MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
rapadura xc - norte nordeste me veste
O Nordeste é poesia,
Deus quando fez o mundo
Fez tudo com primazia,
Formando o céu e a Terra
Cobertos com fantasia.
Para o Sul deu a riqueza,
Para o Planalto a beleza
E ao Nordeste a poesia.
(trecho de Patativa do Assaré).
Rasgo de leste a oeste como peste do sul ao sudeste
Sou rap agreste norte-nordeste epiderme veste
Arranco roupas das verdades poucas das imagens foscas
Partindo pratos e bocas com tapas mato essas moscas
Toma! Eu meto lacres com backs derramo frases ataques
Atiro charques nas bases dos meus sotaques
Oxe! Querem entupir nossos fones a repetirem nomes
Reproduzindo seus clones se afastem dos microfones
Trazem um nível baixo, para singles fracos, astros de cadastros
Não sigo seus rastros, negados padrastos
Cidade negada como madrasta, enteados já não arrasta
Esses órfãos com precatas, basta! Ninguém mais empata
Meto meu chapéu de palha sigo pra batalha
Com força agarro a enxada se crava em minhas mortalhas
Tive que correr mais que vocês pra alcançar minha vez
Garra com nitidez rigidez me fez monstro camponês
Exerce influência, tendência, em vivência em crenças destinos
Se assumam são clandestinos se negam não nordestinos
Vergonha do que são, produção sem expressão própria
Se afastem da criação morrerão por que são cópias
Não vejo cabra da peste só carioca e paulista
Só frestyleiro em nordeste não querem ser repentistas
Rejeitam xilogravura o cordel que é literatura
Quem não tem cultura jamais vai saber o que é Rapadura
Foram nossas mãos que levantaram os concretos os prédios
Os tetos os manifestos, não quero mais intermédios
Eu quero acesso direto às rádios palcos abertos
Inovar em projetos protestos arremesso fetos
Escuta! A cidade só existe por que viemos antes
Na dor desses retirantes com suor e sangue imigrante
Rapadura eu venho do engenho rasgo os canaviais
Meto o norte nordeste o povo no topo dos festivais,
toma!
REFRÃO:
Êha! Ei! Nortista agarra essa causa que trouxeste
Nordestino agarra a cultura que te veste
Eu digo norte vocês dizem nordeste
Norte nordeste norte nordeste
Êha! Hei! Nortista agarra essa causa que trouxeste
Nordestino agarra a cultura que te veste
Eu digo norte vocês dizem nordeste
Norte nordeste norte nordeste
POESIA:
MINHAS IRMÃS, MEUS IRMÃOS, OXE! SE ASSUMAM COMO
REALMENTE SÃO
NÃO DEIXEM QUE SUAS MATRIZES, QUE SUAS RAIZES MORRAM
POR FALTA DE IRRIGAÇÃO
SER NORTISTA & NORDESTINO MEUS CONTERRÂNEOS NUM É SER
SECO NEM LITORÂNEO
É TER EM NOSSAS MÃOS UM DESTINO NUNCA CLANDESTINO PARA
OS DESFECHOS METROPOLITANOS.
Devasto as galerias tão frias cuspo grafias em vias
Espalho crias nas linhas trilhas discografias
Arrasto lp's, Ep's CDs, DVDs
Cachês, Clichês, Surdez, vocês? Não desta vez!
Esmago boicotes com estrofes em portes cortes nos
Flogs
Poetas pobres em montes dão choques em hip pops
Versos ferozes em vozes dão mortes aos tops blogs
Repente forte do norte sacode em trotes galopes
Meto a fita embolada do engenho em bilhetes de states
Dou breaks em fakes enfeites cacete nas mix tapes
Bloqueio esses eixos os deixo sem alimentação
Alheios fazem feio nos meios de comunicação
Essas rádios que não divulgam os trabalhos criados em
nossos estados
Ouvintes abitolados é o que produz
Contratos que pagam eventos forçados com pratos sobre
enlatados
Plágios sairão entalados com esse cuscuz
Ao extremo venho ao terreno me empenho em trampo
agrônomo
Espremo tudo que tenho do engenho a um campo autônomo
Juntos fazemos demos oxigênios anônimos
E não gêmeos fenômenos homogêneos homônimos
Caros exteriores agrários são os criadores
Diários com seus labores contrários a importação
São raros nossos autores amparo pra agricultores
Calcários pra pensadores preparo pra incitação
Sou côco e faço cocada embolada bolo na hora
Minha fala é a bala de agora é de aurora e de
alvorada
Cortando o céu da estrada do nada eu faço de tudo
Com a enxada aro esse mundo e no estudo faço morada
Sou doce lá dos engenhos e venho com essa doçura
Contenho poesia pura a fartura de rima tenho
Desenho nossa cultura por cima e não por de baixo
Não sabe o que é cabra macho? Me apresento Rapadura
Espanco suas calças largas com vagas para calouros
Estranha o som do Gonzaga a minha sandália de couro
Que esmaga cigarras besouros mata nos criadouros
Meu povo o maior tesouro amor regional duradouro
Recito os ribeirinhos o Mara - baixo em vivência
Um norte com essência não enxerga essa concorrência
São tão iguais ouvi vários e achei que era só um
Se no nordeste num tem grupo bom
Não tem em lugar nenhum, toma!
REFRÃO:
Êha! Ei! Nortista agarra essa causa que trouxeste
Nordestino agarra a cultura que te veste
Eu digo norte vocês dizem nordeste
Norte nordeste norte nordeste
Êha! Ei! Nortista agarra essa causa que trouxeste
Nordestino agarra a cultura que te veste
Eu digo norte vocês dizem nordeste
Norte nordeste norte nordeste.
rapadura xc - rapadura na boca do mundo
Atenção pessoal!
Chegou os tocador
Puxa a consertina que vai começar o arrasta pé
É muito bem, mas agora quem vai cantar sou eu!O som me levou
Prá lá do oceano meu sonho avoou
Rompeu o atlântico com o cântico enquanto ecoou
O encanto áspero pássaro que flutuou e todo ar povoou
A ribanceira descí, fronteira venci
Poeira alheia que aqui tossí... agradeci
Aplausos gravados em vastos retratos
Fui além de estados e palcos como mc conheci
Outros meios de dizer
À outros seios meus anseios em refazer
Subir a superfície e não superficial ser
Trazer arte mais que artificial ser, parte do resplandecer
Contraste universal
Estampo encarte autoral com trampo regional
À um campo profissional
Trazendo os gens dos meus, ao bem dos teus
Provém de Deus, a quem se deu, de modo excepcional
Por isso tive que ir
Muito além dos horizontes do meu sentir
Latitude longitude ignorei
Atitude na altitude que superei
Nos ares mergulharei
E assim vou... oh oh oh oh
Sobre as nuvens que se vão... oh oh oh oh
Na amplitude desse voo... oh oh oh oh
Nada pode ser em vão... oh oh oh oh
E não vai ser!
Lisboa vim pra te ver
Foi na proa da canoa que trouxe o vi ver
Portugal foi sem igual ao me conceber
Cada gesto e afeto que pude receber
Bem longe do fim ter
A percepção
Que se condensa com a extensa recepção
Intensa convicção
Fiz a canção voar com os pés no chão
Pressão do ar me fez voltar com outra concepção
E assim parti a berlim sim
Dando em cada verso expresso o melhor de mim vi
Na cassiopesia a estréia senti percebi que
A platéia espera energia fluir em fim
Foi o que eu fiz e
Foi o que me fez
Cantar no hip hop kemp a primeira vez
Rimando em cearês
República tcheca, microfone checa
Oxe! genebra celebra sempre diz arriégua com nitidez
Refrão
Por isso tive que ir
Muito além dos horizontes do meu sentir
Latitude longitude ignorei
Atitude na altitude que superei
Nos ares mergulharei
E assim vou... oh oh oh oh
Sobre as nuvens que se vão... oh oh oh oh
Na amplitude desse voo... oh oh oh oh
Nada pode ser em vão... oh oh oh oh
Fala
Outra
Outra? outra? outra?
Então castiga a consertina de novo!
Atenção pessoa!
