MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
teixeirinha - parabéns
Parabens nesta data querida
Mas um ano de vida que tens
Vamos todos cantar pra você
Parabens parabens parabens
Parabens nesta data querida
Mas um ano de vida que tens
Vamos todos cantar pra você
Parabens parabens parabens
Como é linda esta data de hoje
Salve salve o seu aniversario
Deus lhe dê muitos anos de vida
Pra viver mais de um centenário
Você hoje é feliz mas feliz
Esta data vai deixar saudade
Voltaremos pro ano outra vez
Desejar-te mais felicidades
Parabens nesta data querida
Mas um ano de vida que tens
Vamos todos cantar pra você
Parabens parabens parabens
Os anjinhos do céu nesta hora
Descerão cá na terra por que
Assoprar as velinhas do bolo
E cantar parabens à você
Viva o aniversariante
Viva
teixeirinha - coração de luto
O maior golpe do mundo
Que eu tive na minha vida
Foi quando com nove anos
Perdi minha mãe querida
Morreu queimada no fogo
Morte triste dolorida
Que fez a minha mãezinha
Dar o adeus da despedida
Vinha vindo da escola
Quando de longe avistei
O rancho que nós morava
Cheio de gente encontrei
Antes que alguém me dissesse
Eu logo imaginei
Que o caso era de morte
Da mãezinha que eu amei
Seguiu num carro de boi
Aquele preto caixão
Ao lado eu ia chorando
A triste separação
Ao chegar no campo santo
Foi maior a exclamação
Cobriram com terra fria
Minha mãe do coração
Dali eu saí chorando
Por mãos de estranhos levado
Mas não levou nem dois meses
No mundo fui atirado
Com a morte da minha mãe
Fiquei desorientado
Com nove anos apenas
Por este mundo jogado
Passei fome, passei frio
Por este mundo perdido
Quando mamãe era viva
Me disse filho querido
Prá não roubar, não matar
Não ferir, sem ser ferido
Descanse em paz minha mãe
Que eu cumprirei seu pedido
O que me resta na mente
Minha mãezinha é teu vulto
Recebas uma oração
Deste filho que é teu fruto
Que dentro do peito traz
Este sentimento oculto
Desde nove anos tenho
O meu coração de luto
teixeirinha - alma penosa
Naquela tarde de uma triste sexta feira
Traumatizou o mundo tradicionalista
Quando ocorreu uma notícia verdadeira
Que na estrada tombava uma grande artista
Chorava os fãs, chorava o povo e a família
Chorou colegas artistas de profissão
Nos parecia uma mentira, mas não era
Morria mesmo artista da tradição
Para Pedro, Pedro para, para Pedro
O José Mendes parou tragicamente
O rei dos Pedro lá no céu abriu a porta
Pra vida morta do cantor de tanta gente
Caiu a noite com o seu negro manto
Vestiu de luto a cidade e a coxilha
E aquela alma penosa como um pranto
Deixou o corpo como um herói Farroupilha
O José Mendes tombou com os seus companheiros
A veraneio espatifou-se na estrada
Não teve tempo nos momentos derradeiros
De dar adeus ao seu filhinho e a sua amada
Quanta tristeza, quanta dor, quanta saudade
Deixou o cantor que morreu ainda tão novo
Repousa o corpo lá no São Miguel e Almas
Longe das palmas tão distantes do seu povo
Alma penosa quando para o céu rumou
Subiu penosa por deixar o seu filhinho
Os seus fãs e a mulher que ele amou
Nos braços dela o fruto do seu carinho
Alma penosa lá no céu hoje descansa
Junto de Deus nosso Pai que todos crêem
A sanfoninha de oito baixos e o violão
Estão calados com saudades de você
E os seus fãs que lhe amavam aqui na terra
Rezam por ti e compram suas gravações
Não voltas mais cantar no show e nem na festa
Só o que resta é ouvir suas canções â?? fim -
Enviada por Pomim - Jagva
teixeirinha - de peão a capataz
De peão a capataz
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Estórias da minha vida
Esta não ficou prá atrás
Quando eu deixei o rio grande
Eu era muito rapaz
Me empreguei numa fazenda
No estadão de goiás
O goiano fazendeiro
Chamava-se antônio brás
Com dez meses de trabalho
Me promoveu capataz
Depois que fui promovido
Arranjei um inimigo
Não recebi mais
Adeus, tu és capataz antigo
O patrão gostou de mim
Por que eu ia no perigo
Zebú que nunca viu corda
Amansava sem castigo
Por isso o ex-capataz
Não era mais meu amigo
Mas como tudo acontece
Coisa boa e ruim
A filha do dito homem
Apaixonou-se por mim
Goiana morena linda
Destes claros igual marfim
Fingi que não gostei dela
Mas depois disse que sim
Quando o velho descobriu
Jurou de me dar um fim
Um dia o velho bebeu
Ela correu me chamou
Meu amor vamos fugir
Dois homens meu pai matou
Apertei ela nos braços
Na hora o velho chegou
Puxamos o revolver juntos
Atirei ele atirou
Eu e a moça sobramos
Não sei se o velho sobrou.
