MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
teixeirinha - colono brasileiro
EU PROGRAMEI UM PASSEIO
LÁ NA MINHA FAZENDINHA
NA VOLTA DEI UM BALANÃ?O
O QUE ERA A VIDA MINHA
MORANDO AQUI NA CIDADE
VIVER DE REI E RAINHA
UM DIA FALTA DE CARNE
OUTRO FEIJÃ?O E FARINHA
SEMPRE FALTANDO UMA COISA
NO CENTRO NO FIM DA LINHA
NÃ?O HÁ COMO LÁ NA ROÃ?A
UM LUAR E UMA PALHOÃ?A
ANTIGA VIDA QUE EU TINHA
UMA CASINHA PEQUENA
LUMINADA A LAMPIÃ?O
NO INVERNO Ã? MUITO FRIO
SE FAZ UM FOGO NO CHÃ?O
UMA MULHER BONITINHA
NO AVENTAL SECANDO A MÃ?O
SORRI E DÁ UM BEIJINHO
E ALCANÃ?A O CHIMARRÃ?O
A LUA INVADINDO A CASA
CHEIRO DE MANJERICÃ?O
DEPOIS DA JANTA Ã? PRÁ CAMA
COM A ESPOSA QUE A GENTE AMA
DONA DO MEU CORAÃ?Ã?O
O GALO AMIÃ?DA O CANTO
Ã? HORA DE IR LEVANTANDO
ENQUANTO ELA FAZ O FOGO
NA MANGUEIRA ESTOU LIDANDO
TIRO O LEITE DA BARROSA
NA COZINHA ESTOU ENTRANDO
A ÁGUA JÁ ESTÁ QUENTE
O CHIMARRÃ?O VOU TOMANDO
DEPOIS O CAFÃ? COM LEITE
PÃ?O DE FORNO ACOMPANHANDO
GALINHA FRITA E TOUCINHO
NA ESPOSA DOU UM BEIJINHO
PRÁ LAVOURA VOU CANTANDO
ARVOREDO MUITO GRANDE
MIL GALINHAS NO TERREIRO
MUITAS VACAS DANDO LEITE
MUITOS PORCOS NO CHIQUEIRO
FEIJÃ?O E MILHO PLANTADO
HÁ VERDURAS NO CANTEIRO
ÁGUA BOA DE VERTENTE
NA SOMBRA DO MAMONEIRO
FARTURA DENTRO DE CASA
NO BOLSO MUITO DINHEIRO
VIVER HONRADO E DESCENTE
DA INVEJA A MUITA GENTE
O COLONO BRASILEIRO
teixeirinha - parabéns
Parabens nesta data querida
Mas um ano de vida que tens
Vamos todos cantar pra você
Parabens parabens parabens
Parabens nesta data querida
Mas um ano de vida que tens
Vamos todos cantar pra você
Parabens parabens parabens
Como é linda esta data de hoje
Salve salve o seu aniversario
Deus lhe dê muitos anos de vida
Pra viver mais de um centenário
Você hoje é feliz mas feliz
Esta data vai deixar saudade
Voltaremos pro ano outra vez
Desejar-te mais felicidades
Parabens nesta data querida
Mas um ano de vida que tens
Vamos todos cantar pra você
Parabens parabens parabens
Os anjinhos do céu nesta hora
Descerão cá na terra por que
Assoprar as velinhas do bolo
E cantar parabens à você
Viva o aniversariante
Viva
teixeirinha - valsas das flores
Foi numa valsa das flores
Com uma moça dancei
Era mais linda que as flores
Dançando me apaixonei
Naquela valsa das flores
Ela comigo a rodar
Lhe confessei meu amor
Fiz os seus olhos chorar
Com o coração ferido
Ela disse querido eu já me casei
Para não me dar esperança
Mostrou-me a aliança na mão que afoguei
O casamento é sagrado
Ela casou sem amor
Mas não podia trair
Pra consolar minha dor
Findou a valsa das flores
Soltou-se dos braços meus
Tão carinhosa me olhou
Chorando me disse adeus
Gostei dela mesmo assim
Ela gostou de mim fomos fortes os dois
Destino nos foi traiçoeiro o outro primeiro
E eu cheguei depois.
