MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
sílvio caldas - fado das mãos
Mãos criminosas, tristes mãos escorraçadas
Caprichosas desoladas mãos de flor e de amargor
Mãos criminosas, tristes mãos escorraçadas
Caprichosas desoladas mãos de flor e de amargorMãos de severa, que jamais um beijo doce vos buscou
Mãos a quem dou toda minha intensa dor
Mãos de severa, que jamais um beijo doce vos buscou
Mãos a quem dou toda minha intensa dor
Mãos friorentas, pobres mãos espavoridas
Agourentas, doloridas já cansadas de sofrer
Mãos friorentas, pobres mãos espavoridas
Agourentas, doloridas já cansadas de sofrer
Mãos de miséria que um fadinho
Na guitarra soluças mãos que gelais
E que a morte há de aquecer
Mãos de miséria que um fadinho
Na guitarra soluças mãos que gelais
E que a morte há de aquecer
sílvio caldas - ouça
Ouça, vá viver
Sua vida com outro bem
Hoje eu já cansei
De pra você não ser ninguémO passado não foi o bastante
Pra lhe convencer
Que o futuro seria bem grande
Só eu e você
Quando a lembrança
Com você for morar
E bem baixinho
De saudade você chorar
Vai lembrar que um dia existiu
Um alguém que só carinho pediu
E você fez questão de não dar
Fez questão de negar
Quando a lembrança
Com você for morar
E bem baixinho
De saudade você chorar
Vai lembrar que um dia existiu
Um alguém que só carinho pediu
E você fez questão de não dar
Fez questão de negar
sílvio caldas - pastoras dos olhos castanhos
Ó pastora dos olhos castanhos
Sempre a guardar teus rebanhos
De manhã eu de longe te aceno
Sonho teu olhar
Nem me vê chamar
Ó pastora dos olhos castanhos
Meu pensamento é só teu
Quando quiseres amor
Sabes que teu pastor
Sou euA tardinha tu voltas e as tranças tu soltas
Ao vento que te beija
Vais lavar teus pezinhos no rio
E eu pastor, maldoso te espio
Vendo o céu constelado
Eu sonho acordado
E chego a pensar
Que a lua é uma pastora
Nos campos do céu
Rebanhos a guardar
sílvio caldas - a deusa da minha rua
A Deusa da minha rua
Tem os olhos onde a lua
Costuma se embriagar
Nos seus olhos eu suponho,
Que o sol num dourado sonho,
Vai claridade buscar,
Minha rua é sem graça
Mas quando por ela passa
Teu vulto que me seduz
A ruazinha modesta,
É uma paisagem de festa
É uma cascata de luz,
Na rua uma poça d'água,
Espelho da minha mágoa
Transporta o céu para o chão,
Tal qual o chão da minha vida
A minh'alma colorida
O meu pobre coração
Infeliz da minha amada
Meus olhos são poças d'água
Sonhando com teu olhar...
Ela é tão rica, e eu tão pobre,
Eu sou plebeu, e ela é nobre
Não vale a pena sonhar
sílvio caldas - ninotchka
Naquela tarde sombria eu te vi,
E nem sei o que senti,
Naquela tarde sem me aperceber,
Eu comecei a sofrer.
Ninotchka, ninotchka,
A minha vida era tão calma,
Sem o teu olhar,
Ninotchka, ninotchka,
Agora vivo alucinado a te adorar.
Abre teus braços por deus eu te peço,
Me deixa entrar no teu peito, amor,
Ninotchka, ninotchka,
Pelos teus olhos, pelos teus beijos,
Eu morro de dor.
Abre teus braços por deus eu te peço,
Me deixa entrar no teu peito, amor,
Ninotchka, ninotchka,
Pelos teus olhos, pelos teus beijos,
Eu morro de dor....
sílvio caldas - palpite infeliz
Quem é você que não sabe o que diz?
Meu Deus do Céu, que palpite infeliz!
Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira
Oswaldo Cruz e Matriz
Que sempre souberam muito bem
Que a Vila Não quer abafar ninguém
Só quer mostrar que faz samba tambémFazer poema lá na Vila é um brinquedo
Ao som do samba dança até o arvoredo
Eu já chamei você pra ver
Você não viu porque não quis
Quem é você que não sabe o que diz?
A Vila é uma cidade independente
Que tira samba mas não quer tirar patente
Pra que ligar a quem não sabe
Aonde tem o seu nariz?