Fim.
teixeirinha - colono brasileiro
EU PROGRAMEI UM PASSEIO
LÁ NA MINHA FAZENDINHA
NA VOLTA DEI UM BALANÃ?O
O QUE ERA A VIDA MINHA
MORANDO AQUI NA CIDADE
VIVER DE REI E RAINHA
UM DIA FALTA DE CARNE
OUTRO FEIJÃ?O E FARINHA
SEMPRE FALTANDO UMA COISA
NO CENTRO NO FIM DA LINHA
NÃ?O HÁ COMO LÁ NA ROÃ?A
UM LUAR E UMA PALHOÃ?A
ANTIGA VIDA QUE EU TINHA
UMA CASINHA PEQUENA
LUMINADA A LAMPIÃ?O
NO INVERNO Ã? MUITO FRIO
SE FAZ UM FOGO NO CHÃ?O
UMA MULHER BONITINHA
NO AVENTAL SECANDO A MÃ?O
SORRI E DÁ UM BEIJINHO
E ALCANÃ?A O CHIMARRÃ?O
A LUA INVADINDO A CASA
CHEIRO DE MANJERICÃ?O
DEPOIS DA JANTA Ã? PRÁ CAMA
COM A ESPOSA QUE A GENTE AMA
DONA DO MEU CORAÃ?Ã?O
O GALO AMIÃ?DA O CANTO
Ã? HORA DE IR LEVANTANDO
ENQUANTO ELA FAZ O FOGO
NA MANGUEIRA ESTOU LIDANDO
TIRO O LEITE DA BARROSA
NA COZINHA ESTOU ENTRANDO
A ÁGUA JÁ ESTÁ QUENTE
O CHIMARRÃ?O VOU TOMANDO
DEPOIS O CAFÃ? COM LEITE
PÃ?O DE FORNO ACOMPANHANDO
GALINHA FRITA E TOUCINHO
NA ESPOSA DOU UM BEIJINHO
PRÁ LAVOURA VOU CANTANDO
ARVOREDO MUITO GRANDE
MIL GALINHAS NO TERREIRO
MUITAS VACAS DANDO LEITE
MUITOS PORCOS NO CHIQUEIRO
FEIJÃ?O E MILHO PLANTADO
HÁ VERDURAS NO CANTEIRO
ÁGUA BOA DE VERTENTE
NA SOMBRA DO MAMONEIRO
FARTURA DENTRO DE CASA
NO BOLSO MUITO DINHEIRO
VIVER HONRADO E DESCENTE
DA INVEJA A MUITA GENTE
O COLONO BRASILEIRO
teixeirinha - valsas das flores
Foi numa valsa das flores
Com uma moça dancei
Era mais linda que as flores
Dançando me apaixonei
Naquela valsa das flores
Ela comigo a rodar
Lhe confessei meu amor
Fiz os seus olhos chorar
Com o coração ferido
Ela disse querido eu já me casei
Para não me dar esperança
Mostrou-me a aliança na mão que afoguei
O casamento é sagrado
Ela casou sem amor
Mas não podia trair
Pra consolar minha dor
Findou a valsa das flores
Soltou-se dos braços meus
Tão carinhosa me olhou
Chorando me disse adeus
Gostei dela mesmo assim
Ela gostou de mim fomos fortes os dois
Destino nos foi traiçoeiro o outro primeiro
E eu cheguei depois.
Hoje não posso esquecer
Aquele amor proibido
Sei que no seu pensamento
Também não fui esquecido
São longas as noites pra mim
Os dias maiores são
E não consigo tirar
Ela do meu coração
Hoje toca uma valsa das flores
São tantos amores alegre a rodar
Uma moça me traz uma flor
Lembro aquele amor
E não sei mais dançar.
teixeirinha - o colono
DECLAMADO
â??EU VI UM MOÃ?O BONITO
NUMA RUA PRINCIPAL
POR ELE PASSOU UM COLONO
QUE TRAJAVA MUITO MAL
O MOÃ?O PEGOU A RIR
FEZ ALI UM CARNAVAL
RESOLVI FAZER UNS VERSOS
PRA ESTE FULANO DE TALâ?
