MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
sulino e marrueiro - mandamentos do chofer
Pra ser um bão motorista
É preciso ter talento
Ter seu carro conservado
Para não passar tormentoE além de tudo isto
Seguir os dez mandamento
Que todos os bão motorista
Deve ter conhecimento
O primeiro mandamento
É um dever da profissão
É ser calmo no volante
Sempre com muita atenção
O segundo mandamento
É não andar contramão
Respeitar todos os sinais
Não cair em inflação
O terceiro mandamento
É ter sempre bão juízo
Andar com os freio ajustado
Pra brecar se for preciso
E o quarto mandamento
Fuja sempre da desgraça
Quando tiver em serviço
Não abuse da cachaça
E o quinto mandamento
É bão nunca esquecer
Nunca faça para os outros
O que não quer pra você
E o sexto mandamento
É de grande utilidade
Se quiser ter vida longa
Evite a velocidade
E o sétimo mandamento
Vou dizer qual é que é
Quando tiver dirigindo
Não olhar para muié
O oitavo mandamento
Nunca tire da lembrança
Passando perto de escola
Ter cuidado com as criança
E o nono mandamento
Sua consciência diz
Se atropelar alguém
Dê socorro ao infeliz
E agora terminando
Mandamento derradeiro
Peça auxílio a São Cristovão
Que é teu santo padroeiro
sulino e marrueiro - a volta do boiadeiro
Por que voltei vocês vão saber agora
Por que voltei se sorrindo fui embora
Por que voltei se deixei meu par de espora
E o meu cavalo esquecido campo a fora.
Voltei trazendo no peito a dor da saudade
Do velho pingo, meu amigo de verdade
Voltei de novo pra cantar lá nas pousadas
As velhas modas com vocês companheiradas.
Há muito tempo vocês devem estar lembrados
Por um alguém eu parti enfeitiçado
Um boiadeiro que jamais foi dominado
Por essa ingrata acabou sendo enganado.
Voltei pra pôr minha bota empoeirada
E ouvir o galo anunciando a madrugada
Quero abraçar o meu cachorro campeiro
Ouvir de longe o berro dos pantaneiros.
Se estou chorando com franqueza é que eu digo
Não é por ela ao passado já não ligo
Igual a ave que retorna ao ninho antigo
Choro de alegre por rever velhos amigos.
Quem não sentiu o ar puro da campina
E nunca ouviu um berrante em surdina
Não viu a lua deitado sobre um baixeiro
Não sabe amigos, como é bom ser boiadeiro.
sulino e marrueiro - a volta do corumbá
No sertão do Paraná um amigo me mandou
Uma carta emocionate que o meu coração cortou
Relembrando a triste história que nas matas se passou
Da jovem paranaense que enlouqueceu por amor
Tive dó da Madalena, triste sorte acompanhou
Por causa de um namorado, vejam o quanto ela penou
Ela era moça nova bonita que nem uma flor
Tava noiva pra casar mas a sorte não ajudou
Seu noivo foi muito ingrato foi um grande traidor
Iludiu a pobre moça e depois abandonou
Nesse dia ficou triste com ninguém mais conversou
Em dar fim na sua vida foi o que ela pensou
Chorando sem ter consolo pela mata ela entrou
Um revolver carregado consigo ela levou
Pensando em suicidar mas sua coragem faltou
Quando quis voltar pra trás o seu caminho não achou
Perdida na mata escura seu sofrimento dobrou
Passando fome e se de sua vida se acabou
O cachorro Corumbá, seu amigo defensor
Daquelas fera bravia Madalena ele salvou
Depois que ela morreu pra sua casa ele voltou
Chegando lá no terreiro muito triste ele uivou
Parece que naquele uivado o seu dono ele chamou
E dali voltou pro mato e o povo acompanhou
Bem no pé de uma figueira aonde o Corumbá parou
Encontraram Madalena onde os índio sepultou
Corumbá deu um uivado que o sertão silenciou
Foi um momento tão triste não teve quem não chorou
Pai e mãe de Madalena nunca mais se conformou
Por perder a sua fiha que o destino carregou
sulino e marrueiro - cada macaco no seu galho
Eu deixei a minha roça
Na beira daquelas vargem
Fui bom no cabo da enxada
Um dia perdi a coragem
Continuar plantando roça
Eu achei que era bobagem
Ajeitei meu terno novo
E preparei minha bagagem
E mudei pra capital, ai, ai
Pra viver na malandragem
Primeiro golpe que eu dei
Foi o conto do vigário
No dia que os operário
Receberam o salário
Peguei um cabra sabido
O golpe veio ao contrário
Ele era um vigarista
