MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
pirisca grecco - dama de ouro
Vai ter carrera daqui 3 luas
Junta teus trocos, vai bem bonito
A mão da sorte vai ser tua
Não leva adaga, corta os caminhos
Mas pra uma sombra são degravata
Tu risca encruzo uma pala de prata
Foi bem assim que a cigana leu pra mim
Aposte o cavalo mouro e cuide a dama de ouro
Foi bem assim que a cigana leu pra mim
Aposte o cavalo mouro e cuida a dama de ouro
Sete cavalos parelhos, o mouro largou na frente
E eu vi meu bolso engordando mesmo que a lua crescente
Pela angústia dos homens achei que tava solito
Até que vi a alegria daqueles olhos bonitos
Até que vi a alegria daqueles olhos bonitos
Rodou o mouro frente à chegada
Para a festança dos outros
Pra dor daquela flor perfumada
Eu disse a ela
Nessa rodada perdi o que tinha
mas perde o mundo quando o teu rosto perde a alegria
Foi bem assim que a cigana leu pra mim
Aposte o cavalo mouro e cuide a dama de ouro
Foi bem assim que a cigana leu pra mim
Aposte o cavalo mouro e cuida a dama de ouro
Se aproximavam senhores rindo, esbanjando patacas
Com cinco ou seis lobisomens lambendo suas guaiacas
Mas a carrera mais nobre já tinha chegado ao fim
Agora a dama de ouro só tinha olhos pra mim
Agora a dama de ouro só tinha olhos pra mim
Foi bem assim....
pirisca grecco - alpargateando
Domingo cedo quando calço as alpargata
Curto das plata faço um vale no patrão
Que o potro baio espera a lua da enfrenada
E a ternerada vai lindaça com a ração
Toso parelho num tordilho bem gaúcho
De pouco luxo que eu não sou de pacholear
A bombachita e a camisa gola pólo
Que desenrolo quando saio a não voltar
Alpargateando nos bolichos da campanha
Tem que ter manha pra poder pegar na mão
Pelas orelhas se proseia carinhoso
O perigoso é um pranchasso de facão
Alpargateando nos bolichos da campanha
Que se arreganham as pinguanchas do rincão
Prenda solteira meto o olho e não tem nada
E as casada é pra mirar de refilão
Chego na venda do Selino Arboredo
Não tem segredo ele já sabe das milonga
Primeiro um liso pra espantar calor e frio
Depois vacio pra temperar a tarde longa
A cordeona vai se abrindo de mansinho
E o Zé do pinho vai ponteando de paleta
Largo a veneira de toma samba com fanta
E umas percanta já vão mostrando a careta
Alpargateando nos bolichos da campanha
Tem que ter manha pra poder pegar na mão
Pelas orelhas se proseia carinhoso
O perigoso é um pranchasso de facão
Alpargateando nos bolichos da campanha
Que se arreganham as pinguanchas do rincão
Prenda solteira meto o olho e não tem nada
E as casadas é pra mirar de refilão
Boca da noite quando vem batendo a broca
Salta da toca um pastelzito pura banha
E a energia do gaúcho se renova
Pua de trova quero vê qual que me apanha
é só gaiteiro, vanerão de cola atada
Não cobro nada mas enfreno sim senhor
Pobre alpargata quando a sala se apequena
Vem cá morena que hoje não tem por favor
Alpargateando nos bolichos da campanha
Tem que ter manha pra poder pegar na mão
Pelas orelhas se proseia carinhoso
O perigoso é um pranchasso de facão
Alpargateando nos bolichos da campanha
Que se arreganham as pinguanchas do rincão
Prenda solteira meto o olho e não tem nada
E as casada é pra mirar de refilão
pirisca grecco - feito as ramas da videira
Hoje a lua enternecida debruçou-se na janela
Meus sonhos ganharam vida correndo ao encontro dela
Hoje os sinos das igrejas e as bandeiras dos castelos
Pintaram novos matizes de um horizonte mais belo