NÃ?O RI SEU MOÃ?O DAQUELE COLONO
AGRICULTOR QUE ALI VAI PASSANDO
ADMIRADO COM O MOVIMENTO
DESCONFIADO LÁ VAI TROPICANDO
ELE NÃ?O VEIO AQUI TE PEDIR NADA
SÃ?O FERRAMENTAS QUE ELE ANDA COMPRANDO
ELE Ã? DÍGNO DE NOSSO RESPEITO
DE SOL A SOL VIVE TRABALHANDO
NÃ?O TOQUE FLAUTA, NÃ?O CHAME DE GROSSO
PRÁ TE ALIMENTAR NA ROÃ?A ESTÁ LUTANDO
SE O TERNO DELE NÃ?O ESTÁ NA MODA
NÃ?O Ã? MOTIVO PRÁ DAR GARGALHADA
ESSE COLONO QUE ALI VAI PASSANDO
Ã? UM BRASILEIRO DA MÃ?O CALEJADA
SE O SEU CHAPÃ?U Ã? DA ABA COMPRIDA
ELE COMPROU E NÃ?O TE DEVE NADA
Ã? UM ROCEIRO QUE ORGULHA A PÁTRIA
QUE COLHE O FRUTO DA TERRA LAVRADA
E SE NÃ?O FOSSE ESTE COLONO FORTE
TU IAS TER DE PEGAR NA ENXADA
E SE TIVESSE QUE PEGAR NA ENXADA
QUERIA VER-TE MOCINHO MODERNO
PEGAR NO COICE DE UM ARADO NOVE
E UM MACHADO PRA CORTAR O CERNO
E ENFRENTAR DOZE HORAS DE SOL
UM VERÃ?O FORTE TU SUAVA O TERNO
TIRAR O LEITE E ARRANCAR MANDIOCA
EM MÃ?S DE JULHO NO FORTE DO INVERNO
TUAS MÃ?OZINHAS FINAS DELICADAS
CRIAVA CALO VIRAVA UM INFERNO
ESSE COLONO ENFRENTA TUDO ISTO
E MUITO MAIS EU NÃ?O DISSE A METADE
PLANTA E COLHE COM O SUOR DO ROSTO
PRA SUSTENTAR NÃ?S AQUI NA CIDADE
NÃ?O RI SEU MOÃ?O MAIS DESSE COLONO
VAI ESTUDAR NUMA FACULDADE
TIRA O â??Dr.â? CHEGUE LÁ NA ROÃ?A
REPARE LÁ QUANTA DIFICULDADE
FAÃ?A ALGO POR NOSSOS COLONOS
E DEUS LHE PAGUE POR TANTA BONDADE.
letra enviada por Isªiª§ Dozorec
teixeirinha - a saudade dói
Paraíso
Batidão
Do meu peito fiz um cofre pra guardar um grande amor
Coração hoje é quem sofre fechado, cheio de dor.
Ã? amor, não é despeito, pode ser paixão demais
A saudade no meu peito cada vez aperta mais.
Dói a saudade dói! Dói a saudade dói!
Com a solidão me deito, com a saudade levanto
Suspiro sai do meu peito, enche os meus olhos de pranto
Parece que até respiro hoje o ar do desengano
Meu sentido é um retiro de lembranças de quem amo.
Dói a saudade dói! Dói a saudade dói!
Sinto a brisa no meu rosto esfriar minha esperança
Mais na vida tive um gosto que me traz doces lembranças
Depois de uma despedida, o que machuca sem dó
Ã? o entardecer da vida, é a noite dormindo só.
Dói a saudade dói! Dói a saudade dói!