Hoje não posso esquecer
Aquele amor proibido
Sei que no seu pensamento
Também não fui esquecido
São longas as noites pra mim
Os dias maiores são
E não consigo tirar
Ela do meu coração
Hoje toca uma valsa das flores
São tantos amores alegre a rodar
Uma moça me traz uma flor
Lembro aquele amor
E não sei mais dançar.
teixeirinha - coração de luto
O maior golpe do mundo
Que eu tive na minha vida
Foi quando com nove anos
Perdi minha mãe querida
Morreu queimada no fogo
Morte triste dolorida
Que fez a minha mãezinha
Dar o adeus da despedida
Vinha vindo da escola
Quando de longe avistei
O rancho que nós morava
Cheio de gente encontrei
Antes que alguém me dissesse
Eu logo imaginei
Que o caso era de morte
Da mãezinha que eu amei
Seguiu num carro de boi
Aquele preto caixão
Ao lado eu ia chorando
A triste separação
Ao chegar no campo santo
Foi maior a exclamação
Cobriram com terra fria
Minha mãe do coração
Dali eu saí chorando
Por mãos de estranhos levado
Mas não levou nem dois meses
No mundo fui atirado
Com a morte da minha mãe
Fiquei desorientado
Com nove anos apenas
Por este mundo jogado
Passei fome, passei frio
Por este mundo perdido
Quando mamãe era viva
Me disse filho querido
Prá não roubar, não matar
Não ferir, sem ser ferido
Descanse em paz minha mãe
Que eu cumprirei seu pedido
O que me resta na mente
Minha mãezinha é teu vulto
Recebas uma oração
Deste filho que é teu fruto
Que dentro do peito traz
Este sentimento oculto
Desde nove anos tenho
O meu coração de luto
teixeirinha - chofer de táxi
(comigo não tem lesco-lesco, não sou chofer de praça,
falo na giria e o treco é mulher.)
ai que vidinha
boa, sou chofer de praça trabalho de graça, por pouco
dinheiro,quando eu ligo o táxi o boneco chia perco a
simpatia do meu passageiro pergunto destino ele me
responde se não sabe aonde é melhor pra mim vou de rua
em rua só fazendo volta ele se revolta e eu lhe falo
assim, desculpe seu moço me faço de louco pra não dá o
troco digo que não tenho já entrou uma dona rebolando
e bela e eu não cobro dela quando vou e venho.
entro contra mão tirando fininho dou um sinalsinho
quando o guarda vista ele é camarada não me caneteia
se faz cara feia já me poem na lista pra tirar o
castigo baixo a bandeirada pela madrugada só dá
mariposa quando chego em casa é que me vejo as pancas
pra tirar a tranca da mão da esposa eu converso ela e
vou direito a cama já ela me chama antes do meio dia
levanta malandro vai servir o povo e eu saio de novo
só na correria.
se é de mini-saia que uma dona
senta o fusquinha esquenta e falha o motor puxo aquele
papo na base do molho e não tiro o olho do retrovisor.
pra chofer de praça o povo é boneco apelido treco de
brincadeirinha a gente corre muito não leva nimguém
eles diz também lá vai o fominha a vida é uma graça
pra nois taxista ser bom motorista o povo requer se
levo um barbado fico carrancudo o melhor de tudo é
carregar mulher.
( claudinei ribeiro carambei pr)
teixeirinha - sombra do arvoredo
NA SOMBRA DO ARVOREDO
EU DESCANÃ?AVA UM POUQUINHO
DO ALTO DA LARANJEIRA
CANTAVA O PASSARINHO
CANTAVA POR DESPEDIDA
DA ONDE FEZ O SEU NINHO
O VENTO TAMBÃ?M CHORAVA
BALANCIANDO O GALINHO
ADEUS ARVOREDO LINDO
ONDE APRENDI A CANTAR
ELE DIZIA CHORANDO
PRA NUNCA MAIS VOLTAR
ELE PEDIU-ME UM FAVOR
EU TIVE QUE ADIVINHAR
SABENDO QUE IA MORRER
PEDIU PRÁ EU LHE ENTERRAR
NA Ã?NSIA TRISTE DA MORTE
ELE CANTOU SEM ENREDO
QUERIA QUE EU LHE ENTERRASSE
NA SOMBRA DO ARVOREDO
ALI NASCEU P PASSARINHO
CANTOU UM DIA BEM CEDO
COM ELE TAMBÃ?M SORRIA
DO SEU AMOR UM SEGREDO
PÁSSARO, MEU PASSARINHO
RESPONDA O QUE ACONTECEU
ELE NÃ?O DISSE MAIS NADA
BATEU AS ASAS E MORREU
O SEU CORPINHO SEM VIDA
LÁ DO GALINHO DESCEU
ENTERREI O PASSARINHO
NO LUGAR ONDE NASCEU
HOJE NO MESMO ARVOREDO
FICO ALI TÃ?O SOZINHO
OLHO PARA LARANJEIRA
TÃ?O TRSITE SÃ? RESTA O NINHO
O ARVOREDO EM SILÃ?NCIO
COM A FALTA DO PASSARINHO
QUE MORREU LEVOU CONSIGO
SAUDADES DO SEU BENZINHO.