Fantasiado de operário
Eu quis bancar o malandro, ai, ai
Acabei sendo o otário
Depois eu tentei a sorte
Num joguinho de baraio
Polícia baixou na mesa
Foi logo descendo o máio
Na cadeia apanhei tanto
Quase que de lá não saio
Senti saudade da roça
Saudade do meu trabaio
Ã? como diz o ditado, ai, ai
Cada macaco em seu gaio
Tentei toda a malandragem
Mas não acertei nenhuma
Essa gíria de malandro
Não entendo coisa alguma
Quem nasceu pra ser malandro
Na malandragem se arruma
Se o malandro for pra roça
Ele não se acostuma
Ã? lá no cabo da enxada, ai, ai
Que a caboclada se apruma
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
sulino e marrueiro - abismo cruel
Meu amor, é melhor mais depressa esquecer do que tarde demais
Porque o erro é igual um cristal que ao quebrar não se emenda jamais
Eu sou comprometido e não posso, querida, fazê-la feliz
Conformemos com nosso destino e façamos de conta que a sorte assim quis
Meu bem, a nossa paixão tem um destino atroz
Porque existe um abismo profundo entre nós
Meu bem, esqueça de mim que nós dois assim não podemos viver
Porque a gente gostar sem poder amar é melhor morrer
Em meu dedo este anel é o abismo cruel que separa nós dois
Todos que não pensar no momento de errar se arrependem depois
E apesar de eu gostar de você, em meu lar também sou feliz
Siga outro caminho, querida, e leve contigo estes versos que eu fiz
Meu bem, a nossa paixão tem um destino atroz
Porque existe um abismo profundo entre nós
Meu bem, esqueça de mim que nós dois assim não podemos viver
Porque a gente gostar sem poder amar é melhor morrer
(Pedro Paulo Mariano â?? Santa Maria da Serra-SP)
sulino e marrueiro - adeus são paulo querido
Adeus São Paulo querido
Capital dos paulistanos
Eu aqui só tive glória
Nunca tive desenganos
Dos braços desse caboclo
Meu norte tá precisando
Ã? hoje que eu vou-me embora
Vou me despedir chorando
Mas deixo um abraço forte
Preciso voltar pro norte
Mamãe está me chamando
Eu quero pedir desculpas
Se faltei com a educação
Se pisei no pé de alguém
Não foi minha intenção
Se eu tive alguma falta
Você me deem o perdão
Quando saí lá do norte
São Paulo me deu a mão
Vou tentar nova conquista
Mas levo o povo paulista
Dentro do meu coração
O nosso bom presidente
Ã? um homem de alma pura
Está ajudando o norte
No comércio e na leitura
Na indústria e na pecuária
Também na agricultura
Meu norte está progredindo
Já é terra de fartura
O grande Garrastazu
Quer ver o norte e o sul
Os dois na mesma altura
Pra minha velha mãezinha
Eu vou fazer companhia
Sentindo a minha falta
Ela chora noite e dia
Quando estiver distante
Lá em minha moradia
Vou falar bem dos paulistas
E da sua cortesia
São Paulo é bom de fato
Eu não posso ser ingrato
Com quem me acolheu um dia
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
sulino e marrueiro - mulher do canoeiro
A mulher do canoeiro
Com seu fiel companheiro
Toda tarde ia sentar
Lá em cima da pedreiraOnde ouvia a cachoeira
Que parecia cantar
E dali se despedia
Rio abaixo ele descia
Na canoa pra pescar
Ela rezava em segredo
Porque tinha tanto medo
Dele um dia não voltar
Eu tava no meu ranchinho
Numa tarde tão sozinho
Sossegado a trabalhar
Ouvi grito de socorro
Que vinha de trás do morro
Eu nem sei de que lugar
Olhei pra banda da estrada
Vi a mulher desesperada
Que dava pena de ver
Gritando com desespero
Acuda meu canoeiro
Que nas águas vai morrer
Hoje em cima do barranco
Toda pintada de branco
Uma capela se ergueu
É ali que ela mora
Que toda tardinha chora
O marido que morreu
Diz que dentro do seu peito
Guarda ainda o ninho feito
Do amor que ele deixou
Esse amor já não existe
Era o canoeiro triste
Que o rio pardo assassinou
A mulher do canoeiro
Agora sem companheiro
Toda tarde vai sentar
Lá em cima da pedreira
Onde ouve a cachoeira
De tristeza soluçar
Por tudo que tem sofrido
Não lembra mais seu marido
Nem como é que ele morreu
Foi tão grande o sofrimento
Já não tem mais pensamento
A coitada enlouqueceu
sulino e marrueiro - as estações da vida
As quatro estações do ano,
Também tem em nossas vidas
A nossa existencia humana
Está assim dividida.