Tira o sapato do pé e forma a roda
que eu agora aproveitando da data
vou continuar cantado
Han ran hã
Fitaembolada do engenho
Isso é rapadura na boca do mundo
Peguei a estrada esburacada sem véu
Alvorada desbrava saliva deságua em papel
Palavra lavrada por mim fez cantar acauã
Toada de zé mucuim trouxe ave temporã
Nas entranhas da serra a manhã cunhã órfã
Na garganta da terra o amanhã titã ribacã
Desafio o ventre da anfitriã estética vã
Ligado ao fio do sempre a minha irmã poética hã
Montado num espinhaço de raio e vento
Num galope cinzento do cangaço ao centro
Dentro de arribaçã
Rasgando lãs frio que se põe em textura pós
Nas cortesãs cio o que se opõe a secura voz
Alcançando notas intocáveis confundo os bemóis
Me lançando em rotas improváveis ao fundo do algoz
Acústica rústica abrir no colibrir dos faróis vi
A música parí do carírí arrebóis vim
Refrão
Do meio agrário ao imaginário do canto sem fim
'' a moçada na boca diz assim ''
dj rm (colagem)
Diz o quê? fitaembolada do engenho
Isso é rapadura na boca do mundo
Do meio agrário ao imaginário sem fim
'' a moçada na boca diz assim ''
dj rm (colagem)
Diz o que? fitaembolada do engenho
Isso é rapadura na boca do mundo
Levei minhas raízes do interior carrossel
A outros países no exterior cortei céu
E fui a mais de mil légua de vôo
Inspiração flui mesmo sem dar trégua o enjôo
Janela fechou fiz jus fiz a vera o compor
Acapela encaixou traduz primavera a se expor
A criação conduz luz minha matéria deixou
Procriação compus pus na esfera do show
Meu palco é o mundo, profundo, do universo do verso
Mosaico oriundo fecundo submerso em labor
Me expresso em concretos neons prédios e camarins
Em tetos arquiteto meus sons projetos sem fins
Remédio pro tédio dos vãos sobre aspectos ruins
Contexto o assédio dos nãos sem intermédios e afins
Uso o intelecto em tons bons pelos confins vi
Espectros sem dons são carbonos pra mim vim
Refrão
Do meio agrário ao imaginário do canto sem fim
'' a moçada na boca diz assim ''
dj rm (colagem)
Diz o quê?
fitaembolada do engenho
Isso é rapadura na boca do mundo
Do meio agrário ao imaginário sem fim
'' a moçada na boca diz assim '' dj rm (colagem)
Diz o quê? fitaembolada do engenho
Isso é rapadura na boca do mundo
rapadura xc - maracatu de cá pra lá
Avise a todo mundo é o Chico no som
Pegue a zabumba e o ganzá pra fazer um batuque bom
Eu meto coração nesse fole que acolhe o carron
Menino feito do chão que engole a terra marrom
Pra levar esse maracatu que foi feito pra tu
Sanfona com pitú mexe inté buraco de tatu
Estremece caruaru inté caber no urú
Ensino o seu guru a soletrar o mandacaru
Faço morto dançar em festim descabela o capim
Inté entender que macaxeira em fim é o mesmo aipim
Desaprega esses pés do chão e torra o amendoim
Junta o calor da paixão quando forra o som do soim
Na casa farinha o arrasta o pé do sonho se fez
Pra meus cambito suarem com a fé trazer o camponês
Pra embolar uma alma com a outra e assim expor a nudez
Deixando a timidez, sempre embalado por marines
Rainha do xaxado inspiração pra cabra invocado
Pra cabra virado que abóia o gado e dança em roçado
Estrangeiro fica abestado fica aperreado
Tem o bucho forrado mais num sabe o que é o bucho suado
Rala bucho ninguém fica murcho repuxo o suor
O som que puxo é mais do que luxo ninguém fica só
Tá bem mió garganta não dá nó pra cantarolá
Maracatu que vai de cá para lá
Refrão:
Ô coisa boa da molesta quem tá dentro não sai
Enfrenta o pau de arara, a estrada por mais de mil léguas
Menina nova pra entrar despista inté o pai
Quando se aprega num dá trégua o lombo enverga arriégua
Nego perde o rumo de casa quando quebra o jejum
Pisa no pé de todo mundo não consegue remar
Se cachaça fosse água o sertão era um mar bebum
Eu te aconselho a largar a garrafa e se animar a amar
Segure na cintura desse amor
Deixe a quentura nordestina te abraçar com calor
Essa é a mistura formosura criatura em labor
Não tem frescura é minha doçura que traz novo sabor
Só não fale mal da minha terra por que ai não deixo
Me chamam de rapadura sou doce mais quebro queixo
Trabalho com postura, me mexo faço sem desleixo
Escritura em corte costura fecho todo esse eixo
Vê se Segura as calças por que o batuque é assim
Bate mais forte o pilão de chiquim bixim não tem fim
E Produz o meu cuscuz na boca de pacajus
Misturo garapa e mastruz, mexo inté com os postes de luz
A beira mar treme as canela caatinga ginga de saia
O litoral se despingela e o rural arranca a cangaia
Junta o sertão com a praia, na raia ninguém ataia
Ninguém vaia, é a mesma laia, debaixo da mesma paia
Cada um pega seu par é bem fácil acompanhar
É dois prá lá é dois prá cá não vai dar pra apanhar
Só não vale pisar no pé muié vai inté fazer calo
Macho aperta a percata no pé cisca mais que galo
É pra rodar mais que espalha brasa peão de mão
Mais alto que bicho com asa acochando o pulmão
Vou botar o som pra bombar canção que sai desse lar
Maracatu que vai de cá pra lá
REFRÃO:
Há muito tempo eu quis fazer algo real regional
Algo que fosse do viver crescer o calor nacional
Não ter vergonha do que sou arrasto o pé no quintal
Nego não me acompanha na dança então fala mal
Não preciso cantar besteira pra ninguém se mover
Cabra se mexe por que entende o amor que faz envolver
Sou rapadura xique Chico amigo muito prazer
O meu melhor eu vim trazer antes de ir-me embora vou te dizer
Fita embolada do engenho da cultura popular
É rapadura xique Chico aqui fico a embolar
Fita embolada do engenho trazendo algo não visto
Vai fazendo rapadura na boca do povo misto
Enquanto o amor popular canta o falar no qual existo
É doce mais num é mole engole que é brasileira
E remexe mais que a cintura de moça namoradeira
É eu e tu e tu e eu quem uniu foi deus pra vida inteira
Descendo a ribanceira ligeira rima junina
Faço meu maracatu de cá prá lá na lamparina
É o fogo de quem se acende com a chama de quem ensina
Embolando mais do que fio desafio cabra da peste
Se embola na embolada no embolo do canto agreste
Se é essa a terra que me cobre o norte nordeste me veste
Fita embolada do engenho da cultura popular
Cearense cabra da peste das brenha do ceará
Rapadura xique Chico aqui fico pelo meu lar
Norte nordeste me veste e por isso não vou parar
rapadura xc - fita embolada do engenho
Vou girando a engrenagem moendo o peso a bagagem
Concretizando a mensagem de um doce sem embalagem
Se afastem me dê passagem viagem sem estiagem
Derramo água abordagem cresce a folhagem a pastagem
Vou plantar cana pro mel fazer batida pro céu
Dessa boca do mundo ao léu a cana de açúcar é o pincel
Cordelista é menestrel repentista não usa papel
No improviso um filho fiel quando canto, arranco chapéu
Trabalho duro eficaz matérias primas rurais
Mãos que agarram ideais fazem mais que os canaviais
Pra tirar todo melaço traço o cangaço, em cantigas
Não faço como esses falsos encalços de peças gringas
Fizeram suas mix tapes banquetes da importação
Eu trouxe a fita embolada cocada de inovação
Criação nossa da roça é nordeste na produção
Rapadura, primeiro pro povo depois pra exportação
Melaço a preparar, bagaço se espremerá
Caldo de cana fará fita embolada do engenho
Rapadura ceará, o doce que Deus dará
Mais duro que o seu jabá fita embolada do engenho [2x]
Matuto do ceará é muito ar pra seus pulmões
Não podem me azedar com esses caminhões de limões
Há muito tempo eles dizem que não há rap em sertões
Por que temos vozes violões e eles só têm os botões
Eles não esperavam uma aparição repentina
Uma apuração clandestina uma duração tão continua
Uma premiação nordestina inspiração pra autoestima
Num é demonstração de rima é o que vem de baixo pra cima
Obra prima do compromisso um ofício de anos e meses
