MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
porca veia - abandono
Era uma tarde de outono
Quando disseste pra mim
Num silencio de abandono
Que tudo chegara ao fim
Que o mundo era diferente
Deste da vida de agora
Que tinha mais vida pra frente
Te chamando estrada a fora.
Pisando as folhas caidas
Num jeito triste de mais
Como se restos de vida
Fossem ficando pra tras
Tu tao bela pela tarde
Tao fragil ao fragor do vento
Solta e leve, sem alarde
Como uma folha ao relento.
Meus olhos em desespero
Ja num respingo de olhar
Neste instante derradeiro
Te implorava pra ficar
Mas ja estavas de partida
E entendo porque vais
Deixou a alma perdida
E se foi pra nunca mais.
porca veia - no estilo porca véia
Essa gaita que eu abraço pra cruzar as madrugadas
Junto com a companheira levo alegria pro povo
Se Deus me deu essa sina, não me queixo de cansaço
E é só bulir no teclado me sinto guri de novo
Meu amanhã ninguém sabe, "pronde" vou nem tenho idéia
Há de ser atrás de uma gaita animando uma platéia
Peço a Deus que abençoe essas mãos que batem palma
Que enxergam minha alma na gaita do porca véia
Esse meu jeitão de rude foi Deus que me fez assim
Guri criado sem luxo num ranchinho de capim
Nunca tive a pretensão de o mundo gostar de min
Cada um tem seu estilo, sou mais ou menos assim
Já chorei sem ter motivo, já sofri sem precisão
Varei noites acordado brigando com o coração
Tenho fama de maleva mas um pouco é invenção
Só não dou risada falsa e nem bajulo patrão
porca veia - bugio do chaleira preta
Bem perto do portão preto
Parece que já estou vendo
Cuia bem grande com erva
Chimarrão que está correndo
Se ve o povo chegando
De a cavalo e de carreta
Só pra assistir a festança
Do quadro chaleira preta
porca veia - baile na serra
Pego na gaita e toco essa melodia
Me lembrando de um baile que eu fui a poucos dias
Foi lá na serra em casa do Mané Romão
E eu tinha um companheiro que era o meu irmão
E o gaiteiro um gaúcho resolvido
Na gaita deu um tinido e já começou a tocar
Tocou um xote pra dançar afigurado
E dos seus versinho rimado já começou a cantar
E uma morena do corpo enfeitiçado
Deu uma olhada pro meu lado e já com ela eu fui dançar
E o meu irmão com uma moça de encarnado
Saiu dançando apertado, coisa de se invejar
Com a morena sai falando baixinho
Devagar e bonitinho e o namoro se arrumou
Mas meu irmão com a moça de encarnado
saiu muito apertado e o pai dela não gostou
E a meia-noite deu uma briga lá num canto
Quebraram uns três, quatro bancos por causa do meu irmão
De madrugada se acharam novamente
Fedeu a pau e porrete, e a revolver e a facão
Eu sou um qüera que gosto de reboliço
Já me meti no enguiço só pra vê o que ia dar
Me apertaram, me cercaram em cinco ou seis
Dei uns tombo nuns dois, três e não puderam me cortar
O meu irmão índio mal de pensamento
Arranco das ferramenta e muita gente ele cortou
E assim foi até clariar o dia
Pois ninguém mais se entendia até que o baile se acabou
porca veia - baile da encruzilhada
FUI CONVIDADO PRUM BAILE
NO CHICO DA ENCRUZILHADA
ARRIEI MEU CAVALO PRETO
DE PURA MARCHA TROTEADA
EU JÁ ESTOU ACOSTUMADO
DOU DOIS TIROS NA CHEGADA
APEIO E AMARRO O PRETO
E VOU PAGAR A MINHA ENTRADA
ENTREI NA SALA DE BAILE
JÁ VI UMA LINDA MORENA
ELA ESTAVA SORRINDO
Câ??OS LÁBIOS COR DE AÃ?UCENA
OUVI ELA ESTAR DIZENDO
PRÁ UMA OUTRA PEQUENA
ESTE GAÃ?CHO Ã? DISPOSTO
E ME AGRADA O SEU SISTEMA
NUM CANTO TAVA O GAITEIRO
JÁ COMEÃ?ANDO A TOCAR
OLHEI PRÁ MORENINHA
JÁ VEIO ME CONVIDAR
UM QÃ?ERA SE INCOMODOU
COMEÃ?OU A FALAR
E ISSO E DESAFORO
E EU NÃ?O COSTUMO AGUENTAR
JÁ HOUVI UM TINIDO
QUEM NEM MAIO DE UM FERRERO
GRITOU O DONO DA CASA
QUEM ATIROU NO CANDIEIRO
SE QUEREM BRIGAR NO ESCURO
SAIAM LÁ PRO TERREIRO
NÃ?O QUERO DENTRO DE CASA
FOLIA DE BAGUNCEIROS
SAÍ PELOS ESCURO
COM A MORENA NO COSTADO
CHOVEU PONTA DE FACA
DE TUDO QUANTO ERA LADO
ARRANQUEI DA MINHA ADAGA
JÁ FEDEU CHIFRE QUEIMADO
NÃ?S FOMOS NESTE ROLO
ATÃ? ONDE O PRETO TAVA AMARRADO
JÁ SALTEI DE CAVALO
COM A MORENA NOS MEU BRAÃ?OS
ARRANQUEI DO MEU SCHIMIT
COMECEI A DAR BALAÃ?O
SEGUIMOS A GALOPITO
PRÁ FAZENDA DOS TRÃ?S PASSOS
EU SOU MESMO DECIDIDO
E NADA DIFÍCIL EU ACHO
porca veia - cavalo tostado
Tenho um cavalo tostado , veio da Vacaria
Eu comprei de um fazendeiro que se chama Jo?Maria,
Quando recebi o potro eu botei na estrebaria
Adelgacei a capricho mais ou menos quinze dias.