Com as estações do ano,
As nossas são parecidas.
Deixando em nossa lembrança,
Cada parte que é vivida.
A primavera do ano,
Ã? uma estação florida
Na infância também temos,
A primavera da vida
A do ano sempre volta
Toda de flor revestida
Somente nossa lembrança
Nunca será repetida...
No verão de todo ano,
O calor é de verdade.
O verão de nossa vida
Ã? o calor da mocidade
Ã? a melhor estação
Cheia de felicidade;
Depois chega o outono,
A nossa maturidade...
No outono de todo ano
A colheita é realizada
O outono de nossa vida
Já é uma data avançada,
Onde tiramos proveito
Das aventuras realizadas.
Esperando o inverno,
Seguimos nossa jornada...
Finalmente chega o inverno
A triste realidade
Ao longo de nossa vida
Morre também a vaidade.
Das estações do passado
Somente fica saudade
Esperando que deus chame
Para sua eternidade.
sulino e marrueiro - sete léguas
Sete léguas a cavalo todo dia eu percorria
Quando você me queria
Meu cavalo relinchava e cantando eu seguia
Quando você me queria
Hoje você me esqueceu que era puro o meu amor
A traição foi serpente que envenenou nossas vidas
Sem lembrar-se querida que era puro o meu amor
Sete léguas a cavalo a chorar vou percorrendo
Lembrando da felicidade que sem você foi morrendo
Sete léguas a cavalo a chorar vou percorrendo
Adeus flores do caminho está dor meu peito invade
Vou galopando sozinho bem distante da cidade
Vou lembrando seu carinho sete léguas de saudade
sulino e marrueiro - flor matogrossense
Lágrima do rosto desce
E a saudade é um colosso
Saudade do meu amor
Que deixei em mato grosso
Me lembro do seu jeitinho
Sua mãozinha tão bela
Saudade veio comigo
Saudade ficou com ela
Quero voltar para o meu amor
Quero beijar aquele rostinho em flor
Quero voltar nada me convence
Quero beijar
Minha flor matogrossense
Coração apaixonado
Nunca perde a esperança
Envio carta pra ela
E sempre mando lembrança
Ela me responde logo
Com palavra bem singela
Saudade veio comigo
Saudade ficou com ela
Quero voltar
Quando eu me lembro dela
Meu coração estremece
O peito suspira fundo
Quem ama jamais esquece
Meu amor é muito grande
A saudade é um colosso
Saudade do meu amor
Saudade de mato grosso
Quero voltar
sulino e marrueiro - gosto e não gosto
Gosto de andar a cavalo
Não gosto de andar a pé
Não gosto nada da enxada
E gosto muito do caféGosto muito da viola
Quando encontro um bate-pé
Não gosto do casamento
E sou louquinho por muié
Eu gosto da liberdade
Eu não gosto de cadeia
Gosto de cantá o pagode
Aonde nos apreceia
Gosto de moça bonita
Não gosto de muié feia
Quando eu canto o meu pagode
A muierada me arrodeia
Quando eu entro nos fandango
Eu canto com galanteio
Gosto que as morena fale
Violeiro bão aqui veio
No meio dos campeonato
Eu canto sem tê receio
Não gosto que o povo fale
Que o nosso pagode é feio
Pagode gosto e não gosto
Por nós dois foi inventado
Gosto de escrevê o pagode
Nas hora que eu tô forgado
Por esse Brasil inteiro
Meu pagode é comentado
Este pagode está sendo
Campeão dos vinte e um estado
sulino e marrueiro - belezas do sertão
Tenho vontade de voltar lá pro sertão
Pra alegrar meu coração
com as belezas que ele têm
Eu quero ver a casinha que eu morei
Desde quando eu mudei
ela está triste tambémEu quero ver as bonitas alvoradas
O cantar da passarada
Quando bem de manhãzinha
A caboclada vai deixando a palhoça