Enviada por R.G.P.L.
teixeirinha - a gaita velha do seu ary
Tenho saudades da minha terra
Em cima da serra onde eu nasci
A verde mata temperou meu sangue
Por isso nunca eu te esqueci
Ainda ouço o inhamdú piando
Imaginando a verde mata
As saracuras cantando em festa
Nas águas puras de uma cascata
Ouço tinido da oito baixos
Da gaita velha do seu ary
Fazendo eco dentro da noite
O som mais lindo que já ouvi
O sol desponta por trás da mata
O dia cresce a tarde vem
A noite desce céu estrelado
Canta o roceiro lembrando alguém
O galo canta o outro responde
Na vizinhança de madrugada
Que coisa linda é amanhecer
Com a sinfonia da passarada
Ouço tinido da oito baixos
Da gaita velha do seu ary
Fazendo eco dentro da noite
O som mais lindo que já ouvi
As noites lindas de lua cheia
Iluminou a minha infância
Alto da serra mãe natureza
Sonho contigo cá na distância
Lá eu nasci e lá eu fiquei moço
Lá aprendi a dançar a rancheira
Lá conheci o meu primeiro amor
Uma serrana linda e faceira
Ouço tinido da oito baixos
Da gaita velha do seu ary
Fazendo eco dentro da noite
O som mais lindo que já ouvi
Saí no mundo deixei a serra
Toda florida na primavera
A casa branca onde eu nasci
Hoje é tristeza virou tapera
Tive notícias um outro dia
Que judiou mais meu coração
O seu ary morreu foi embora
E a gaita velha foi no caixão
Ouço tinido da oito baixos
Da gaita velha do seu ary
Fazendo eco dentro da noite
O som mais lindo que já ouvi
teixeirinha - gaita e violão
Depois que ela foi embora
Não encontrei mais razão
Não sai de minha tristeza
A mágoa do coração
Eu só encontro consolo
Na rima e verso e a canção
Com esta saudade baita
Ouvindo o som desta gaita
E os acordes do violão
Há! se não fosse esta gaita
E o companheiro violão
Eu já teria morrido
De saudade e de paixão
O inventor do instrumento
Deus abençôo a mão
Os pobres nobres e lordes
Posam dentro dos acordes
A paz na desilusão
Descontraído eu me encontro
Ouvindo a gaita sonora
A gaita por mim suspira
Por mim o violão chora
Enquanto meu peito canta
O meu coração melhora
Violão gaita querida
Ã? o que me alegre na vida
Depois que ela foi embora
Por isso eu sei que não morro
De saudade da senhora
Inventa outra dor prá mim
Volte me mate na hora
Sufoca-me com seus beijos
Eu lhe desafio agora
Gaita e o violão são dois
Seremos quatro depois
Botando a mágoa prá fora.
teixeirinha - a fama do boi barroso
Eu fui convidado um dia pra laçar um boi perigoso
Um zebu da cauda fina na estância do seu Fragoso
A carta desafiava um laçador corajoso
Porque o boi roubou a fama de outros peão famoso
Só faltava a minha fama por boi derrubar na grama
Eu dei um pulo da cama e fui laçar o boi barroso
Cheguei na estância de noite e por lá fiquei de pouso
Passei a noite sonhando com o tal boi cabuloso
Quando foi no outro dia quase que fiquei nervoso
Quando ouvi a peonada me chamar de aventuroso
O povo da redondeza veio ver minha proeza
E disseram é com certeza vais perder pro boi barroso
Não liguei pros faladores sou calmo e cauteloso
Fui encilhar meu cavalo que tem nome de mimoso
Chamei meus quatro cachorros pra pegar são venenosos
E fui tirar o boi do mato ainda estava serenoso
Os cães pro mato se foi por lá bateram no boi
Credo em cruz Deus me perdoe era o diabo boi barroso
Enveredou pro meu lado que parecia um tinhoso
Sorrindo abri meu cavalo não achei muito custoso
Passou-se por mim correndo aquele boi malicioso
Meu laço de treze braça espichou despretensioso
Ainda estiquei o braço tiniu a argola de aço
Senti na ponta do laço as guampas do boi barroso
Gritei pro dono da estância tá seguro o boi teimoso
Disse leva pro palanque e sangra este boi fogoso
Eu mesmo assei o churrasco e reparti com os curioso