Mais brasileiro que isso só se for isso mais vezes
Original por demais, Chico faz nacional demais
Por canais mais artesanais é o que traz vergonha aos iguais
Vou meter o norte nordeste aonde vocês num chegaram
Num itinerário contrário do que vocês desenharam
O rap rural estranharam ficaram sem oxigênio
Quando chegou rapadura e a fita embolada do engenho
Melaço a preparar, bagaço se espremerá
Caldo de cana fará fita embolada do engenho
Rapadura ceará, o doce que deus dará
Mais duro que o seu jabá fita embolada do engenho [2x]
Fita embolada do engenho preparo as mãos pra arar
Fita embolada do engenho rapadura ceará
Oxe, oxente é arrente é arrente
Oxe, oxente é arrente é arrente
Oxe, oxente é arrente é arrente de novo
Rapadura na boca do povo
Eu trago o alimento a todos vocês
Um sentimento em firmamento que o tempo assim fez
Não foi talento nem momento foi o fundamento de dentro
Cortando o vento cinzento do centro inté minha vez
Nem mãinha esperava que eu chegasse aqui,
Trouxe algo que É motivo de orgulho daqui
É a prova de Determinação superação interação direção
Identificação expansão extensão
Enxada na mão, com pulmão defendo os irmãos do meu sangue
Das quebradeiras de coco aos catadores do mangue
Pelos os estados que aqui passei por inteiro me dei
Verdadeiro, alcancei a boca do povo alimentei
Sempre dando o meu melhor sem ter dó de gastar suor
Arrastando terra com pó não há nada que me der nó
Não tô só tô com os estados que me apoiaram em renovo
Que me trouxeram de novo rapadura na boca do povo
Ceará rapadura na boca do povo,
Pernambuco rapadura na boca do povo
Paraíba rapadura na boca do povo
É rapadura povo é com arrente povo
Amapá rapadura na boca do povo,
Amazonas rapadura na boca do povo
Acre rapadura na boca do povo é rapadura povo
É com arrente de novo
Alagoas, Maranhão, rapadura na boca do povo,
Piauí, Rio Grande do Norte, rapadura na boca do povo
Sergipe, Bahia, Rondônia,Roraima, Tocantins, Pará,
Rapadura na boca do povo
rapadura xc - moça namoradeira
Moça linda que já vem na janela espera alguém
Não sabe bem quem mais sabe que espera por algum bem
Se arruma no espelho bota uma flor no cabelo
Bota o vestido mais lindo e pro santo faz um apelo
Santo casamenteiro varre o azar do terreiro
Traz sorte no primeiro e que seja o derradeiro
Num é bem seu desejo, pois já vem vindo o festejo
Já vem vindo fogueteiro pra alumiar o seu beijo
Nego se alvoroça no escurim da palhoça
Todo mundo arrocha é assim que se namora na roça
Só não deixa o pai dela ver se não dar fuzuê
A peixeira vai comer em quem a besta se meter
Se a lamparina apagar vai da pra aproveitar
Eita menina ligeira beija e num perde o lugar
Na noite que tem fogueira ela escapole pelas beiras
Mete um pitu de primeira ô moça namoradeira
Ela só quer só pensa em namorar
Ela só quer só pensa em namorar
Ela só quer só pensa em namorar
Ela só quer só pensa em namorar [2x]
Moça linda de ver todo mundo quer lhe ter
A flor de mandacaru está quase pra florescer
A espalhar seu perfume cheiro que num tem volume
Teus olhos que me aprumem brilham mais que vaga-lume
A caminho da roça pensando num novo amor
Pra alumiar a fulô depois que o sol se pôr
Nem se quer desabrochou muito menos se achou
Mais o caritó só lhe deixou e o peito acochou
E lhe tirou pra dançar fez a alma balançar
Cintura se ajunta e não há nada que a faça cansar
Esticando as canela algo novo nasce dela
Bem juntinho a flor bela o arrepio da voz singela
Menina nem é mulher pensa que sabe o que quer
Vai mudando e seu querer num é mais um beijo qualquer
É um dengo um ma molengo um acocho a noite inteira
Num desgruda nem com reza ô moça namoradeira
Ela só quer só pensa em namorar
Ela só quer só pensa em namorar
Ela só quer só pensa em namorar
Ela só quer só pensa em namorar [2x]
Já chegou o mês de junho tem festa de são João
Deixa subir o balão pra esquentar coração
Se ajunta a família pra festejar na quadrilha
Coisa linda nordestina tudo no céu se alumia
É bonito de olhar tem gente pra se casar
Quando o buquê tá no ar todas só querem pegar
E as que não pegam só rezam e pedem pra santo Antônio
Pedem um bom matrimônio realizar o seu sonho
E ainda se não chega menina se aproveita
Mais ainda não deita com home por que é mulher direita
Têm os pais os irmãos que no braço forçam o casório
Dão surra em cabra safado se não casar tem velório
E num é brincadeira é um risco na ribanceira
Faz subir toda poeira pegadeira Eita lasquera
É nova e solteira ainda num quer nada pra vida inteira
Ela só quer cheiro e cafuné ô muié namoradeira
Ela só quer só pensa em namorar
Ela só quer só pensa em namorar
Ela só quer só pensa em namorar
Ela só quer só pensa em namorar [2x]
Só pensa em namorar só pensa em namorar
Só pensa em namorar só pensa em namorar
Só pensa em namorar só pensa em namorar...
Oxe, oxe
Do ceará para Brasília, Brasília pra Paraíba,
Paraíba pra Bahia, Baiana quando te vi
Rodando um lindo vestido despido do que se sente cupido
Rap repente na frente do que vivi
Amor à primeira vista calor que queima nas vistas
Um só olhar uma conquista se vista do que Deus deu
Um matuto desajeitado uma preta flor nordestina
Um encanto que me destina e atina tu e eu
Eu eu, e ô o vento soprou e ô a folha caiu e ô
Cadê meu amor que a noite chegou fazendo frio
E ô o vento soprou e ô a folha caiu e ô
Cadê meu amor que a noite chegou fazendo frio
rapadura xc - rima junina
Então prepare a madeira bota lenha na fogueira
Pois é festa a noite inteira
E ninguém não para
Todo roçado aqui se une alegria clara
Tem muita gente descendo a serra vem de pau de arara
Hoje vai ter casamento, vai ter divertimento
Vai ter aquecimento nessas regiões
Vai ter que ter o cumprimento das celebrações
Vai ter que ter o sentimento invadindo rojões
Explodindo enfeitando o céu, gira o vestido feito carrossel
Homem não se esquece de tirar o chapéu
Quem vai dar o troféu, rapadura mais doce que mel
Quero ver essas quadrilhas se apresentarem
Seus meninos animarem, suas meninas encantarem
Amores se encontrarem, jurados se impressionarem
Pessoas não se cansarem, continuarem, dançarem
Tem canjica tem pamonha mugunzá, bolo de fubá
Um quentão pra esquentar
Vinho quente para celebrar, à noite para o luar
Cocada pra adoçar, maçã do amor para amar
Tem bolo de mandioca, bolo de milho verde
Tem o bolo de polvilho nesse arraiá
Pé de moleque, arroz doce, tapioca
Tem paçoca, tem história, tem ciranda pro dia raiar
Faz subir essa poeira mexe os pés
Movimentação, rotação de traços
Alegria verdadeira dos fiéis, alimentação
Citação de abraços
Abram a roda vamos entrar na dança
Senhoras e senhores meninos crianças
Tem espaço pra todo mundo, amor profundo
Um pouco de tudo, mergulho bem fundo
Repartindo andanças
Ei esperança que se faz aqui presente
Vem molhar a minha gente, vem fazer bem mais contente
Aconchego que se sente, a quentura reluzente
Que reúne meus parentes, sempre dizem oxente
Deixa aqui com arrente que arrente aqui sabe como fazer
Sempre tenho coisa boa pra dizer
Se eu tô pelo nordeste sempre faço com prazer
Aqui entrego meu viver, e pode ver que não mudo o dizer
Vou levando na carroça, meu tempero que te força
A degustar apreciar o som da roça
Comigo não a quem possa verso que nunca se afrouxa
Pelo contrário acocha, meto fogo em toda palhoça
Por inteiro estou em toda apresentação
Com microfone na mão, deixa subir o balão
Pra celebrar a quadrilha, reunir toda família
Todo céu aqui já brilha pra festa de são joão
Rima junina pra esse povo eu dei, sei que dei
Toda sertão de amor eu incendiei [Ontem eu sonhei]
Que toda seca ia virar um mar
Rima junina a animar rima junina a rimar, a rimar [2x]
Isso aqui tá muito bom por que, que não vem?
