rubinho do vale - aeiou
No meio do mar tem A
No meio do céu tem E
No meio do rio tem I
No meio do sol tem O
No meio da lua tem U
No meio da lua tem U
E no meu coração tem amor prá chuchu
rubinho do vale - feito borboleta
Eu quero quero um canto de paz
O canto da chuva, o canto do vento
A paz do índio, a paz do céu
A paz do arco-íris, a cara do sol
O sorriso da lua
Junto à natureza em comunhão
Eu tô voando feito um passarinho
Ziguezagueando feito borboleta
Tô me sentindo como um canarinho
Eu tô pensando em minha violeta, êta
O som da cachoeira me levando
As águas desse rio me acalmando
O som da cachoeira me levando
rubinho do vale - ser criança
Ser criança é bom demais
despreocupar com tudo que se faz
dar um pulo, um grito e uma risada
levar a vida bem vivida e bem amada
ter uma rua e um parque prá brincar
o dia inteiro sem ter hora de parar
depois dormir, sonhar com a fantasia
e acordar num mundo cheio de alegria
ter uma escola e uma casa prá morar
boa saúde prá brincar e prá correr
ter amor e carinho todo dia
e um mundo lindo e limpo prá poder viver
rubinho do vale - davi e a luz da manhã
É tão bonito viver e sentir o prazer de ter o sol da manhã
O amanhecer tem um cheiro de arruda, poejo, alecrim e hortelã
Davi é o fruto da vida do amor infinito na luz manhã
É tão bonito esse brilho meu filho eu sou seu amigo e seu fã
O brilho no olhar do meu filho é fonte de amor é o meu talismã
A relação pai e filho renova e renasce como a luz da manhã
rubinho do vale - a canção da esperança
A canção da esperança que vou anunciar
Vem como a luz do dia
Vem trazendo a aliança do céu com a terra e o mar
Tudo será harmonia
São notas musicais que o silêncio bonito traduz
Sentimento de paz vem de tempo infinito de luz
Toda a humanidade vai ver que a bondade
Na verdade é um grande dom
Esse tempo novo vai encantar o povo
Na certa quem viver verá que é bom
A canção da esperança que venho anunciar
Na linda luz desse dia
É o caminho da bonança bom pra gente caminhar
No brilho da harmonia
Com amor a justiça e a paz se abraçarão
A felicidade da fraternidade é união
Para ter clareza de toda essa beleza
É preciso abrir o coração
Nessa nova era de nova primavera
O meu canto é uma celebração
rubinho do vale - acalanto de um cantador
Toda viola de um cantador
É o seu caso de amor é sua fala
Vento que embala o cheiro da flor, ai
Sem querer parar
Toda viola de um cantador
É trecho de uma vida de um sofredor
Cantando a dor de uma canção, ai
Sem querer chorar
Toda viola de um cantador
É a derradeira fuga de um sonhador
Plantando a esperança no coração, ai
Pra depois florar
rubinho do vale - a fauna e a flora
Tatu-bola, lobo-guará, onça pintada,
tamanduá-bandeira
Umbu, pitomba, pequi e o cerrado não
podem cair na fogueira
A fauna à flora implora: -Não podem mais derrubar madeira
Paca, tatu, cutia sim, no meio da mata sem fim
A vida inventa e tenta deixar esse mundo "verdim"
Meu curupira proteja essa mata inteira pra mim
Pra defender a terra todo manancial
A luta do verde é a vida e o nosso sonho é real
Mico-leão, baleia, frutos do mar, flores do campo, quaresmeira
Ipê, jacarandá, pau-brasil, jequitibá, aroeira
A floresta pede socorro, moto-serra não pode serrar seringueira
Papagaio, arara, tucano, joão de barro morando na ingazeira
Borboleta, beija-flor, curió e minha sabiá cantadeira
Laranjeira do meu canarinho, salve a fauna e a flora da terra inteira
rubinho do vale - tindolelê
Ô tindolelê, ô tindolelê, lalá