Levei o coro pra mim o meu prêmio vitorioso
Botei o coro na estaca fiz um laço e uma guaiaca
E uma bainha pra faca que matou o boi barroso
teixeirinha - a força do nome de mãe
Alô, alô meus amigos minhas fãs e criancinhas
Escutem prestem atenção no que diz o Teixeirinha
Tratem bem suas mamães igual eu tratei a minha
Depois de morto ainda vale o nome de mamãezinha
Quando a minha mãe morreu herança não me deixou
Me disse eu sou pobrezinha mas um conselho te dou
Fale sempre no meu nome morreu e me abençoou
E com a força deste nome minha vida melhorou
Como tem força este nome mamãe nome abençoado
Escrevi Coração de Luto causo verídico e provado
Gravei e contei ao mundo os meus trabalhos passados
Milhares comprou meu disco querido povo obrigado
Aqueles que me combatem a resposta agora vem
Dizem que ganhei milhões é verdade isso sei bem
Foi com nome de mamãe não foi mamãe de ninguém
Fiz eles ficar sabendo a força que este nome tem
O meu coração de luto foi um causo verdadeiro
Mas eu vou dar um conselho para os que me combateram
Não vão incendiar as mães pensando em ganhar dinheiro
Mais vale uma mamãe viva do que milhões de cruzeiros
Meus fãs e queridas fãs adorem suas mãezinhas
Morta ou viva vale sempre mamãe a nossa rainha
Aqui vou me despedir da querida gente minha
//:Pros contrários também vai um abraço do Teixeirinha://
teixeirinha - alma penosa
Naquela tarde de uma triste sexta feira
Traumatizou o mundo tradicionalista
Quando ocorreu uma notícia verdadeira
Que na estrada tombava uma grande artista
Chorava os fãs, chorava o povo e a família
Chorou colegas artistas de profissão
Nos parecia uma mentira, mas não era
Morria mesmo artista da tradição
Para Pedro, Pedro para, para Pedro
O José Mendes parou tragicamente
O rei dos Pedro lá no céu abriu a porta
Pra vida morta do cantor de tanta gente
Caiu a noite com o seu negro manto
Vestiu de luto a cidade e a coxilha
E aquela alma penosa como um pranto
Deixou o corpo como um herói Farroupilha
O José Mendes tombou com os seus companheiros
A veraneio espatifou-se na estrada
Não teve tempo nos momentos derradeiros
De dar adeus ao seu filhinho e a sua amada
Quanta tristeza, quanta dor, quanta saudade
Deixou o cantor que morreu ainda tão novo
Repousa o corpo lá no São Miguel e Almas
Longe das palmas tão distantes do seu povo
Alma penosa quando para o céu rumou
Subiu penosa por deixar o seu filhinho
Os seus fãs e a mulher que ele amou
Nos braços dela o fruto do seu carinho
Alma penosa lá no céu hoje descansa
Junto de Deus nosso Pai que todos crêem
A sanfoninha de oito baixos e o violão
Estão calados com saudades de você
E os seus fãs que lhe amavam aqui na terra
Rezam por ti e compram suas gravações
Não voltas mais cantar no show e nem na festa
Só o que resta é ouvir suas canções â?? fim -
Enviada por Pomim - Jagva
teixeirinha - testamento de um gaúcho
Eu não sei mesmo quando é que vou morrer
Pois não se sabe a hora, nem o momento
E por saber que a morte não tem dia
Já vou deixando prontinho meu testamento
Meu testamento de morte é este xote
E o Ã?â??meus' parente que preste bem atenção
: Põe este pinho, meu amigo e companheiro
Junto de mim, dentro do mesmo caixão :
[Falado]
Ã?â??Quero levar o violão comigo. Depois de morto ainda vou fazer serenata! Ã?, barbaridade!Ã?â?
Por ser gaúcho, muito homem e mulherengo
A Ã?â??minhas' mão não amarre com uma fita
Eu quero elas Ã?â??amarrada' com a trança
Da cabecinha duma chinoca bonita
Esta chinoca bonita é uma serrana
Diga a esta china, não quero choro, nem vela
: E a maneira da mortalha que escolhi
Eu quero ir enrolado na saia dela :
[Falado]
Ã?â??Ã? coisa boa a gente morrer, ir pra baixo do chão, mas ir bem enrolado na saia duma chinoca bonita!Ã?â?