Botei o socado nele pra ver o que acontecia
E o potro saiu marchando que era uma maravilha
Depois desatei meu la?em cima de uma coxilha
Pra o potro ir aprendendo j?acei uma novilha.
E o tostado ?arelheiro, tem dado boa esperan?
Num tiro de quatro quadras desconhe?quem me alcan?
Foi domado com capricho pois a r?a ?ma balan?
Tem a cola bem comprida e as crinas d?uatro tran?.
Ensinei este cavalo que s?lta ?alar
Quando chego num torneio todo mundo quer montar -
Se depender do tostado n?precisa duvidar
Que o la?j?st?as guampas, mande o gancheiro tirar.
porca veia - lembranças
Quando as almas perdidas se encontram
Machucadas pelo desprazer
Um aceno um riso apenas
Da vontade da gente viver
São os velhos mistérios da vida
Rebenquiados pelo dia-a-dia
Já cansados de tanta tristeza
Vão em busca de nova alegria/ (Bis)
E ao morrer nesta tarde morena
Quando o sol despacito se vai
As lembranças tranqueiras com as águas
Passageiras do rio Uruguai
E as guitarras eternas cigarras
Entre as flores dos velhos ipês
Sempre vivas dormidas se acordam
Na lembrança da primeira vez
porca veia - balanço do bugio
Chinoquinha vem pra sala,vem ver como é bom dançar
Te ensino a dançar bugui e tu me ensina a namorar
O balanço do bugio é dois passos pra cada lado
E tu me ensina o jeitinho de eu ser teu namorado
Ai,Ai,Ai!Onde é que ja se viu
Ai,Ai,Ai!Não saber dançar bugio(x2)
Gaiteiro,segura o fole,ninguem tem mando parar
Quanto mais a gaita chora,eu mais gosto de dançar
O balanço fica bom quando esta amanhacendo
Chinoca não va embora tou te amando e te querendo
(Refrão)
Chinoca me dá um beijo,bem gostoso e bem quentinho
Quando mais eu te namoro,mais gosto do teu carinho
Eu agora vou me embora,moro nas bandas de la
Chinoca fique esperando,que eu volto pra te buscar.
(Refrão)
porca veia - fandangueiro
Hoje é dia de fandango, já estou de bota lustrada
Com a emoção de sempre e a cordeona preparada
Tomei um trago de canha prá deixar a goela afinada
Já está quase tudo pronto e hoje eu viro a madrugada
Se tem coisa nesta vida que faz feliz um gaiteiro
É sentir a casa cheia e o calor do entreveiro
Algum olhar de morena na penumbra do candieiro
Num baile de chão batido e um trancão de fandangueiro
Sou fiel aos meus princípios, capricho em tudo que faço
Eu nasci prá ser gaiteiro e hoje sou pai do gaitaço
Se o surungo for cumprido não dou bola pro cansaço
Meto gaita a noite inteira, tenho confiança no braço
Hoje eu vim prá fazer a festa, tenho raça de peão
Morro seco e não me entrego, sou crioulo do pontão
Se a morena vier no baile magoar meu coração
Quem sabe eu chore outro dia, hoje eu garanto que não
porca veia - luz do meu rancho
Se às vezes me esqueço em função da lida,
de dizer que a vida pra mim é você,
te abanca comigo me faz um afago,
me arranja um amargo que eu vou te dizer...
Andei pelo mundo sem saber amar,
e até te encontrar eu não amei ninguém,
se acaso fui rude contigo perdoa, pois sou a pessoa que mais te quer bem...
Minha confidente,
amiga e parceira,
fiel companheira,
amor de verdade,
és luz do meu rancho,
a minha querência,
da minha existência és a FELICIDADE!!!
A gente não sabe da vida lá adiante,
mas acho importante pensar no depois,
por isso me aparto no teu doce abraço e em tudo que faço só penso em nós dois...