Hoje os perfumes das flores tomaram os corações
E um potro luziu suas crinas pelas ruínas das missões
Hoje a dama do sobrado sorriu com ar de paixão
E o poeta enamorado sentiu o mundo nas mãos
Quando as asas dos arcanjos cobriram palcos de guerra
Deus estendeu o seu pala abençoando esta terra
Quando a fumaça dos sonhos transcendeu o picumã
O ventre da madrugada pariu o sol da manha
Feito as ramas das videiras a ternura se espelhou
Feitiços da vida inteira que a adaga não retalhou
Mais forte que açoiteira é a alma de um sonhador
Colhendo pelas estrelas ternuras de um novo amor
pirisca grecco - eu o baio e o temporal
O enfurecer do vento
A inquietação da bicharada
A viração que levanta a poeirama da estrada
Ao meu cavalo não diz nada
A reclusão dos paisanos covardes com a vida atada
O uivo da ventania
A chuva vindo guasqueada
Ao meu cavalo não diz nada
Cruzo o campo buscando a paz
Em meio a chuva fúria louca dos temporais
Emudecendo os rastros deixados pra traz
Sigamos eu, o baio, a chuva, raio e nada mais
Com alma de nuvem clara
Calma de água empoçada
E ânsia de seguir o vento no dorso das invernadas
Faço no tempo morada
Feito um fantasma sem rumo
Cortando a várzea encharcada
Com descaso da enxurrada que leva a terra por nada
Faço no tempo morada
Cruzo o campo buscando a paz
Nem que corta a pele o frio que nos castiga
E o baio não nega um passo nem com água até o pescoço
Cancha antiga
Sangue moço
Cruzo o campo buscando a paz
E meio a chuva fúria louca dos temporais
Emudecendo os rastros deixados pra traz
Sigamos eu, o baio, a chuva, raio e nada mais
pirisca grecco - costumes do meu pago
É "cosa" linda encilhar bem um cavalo
largar pro campo ao tranco firme no basto
conforme a volta, dá gosto meter um pialo
pra exercitar a destreza e a força do braço
É "cosa" boa uma costela de novilha
pingando graxa num fogo grande de angico
ver um ginete preparando uma tropliha
lida bonita pra quem gosta do ofício
"Cosa" gaúcha é ver um índio desdobrado
pontear o pinho numa tarde de garoa
sentir o gosto de um amargo bem cevado
e o trago largo de uma cachaça bem boa
São os costumes dos camperos do meu pago
o dia-a-dia destes homens de alma rude
que vão no tempo, sobre o lombo de um cavalo
firmando o passo, pedindo que Deus ajude
que vão no tempo, sobre o lombo de um cavalo
firmando o passo, pedindo que Deus ajude
Rio Grande Véio, jeito de campo
me leva o trote, cavalo masnso
Rio Grande véio, solto das patas
a lida é bruta paysano... mas me garanto
"Cosa" gaúcha é ver um índio desdobrado
pontear o pinho numa tarde de garoa
sentir o gosto de um amargo bem cevado
e o trago largo de uma cachaça bem boa
São os costumes dos camperos do meu pago
o dia-a-dia destes homens de alma rude
que vão no tempo, sobre o lombo de um cavalo
firmando o passo, pedindo que Deus ajude
que vão no tempo, sobre o lombo de um cavalo
firmando o passo, pedindo que Deus ajude
Rio Grande Véio, jeito de campo
me leva o trote, cavalo masnso
Rio Grande véio, solto das patas
a lida é bruta paysano... mas me garanto
a lida é bruta paysano... mas me garanto
pirisca grecco - nos encontros do crioulo
Se vieram pedindo porta rédea solta no salseiro
Um escora o outro pecha abrindo o peito estancieiro
Bem antes dos trinta metros vinha o pampa entre os aperos
Já na primeira porteira com os pescoços tramados
Conduzindo a rês na pista vinha o mouro e o colorado
E num jeitão bem campeiro se via os chapéus tapeados Bis
Num paleteio fronteiro
É bem assim que se faz
Reboleando os ?colas chata?
