MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
renato teixeira - amanheceu peguei a viola
Amanheceu eu peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar
Sou cantador e tudo nesse mundo
Vale prá que eu cante e possa praticar
A minha arte sapateia as cordas
E esse povo gosta de me ouvir cantar
Amanheceu...
Ao meio dia eu tava em Mato Grosso
Do Sul ou do Norte, não sei explicar
Só sei dizer que foi de tardezinha
Eu já tava cantando em Belém do Pará
Amanheceu...
Em Porto Alegre um tal de coronel
Pediu que eu musicasse uns versos que ele fez
Para uma china, que pela poesia
Nem lá de Pequim se vê tanta altivez
Amanheceu...
Parei em Minas prá tocar as cordas
E segui direto para o Ceará
E no caminho fui pensando, é lindo
Essa grande aventura de poder cantar
Amanheceu...
Chegou a noite e me pegou cantando
Num bailão, lá no norte do Paraná
Daí prá frente ninguém mais se espanta
E o resto da noitada eu não posso contar
Anoiteceu e eu voltei prá casa
Que o dia foi longo e o sol quer descansar
Amanheceu...
renato teixeira - vide vida marvada
Corre um boato aqui donde eu móro
Que as mágoas que eu choro são mal ponteada
Que no capim mascado do meu boi
A baba sempre foi santa e purificada
Diz que eu rumino desde menininho
Fraco e mirradinho a ração da estrada
Vou mastigando o mundo e ruminando
E assim vou tocando essa vida marvada
É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda moda é um remédio pros meus desengano
É que a viola fala alto no meu peito, mano
E toda a mágoa é um mistério fora desse plano
Prá todo aqueles que só fala que eu não sei vivê
Chega lá em casa pruma visitinha
Que no verso e no reverso da vida inteirinha
Há de me encontrar no cateretê
Há de me encontrar no cateretê
Tem um ditado dito como certo
Que cavalo esperto não espanta a boiada
E quem refuga o mundo resmungando
Passará berrando essa vida marvada
Compadi meu que inveieceu cantando
Diz que ruminando dá pra ser feliz
Por isso eu vagueio ponteando
E assim procurando a minha flor-de-liz
renato teixeira - chico
Quando você dorme continua a estar
Revirando alegramente
esse meu grande amor
Como pássaro no ar
Vou deixando me levar
nesse riso tão bonito que o tempo
vai mudar, vai mudar
como mudam os caminhos
pelos quais os nossos dias passaram
Gosto do seu jeito de me controlar
com a garra de um menino que não quer parar
e girar sua ciranda
nunca parar de girar
e fazer esse bom tempo se perpetuar
e isso é muito bom
como a água cristalina
como a verdadeira estima
que háaa.
renato teixeira - casinha branca
Fiz uma casinha branca
Lá no pé da serra
Prá nós dois morar
Fica perto da barranca
Do Rio Paraná
A paisagem é uma beleza
Eu tenho certeza
Você vai gostar
Fiz uma capela
Bem do lado da janela
Prá nós dois rezar
Quando for dia de festa
Você veste o seu vestido de algodão
Quebro meu chapéu na testa
Para arrematar as coisas do leilão
Satisfeito eu vou levar
Você de braço dado
Atrás da procissão
Vou com meu terno riscado
Uma flor do lado e meu chapéu na mão
Vou com meu terno riscado
Uma flor do lado e meu chapéu na mão.
renato teixeira - romaria
É de sonho e de pó, o destino de um só
Feito eu perdido em pensamentos
Sobre o meu cavalo
É de laço e de nó, de gibeira o jiló,
Dessa vida cumprida a sol
Refrão
Sou caipira, Pirapora Nossa
Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida
O meu pai foi peão, minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida
Em busca de aventuras
Descasei, joguei, investi, desisti
Se há sorte eu não sei, nunca vi
Me disseram porém que eu viesse aqui
Pra pedir de romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar, só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar, meu olhar
renato teixeira - vida malvada
Não sou do tipo de homem que tem a palavra
Aprecio muito as estradas que levam a nada
Fui criado assim nos beirais dessa vida malvada
Ê, vida malvada
Aprecio muito as estradas que levam a nada
Sou filho de um padre caído, banido do Éden
Que pegou na pinga e perdeu-se na vida com ela
Nunca tive sorte ou dinheiro, êta, vida malvada
Ê, vida malvada
Aprecio muito as estradas que levam a nada
Tive um amor que queria minh'alma domada
Deixei-o como um ladrão deixa a casa roubada
Mais uma fronha molhada, êta, vida malvada
Ê, vida malvada
Aprecio muito as estradas que levam a nada
Tô sempre com as malas prontas e a mula selada
Fiz da minha vida o percurso alheio às moradas
O meu destino na terra é uma rês desgarrada
Ê, vida malvada
Aprecio muito as estradas que levam a nada (3x)
renato teixeira - cuitelinho
Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia,ai,ai
Ai quando eu vim
da minha terra
Despedi da parentália
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes batáia,ai, ai
A tua saudade corta
Como aço de naváia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
E os óio se enche d´água
Que até a vista se atrapáia, ai...
