g.r.e.s. são clemente - a doce ilusão do sambista
A doce ilusão do sambista
São Clemente vem apresentar
Convidando o povo a cantar
Nessa festa colorida
De luxúria e prazer
O sambista vem mostrar
A razão do seu viver
Na passarela da vida
Entre risos e lágrimas
Seu coração palpita
A galera se agita
E começa a cantar
Olê olá
Sobre chuva de confetes e serpentinas
Cercado de pierrots e colombinas
Oh! Quanta alegria
Salve o soberano da folia
Mas quarta feira chegou só restou
Saudade e contas a pagar
E a fantasia de rei (de rei)
Foi o que ficou para lembrar
g.r.e.s. são clemente - samba de esquenta 1
A São Clemente vem aí -lelele
Quem chorava vai sorrir -leleleá
Não adianta jogar água malandragem
Que a poeira vai subir
Quem quiser sacudir
Deixa a tristeza pra lá
Canta meu povo
Meu povo,vamos cantar
Canta meu povo
Vamos cantar
Canta meu povo
Que a São Clemente vai passar!!!
(refrão)
g.r.e.s. são clemente - samba enredo 1962
Desperta, brasil,
Desse coma entre vorazes tubarões
Vindos por terra ou por mares,
Poluindo nossos ares, explorando nosso chão,
Impondo ordens em receitas estrangeiras,
No acoito das saúvas brasileiras,
De norte a sul, brasilinvest, por aí,
E outros males como o fmi
Mate a saúva antes dela te matar!
O peso é muito para um morto carregar
Pouca saúde e pouca grana pra gastar:
- oh, seu ministro, onde a coisa vai parar?
Oh, que tristeza, a realidade brasileira!
A malária, que era só do norte,
No sudeste chegou forte, correu a nação inteira
O arlequim ficou biruta e ri a toa
Da colombina, tão bonita e tão sacana,
Dona de um banco de sangue tão bacana,
Que deixou o pierrot descascando uma banana
Fila pra cá, briga pra lá,
Pra marcar a hora certa do defunto desfilar!
Mas que saudade
Dos tempos ídos que não voltam mais
Vovó, quando doente, era curada
Com elixir, biotônico e outros chás
Jeca tatu, tão doente e explorado
Espera a salvação chegar,
Mas a diligência da saúde
Vem puxada por saúvas,
Que a nova república deu fim . . . no delfim
Ai de mim
É aids sim!
Paetês e silicones desfilando por ai
E os meus direitos humanos
A são clemente cobra na sapucaí
g.r.e.s. são clemente - samba enredo 1970
Pequenino, triste feito um cão sem dono,
Tão cansado de viver e sofrer
Por aí perambulando
Não teve sorte
Seu berço não foi de ouro,
Seu pai não teve tesouro
É triste sua vida a vagar
-seu moço, dê-me um trocado!
Eu quero comer um pão!
Sou menor abandonado
Neste mundo de ilusão
Enquanto o filho do papai rico
Desfruta do bom e o bonito,
Do dinheiro que o pai tem;
Lá vai o menino pobrezinho,
Que acorda bem cedinho,
Pra vender bala no trem
Muitas vezes é abandonado,
Sendo bem ou maltratado,
Na chamada funabem
Alô brasil!
Felicidade nunca existiu no sam
Se hoje ele é mau orientado,
Será marginalizado
Nas manchetes de amanhã
A são clemente
Lembrou do seu existir:
Somos capitães de asfalto
Na sapucaí
g.r.e.s. são clemente - samba enredo 1981
Em síntese apresentamos
Danças tradicionais
Do folclore brasileiro
Neste carnaval
Assim dança o brasil
Desde os tempos coloniais
A começar do exuberante amazonas
Sentimos aplausos da dança da sucurí
E no para
Quem não conhece o boi bumba
No nosdeste tão falado
Das danças do quilombo
O coco e o xaxado
Que nos faz lembrar
O camgaceiro lampião e maria bonita
Que se tornaram tradição
Em pernambuco
Vibramos com o frevo e o maracatu
Algo sublime conhecemos na bahia
Candomblé e a capoeira
E a festa da lavagem do bonfim
Caminhando um pouco mais
Chegamos a minas gerais
Aonde o calango
E a dança do mineiro pau
São tradicionais
E na região sul
Chimarrita e a quadrilha
São as danças principais
No centro -oeste
As danças serra moreninha
A rawana e outras mais
Laiá lá lalá laiá
Finalmente
Chegamos ao rio de janeiro
Capital
Do samba brasileiro
g.r.e.s. são clemente - samba enredo 1985 quem casa quer casa
Nasci com a nobreza
Na pobreza me criei
Andei, andei (mais eu andei)
E aqui cheguei
Hoje mostro na avenida
Quem foge, nesta vida, de aluguel
Trago chave de cadeia
E os prazeres de motel
Quem casa, quer casa!