Isso tem cheiro de terra da raiz que tem
Sentimento bem além, sempre presente em alguém
Não se retira ninguém compartilho desse bem
Então vamos unir nossas mãos, representação
Origem e tradição
Danças populares em pilares entre lares
Trazem meus familiares para os ares de ascensão, vão
Rodam vestidos, valores contidos
Amores batidos, sabores retidos
Sorriso não tido, logo repartido
Canto com sentido é mantido e nunca vendido
Que o suor da nossa gente revigore
Forme a aquarela tinta que colore
Vou falar só uma vez então decore
Isso é cultura nunca foi folclore
As quadrilhas começaram a dançar
Começaram a balançar, todo mundo a se agitar, ê!
Anarriê, da licença eu quero ver, festa linda de se ter
Quero ver, quem é que vai vencer
Grande roda, levantem os braços
Se divide a plateia nos compassos
Bela apresentação, forte comemoração
Imensa palpitação, junção de passos
Por todo Brasil, a cantiga da caatinga se expandiu
Um amor eterno do fole saiu
Toda essa gente na frente se uniu, distancia sumiu
Pelo céu anil, que derrama aurora da vida ao plantio
Vem do coração a canção que se viu, que se ouviu
Quem sentiu, repartiu, explodiu, todo mundo inté aplaudiu
Festa caipira, com direito a simpatia, poesia nordestina
Na trilha da radiola
Que me inspira e transpira, minhas sortes adivinhas
Nas festinhas e marchinhas alma minha na linha se embola
Sorri e chora, quando é hora, de ir embora
Até logo a essa história, que namora as obras místicas
Uma reza pra são Pedro santo Antônio
Que componho e me exponho delícia comidas típicas
Bandeirinhas, brincadeiras espalham perfumes
Corrupiões e piões, lampiões e vaga-lumes
Pra essa vista bonita, feita de magia
Contagia com alegria, cantoria radia os costumes
Nossa folia rasga noite e dia convida a família
Mãe e filha tio tia e toda região
Me tragam tudo de novo para a noiva
E o noivo casamento feito pelo povo na festa de são joão
Rima junina pro essa povo eu dei, sei que dei
Toda sertão de amor eu incendiei [Ontem eu sonhei]
Que toda seca ia virar um mar
Rima junina a animar rima junina a rimar, a rimar [2x]
rapadura xc - tu e eu sinopse
Eis um poeta em matrimônio fiel
Uma aliança um anel que simboliza e gira o meu carrossel
Eu ganho asas pra beijar o teu céu
Derramo todo esse mel saliva dança
Se esconde em teu véu
Naquele vestido da primeira vez
Que me tirou a nudez
Depois daquilo eu perdi a timidez
Aquele canto tirou minha surdez
Aquele encanto me trouxe embriaguez
E tudo novo se fez
Uma viaje um encontro casual
Primeiro olhar uma atração visual imaginei um casal
Como almas gêmeas que procuram seus lares
Ou novos ares
Pra descansarem se apaixonarem pelos olhares
Primeira vista primeira impressão
Primeira pista feição nome na lista para apresentação
Eu nem te conhecia mais nem parecia
Um toque que aprecia a mão macia acaricia
Contato evidencia o interesse que nascia
O quarto do hotel que influência
Por isso quase que eu nunca decia
O olhar que aponta longe e denúncia
Me anuncia ao beijo que eu agradecia
O amor que sentencia e aparecia sem ao menos pedir
Se delicia quando vem nos despir não vou partir
Agora que sei que está dentro de mim e eu de ti
Não posso resistir nem desistir de ti só posso te sentir
Refrão
São corações a se encontrar
A se vestir pro dia que já vem
E tudo se iluminou no meu olhar
A se despir o amor do meu bem
Bem, bem, bem a se despir o amor do meu bem
Bem, bem, bem a se despir o amor do meu bem
Por esse bem eu encarei o avião
As horas de aflição eu no saguão com sua foto na mão
Por esse bem deixei minha cama colchão
Dei até logo aos irmãos minha mãe entende e até faz oração
Faz ligação dizendo pra eu me cuidar
Pergunta quando eu vou lá cadê Paulinha como é que ela tá?
Ela ta bem a pouco foi trabalhar
Quando chegar eu digo que a senhora esteve a ligar pode deixar
Laço familiar ta dentro do lar
Sempre a nos auxiliar nessas andanças que fizeram molhar
Foi necessário apenas o teu olhar
Pra tudo eu ter que largar menos a música sem ela não dá
E foi por causa dela que agente foi se encontrar
Um dia antes tu estava a cantar
No outro dia eu fui me apresentar
Eu nem sabia que tu estava lá
E nem sabia no que isso ia dar
Então veja só o que aconteceu
Você dançou pro meu eu e depois disso foi que tudo nasceu
Seu bem maior você me ofereceu
Agradeci e disse que era teu tudo aquilo que deus me deu
Hoje nós dividimos o mesmo lar
A mesma cama o sonhar a conta a água o aluguel pra pagar
Somos muito felizes graças à jah
Deixa eu te perguntar, será que aceitaria assim comigo casar?
Refrão
São corações a se encontrar
A se vestir pro dia que já vem
E tudo se iluminou no meu olhar
A se despir o amor do meu bem
Bem, bem, bem a se despir o amor do meu bem
Bem, bem, bem a se despir o amor do meu bem
rapadura xc - amor popular
"Eu e me fole
Pela vida fora
Atravessando duas gerações
As alegrias que sentimos juntos
Somos parceiros nas recordações"
Chegue, se aconchegue menina
Chegue meu bem
Se chegue aqui perto de mim
Que teu calor me faz bem
No arrasta pé, que "bole" "muié"
Que mexe "fulôr"
Que faz suor descer pelo pé, molha meu amor
Faz a palhoça pegar fogo, incendiar coração
Corpo colado ao outro tremendo de emoção
Vai se juntando todo esse chão, deixa solidão
Deixa as palmas de mão bater, deixa a zabumba trazer multidão
Pra ver o dia clarear fazendo a sanfona gemer
Pro meu povo se alegrar, adoçar o viver
Que possa ser o dia mais bonito que já se viu,
Por tudo que se floriu, por tudo que se sentiu
Felicidade explodiu, todo sertão se "buliu"
Todos souberam que foi no Brasil que isso surgiu
Tipo rap com baião, tipo canção com batidão
Tipo Rapadura e véio Gonzagão, a melhor dupla do sertão.
E faz poeira subir no terreiro, levanta defunto no meio do tumulto
Mais chique é o Chico matuto
Todo mundo junto no rala bucho que é o que mais presta
Na batida das panelas João Braz alegrando a festa
Que convidou Januário junto com Zé Macaxeira
Chamou Helena, o Ramalho, não deixa apagar fogueira
Falei com a mulher rendeira, to chegando as lavadeiras
Trazendo a cantiga que mexe com essa caatinga inteira.
Posso sentir teu calor, posso sentir teu amor
Sinto teu cheiro de "fulôr"
E cada sonho que dança nos braços da esperança,
canta criança, "comadi", o senhor
Trouxe a cantiga pra abraçar
O amor popular
Trouxe a cantiga pra beijar
O amor popular
A cantoria despertar
O amor popular
Trouxe minha gente pra cantar
O amor popular
Tem tapioca, mugunzá
Arrasta pé pra dançar
Fogueteiro pra alegrar, o fole pra se tocar
Tem gente ainda pra chegar
Vestido pra se rodar
Cabra arretado a cantar, faz a cunhã flutuar.