Pega a enxada e vai pra roça
Só volta de tardezinha
Fico encantado com as belezas do sertão
a lavoura e as criação as estrelas e o luar
É tão bonito quando chega a tardezinha
Se reúne as caboclinhas e na capela vão rezar
Quero beber da água lá do Corguinho
vendo o orvalho bem branquinho
Na hora do sol nascer
Ver novamente o carro de boi cantando
A poeira levantando que dá gosto a gente ver
sulino e marrueiro - viúva rica
Fui caboclo do pesado levei sempre vida dura
Já fiz serviço dobrado pelo óleo da fritura
De roer osso na vida gastei minha dentadura
De tanto apertar o cinto calejei minha cintura
Não tem negócio da China pra si sair da pendura
Ou é a luta do mundo ou a paz na sepultura
Pra se viver do trabalho é demais a concorrência
Ã? carteira pra carvalho e carta de referência
Quanto mais ganha mais gasta na rabeira da carência
Trabalhar pra quem é pobre é gostar de penitência
O trabalho dá cansaço e suor de experiência
Trabalhar por trabalhar é relaxar a competência
De trabalhar ninguém morre nem de fome quem não queira
Faça sol ou faça chuva mundo velho é sem porteira
O meu rosário de queixa eu joguei na corredeira
Qualquer barranco é o porto qualquer pedra é uma cadeira
Deus me deu o lar do mundo e a saúde com esteira
Minha mãe me deu a luz e a vida sem canseira
Pro meu sistema de vida muita gente me critica
O futuro é morte pra semente ninguém fica
Três punhadinhos de terra numa cova nada explica
Da minha filosofia eu só vou dar uma dica
Eu não vou salvar o mundo dessa gente que complica
Nem morrer de trabalhar pra deixar a viúva rica
sulino e marrueiro - bom jesus de iguapé
Meu filho ficou doente, o doutor desenganou
Eu saí desesperado procurando um curador
Mas ninguém achou remédio que curasse sua dor
E de bom Jesus do Iguape meu filhinho se lembrou.
No prazo de poucas horas sua feição mudou
Saltou da cama sorrindo foi pro terreiro e brincou
Minha mulher comovida de alegria até chorou
Viva o santo milagroso que é o pai dos sofredor.
Foi chegando o mês de agosto juntei a família inteira
Nos saímos de a pé lá pro sertão das ribeiras
Pra aquelas terras sombrias nós dormimos na esteira
Pra ver o santo Iguape nós não sentimos canseira.
Pra chegar lá em Iguape nós levamos muitos dias
Vi a igreja enfeitada e os rebentar das baterias
Meu filho cheio de fé todos os passos me seguia
De joelhos pelo chão acompanhou a romaria.
Pra subir a escadaria dei a mão pro meu filhinho
Nos pés de são bom Jesus terminou o seu caminho
Beijou seu manto vermelho, sua coroa de espinho
Lá na sala dos milagres eu deixei seu retratinho.
sulino e marrueiro - noite triste
Aqui neste bar eu já gastei tudo que tinha no bolso
Tentando arrancar do peito magoado um triste desgosto
A noite passou e eu não percebi
Não valeu a pena ficar sem dormir
Sair dessa foca eu não consegui
Noite triste
Já é madrugada e embriagado eu me encontro aqui
Noite triste
O bar vai fechar e até mesmo o garçom me pediu pra sair
Aqui neste bar era o ponto certo escolhido por ela
Nessa mesma mesa que fica em frente aquela janela
Pois foi neste bar que a conheci
Nessa mesma mesa que eu a perdi
Ã? por isso amigo que eu bebo aqui
Noite triste
Por favor garçom me traga duas doses pra me despedir
Noite triste
Vou beber a minha e também a dela pra depois sair
Cds sulino e marrueiro á Venda