Quem é você que não sabe o que diz?
sílvio caldas - quem há de dizer
Quem há de dizer
Que quem vocês estão vendo
Naquela mesa bebendo
É o meu querido amorReparem bem
Que toda vez que ela fala
Ilumina mais a sala
Do que a luz do refletor
O cabaret se inflama
Quando ela dança
E com a mesma esperança
Todos lhe põem o olhar
E eu dono
Aqui no meu abandono
Espero morto de sono
O cabaret terminar
Rapaz leva esta mulher contigo
Disse me uma vez um amigo
Quando nos viu conversar
Vocês se amam
O amor deve ser sagrado
O resto deixa de lado
Vai construir o teu lar
Palavra
Quase aceitei o conselho
O mundo esse grande espelho
Foi que me fez pensar assim
Ela nasceu com o destino da lua
Pra todos que andam na rua
Não vai viver só pra mim
Palavra
Quase aceitei o conselho
O mundo esse grande espelho
Foi que me fez pensar assim
Ela nasceu com o destino da lua
Pra todos que andam na rua
Não vai viver, não vai viver só pra mim
sílvio caldas - recife cidade lendária
Eu ando pelo Recife, noites sem fim
Percorro bairros distantes sempre a escutar
Luanda, Luanda, onde está?
É alma de preto a penar
Recife, cidade lendária
De pretas de engenho cheirando a banguê
Recife de velhos sobrados, compridos, escuros
Faz gosto se ver
Recife teus lindos jardins
Recebem a brisa que vem do alto mar
Recife teu céu tão bonito
Tem noites de lua pra gente cantar
Recife de cantadores
Vivendo da glória, em pleno terreiro
Recife dos maracatus
Dos tempos distantes de Pedro Primeiro
Responde ao que eu vou perguntar
Que é feito dos teus lampiões?
Onde outrora os boêmios cantavam
Suas lindas canções
sílvio caldas - três lágrimas
Eu chorei
Pela primeira vez na minha vida
Quando nossa vida começou
Éramos então duas crianças
Cheias de vida e de esperança
Lembro-me bem do teu olhar espantado
Quando te roubei um beijo bem roubado
E uma lágrima dos olhos te rolouEu chorei
Pela segunda vez na minha vida
Quando minha vida se complicou
Tínhamos então mais vinte anos
Mágoas, saudades, desenganos
Lembro-me bem do teu olhar esquisito
Quando te olhei surpreso e muito aflito
E uma lágrima dos olhos te rolou
Eu chorei
Pela terceira vez na minha vida
Quando minha vida se acabou
Ia pela rua amargurado
Quando ouvi bem o teu chamado
Lembro-me só que já fugira a meiguice
Do teu lindo olhar agora é a velhice
E uma lágrima dos olhos nos rolou
sílvio caldas - a casinha da colina
Você sabe de onde eu venho
De uma casinha que eu tenho
Fica dentro de um pomar ?
É uma casa pequenina,
Lá no alto da colina
De onde se ouve, longe, o mar
Entre as palmeiras bizarras
Cantam todas as cigarras
Sob o pó de ouro do sol,
Do beiral vê-se o horizonte
No jardim canta uma fonte
E na fonte um rouxinol.
Do jasmineiro tão branco
Tomba, de leve, no banco
A flor que ninguém colheu
No canteiro há uma rosinha
No curral uma ovelhinha
E em casa o meu cão e eu
Sobre a minha cabeceira
Minha santa padroeira
Que está sempre em seu altar
Cuida de mim se adoeço
Vela por mim se adormeço
E me acorda devagar.
Quando eu desço pela estrada
E olho a casa abandonada
Sinto ao vê-la não sei quê
Anda em tudo uma tristeza
Como é triste a natureza
Com saudade de você
Se você é minha amiguinha
Venha ver minha casinha
Minha santa e meu pomar
Que o meu cavalo é ligeiro
É uma légua só do outeiro
Chega a tempo de voltar.
Mas se acaso anoitecer
Tudo pode acontecer
Que será de mim depois ?
A casinha pequenina
Lá do alto da colina
Chega bem para nós dois.
sílvio caldas - a casinha pequenina
Tu não te lembras da casinha pequenina
Onde o nosso amor nasceu, ai ?
Tu não te lembras da casinha pequenina
Onde o nosso amor nasceu ?
Tinha um coqueiro do lado {
Que coitado de saudade {bis.
Já morreu. {
Tu não te lembras das juras, oh, perjuras
Que fizeste com fervor, ai ?
Tu não te lembras das juras, oh perjuras
Que fizeste com fervor ?
Daquele beijo demorado {
Prolongado que selou {bis
O nosso amor. {
Não te lembras, ó morena da pequena
Casinha onde te vi, ai ?
Não te lembras, ó morena, da pequena
Casinha onde te vi ?
Daquela enorme mangueira {
Altaneira onde cantava {bis
O bem-te-vi. {
Não te lembras do cantar, do trinar
Do mimoso rouxinol, ai ?
Não te lembras do cantar, do trinar
Do mimoso rouxinol ?