Os curumins se desembestam quando se encontram
Fazem ciranda, brincam de quadrilha, histórias contam
É coisa linda de ver o repentista, a viola, o vaqueiro,
o boi, a caatinga nos mais antigos da escola
Zé neto do acordeon, Patativa de Assaré
Zé do serrado, no som, embolando contra a maré
Teve a embolada no inferno e a embolada no céu
Vamo' aplaudir a segunda beleza pura, é cordel
Pura beleza é frevo, é maracatu, capoeira, tem jumenta
alada e cachaça tem de tudo na feira.
Tem cabra embriagado que tem terreno no céu
Tem farinha e rapadura que é mais doce que mel.
Isso é o que me faz feliz, vou celebrar minha raiz
Cantando na feira do livro com Chico de Assis
A transmitir meu calor interpretando esse amor
Nessa saga, toque Luiz Gonzaga, meu professor.
Na casa do Cantador, Zé Cardoso e Sebastião
Acendam um lampião, arrocha mais um baião
Arrocha um xote, um maxixe, um forró puro pé de serra
Vem meu amor popular a brotar dessa linda terra
Posso sentir teu calor, posso sentir teu amor
Sinto teu cheiro de "fulôr"
E cada sonho que dança nos braços da
esperança canta criança, "cumadi", o senhor
Trouxe a cantiga pra abraçar
O amor popular
Trouxe a cantiga pra beijar
O amor popular
A cantoria despertar
O amor popular
Trouxe minha gente pra cantar
O amor popular
Eu vou pedir pro Meu Padim mandar uma chuva pra cá
Pra essa lavoura crescer, mandacaru se aflorar
Se todo esse céu chorar, a terra se juntará, o gado vai engordar
As coisas vão "miorar"
Bota "cangaia" no burro pendura tudo que der
Vou vender o que puder
Seja o que Deus quiser
Sou lavrador, trabalhador, sou sonhador cantador
Eu vim da seca, da palhoça pra expressar meu amor
Do curumim pra escola que é preciso estudar
La pra cidade da pedra, ele pode até se formar
É muito boa a leitura transforma a criatura
Traz uma nova escritura expande a nossa cultura
Toda essa gente tem garra tem esperança no peito
Tem tradições, tem talentos e merecem mais respeito
Merecem oportunidade, pois capacidade tem
E é por isso que eu amo o norte nordeste
O verdadeiro tem
"Eu e me fole
Pela vida fora
Atravessando duas gerações
As alegrias que sentimos juntos
Somos parceiros nas recordações"
rapadura xc - canto sem fim
Eu ponho meu coração pra cantar, expressar
Me libertar, voar, me emocionar, chorar, abraçar, sentimento leva
Deixar o encanto, beijar, assoprar, amor profundo alcançar
Um outro mundo exala puro conteúdo
E não versos em vão, palavras vazias, sem vida
Rimas vendidas, ouvidas, não são sentidas
Batidas são exprimidas, contidas, pouco expressivas
Paridas sobre ruínas, varridas de minha vida
Como sempre imaginei fazendo improviso na rua
Um sonho a realizar MC Cleiton e Rapadura
O amor pela musica entra em profundo sentimento
Demonstrando talento posso dizer que vem de dentro
Soltando pra fora em forma de palavras que não são cruzadas
Em versos rimados que vem do fundo da alma e do coração
Formando uma construção, canção, dos traços dessa emoção surge a composição
É inspiração, razão, rabiscos e riscos me dão esse voo na imensidão
E a tradução da canção: Entrega incondicional, corporal
e emocional, natural e tradicional, espiritual e vocal
No entanto construindo aquilo que acho que é certo
Nesse mundo moderno me sinto como num deserto
Ser esperto é chegar perto e ser sincero a quem lhe da valor
Assim é fácil compreender o verdadeiro amor
É o sentimento mais puro que aqui brota em mim
Poesias nascem da alma e assim encontram-me
Oceano de águas líricas, rimas tomam-me
Amor incondicional nesse canto que não tem fim [2x]
Solidão no pensamento traz o vazio a vida
Quem se liga e não consegue lidar perde a batida
Me pergunto por que é mais fácil desistir, do que persistir
Deixar partir, se isso não for omitir
Dizer e fazer e no entanto quando escrever
Se deixar envolver, elevar por puro prazer
Por dever ser sem precisar derrotar nem se preocupar
Pelo contrário ajudar por um só canto aliviar
Eu vou levando os traços do meu canto pra libertá-los
Na rua espalho a minha alma nua, flutua,
matéria crua é o melhor que me vem
Exala o perfume também, já é de costume ir além,
entrego o bem que me tem
No busão, no metro, no fundão a compor com calor
Faz favor deixa eu rimar tão sonhador mostrar o valor
Empresto um banco de praça
Liberto minha solidão pra fazer do palco
vazio o teatro de uma emoção
Na batida sonora que entra junto com o vocal
Sem cópia de instrumental, evolução que é natural
Deixa esse mundo surreal, no meu modo espiritual
Entre o bem e o mal mantendo (?) real
Eu sou poeta sem sucesso, ao inverso faço o processo
Verso meu acesso, não cesso, silêncio é o que peço
Pra me expressar não quero contrato nem preciso ter nome
É uma relação de amor eterno e respeito maior com o microfone
É o sentimento mais puro que aqui brota em mim
Poesias nascem da alma e assim encontram-me
Oceano de águas líricas, rimas tomam-me
Amor incondicional nesse canto que não tem fim [2x]
Imaginação, criatividade a qualquer obra
Força de vontade, rima paralela não se dobra
Me desdobro mas só cobro o que tiver de ser cobrado
Soprando o fogo da chama que queima poeta ousado
Dias e tardes, tardes e noites que dedicamos
Serviu pra não deixarmos ninguém brincar com aquilo que mais amamos
Fiquem com o instrumental se é só isso que querem ouvir
Quem se importa só com batidas jamais poderá sentir
Vivos que fazem escritos, abafam gritos por muitos
surpreendidos, por poucos compreensão
A lepra da aos ouvidos por isso mantenha-os limpos
Ouvindo antigos discos, não me traz inspiração
Aliança infinita, sincera e duradoura
Totalmente o inverso dos planos de tua gravadora
Quer me transformar em produto calado
O que vem de dentro não vem do meu sentimento
Não tenho prazo nem tempo
Difícil de aliviar o que é frágil sentir
Mas posso pedir a atenção de quem quer ouvir
Antes de partir eu sei que o rumo eu não perdi
Consigo manter a calma pondo em prática o que aprendi
E se eu to aqui hoje não é por acaso, não é em vão
Não to no palco pra fazer rima de exibição
O que tenho aqui é bem maior do que querer ser o melhor
Desprezo essa brincadeira de MC vazio e só
É o sentimento mais puro que aqui brota em mim
Poesias nascem da alma e assim encontram-me
Oceano de águas líricas, rimas tomam-me
Amor incondicional nesse canto que não tem fim [2x]
Não tem fim (não tem fim), não tem fim
(não tem fim), não tem fim (não tem fim)
rapadura xc - partitura de gravuras mortas
É rapadura a voz do povo
É o cabra macho nordestino
É rapadura a voz do povo
O cabra macho nordestino
É sempre a mesma fala
Ausência vasta sobre batidas
Pronuncias gringas respinga em suas rimas repetitivas
Os que fazem se desfazem e trazem os seus encartes
Embalagens sem mensagens
São miragens sem artes
Têm estrangeiros como sua inspiração
Sufocam a respiração, destorcem a canção
Retorce a audição
Ainda mais pelo que faz, traz ostentação
exibam pratas que eu demonstro um basta com os pés no chão
Poeta pobre por uma causa nobre
Em meus domínios
Pisoteando os declínios, correndo sem patrocínios
Quando canto eu represento o povo
Essa é a diferença
Da marionete da imprensa
De marca, selo e tendência
Bocas falantes, mentes não pensantes
Almas vazias, corpos andantes
Meros navegantes, mares de orgia
Ainda mais quando aparecem só pra fazer tumulto
Apresentando seus frutos
Podres e amargos produtos
Padronizados, industrializados, pasteurizados
Robotizados, comercializados a preços baixos
Trabalham imagens reciclando lixo sem conteúdo
Sem abordagem, sem estudo
Nem todo mundo segue surdo
Rejeito tributos e homenagem a impostores
Compositores, cantores quem não sentem minhas dores
Só falam de si, são Mc's de campeonatos
Estão no topo das batalhas
Mas não passam de abstratos
Dj's que o toca discos só serve pra enfeite
Só movem duas bolachas quando as come com leite (hahahaha)
Isso distorce raízes, treme, brota, revolta
Ao invés de pratos apresentam gastos com CDJ
Sou amante do vinil, amante da radiola
Acredito em gerações
Não em divisões de escolas
Nem nova, nem velha
Mas sempre eterna motivação
Coadjuvantes calem-se!