teixeirinha - última carta
Eu recebi uma carta
De um amor que já gostei
Saudades mandou lembranças
Por isto já esperei
Mas agora é muito tarde
Tuas cartas eu já queimei
E o teu retrato morena
Por desaforo rasguei
Quantas noites sem dormir
Por tua causa passei
Perdi momentos preciosos
Nas vezes que te visitei
Quantos versos de autoria
Pra você eu dediquei
Não respondo tua carta de
De ser traído cansei
O prazer que ainda me resta
Que de tudo eu me vinguei
O amor que deste a outro
Eu primeiro que gostei
Os lábios que outro beija
Eu primeiro que beijei
Eu não estou me gabando
Teu nome não declarei
Na firma do nosso amor
Um erro grande achei
Botaste um sócio honorário
Por isto eu me retirei
Resposta da tua carta
Ã? este verso que cantei
Sociedade com outro
No amor nunca gostei
teixeirinha - a gaita velha do seu ary
Tenho saudades da minha terra
Em cima da serra onde eu nasci
A verde mata temperou meu sangue
Por isso nunca eu te esqueci
Ainda ouço o inhamdú piando
Imaginando a verde mata
As saracuras cantando em festa
Nas águas puras de uma cascata
Ouço tinido da oito baixos
Da gaita velha do seu ary
Fazendo eco dentro da noite
O som mais lindo que já ouvi
O sol desponta por trás da mata
O dia cresce a tarde vem
A noite desce céu estrelado
Canta o roceiro lembrando alguém
O galo canta o outro responde
Na vizinhança de madrugada
Que coisa linda é amanhecer
Com a sinfonia da passarada
Ouço tinido da oito baixos
Da gaita velha do seu ary
Fazendo eco dentro da noite
O som mais lindo que já ouvi
As noites lindas de lua cheia
Iluminou a minha infância
Alto da serra mãe natureza
Sonho contigo cá na distância
Lá eu nasci e lá eu fiquei moço
Lá aprendi a dançar a rancheira
Lá conheci o meu primeiro amor
Uma serrana linda e faceira
Ouço tinido da oito baixos
Da gaita velha do seu ary
Fazendo eco dentro da noite
O som mais lindo que já ouvi
Saí no mundo deixei a serra
Toda florida na primavera
A casa branca onde eu nasci
Hoje é tristeza virou tapera
Tive notícias um outro dia
Que judiou mais meu coração
O seu ary morreu foi embora
E a gaita velha foi no caixão
Ouço tinido da oito baixos
Da gaita velha do seu ary
Fazendo eco dentro da noite
O som mais lindo que já ouvi
teixeirinha - gaita e violão
Depois que ela foi embora
Não encontrei mais razão
Não sai de minha tristeza
A mágoa do coração
Eu só encontro consolo
Na rima e verso e a canção
Com esta saudade baita
Ouvindo o som desta gaita
E os acordes do violão
Há! se não fosse esta gaita
E o companheiro violão
Eu já teria morrido
De saudade e de paixão
O inventor do instrumento
Deus abençôo a mão
Os pobres nobres e lordes
Posam dentro dos acordes
A paz na desilusão
Descontraído eu me encontro
Ouvindo a gaita sonora
A gaita por mim suspira
Por mim o violão chora
Enquanto meu peito canta
O meu coração melhora
Violão gaita querida
Ã? o que me alegre na vida
Depois que ela foi embora
Por isso eu sei que não morro
De saudade da senhora
Inventa outra dor prá mim
Volte me mate na hora
Sufoca-me com seus beijos
Eu lhe desafio agora
Gaita e o violão são dois
Seremos quatro depois
Botando a mágoa prá fora.
teixeirinha - gaúcho de passo fundo
Me perguntaram se eu sou gaúcho
Está na cara repare o meu jeito
Sou do Rio Grande lá de Passo Fundo
Trato todo mundo com muito respeito
Mas se alguém me pisar no pala
O meu revolver fala e o bochincho está feito
Mas se alguém me pisar no pala
O meu revolver fala e o bochincho está feito
(Gaúcho de Passo Fundo não dobra esquina quando vê o perigo)
Não sou nervoso e nem carrego medo
Eu me criei sem conhecer remédio
Eu meto os peitos em qualquer fandango
Mas quando eu me zango até derrubo o prédio
Eu sou gaúcho e se me agride eu tundo
Sou de Passo Fundo do planalto médio
Eu sou gaúcho e se me agride eu tundo
Sou de Passo Fundo do planalto médio
(Terra boa, lugar de homem valente e terra de moça bonita)
Me perguntaram qual era razão
Eu ter orgulho em ser passo-fundense
Eu respondi sou da terra do trigo
Tem um povo amigo e quando luta vence
Ã? um pedaço do Rio Grande amado
Orgulha o estado e o povo riograndense
Ã? um pedaço do rio grande amado
Orgulha o estado e o povo riograndense
Já respondi a pergunta seu moço
Me dá licença vou encilhar o cavalo
Brasil a fora atravessei os estados
Troteando apressado eu vim tirando o talo
Pra ver as prendas mais lindas do mundo
Cheguei em passo fundo no cantar do galo
Pra ver as prendas mais lindas do mundo
Cheguei em Passo Fundo no cantar do galo
(Vamos dar um viva pra Passo Fundo, pessoal
- Viva!!)
