MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
roberta sá - desenredo
Com: Boca Livre
Por toda terra que passo
Me espanta tudo o que vejo
A morte tece seu fio
De vida feita ao avesso.
O olhar que prende anda solto
O olhar que solta anda preso
Mas quando eu chego
Eu me enredo
Nas tranças do teu desejo.
O mundo todo marcado
A ferro, fogo e desprezo
A vida é o fio do tempo
A morte é o fim do novelo.
O olhar que assusta
Anda morto
O olhar que avisa
Anda aceso.
Mas quando eu chego
Eu me perco
Nas tramas do teu segredo.
Ê, Minas
Ê, Minas
É hora de partir
Eu vou
Vou-me embora pra bem longe.
A cera da vela queimando
O homem fazendo o seu preço
A morte que a vida anda armando
A vida que a morte anda tendo.
O olhar mais fraco anda afoito
O olhar mais forte, indefeso
Mas quando eu chego
Eu me enrosco
Nas cordas do teu cabelo.
Ê, Minas
Ê, Minas
É hora de partir
Eu vou
Vou-me embora pra bem longe.
roberta sá - só tinha de ser com você
É, só eu sei quanto amor eu guardei
Sem saber que era só pra você.
É, só tinha de ser com você
Havia de ser pra você
Senão era mais uma dor
Senão não seria o amor
Aquele que o mundo não vê
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.
É, você que é feito de azul
Me deixa morar neste azul
Me deixa encontrar minha paz
Você que é bonita de mais.
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você
E você sempre foi só de mim
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim.
roberta sá - ah se eu vou
Todo santo dia
Ela ia
Ela ia lá me chamar
Pra dançar coco
A beirada da saia querendo rodar
Pelo jeito dela, pelo dengo
Pela simpatia
Se eu caio na roda essa moça pode
Me segurar
Aí, ela vai querer
Que eu deixe de ir pro samba
Aí, ela vai querer
Que eu não vá na ciranda de Lia
Aí, ela vai querer
Que eu não saia de perto dela
E eu olhando prá beira da saia
Querendo rodar
Ah, se eu vou
roberta sá - com que roupa
Agora eu vou mudar minha conduta
Eu vou à luta, pois eu quero me aprumar
Vou tratar você com força bruta
Pra poder me reabilitar
Pois essa vida não está sopa, e eu me pergunto com que roupa?
Com que roupa eu vou?
Pro samba que você me convidou.
Agora eu não ando mais fardeiro
Pois o dinheiro não é fácil de ganhar
Mesmo eu sendo um cabra trapaceiro
Não consigo ter, nem pra gastar
Eu já corri de vento em polpa
Com que roupa eu vou?
Pro samba que você me convidou. (Com que roupa?)
Eu hoje estou pulando feito um sapo
Pra ver se escapo dessa praga de urubu
Já estou coberto de farrapos,
Eu vou acabar ficando nu
Meu paletó virou estopa, e eu nem sei mas com que roupa?
Com que roupa eu vou?
Pro samba que você me convidou.
Seu português agora foi-se embora
Já deu um fora, levou seu capital
Esqueceu quem tanto amava outrora
Foi o Adamastor pra Portugal
Pra se casar com uma cachofa, e agora, com que roupa?
Com que roupa eu vou?
Pro samba que você me convidou.
roberta sá - falsa baiana
Baiana que entra na roda e só fica parada
Não canta, não samba, não bole nem nada
Não sabe deixar a mocidade louca.
Baiana é aquela que entra no samba de qualquer maneira
Que mexe, remexe, dá nó nas cadeiras
Deixando a moçada com água na boca.
A falsa baiana quando entra no samba ninguém se incomoda
Ninguém bate palma, ninguém abre a roda
Ninguém grita ôba, salve a Bahia, Senhor!
Mas a gente gosta quando uma baiana quebra direitinho
De cima embaixo revira os olhinhos
E diz eu sou filha de São Salvador!
roberta sá - samba de um minuto
Devagar
Esquece o tempo lá de fora
Devagar
Esqueça a rima que for cara.
Escute o que vou lhe dizer
Um minuto de sua atenção
Com minha dor não se brinca
Já disse que não
Com minha dor não se brinca
Já disse que não.
Devagar
Esquece o tempo lá de fora
Devagar
Esqueça a rima que for cara.
Escute o que vou lhe dizer
Um minuto de sua atenção
Com minha dor não se brinca
Já disse que não
Com minha dor não se brinca
Já disse que não.
Devagar, devagar com o andor
Teu santo é de barro e a fonte secou
Já não tens tanta verdade pra dizer
Nem tão pouco mais maldade pra fazer.
E se a dor é de saudade
E a saudade é de matar
Em meu peito a novidade
Vai enfim me libertar.
Devagar...
roberta sá - agora sim
Amor assim, não tem, não, quem não queira
Quem me quer bem, é bem quem eu queria
Agora sim me sinto mais inteira
No meu caminho, nessa companhia
Agora sim me sinto mais inteira
No meu caminho, nessa companhia
Agora eu tenho quem come em minha mão
Que antes só, só em sonho eu tinha
Quem me completa mente e coração
E tá completamente sim, na minha
Dona Melancolia já não me detona sem dó
E a senhora Alegria já não me abandona
Pois agora eu não sou só eu só
(2x)
Agora eu tenho e ninguém me tira
Eu tenho amor que não é de mentira
Agora eu tenho quem eu tinha em mira
Eu tenho quem me tem e me admira
Amor assim...
roberta sá - samba de amor e ódio
Não há abrigo contra o mal
Nem sequer a ilha idílica na qual
A mulher e o homem vivam afinal
Qual se quer
Tão só de amor num canto qualquer.