Respeitem quem tem expressão
[REFRÃO]
Aos impostores o meu coração traz rejeição
Compositores em contradição recusam ação
Opositores querem diversão não transformação
Trabalhadores sigam a construção da revolução
Na parte de gravuras mortas, gravuras mortas
Partitura de gravuras mortas, gravuras mortas
Partitura de gravuras mortas, gravuras mortas
Partitura de gravuras mortas, gravuras mortas
Vou arrancando rótulos e módulos de padrões
Não apresentam razões, só apresentam refrões
Que não conseguem passar nada
E trazem repetições
Diversões são mais fáceis do que causar as transformações
Pressões, feições, maquiagens que de nada valem
Trajem de bailes rasguem-se
Frases e males se calem
não vou deixar que se pronuncie
Anuncie, que se venda assim
Se renuncie,remova-se,devolva-se aos excrementos
talento alimento,esforço e tempo,me dedico ao extremo
De dentro vem sentimento, não entretenimento
Passatempo, divertimento pra encantar donzelas
Não passam de nomes
Passa fomes, presos a panelas
Vou unindo elos paralelos
Deveres velhos, critérios
Prazeres sérios, sinceros
Eu quero em estéreo
No estúdio, no externo
No estúdio um caderno
Meu mundo interno
Esquentando teu tempo inverno
Mesclando antigo e moderno
Eterno que seja o canto
E que o canto seja infinito
Poema despido,escrito e dito atiro o que sinto
A queima roupa em produtores de moda que se resumem
Não se assumem
O que toca nas pistas não passa de estrumes
Exibição de outra nação causa impressão
Reprodução, aceitação, imposição da importação
Contradição, fala vazia
Dizia o que não trazia
O nada que se fazia e vendia
Hipocrisia escrevia
Falava o que não vivia pra impressionar
Por que levar o que não irá se concretizar?
Discursos decorados, papéis emprestados
Comprados, meus sonhos incorporados
Valores interpretados
Impostores fiquem calados
Atores silenciados
Versos copiados, colados, rasgados
Reprovados, tocados
Não são ouvidos, cuspidos são tão idênticos
Sou presente, passado e futuro puro e autêntico
[REFRÃO]
Aos impostores o meu coração traz rejeição
Compositores em contradição recusam ação
Opositores querem diversão não transformação
Trabalhadores sigam a construção da revolução
Na parte de gravuras mortas, gravuras mortas
Partitura de gravuras mortas, gravuras mortas
Partitura de gravuras mortas, gravuras mortas
Partitura de gravuras mortas, gravuras mortas
Me falem quem são vocês de verdade
Não tem personalidade
Suas carnes em vaidade
Rasgaram posturas, costuras
Gravuras mortas, figuras
Tortas, rasura brota
Pintura sem nota no branco das partituras
No vago das escrituras, retalhos
Restos de espantalhos
Que se espalham sobre atalhos
Encerram trabalhos
Dos lavradores em movimento
Terras e folhas
Impostores sem sentimento
Calem-se, sumam daqui de uma vez por todas
Ah! Já to cansado disso tudo
É sempre a mesma coisa
Brasileiro cantando que nem estrangeiro
Meu pai e minha mãe
Me fizeram homem cabra macho
Nordestino até a pampa
Aqui, Rapadura chique - chico
Eu represento o Ceará, Lagoa Seca
Não sou coadjuvante nem foto-cópia de ninguém
rapadura xc - partituras de gravuras mortas
É rapadura a voz do povo
É o cabra macho nordestino
É rapadura a voz do povo
O cabra macho nordestino
É sempre a mesma fala
Ausência vasta sobre batidas
Pronuncias gringas respinga em suas rimas repetitivas
Os que fazem se desfazem e trazem os seus encartes
Embalagens sem mensagens
São miragens sem artes
Têm estrangeiros como sua inspiração
Sufocam a respiração, destorcem a canção
Retorce a audição
Ainda mais pelo que faz, traz ostentação
exibam pratas que eu demonstro um basta com os pés no chão
Poeta pobre por uma causa nobre
Em meus domínios
Pisoteando os declínios, correndo sem patrocínios
Quando canto eu represento o povo
Essa é a diferença
Da marionete da imprensa
De marca, selo e tendência
Bocas falantes, mentes não pensantes
Almas vazias, corpos andantes
Meros navegantes, mares de orgia
Ainda mais quando aparecem só pra fazer tumulto
Apresentando seus frutos
Podres e amargos produtos
Padronizados, industrializados, pasteurizados
Robotizados, comercializados a preços baixos
Trabalham imagens reciclando lixo sem conteúdo
Sem abordagem, sem estudo
Nem todo mundo segue surdo
Rejeito tributos e homenagem a impostores
Compositores, cantores quem não sentem minhas dores
Só falam de si, são Mc's de campeonatos
Estão no topo das batalhas
Mas não passam de abstratos
Dj's que o toca discos só serve pra enfeite
Só movem duas bolachas quando as come com leite (hahahaha)
Isso distorce raízes, treme, brota, revolta
Ao invés de pratos apresentam gastos com CDJ
Sou amante do vinil, amante da radiola
Acredito em gerações
Não em divisões de escolas
Nem nova, nem velha
Mas sempre eterna motivação
Coadjuvantes calem-se!
Respeitem quem tem expressão
[REFRÃO]
Aos impostores o meu coração traz rejeição
Compositores em contradição recusam ação
Opositores querem diversão não transformação
Trabalhadores sigam a construção da revolução
Na parte de gravuras mortas, gravuras mortas
Partitura de gravuras mortas, gravuras mortas
Partitura de gravuras mortas, gravuras mortas
Partitura de gravuras mortas, gravuras mortas
Vou arrancando rótulos e módulos de padrões
Não apresentam razões, só apresentam refrões
Que não conseguem passar nada
E trazem repetições
Diversões são mais fáceis do que causar as transformações
Pressões, feições, maquiagens que de nada valem
Trajem de bailes rasguem-se
Frases e males se calem
não vou deixar que se pronuncie
Anuncie, que se venda assim
Se renuncie,remova-se,devolva-se aos excrementos
talento alimento,esforço e tempo,me dedico ao extremo
De dentro vem sentimento, não entretenimento
Passatempo, divertimento pra encantar donzelas
Não passam de nomes
Passa fomes, presos a panelas
Vou unindo elos paralelos
Deveres velhos, critérios
Prazeres sérios, sinceros
Eu quero em estéreo
No estúdio, no externo
No estúdio um caderno
Meu mundo interno
Esquentando teu tempo inverno
Mesclando antigo e moderno
Eterno que seja o canto
E que o canto seja infinito
Poema despido,escrito e dito atiro o que sinto
A queima roupa em produtores de moda que se resumem
Não se assumem
O que toca nas pistas não passa de estrumes
Exibição de outra nação causa impressão
Reprodução, aceitação, imposição da importação
Contradição, fala vazia
Dizia o que não trazia
O nada que se fazia e vendia
Hipocrisia escrevia
Falava o que não vivia pra impressionar
Por que levar o que não irá se concretizar?