teixeirinha - a força do nome de mãe
Alô, alô meus amigos minhas fãs e criancinhas
Escutem prestem atenção no que diz o Teixeirinha
Tratem bem suas mamães igual eu tratei a minha
Depois de morto ainda vale o nome de mamãezinha
Quando a minha mãe morreu herança não me deixou
Me disse eu sou pobrezinha mas um conselho te dou
Fale sempre no meu nome morreu e me abençoou
E com a força deste nome minha vida melhorou
Como tem força este nome mamãe nome abençoado
Escrevi Coração de Luto causo verídico e provado
Gravei e contei ao mundo os meus trabalhos passados
Milhares comprou meu disco querido povo obrigado
Aqueles que me combatem a resposta agora vem
Dizem que ganhei milhões é verdade isso sei bem
Foi com nome de mamãe não foi mamãe de ninguém
Fiz eles ficar sabendo a força que este nome tem
O meu coração de luto foi um causo verdadeiro
Mas eu vou dar um conselho para os que me combateram
Não vão incendiar as mães pensando em ganhar dinheiro
Mais vale uma mamãe viva do que milhões de cruzeiros
Meus fãs e queridas fãs adorem suas mãezinhas
Morta ou viva vale sempre mamãe a nossa rainha
Aqui vou me despedir da querida gente minha
//:Pros contrários também vai um abraço do Teixeirinha://
teixeirinha - a fama do boi barroso
Eu fui convidado um dia pra laçar um boi perigoso
Um zebu da cauda fina na estância do seu Fragoso
A carta desafiava um laçador corajoso
Porque o boi roubou a fama de outros peão famoso
Só faltava a minha fama por boi derrubar na grama
Eu dei um pulo da cama e fui laçar o boi barroso
Cheguei na estância de noite e por lá fiquei de pouso
Passei a noite sonhando com o tal boi cabuloso
Quando foi no outro dia quase que fiquei nervoso
Quando ouvi a peonada me chamar de aventuroso
O povo da redondeza veio ver minha proeza
E disseram é com certeza vais perder pro boi barroso
Não liguei pros faladores sou calmo e cauteloso
Fui encilhar meu cavalo que tem nome de mimoso
Chamei meus quatro cachorros pra pegar são venenosos
E fui tirar o boi do mato ainda estava serenoso
Os cães pro mato se foi por lá bateram no boi
Credo em cruz Deus me perdoe era o diabo boi barroso
Enveredou pro meu lado que parecia um tinhoso
Sorrindo abri meu cavalo não achei muito custoso
Passou-se por mim correndo aquele boi malicioso
Meu laço de treze braça espichou despretensioso
Ainda estiquei o braço tiniu a argola de aço
Senti na ponta do laço as guampas do boi barroso
Gritei pro dono da estância tá seguro o boi teimoso
Disse leva pro palanque e sangra este boi fogoso
Eu mesmo assei o churrasco e reparti com os curioso
Levei o coro pra mim o meu prêmio vitorioso
Botei o coro na estaca fiz um laço e uma guaiaca
E uma bainha pra faca que matou o boi barroso
teixeirinha - o menino da porteira
Toda vez que eu viajava
Pela estrada de Ouro Fino
De longe eu avistava
A figura de um menino
Que corria abrir a porteira
Depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço
Que é pra mim ficar ouvindo
Quando a boiada passava
Que a poeira ia baixando
Eu jogava uma moeda
Ele saía pulando
Obrigado boiadeiro
Que Deus vá lhe acompanhando
Pra aquele sertão afora
Meu berrante ia tocando
No caminho desta vida
Muito espinho eu encontrei
Mas nenhum calou mais fundo
Do que isso que eu passei
Na minha viagem de volta
Qualquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada
O menino não avistei
Apeei do meu cavalo
Num ranchinho beira chão
Vi uma mulher chorando
Quis saber qual a razão
Boiadeiro veio tarde
Veja a cruz do estradão
Quem matou o meu filhinho
Foi um boi sem coração
Lá pras bandas de Ouro Fino
Levando gado selvagem
Quando passo uma porteira
Até vejo a sua imagem
O seu rangido tão triste
Mais parece uma mensagem
Daquele rosto trigueiro
Desejando boa viagem
A cruzinha do estradão
Do pensamento não sai
Eu fiz um juramento
Que não esqueço jamais
Nem que o meu gado estoure
Que precise ir atrás
Neste pedaço de chão
Berrante eu não toco mais
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Cds teixeirinha á Venda