Erra quem sonha com a paz
Mas sem a guerra
O céu existe pois existe a terra
Assim também nessa vida real
Não há o bem sem o mal.
Nem amor sem que uma hora
O ódio venha
Bendito ódio
Ódio que mantém a intensidade do amor
Seu ardor, a densidade do amor, seu vigor
E a outra face do amor vem a flor
Na flor que nasce do amor.
Porém há que saber fazer sem opor
O bem ao mal prevalecer
E o amor ao ódio incerto em nosso ser se impor
E a dor que acerta o prazer sobrepor
E ao frio que nos faz sofrer o calor
E a guerra enfim a paz vencer.
Erra quem sonha com a paz
Mas sem a guerra
O céu existe pois existe a terra
Assim também nessa vida real
Não há o bem sem o mal.
Nem amor sem que uma hora
O ódio venha
Bendito ódio
Ódio que mantém a intensidade do amor
Seu ardor, a densidade do amor, seu vigor
E a outra face do amor vem à flor
Na flor que nasce do amor.
Na flor que nasce do amor...
Na flor que nasce do amor...
Na flor que nasce do amor...
roberta sá - segunda pele
À noite eu lhe convido: "querido vem pra cá".
Um som no seu ouvido sussurra logo, vá.
Por perto alguma gata já grita que nem fã.
E logo o amor nos ata na noite, nossa irmã.
Quando ele vem, faço dele minha luva, meu colã,
A minha segunda pele, o meu cobertor de lã.
São paulo tá tão frio: 3 graus a sensação;
Mas o seu arrepio não é de frio não.
Sou eu na sua pele que afago com afã
Pra que seu fogo pele a sua anfitriã.
Quando ele vem, faço dele minha luva, meu colã,
A minha segunda pele, o meu cobertor de lã.
Enquanto a noite passa aos braços da manhã,
A gente ainda passa os dentes na maçã.
O nosso amor é massa. pra lá de Amsterdam.
O resto é o resto e passa. o resto é espuma, é span.
Quando ele vem, faço dele minha luva, meu collant,
A minha segunda pele, o meu cobertor de lã.
Quando ele vem, faço dele minha luva ou sutiã,
A minha segunda pele, o meu cobertor de lã.
A minha segunda pele, o meu cobertor de lã.
roberta sá - a vizinha do lado
A vizinha quando passa com seu vestido grená
Todo mundo diz que é boa
Mas como a vizinha não há.
Ela mexe com as cadeiras pra cá
Ela mexe com as cadeiras pra lá
Ela mexe com o juízo do homem que vai trabalhar.
Há um bocado de gente na mesma situação
Todo mundo gosta dela na mesma doce ilusão
A vizinha quando passa e não liga pra ninguém
Todo mundo fica louco e o seu vizinho também.
roberta sá - chega de saudade
Vai minha tristeza
E diz à ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque não posso mais sofrer.
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz
Não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai.
Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda
Que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca.
Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim.
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de viver longe de mim
Vamos deixar esse negócio de você viver sem mim
Não quero mais esse negócio de você longe de mim...
roberta sá - pra dizer adeus
Adeus
Vou pra não voltar
E onde quer que eu vá
Sei que vou sozinho.
Tão sozinho amor
Nem é bom pensar
Que eu não volto mais
Desse meu caminho.
Ah, pena eu não saber
Como te contar
Que o amor foi tanto
E no entanto eu queria dizer.
Vem
Eu só sei dizer
Vem nem que seja só
Pra dizer adeus.
roberta sá - bem a sós
Se tem muita gente, é tanto melhor pra nós.
Quando a coisa é quente, já estamos bem a sós.
No meio da rua, tudo é muito popular.
Se eu me vejo nua, ninguém pode reparar.
Olha, não precisa ter vergonha,
Não precisa olhar pra baixo,
Eu só quero te beijar. Vem!
Olha que gostoso um beijo na multidão. (2x)
A felicidade mora na satisfação.
A nossa vontade vem da nossa solidão.
E aquela pessoa pensa em ser feliz também.
Leva a vida à toa, sempre procurando alguém.
Olha, todo mundo ao nosso lado corre pra chegar na frente
E nós dois aqui atrás.
Ah! Como é saboroso, alimenta e satisfaz.
Olha, todo mundo ao nosso lado corre pra chegar na frente
E nós dois aqui atrás
Olha que gostoso um beijo na multidão.
roberta sá - mambembe
No palco, na praça, no circo, num banco de jardim
Correndo no escuro, pichado no muro
Você vai saber de mim
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando
Por baixo da terra
Cantando
Na boca do povo
Cantando
Mendigo, malandro, muleque, mulambo bem ou mal
Escravo fugido, um louco varrido
Vou fazer meu festival
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando
Por baixo da terra
Cantando
Na boca do povo
Cantando
Poeta, palhaço, pirata, corisco, errante judeu
Dormindo na estrada, no nada, no nada
E esse mundo é todo meu
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando
Por baixo da terra
Cantando
Na boca do povo
Cantando
roberta sá - medo de amar n 2
Cds roberta sá á Venda