Discursos decorados, papéis emprestados
Comprados, meus sonhos incorporados
Valores interpretados
Impostores fiquem calados
Atores silenciados
Versos copiados, colados, rasgados
Reprovados, tocados
Não são ouvidos, cuspidos são tão idênticos
Sou presente, passado e futuro puro e autêntico
[REFRÃO]
Aos impostores o meu coração traz rejeição
Compositores em contradição recusam ação
Opositores querem diversão não transformação
Trabalhadores sigam a construção da revolução
Na parte de gravuras mortas, gravuras mortas
Partitura de gravuras mortas, gravuras mortas
Partitura de gravuras mortas, gravuras mortas
Partitura de gravuras mortas, gravuras mortas
Me falem quem são vocês de verdade
Não tem personalidade
Suas carnes em vaidade
Rasgaram posturas, costuras
Gravuras mortas, figuras
Tortas, rasura brota
Pintura sem nota no branco das partituras
No vago das escrituras, retalhos
Restos de espantalhos
Que se espalham sobre atalhos
Encerram trabalhos
Dos lavradores em movimento
Terras e folhas
Impostores sem sentimento
Calem-se, sumam daqui de uma vez por todas
Ah! Já to cansado disso tudo
É sempre a mesma coisa
Brasileiro cantando que nem estrangeiro
Meu pai e minha mãe
Me fizeram homem cabra macho
Nordestino até a pampa
Aqui, Rapadura chique - chico
Eu represento o Ceará, Lagoa Seca
Não sou coadjuvante nem foto-cópia de ninguém
rapadura xc - olho de boi
No baque virado
Cola os ouvidos na caixa de som
No baque virado
Cola os ouvidos na caixa de som
No baque virado
Cola os ouvidos na caixa de som
No baque virado, viradoCarranca na beira da porta
Colar de miçanga
Charanga na beira da praia
Olho de boi, olho de boi
Cola os ouvidos na caixa de som
Meu sound system
É pros que não desistem
Olho de boi, olho de boi
Aumenta o volume do som
Quando as luzes da cidade se apagaram por aqui
Juazeiro em xique xique também senho do bomfim
Na luz do candieiro fogo não vai se apagar
Na luz do sentinela cancela com o carcará
Demoró!
Ribanceira embolada xaxado
Chegou rapadura no baque virado
Valha mi deus, forróbodó
Ninguém me segura no baque virado
Sound system
É pros que não desistem
Olho de boi olho de boi
Cola os ouvidos na caixa de som
Tá no baque virado
Cola os ouvidos na caixa de som
No baque virado
Cola os ouvidos na caixa de som
Tá no baque virado
Cola os ouvidos na caixa de som
No baque virado
Cola os ouvidos na caixa de som
A luz que me rege vem de dentro do peito
Não tenho medo do que vem depois
Algo me protege sigo à frente do meu tempo
Tudo reflete no olho de boi
A luz que me rege vem de dentro do meu peito
Não tenho medo do que vem depois
Algo me protege sigo à frente do meu tempo
Tudo reflete no olho boi
Canto pra poder lutar
Luto pra poder viver
Livre pra poder dizer
Que o povo é o poder
Sound system
É pros que não desistem
Olho de boi olho de boi
Cola os ouvidos na caixa de som
Canto pra poder lutar
Luto pra poder viver
Livre pra poder dizer
Que o povo é o poder
Sound system
É pros que não desistem
Olho de boi olho de boi
Cola os ouvido na caixa de som
Quem chegou? ceará, salvador
Aqui é barril dobrado
Feito de cordéis e decibéis
O terror! carcará no pelô
Rapadura é baiana quebra queixo parte o coco em dez
Não tem preço, o valor do meu show
Rapentista bota onde não cabe tira de onde não tem
Pega o flow, o mundo fica em slow
O nordeste é um universo paralelo muito mais além
Não me acompanha
Rima sincopada
Vou que nem pipoca
Fora da panela
Mais que tropicália
Meu lugar de fala
Entorta a viola
Tudo se encaixa
Mestre bule bule dando aula
Aqui você vai ver
Moda americana
Musica enlatada
Copia de fora
Quanto mais aprende
Não entende nada
Volte pra escola
Rap com embolada
Ligo a radiola
Danço com a palavra
Encantada no ilê ayê
Quimera rapentina
Em galope soberano
A peleja nordestina
Contra o mal contemporâneo
Tenho a dádiva divina
Desafio esse demônio
No terreiro da usina
Vivo em cada conterrâneo
Morte e vida severina
Segue o seco litorâneo
Sobre a luz da lamparina
Dentro do subterrâneo
Na cegueira da retina
Onde o abismo é medonho
Paradigma da rima
Mote sul americano
A luz que me rege vem de dentro do peito
Não tenho medo do que vem depois
Algo me protege sigo à frente do meu tempo
Tudo reflete no olho de boi
A luz que me rege vem de dentro do meu peito
Não tenho medo do que vem depois
Algo me protege sigo à frente do meu tempo
Tudo reflete no olho de boi
Canto pra poder lutar
Luto pra poder viver
Livre pra poder dizer
Que o povo é o poder
Sound system
É pros que não desistem
Olho de boi olho de boi
Cola os ouvidos na caixa de som
Canto pra poder lutar
Luto pra poder viver
Livre pra poder dizer
Que o povo é o poder
Sound system
É pros que não desistem
Olho de boi olho de boi
Aumenta o volume do som
Quando as luzes da cidade se apagaram por aqui
Juazeiro em xique xique também senho do bomfim
Na luz do candiero fogo não vai se apagar
Na luz do sentinela cancela com o carcará
Demoró!
Ribanceira descendo embolada xaxado
Chegou rapadura no baque virado
Valha mi deus, forróbodó
Ninguém me segura no baque virado
Sound system
É pros que não desistem
Olho de boi olho de boi
Aumenta o volume do som
Navio pirata do povo
Movimenta muita gente
Que trabalha
Nessa parafernalia de louco
Quem tá fora do teu eixo
É quem move a engrenagem
Trabalha em dobro
Mesmo sendo empurrado para fora dessa margem
Remexe o topo
Quebra o reboco
Se acha evoluído
Por ser disc jockey
Pega esse galope
Já que não conhece
Pega o disc jegue
Toda essa riqueza
Vem do povo pobre
Nosso sangue nobre
Querem nos roubar, imitar
Só que não conseguem
Sai dessa ilha
Pegue o ferryboach
Num é west coast
É o nordeste oxe
Nunca se entregue
Querem me matar de fome
Só que não conseguem
Rapadura é o nome
Como edson gomes
Não como seu reggae não
Tá no baque virado
Cola os ouvidos na caixa de som
Tá no baque virado
Cola os ouvidos na caixa de som
Sound system
É pros que não desistem
Olho de boi, olho de boi
rapadura xc - rasga chão
Vou
Arrastando o vento, devastando o tempo
Pelo trampo que emprenho, pelo campo que venho
O que estampo é talento, o meu canto é cinzento
Sentimento que tenho pelo engenhoVou
Pelo som, pelo bem, pelo dom, que mantem
Pelo chão na razão que contem
Oxigênio pra ir mais além
Invado o terreno o boicote de alguém
Pota a baixo, cabra macho, arretado em cada traço
Galopando no compasso, viajando sem cansaço
Me dedico no que faço, toda porta boto abaixo
Furacão estardalhaço, no caminho onde passo
Insurreição? Praga sertão! O Norte Nordeste no mesmo pulmão
Contestação? Sem dicção!
Então volta para casa e decora o sermão
No coco improvisado o chiado trago sem dó
Cabocó Invoca o passado um punhado do meu forró
Um soco no abestado e o legado já virar pó
Reboco em Gringo importado no carimbó dei um nó
Só curte o que é de fora né? O que é da terra ignora né?
Não conhece o repente, a embolada, a toada
Só nada com nada então chora zé
Um pouco de história pra quem não quer
Trago a memória, a raiz, a fé
Meu oxente, o sotaque regente
Bota toda sua gente pra fora a ponta pé
Ohh, rasga chão!
Refrão
Lírico, árido, rústico, rápido. (OOh Ninguém pode parar)
O meu espírito, pássaro, músico, clássico (OOh Mc do ceará)
Cântico lírico árido, rústico, rápido
(OOh muito mais que razão e paixão)
Ohh
Pega a flauta, a flecha, a adaga, a palavra, da mata inala a poeira
Da alma a fauna, que exala a alvorada
A enxada desbrava a estrada primeira
Diva derradeira, rima 'cantigueira'
Rima a cantoria poesia derradeira
Minha companheira, pela vida inteira
A matéria prima não imita a cegueira
Que te impede de olhar ao redor
Que se despede de um espaço maior
Quero o que me pede para dar o melhor
E o que me concede derramar suor
Pelo amor, pela dor, escritor, cantador
Que buscou mais labor trabalhado em prol
No valor, o esplendor, avoou
E chegou ao calor do compor mergulhando ao Sol
Desfazem o que fazem só trazem falsas mensagens
Com novas roupagens, frágeis mensagens, capas colagens
Etapas e margens, tapas, folhagens, caem embalagens
Só plágios imagens, batem nas frases
Caem maquiagens, desabem!
