inteira.
Parecia homem de Marte lambari da corredeira.
Embrulhou por toda parte a polícia brasileira.
Parecia o Malazarte carregou água em peneira.
Um rato de muita arte sem cair na ratoeira.
Malandro pintou o sete fez ponta de canivete,
Virar bico de chaleira.
Era liso igual quiabo não falhava um truque seu.
Soldado, sargento e cabo na poeira se perdeu.
Pegou gato pelo rabo e como lebre vendeu.
Enganou até o diabo que na frente apareceu.
Era um cascavel dos bravo bote errado nunca deu.
Malvado e desumano embrulhou até cigano,
Que com ele se envolveu.
Na capital de São Paulo o malandro apareceu.
E dando uma de galo a mão no peito bateu.
Para pisar no meu calo quero ver quem que nasceu.
Não vou cair do cavalo rei dos malandro sou eu.
Não pode cair no pialo quem com classe aprendeu.
Os delegado só prende malandro que não entende,
E não foi aluno meu.
Vestido de militar mulher rica consegui.
Hoje vou me casar até o padre vai cair.
Não era flor de cheirar o padre que estava ali.
Você não é militar há tempos te persegui.
Aqui nos pés do altar sua fama vai sumir.
Você é um malandro otário eu também não sou vigário,
Eu sou o Doutor Fleury.
tião carreiro & paraíso - candieiro da fazenda
Chibante e Valente,
Bordado e Coração,
Marmelo e Marcante,
Carreiro pai João,
Na frente o candieiro,
Menino de pé no chão,
Ele era apaixonado
Pela filha do patrão.
Ai, meu Deus, o menino era eu,
Ai, meu Deus, o menino era eu,
A paixão virou ferrão,
Come fere o peito meu.
A menina se formou,
Tem um diploma na mão,
Eu na escola do mundo
Não aprendi a lição.
Hoje ela é casada,
Está morando na cidade,
Está nos braços de outro
E eu nos braços da saudade.
Ai, meu Deus, o menino era eu,
Ai, meu Deus, o menino era eu,
A paixão virou ferrão,
Como fere o peito meu.
Pai João já foi pro céu,
Sua boiada morreu,
O velho carro de boi
Nem sei o que aconteceu.
Eu não bati na boiada,
Mas o mundo me bateu,
A paixão virou ferrão
E o boi de carro sou eu.
Ai, meu Deus, o menino era eu,
Ai, meu Deus, o menino era eu,
A paixão virou ferrão,
Como fere o peito meu.
tião carreiro & paraíso - cerne de aroeira
Para chegar nessa terra...
Vim arriscando a sorte...
Bebi água envenenada respirei, o ar da morte...
Na navalha do destino... vim rastejando no corte...
Eu vim trazendo coragem, esperança e sangue forte...
A minha pobre bagagem eu mesmo fiz o transporte...
Para entrar na batalha...
Saí da minha trincheira...
Com pingos do meu suor fui apagando a poeira...
Com fibra e resistência, igual cerne de aroeira...
Eu sempre segui avante, atravessando barreira...
E no mastro da vitória hasteei minha bandeira...
Chorei muito no passado...
Para sorrir no presente...
Estou colhendo o fruto onde plantei a semente...
A minha mão calejada é minha grande patente...
E tudo que hoje tenho, agradeço a Deus somente...
Porque na luta da vida eu venci honestamente...
Gente que me vê na sobra...
Tem inveja do que sou...
Mas não sabe que o sol muitas vezes me queimou...
Nos caminhos que passei, muita gente não passou...
Nas lutas que eu venci, eu vi gente que tombou...
Precisa ter fé em Deus para chegar onde estou...
tião carreiro & paraíso - nos braços da solidão
Meu bem o nosso amor esta morrendo
Não sei qual de nos dois e o culpado
Entre nos alguma coisa esta errada
Vivemos juntos como se fossemos separados
As nossas noites já não são mais coloridas
Os nossos beijos não existem mais sabor
A nossa cama esta sendo dividida
Pra onde foi o nosso verdadeiro amor
Ninguém suporta viver nos braços da solidão
Lhe proponho reconciliação
E será bem melhor pra nos dois
Vamos meu bem mandar nossas magoas embora
Me devolva seus beijos agora pra não ser muito tarde
depois
Cds tião carreiro & paraíso á Venda