Não temas eu volto junto com a saudade,
minha felicidade é estar aqui, o mundo oferece mas tenho juízo, tudo que eu preciso eu encontro em TI!!!
porca veia - alma cantadeira
E noite alta, já chegou a madrugada
Você cansanda chora triste e pensa em mim
E eu solito sigo a trote pela estrada
Só minha espora segue cantando para mim
Por que será? Que nesta noite, minha amada!
Ainda procuro teu carinho sem parar,
No infinito entre as estrelas, tento vê-la
Depois trazê-la pra esta mágoa sufocar
Mas mesmo assim deixo minh'alma cantadeira
Pra ti parceira, que é razão pra o meu cantar
Mirar pra longe, rumo a estrela boieira
Na esperanca dos teus olhos enxergar
Mas de repente a noite já se termina
O baio cansa e a espora para de cantar
A estrada e longa, e eu cansado, minha prenda
espero a noite pra outra vez poder sonhar
porca veia - fim do baile
Companheirada e hora da partida
E fim do bailee o galo ja cantou
Dance mais uma pra dar a despedida
E vamo embora porque o dia ja clareou
Nos vamo embora, andamo sem tardanca
Pois a boiada temos que entregar
Mas nessa sala deixamos por lembranca
Risco de espora que nunca vai se apagar
Dono do baile e um gaucho folgazao
Muito obrigado da sua cortesia
Eu agradeco e cafe e o chimarrao
Me da licenca vou me despedir da familia
Adeus gaucha, pois e minha esperanca
Nao chore tanto que um dia eu vou voltar
Guarde este lenco, te deixo por lembranca
Enxugue a lagrima quando de mim lembrar
Adeus amigos, aqui fica meu abraco
E pro gaiteiro, meu aperto de mao
Adus gaucha, nao chore no meu braco
Que eu vou embora, mas deixo meu coracao
porca veia - rodeio da vacaria
Quem puder ver uma festa
pra nunca mais esquecer
rodeio na Vacaria é a maior que pode ter
dança e poesia tem de tudo pra se ver
na porteira do Rio Grande desde o dia amanhecer
Gaúchada bem pilchado gineteando todo dia
topando qualquer parada com coragem e simpatia
se vê naquele povo o intusiasmo e alegia
chimarrão de mão em mão corre sempre em Vacaria
Os bailes do rodeio só vendo pra acreditar
todo mundo se diverte até o dia clarear
prendas delicadas bem faceira à dançar
e a festa mais bonita que se pode imaginar
Este xote bem largado tem um recado pra dar
em qualquer lugar que vá não esqueça de falar
rodeio na Vacaria ninguém mais pode faltar
e o Rio Grande do Sul é quem manda convidar (2x)
porca veia - fama de bagunceiro
Sou índio guapo e trabalho a semana inteira
Na ganjibeira sempre trago oque gastar
Sábado a tarde não trabalho e me preparo
Saio num faro de um fandango pra dançar(2x)
(refrão)
Eu danço mesmo e mando pata pra valer,
Me intrevero e do lhe grito e danço até amanhecer.
Comigo não tem "gregori" pra depois dizer "gregre"
China maleva e mesquinha comigo não tem querer.
Estrada a fora escuto,ronco de gaita
E este baita chega fica se arripiando,
Escramuço o pingo e do lhe tiro na chegada
A indiada ja sabe que é sou eu que to chegando(2x)
(refrão)
Olho pro um canto tem uma china me "espiando",
Vou convidar a desgarrada pra dançar,
Balanço a crina me dizendo que não ia,
Senti que a folia ja tava pra começar(2x)
(refrão)
Se deixei lembrança nas crinas dessa crinuda
Mas a beiçuda ainda me faz perder a varzea
Ganha carão pra min é um baita desaforo e
Desaforo eu nunca levo pra casa(2x)
(refrão)
Ea pão e corda acabo com o fandango
Batendo mango eu saio do intrevero
Monto cavalo e dou lhe boca estrada fora
E vou embora com fama de bagunceiro(2x)
(refrão)
porca veia - alma de gaiteiro
Me afastei pro meu rincão onde um dia fui guri
Com mágoas no coração por um amor que perdi
Calou-se a voz da garganta, calou-se a gaita manheira
Passei remoendo silêncios envolto em lidas campeiras
Mas agora estou de volta pro entrevero do meu povo
Quase morto de saudades pra tocar um baile de novo
Tirar da alma da gaita um fiambrezito de esperança
Dando alento a quem precisa nos volteios de uma dança
E se num calor de um fandango numa destas madrugadas
Este amor me aparecer não vou fazer quase nada
Só o soluço da gaita vai me abrir as cicatrizes
Num choro chucro por dentro lembrando os tempos felizes
Então puxo uma vaneira dando entono pro meu braço
Passeio os olhos na sala pro controle do compasso
Não existe nada igual a um surungo de galpão
E o suspiro de uma china debulhando o coração
Cds porca veia á Venda