renato teixeira - pé de cedro
Foi um belo Mato-Grosso há vinte anos atrás
Naqueles tempos queridos que não voltam nunca mais
Nas matas onde eu caçava um pequeno arbusto achei
Levando pra minha casa no meu quintal plantei
Era um belo pé de cedro, pequenino, em formação
Sepultei suas raízes na terra fofa do chão
Um dia parti pra longe, amei, também sofri
Vinte anos se passaram em que distante eu vivi
"À Virgem Santa sagrada uma prece eu vou fazer
Junto ao meu pé de cedro é que desejo morrer
Quero ter sua sombra amiga projetada sobre mim
No meu último repouso na cidade de Campo Grande, o cidade morena"
Hoje volto arrependido para o meu antigo lar
Abatido e comovido, com vontade de chorar
E rever meu pé de cedro que está grande como o quê
Mas é menor que a saudade que hoje sinto de você
Cresceu como minha mágoa, cresceu numa força rara
Mas é menor que a saudade que até hoje nos separa
A terra ficou molhada do pranto que derramei
Que saudade, pé de cedro, do tempo que eu te plantei.
renato teixeira - frete
Eu conheço cada palmo desse chão
é só me mostrar qual é a direção
Quantas idas e vindas meu deus quantas voltas
viajar é preciso é preciso
Com a carroceria sobre as costas
vou fazendo frete cortando o estradão
Eu conheço todos os sotaques
desse povo todas as paisagens
Dessa terra todas as cidades
das mulheres todas as vontades
Eu conheço as minhas liberdades
pois a vida não me cobra o frete
Por onde eu passei deixei saudades
a poeira é minha vitamina
Nunca misturei mulher com parafuso
mas não nego a elas meus apertos
Coisas do destino e do meu jeito
sou irmão de estrada e acho muito bom
Eu conheço todos os sotaques
desse povo todas as paisagens
Dessa terra todas as cidades
das mulheres todas as vontades
Eu conheço as minhas liberdades
pois a vida não me cobra o frete
Mas quando eu me lembro lá de casa
a mulher e os filhos esperando
Sinto que me morde a boca da saudade
e a lembrança me agarra e profana
o meu tino forte de homem
e é quando a estrada me acode
Eu conheço todos os sotaques
desse povo todas as paisagens
Dessa terra todas as cidades
das mulheres todas as vontades
Eu conheço as minhas liberdades
pois a vida não me cobra o frete
renato teixeira - meu veneno
No Mato Grosso,
Fui a Poconé, Cinopé,
Cuiabá, Barra do Garça.
Alto Floresta, Porto Jofre
Também passei
Por Varzea Grande, Rondonópolis
Em Barão de Melgaço
Eu parei prá pernoitar
No Mato Grosso do Sul
Tem Três Lagoas
Campo Grande, Corumbá
Aquidauana
Meu coração não me engana
De Potim saí um dia
Só prá ver Ponta Porã.
Gi-Paraná, Rondônia
Guajará-Mirim, Cacoal
Ariquemes, Pimenta Bueno
Logo logo eu estarei em Porto Velho
Que é a menina
dos meus olhos
Meu veneno...
renato teixeira - amizade sincera
A amizade sincera é um santo remédio
É um abrigo seguro
É natural da amizade
O abraço, o aperto de mão, o sorriso
Por isso se for preciso
Conte comigo, amigo disponha
Lembre-se sempre que mesmo modesta
Minha casa será sempre sua
Amigo
Os verdadeiros amigos
Do peito, de fé
Os melhores amigos
Não trazem dentro da boca
Palavras fingidas ou falsas histórias
Sabem entender o silêncio
E manter a presença mesmo quando ausentes
Por isso mesmo apesar de tão raros
Não há nada melhor do que um grande amigo
renato teixeira - três nascentes
Tenho o sol que nasce
Por detrás do morro
Dá bom dia ao galo
Primeiro a despertar
O sol aquece o pasto
O sereno corta
Abro a minha porta
E vou trabalhar
Tenho uma nascente
Que vem lá da serra
Toca meu moinho
Toca meu monjolo
Enche a lagoa
Pra molhar a horta
Sento em minha porta
Vejo florescer
Tenho a lua branca
Nasce com as estrelas
Ilumina a mata
Borda todo o céu
Nasce o som da viola
Tudo me conforta
Fecho a minha porta
E sonho com você
renato teixeira - gente que vem de lisboa peixinhos do mar
Gente que vem de Lisboa
Gente que vem pelo mar
Laço de fita amarela
Na ponta da vela
no meio do mar
Ei nós, que viemos
De outras terras, de outro mar
Temos pólvora, chumbo e bala
Nós queremos é guerrear
Quem me ensinou a nadar
Quem me ensinou a nadar
Foi, foi marinheiro
Foi os peixinhos do mar
Ei nós, que viemos
De outras terras, de outro mar
Temos pólvora, chumbo e bala
Nós queremos é guerrear
renato teixeira - chalana
Lá vai uma chalana
Bem longe se vai
Navegando no remanso
Do rio Paraguai
Oh! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nestas águas tão serenas
Vai levando meu amor
E assim ela se foi
Nem de mim se despediu
A chalana vai sumindo
Na curva lá do rio
E se ela vai magoada
Eu bem sei que tem razão
Fui ingrato eu feri
O seu pobre coração
renato teixeira - canto do povo de um lugar
Todo dia o sol levanta
E a gente canta
o sol de todo dia
Fim da tarde a terra cora
E a gente chora
porque finda a tarde
Quando a noite a lua amansa
E a gente dança
venerando a noite.
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