Pois gostar tanto de mulher não é defeito
Isto herança que meu velho pai deixou
O Ã?â??meus' parente, cumprindo meu testamento
Muito feliz, quando a morte vir, eu vou
Não pode haver coisa melhor pr'um finado
Ser atendido com as coisas que provoca
: E viajar para a última morada
Bem enrolado na saia duma chinoca
teixeirinha - como é falsa
Como é falsa esta mulher
Sempre a mentir ela anda
Mente mais que a regra manda
Pensando que a mim engana
Eu que me faço de bobo
Conheço sua maldade
E pouca capacidade
Tem essa mulher tirana
De coração tão maldoso
Que mente me dando abraço
Finjo crer e me disfarço
Botando linha pra ela
Descolada malandrinha
Desempenha o seu papel
Quer me fazer coronel
Por eu gostar tanto dela
Diabo vestido de anjo
De um sentimento covarde
Não crê não vê que mais tarde
O seu pecado é mortal
Deus julgará vivos e mortos
E aqueles que foi malvado
Será preso acorrentado
Olha o juízo final
Esta carinha de anjo
Coberta de hipocrisia
Troca a noite pelo dia
Me beija e diz que me quer
Quando quer luxo e quer jóias
Ã?s mais bela e carinhosa
Como é falsa e mentirosa
Eu conheço esta mulher
O dia em que me cansar
Tiro a máscara do seu rosto
Pra ver chorar de desgosto
Tão só sem o meu dinheiro
Compreenderás que eu sabia
Que eras toda uma fingida
E com a parada perdida
Vendo eu chegar em primeiro
Pedirei a Deus, traidora
Mulher ruim sem coração
Voltarei pedir perdão
Para a outra que me ama
Voltarei pra minha amada
Mostrar pra você que eu posso
Lhe fazer sentir remorso
Quando rolares na lama
por nelson de campos
teixeirinha - filhinho loirinho
Uma coisa banal
Eu lhe disse a final,
Foi o mesmo que ela escutou,
Me dizendo ser medrosa,
Rubras faces sedosas,
Uma frase de amor retrucou.
Foi o início e, depois,
Sempre juntos nós dois,
Juramos consagrar nosso amor
Nos casamos e a vida
Foi assim um jardim,
Um jardim de roseiras em flor.
Fiu feliz,
Bem feliz,
Como nunca ninguém pode ser!
Fui amado
E adorado
Eu sentia prazer em viver!
Fui feliz,
Bem feliz
Por dois anos não houve amarguras
Um filhinho loirinho
Veio encher nosso ninho
De alegria e suprema ventura
Mas destino traidor
Suepriendeu este amor
Sorrateiro de mim se acercou
Certo dia o malvado
Rebatou o meu lar
Meu filhinho para o céu levou!
Quase louco ei fiquei
Até jurar cheguei,
Da existência de deus duvidei
Frenético ao corpinho,
A beijar o rostinho,
Em soluço me pus a exclamar:
Oh! senhor!
Quanta dor!
Castigoum,e que mal eu lhe fiz?
Frenético corpinho, beijar o rostinho,
Se deus te quis, meu filhinho,
Ã?s feliz!
teixeirinha - velho pontilhão
(Velho pontilhão é aquele por cima do Rio Rolante
Que serve o povo que vem e que vai pra mascarada
Eh! Meu velho Saturnino Teixeira)
Velho pontilhão lá no rio rolante
Em tempos distantes tu foi construído
Minha mascarada terrinha adorada
Em uma morada ali fui nascido
Velho pontilhão foi meu pai que fez
Passei certa vez quando fui criança
Velho pontilhão que o meu pai construiu
Pra passar andantes por cima do rio
Prá nós rolantenses ficou por lembrança
Velho pontilhão em cima do rio
De inchó e formão de serra
E facão meu pai construiu
(Bem disse o velho poeta que: "Recordar é viver")
Velho pontilhão glória do passado
Lendário e falado hoje no progresso
Ninguém te descreve o construtor morreu
Mas um filho teu hoje te canta em versos
Velho pontilhão do cerne do angico
Te cantando eu fico cheio de saudade
Velho pontilhão os que vem e que vai
Ao passar por ti lembrarão o meu pai
Que foi descansar lá na eternidade
(Ã? isso meu velho, mais um verso que eu canto
em tua memória)
Velho pontilhão sinônimo de ponte
De hoje e de ontem por cima da água
Meu pai fez do jeito que ficou perfeito
Por isso o meu peito não carrega mágoa
Velho pontilhão velho, mas não cai
Do lugar não sai é forte a madeira
Ninguém te deu nome, mas eu te batizo
Registro na história e me realizo
Passa a se chamar Saturnino Teixeira
Velho pontilhão em cima do rio
De inchó e formão de serra
E facão meu pai construiu
Cds teixeirinha á Venda