Eu não tenho onde morar
Vou viver como índio,
Até melhorar
(a natureza!)
A natureza
Mostrou ao homem como a vida é:
Caranguejo em casa de peixe,
Só tem a sua de acordo com a maré
No reino da bicharada
Salve-se quem puder:
O forte ganha no grito,
O fraco leva no bico
O negócio é se arrumar
E nessa vida, de toca em toca,
O rato se maloca pra poder rato criar
(ai! ai, meu deus!)
Ai! ai, meu deus!
Guarde uma casa para mim no céu (no céu!)
Veja, nesta terra, tudo é forma de aluguel
O meu salário é uma cascata
Eu não vou poder pagar
Vou arranjar um amor cigano,
A gente faz casa de pano,
Ainda pode aumentar
(eh! mas eu nasci . . . )
g.r.e.s. são clemente - samba enredo 1993
Mergulhei, no mar da imaginação
Procurei . . .
Se encontrei, se encontrei não sei
De mares nunca dantes navegados
Veio o branco navegador
Ao deparar com a bela índia
Por ela logo se apaixonou (ooo)
Uiara . . . linda como as flores
Tinha o sol, tinha natureza-dia
Mas era noite que ela queria
Noite . . . como será? (como será)
Noite . . . onde buscar?
Será . . .
No caroço da fruta vou encontrar?
Será . . . com a onça preta estará?
Ou o marinheiro vai trazer de além-mar?
De solo africano
O negro aqui desembarcou (desembarcou)
Trazendo em sua pele
A cor da noite e a noite na cor
Apesar de sofrimento e dor
Com sua presença a terra prosperou
Entre tantas coisas lindas
Essa festa colorida
Ele encantou! (ooo)
g.r.e.s. são clemente - samba enredo 2000
De Gonzagão a Gonzaguinha: Em vida de viajante
"Lua" ilumina minha escola
Pra fazer na avenida o mais bonito São João
Tem Forró, Maracatu, Frevo, arte em argila
Num "estado" de paixão
Seu coração pernambucano bate forte de saudade
Que a "alma do sertão' resgatou
Transformando sonhos em realidade
Toca o fole sanfoneiro e encanta o mundo inteiro
Asa Branca quer voar!
Espalhando a semente, é do povo, é da gente
Abre o sorriso e vem cantar
Não dá mais pra segurar, amor ]
Seu grito de alerta, ecoou ]
Desceu do morro o poeta especial ]
Explode coração no carnaval ]
Cantar...e não ter a vergonha de ser feliz
Viver...na escola da vida um eterno aprendiz
Amar a mulher e a pureza da criança
No futuro há esperança
Com liberdade sonhar
Sangrando eu vou... Eu vou...
Mergulhar com você no lago do amor
E lá do céu, poder reviver
Mais uma linda turnê
Levanta a poeira, sou mais São Clemente ]
O preto e amarelo, orgulho da gente ]
Sacode bateria no compasso do baião ]
Cantando Gonzaguinha e Gonzagão ]
g.r.e.s. são clemente - samba enredo 2012
A mais bela arte o samba me deu
Fiz da São Clemente o retrato fiel
Os traços mais finos, com as bênçãos de Deus
Deslizam no meu papel
A mais bela arte o samba me deu
Fiz da São Clemente o retrato fiel
Os traços mais finos, com as bênçãos de Deus
Deslizam no meu papel
Vem ver! Convidei Debret
Pra pintar o desfile do meu carnaval
A arte neoclássica impera
No Brasil colonial
Dom João! Em nobres traços vê inspiração
E faz um Rio à francesa
Erguendo os pilares do saber
Emoldurandoâ?¦ a exuberante natureza
Onde toda forma se mistura
Na mais perfeita arquitetura
Ã? a força da mata, salve São Sebastião
Onde o artista encontra o povo, a beleza desse chão
Viu no tom a negritude, viu no índio atitude
O esplendor de uma nação
Ã? a força da mata, salve São Sebastião
Onde o artista encontra o povo, a beleza desse chão
Viu no tom a negritude, viu no índio atitude
O esplendor de uma nação
Ao ver a minha obra na avenida
Relembro dos artistas imortais
Ã? a brasilidade dando vida
Ã? arte dos salões aos carnavais
Hojeâ?¦ â??quem chorava vai sorrirâ?
Os manuais vão reluzir
A â??missãoâ? no peito de quem ama
Em manter acesa a chama
Recriarâ?¦ os 200 anos de história
Numa linda trajetória
Academicamente popular
A mais bela arte o samba me deu
Fiz da São Clemente o retrato fiel
Os traços mais finos, com as bênçãos de Deus
Deslizam no meu papel
g.r.e.s. são clemente - samba enredo 2019 e o samba sambou