Sem identidade, continuidade
Pouca habilidade que te cabe na miragem do neon
Sem intensidade, não tem novidade
Estabilidade, essa base não te faz tão bom
Se entregue de corpo, alma, coração
Derrame seu sangue pra ressurreição
Incorporo o saber, o escrever, a emoção da canção
Minha respiração nunca será em vão
OOh, rasga chão!
Refrão
Lírico, árido, rústico, rápido. (OOh Ninguém pode parar)
O meu espírito, pássaro, músico, clássico (OOh Mc do ceará)
Cântico lírico árido, rústico, rápido
(OOh muito mais que razão e paixão)
OOhh rasga chão
rapadura xc - além mar
Vento vai soprando o barco carrossel
Ave poesia mergulha no céu
Movimenta as águas folhas de papel
Rabiscando a onda remando em pincel
Transpirando em cantos borbulhando em tantos
Inspirando encantos, navegando a vela
Corto horizonte, onde o sol se esconde
Destino responde, na capela
Rema rima rimador, poesia flor, jangada do amor
Desenhando sonhos pela a travessia com labor
Recife ganhou mais cor
Sobre novos temas, componho poemas, pra canção
Tocando ao limite, dessa dimensão
Aceito o convite, da inovação
Emite o palpite da superação
Uh minha respiração, sente a redenção, da insurreição
Incorporo a alma sobre o corpo vão
Pra que a expedição, nunca seja em vão
Entre as entrelinhas, rimas andorinhas, não vagam sozinhas
Marinhas escritas
Beijando a bahia, linda poesia, na margem da ilha
Grafias da vida que se vão
Gaivotas passeiam pelo pensamento, trazem agua viva pra
Queimar aqui dentro
A maré despida pela ação do tempo
Espalhando areia talento no ar
Na ilusão praieira, com a paixão alheia
Cantei pra sereia, no fundo do mar, do amar
Vento que sopra no marVento que sopras no mar, lá no horizonte sem fim
Vento que sopras no mar, me diz?
Se ela pergunta por mim
Sigo velejando cortando a distância
Pelas águas frias dessa inconstância
As ondas sonoras movem minha dança
Jangada balança me leva a estância
Pescador de outrora, resgata a história
Antes da aurora, já canta de pé
No anzol de agora, joga e traz pra fora
Toda sua memória, promessa de fé
Enfrento a maré, braveza do sal
Calor litoral, sobre os meus pés
Como deus quiser, cale temporal
Leve seus fiéis, além do convés menestréis
Levando esperança, pelos sete mares
Despejando males, por essas andanças
Velhos e crianças, trocam de lugares
Até se acharem, no fim da chegança
Lança a importância de um novo compor
Pra que os olhos brilhem e possam se expor
Quero a ventania do interior
Pra que o desembarque seja o esplendor
Olhares me esperam no porto
Que se mantiveram em meu rosto
Que me aqueceram esse tempo todo
Calor para o corpo intenso fogo
Além do tesouro
Amor duradouro, bem mais precioso
Traço caloroso, brilha mais que ouro
Intenso retorno, para o meu lindo lar
Eu vou mergulhando em profundidade, atravesso a margem
Pois minha saudade, não pode esperar calar
O vento que sopra do mar
Vento que sopras no mar, lá no horizonte sem fim
Vento que sopras no mar, me diz?
Se ela pergunta por mim
Terra a vista, me avista, espaço distante, coração de alguém
Paisagista, desenhista abraço constante, no que não se tem
Sentimento ponho na aquarela
Derramando sangue para rima bela
Entregando as flores pra cantiga ela
Namorando o sol na boca da janela
Nesse barco que me conduz
Cortando esse eixo, com verso que pus
Remexo, o desfecho, despejo, meu beijo
Almejo, o desejo, de um fecho de luz
Em algas compus, em mapas expus
O que me conduz, a terra natal
Ceará, eu já to perto de chegar
Em tuas águas sem igual
Eu quero saber pergunta por mim?
Espera por mim? saudade mim?
Fala assim pra mim
Nosso amor é grande e não tem fim
Ta demorando pra vim
Saiba que você nunca sai de mim
Por isso navego no teu infinito
Nesse tom bonito, salgado e límpido
Quero as tuas liras no espirito
Isso e alcides gerardi, rapadura e projetonave
Descobridores de todos os mares
Abrindo o baú do som com essa chave
Toco solo dessa maré cheia
Junto com a areia que me rodopeia pro fundo do mar
Do amar. vento que sopra no mar
Vento que sopras no mar, lá no horizonte sem fim
Vento que sopras no mar, me diz?
Se ela pergunta por mim
rapadura xc - divida interna
Nascer, viver, vender, comprar
Comer, beber, morrer, chorar
Já nasceu devendo, só vivendo pra pagar
E a dívida com a gente diz quem é que vai quitarVão quitar ou não hein? ouve ai
Tudo mundo é livre pra sonhar
E realizar também
Ter dinheiro pra poder comprar
Isso te faz tão bem
A gente paga e se ferra
Faz em trocentas parcelas
Economiza quase zera, também pudera
O carnê vale mais que o rg
E você tem que ter pra ser
Não basta crer, você tem que acre-cre-cre-ditar
A felicidade perto da sua mão
Não precisa ter dinheiro faz uma prestação
Compra agora corre aproveita a promoção
Com desconto paga a vista ou então no cartão
Propaganda prato cheiro qual que você quer?
Volks, fiat, chevrolet
Sony, philco, cce
Adidas, pulma, nike air
E as pessoas sempre presa em alguma empresa
Tiazinha, vítima de gentileza
Foi pega, pelo comercial da tela
Alegria dividida em 24 parcelas
Já era
Aposentadoria dela já era
Já era
Desconta direto na conta
Não espera, não tem boi
O banco cobra nem que for na marra
Não passamos de um número, de um código de barras
Rapadura
O nordestino vai, vai, vai, vai, dividas reais, duvidas iguais, juros anuais, só aumentam mais vai, vai, vai, vai, impostos mensais, ataques brutais, salário que vai não volta jamais, conta de agua e luz renda que reduz, leva todo meu empenho e tudo que compus, se alimenta do que tenho cobra desempenho, lucro não contenho seu desenho vai fazendo jus saldo negativo pro trabalho brasileiro que dá duro o mês inteiro e não vê nada no final, não vê um real, crime ideal, juro imortal, desconto atual tira nada no total bem material que vai extraindo o alimento, pagamento é um arrebento, movimento desigual, rendimento violento sufocando o sentimento de quem trampa todo tempo o fundamento é igual. pra que os sonhos se calculem, horas extras que me saem, quantas vezes se concluem, tarifas que sobressaem, sempre traem trabalhados vitrines que distraem, reprodutoras de brindes que te atraem te contraem, vendem mais, nunca caem, além do imposto que é imposto pelo seu oposto que não mostra o rosto ao povo fez um aborto depois que foi posto em cargo exposto pouco foi composto gasto com conforto sem saúde sem esgoto, cadê o nosso dinheiro investido na educação, sem escola, sem emprego, fonte de alimentação, pago muito em transporte, mas não tenho condução, pago sem ter condição, pra, beber, comer, dever, viver, correr, fazer, morrer, querer, e não poder, ordem e progresso tá difícil de ver esse processo pro regresso sem ação sem poder, por quê? cobra dívida da historia com juros de quem explora, escravatura de outrora, não venderam a memoria, ora, trabalhos rurais imigrantes fazem mais pelas suas capitais, concretizam ideais, constroem mais que sonhos e centrais, são expulsos como intrusos com a roupa e nada mais, vai, vai, vai, vai, e a nossa divida sem preço, isso é o começo da nossa cobrança, rapadura não descansa, em andanças, encurtando a distancia e gritando a importância de quem quer mudanças
Cds rapadura xc á Venda