Que contente assim cantava {
Anunciava o nascer {bis
Do flâmeo sol. {
sílvio caldas - aclimação
Na Bela Vista,
Eu tive uma conquista,
Lá no Belém,
Também gostei de alguém,
No Itaim,
Alguém gostou de mim,
Mas foi lá na Aclimação,
Que eu prendi meu coração.
Adeus vida boêmia da cidade,
Adeus minha avenida São João,
Boêmios, já tomei novo caminho,
Como as aves, fiz meu ninho,
No Jardim da Aclimação
sílvio caldas - adeus cinco letras que choram
Adeus, adeus, adeus
Cinco letras que choram
Num soluço de dor
Adeus, adeus, adeus
É como o fim de uma estrada
Cortando a encruzilhada
Ponto final de um romance de amor
Quem parte, tem os olhos rasos dÂ'água
Ao sentir a grande mágoa
Por se despedir de alguém
Quem fica, também fica chorando
Com o lenço acenando
Querendo partir também
sílvio caldas - ana maria
Ana maria, mulher mistério,
Que eu não compreendi,
Vieste sorrindo, em minha vida um dia,
E ao teu sorriso ana maria,
Desde então, eu me prendi.
Ana maria, lindo romance,
Que eu não escrevi,
Levo nos olhos,
O esplendor, dos olhos teus,
E sem poder, dizer,
Eu te amo,
Digo-te, adeus !
sílvio caldas - aquarela do brasil onde o céu azul é mais azul
Aquarela do Brasil (samba, 1939) - Ary Barroso
Sílvio Caldas
E6
Brasil
B7 E6
Meu Brasil brasileiro
B7 E6
Meu mulato inzoneiro
C#5+/7 C#7
Vou cantar-te nos meus versos
F#m B7 E
O Brasil, samba que dá
B7 E
Bamboleio que faz gingar
B7 E
O Brasil, do meu amor
B7 E
Terra de Nosso Senhor
F#m E C#m
Brasil, pra mim
F#m B7 E
Pra mim, pra mim
E F#m
Ah, abre a cortina do passado
B7
Tira a Mãe Preta do cerrado
E
Bota o Rei Congo no congado
F#m E C#m
Brasil, pra mim
F#m B7 E
Pra mim, Brasil
C#7
Deixa cantar de novo o trovador
Ã? merencória luz da lua
F#m
Toda canção do meu amor
Am B7 E
Quero ver a Sá Dona caminhando
C#m F#m
Pelos salões arrastando
B7 E
O seu vestido rendado
F#m B7 E C#m
Brasil, pra mim
F#m E
Pra mim, Brasil
E6 B7 E6
Brasil, terra boa e gostosa
B7 E6
Da morena sestrosa
C#5+/7 C#7
De olhar indiscreto
F#m B7 E
O Brasil, verde que dá
B7 E
Para se admirar
B7 E
O Brasil do meu amor
F#m B7 E
Terra de Nosso Senhor
F#m B7 E C#m
Brasil, pra mim
F#m E
Pra mim, pra mim
F#m
Oh, esse coqueiro que dá coco
B7
Onde eu amarro a minha rede
E
Nas noites claras de luar
F#m B7 E
Brasil, pra mim
F#m E B7
Pra mim, Brasil
C#7
Ah, ouve essas fontes murmurantes
Ah, onde eu mato minha sede
F#m
E onde a lua vem brincar
Am B7 E
Ah, este Brasil lindo e trigueiro
C#m F#m
Ã? o meu Brasil brasileiro
B7 E
Terra de samba e pandeiro
F#m B7 E C#m
Pra mim, Brasil
F#m B7 E
Brasil, pra mim
Onde o céu azul é mais azul (samba, 1941) - Alcir Pires Vermelho, Alberto Ribeiro e Braguinha
Francisco Alves
Eu já encontrei, um dia alguém
Que me perguntou assim, Iaiá
O seu Brasil, o que é que tem ?
O seu Brasil, onde é que está ?
Onde o céu é mais azul
E uma cruz de estrelas, mostra o sul
Aí, se encontra o meu país
O meu Brasil, grande..., tão feliz !
Que tem junto ao mar, palmeirais
No sertão, seringais
E, no sul, pinheirais
Um jangadeiro que namora o mar
Verde mar, a beijar,
Brancas praias, sem fim...
Quando faz luar
Um garimpeiro que, lá no sertão
Procura estrelas, raras pelo chão
E um boiadeiro que, tangendo os bois
Trabalha muito, pra sonhar depois !
E..., se é grande o céu, a terra e o mar
O seu povo bom, não é menor
Mas o que faz admirar
Eu vou dizer, guarde bem de cor
Quem vê o Brasil, que não tem fim
Não chega a saber, por que razão
Este Pais, tão grande assim
Cabe, inteirinho, em meu coração !...
Cds sílvio caldas á Venda