Ô tindolelê, não sou eu que caio lá
Eu vi a Isabella na janela da escola
Esperando as quatro horas para ver com quem namora
Penerou pra lá, penerou pra cá
A ciência da menina é saber dançar
E olha a roda tindolelê, e olha a roda tindolalá
E olha a roda tindolelê, tindolelê, tindolalá
rubinho do vale - a branca e a roxa
Ei você não sabe o que que tem lá na cozinha
Tem arroz e tem maxixe tem quiabo e tem galinha
A branca é roxa a roxa é branca
A branca é sua e a roxa é minha
Meu senhor me dá licença pra cantar no seu salão
Com meu chapéu na cabeça e minha viola na mão
A branca é roxa a roxa é branca
A branca é sua e a roxa é minha
Lá detrás daquela serra corre ouro e corre prata
Aqui dentro do salão tem dois oios que me mata
A branca é roxa a roxa é branca
A branca é sua e roxa é minha
Lá pertinho da minha roça tem um pé de berduegua
Pra buscar essa menina viajei umas trinta léguas
A branca é roxa a roxa é branca
A branca é sua e a roxa é minha
rubinho do vale - a função do cantador
Sou um moço brasileiro, cantador e violeiro
Viajante cavaleiro, trovador do amor da paz
Quero ter serenidade no amor no coração
Pra cantar com humildade as trovas lá do meu sertão
Vou pelas estrada na certeza da chegada
Semeando fruto e flor pra dar sabor à caminhada
Peço a Deus inspiração e mais força pra cantar
Desejar o bem na paz do amor pra gente amar
A função do cantador é fazer da cantoria
Um momento de harmonia para o povo se alegrar
Vou cumprindo essa missão vou na boa companhia
Da viola, da poesia e da cantiga pra tocar
rubinho do vale - a roda da carretilha
A roda da carretilha
É uma roda extraviada
Batendo o joelho no chão
Faz a gente ficar parada (formosa)
Ô Lara sacode a saia
Ô Lara levanta os braços
Ô Lara tem dó de mim
Ô Larinha me dê um abraço
Ô Ana sacode a saia
Ô Ana levanta os braços
Ô Ana tem dó de mim
Ô Aninha me dê um abraço
Gabriela sacode a saia
Gabriela levanta os braços
Gabriela tem dó de mim
Ô Gabriela me dê um abraço
rubinho do vale - amanhecer
O sol chegou nem licença pediu
Me acordou com um tapa de luz
Porta não há que me possa abrigar
Tô no tempo, o tempo é meu lar
Hora de levantar, hora de se lavar
Hora de despertar para o dia
Hora de alimentar para poder brincar
Nós temos que enfrentar mais um dia
rubinho do vale - brincando na chuva
Olha a chuva caindo caindo
É São Pedro lavando o céu
Molhando a poeira da terra
E o menino remando um barquinho de papel
Quando eu era ainda um menino
Crescendo lá no interior
Vivendo as belezas da vida
Sem medo, tristeza, sem dor
Brincava naquela enxurrada menina
São Pedro era o meu remador
Olha a chuva caindo caindo
É chuva que vem e que passa
É tempo que vem e que vai
E hoje eu não sou mais menino
Não brinco na chuva que cai
Mas vejo uma menina bonita brincando
Do jeito que brincou seu pai
E ela brincando na chuva
Vendo um barquinho navegar
E o tempo passando anuncia:
-Um dia você vai parar
Mas há de ver outro barquinho na chuva
Com outra criança a remar
rubinho do vale - caminho de são josé
O caminho de São José
Que também é de Maria
Tanto ele andava de noite
Como ele andava de dia
José chegou em Belém
Lá todo mundo dormia
Abre as portas meu povo
Pra entrar a virgem Maria
São José de porta em porta
Andava e não achou
Chegou numa manjedoura
Maria se agasalhou
São José foi buscar luz
Aonde que não havia
Bendito louvado seja
Nasceu o Menino de Maria
Galo cantou meia noite
Dizendo cristo nasceu
O boi perguntou aonde
O carneiro disse em Belém