Apertando o boi no más
E o estouro da retomada
Fazendo voltar pra trás
É lindo escutar o berro e dar volta se estrivando
Levar reto, onde saiu ver o povo levantando
Reverenciando tronqueiras isso é o pago despontando Bis
(Quem se templou nos varzedos
Com alma e garrão de touro
É o Rio Grande refletido
Em paleteadas de estouro
Tem o sustento a cavalo
Nos encontros do crioulo)
( )
pirisca grecco - no chaquaio do pandeiro
Eu fiz um pandeiro de lônca de égua
E o som alcançava por metros e léguas
Botei um cipó na volta de fora
E tinha por guizo roseta de esporaEu fiz contratado pra um baile campeiro
Por azar do conjunto faltava um pandeiro
A indiada gostava do som nativista
E assim fui chamado com fama de artista
Num baio roncolho
Me fui pro surungo
E o som do instrumento
Assustava o matungo
Vinha ele assombrado
Daquele chacoalho
E eu grudei o pandeiro
Nas oreia do baio
Naquele planaço meu baio se nega
Frenei nas paleta, cheirei as macega
A boina gaúcha perdeu-se no vento
E eu achei uma nota pro meu instrumento
A boina gaúcha perdeu-se no vento
E eu achei uma nota pro meu instrumento
Cheguei no surungo do baio roncolho
Que vinha assombrado com sangue no olho
Já tava o conjunto fazendo o ensaio
E foi na ramada que eu atei o meu baio
O baile começa entonado num xote
Lá fora meu baio estendia o cangote
Sentava de todo naquela trovoada
E lá pelas tanta se foi a ramada
Deu china correndo
Deu veia gritando
E o baile acabou
Naquele desmando
Foi culpa do baio
Daquele entrevero
Que eu vinha enfezado
Tocando pandeiro
Naquele planaço meu baio se nega
Frenei nas paleta, cheirei as macega
A boina gaúcha perdeu-se no vento
E eu achei uma nota pro meu instrumento
Naquele planaço meu baio se nega
Frenei nas paleta, cheirei as macega
A boina gaúcha perdeu-se no vento
E eu achei uma nota pro meu instrumento
Foi culpa do Baio
Naquele entreveiro
Que eu vinha enfezado
Tocando pandeiro
pirisca grecco - a chacarera do tempo
É um potro que bate patas sobre os tambores da terra
Feito quem declara guerra ao que chamamos presente
É o que transforma em ausente o que nos parecia eterno
É o verão que vira inverno no infindo ciclo da gente
É chacarera truncada
Que o tempo canta pra nós
Sempre na mesma batida
Fazendo a vida mudar de voz
Quem baila essa chacarera
Não pode ?froxá o garrão?
Hay que firma o puchero
Batendo o legüero do coração
É o pranto que sai dos olhos, evapora e vira riso
É a ilusão de um sorriso se transformando em saudade
Não existe identidade na dinâmica da vida
Pois pode ser desmentida qualquer pretensa verdade
Quem vive vai rumo ao nada mas pode passar por tudo
Se sabe apenas que o mundo não tem começo nem fim
A história também é assim, andando sempre pra frente
E é só contar diferente pra que o Não nos diga Sim
pirisca grecco - a cusco e mangaço
Quando esparramo meu laço
Calçando o zaino na espora
Num combate campo a fora
Contra um boi mandando pata...
Quis a "mala suerte" ingrata
Que eu errasse aquele pealo
E que rodasse o cavalo
"Virge" quase que me mata
Mas eu como sou vaqueano
Cruzei a perna ligeiro
Só escutei o "entrevero"
De pingo, terra e boléu...
Quando finco meu chapeú
Bem debochado na nuca
Nem diabo, nem arapuca
Me "cambeiam" lá pro céu
Refrão:
Chega, chega, pega, pega
Que o zebu é caborteiro!
- Me entrincheirei nas macegas
Atiçando os ovelheiros -
E não é que o boi me veio
"Causa" do pala encarnado
Trazia um cusco agarrado
Bem na junta do garrão...
Meu cachorro "Tradição"
Mordendo o tronco da "oreia"
Pressentindo a coisa feia
Virei o mango na mão
E aprumei o "pitangueira"
Bem no miolo do tirano
Nisso já vinha meu zaino
Me procurando no espaço...
Coisas da lida de laço
Pra quem anda de a cavalo
Se eu não derrubo de um pealo
Derrubo a cusco e mangaço.
pirisca grecco - a vertente da milonga
Quem tem os sonhos no campo
E o sortilégio na estampa
Já perseguiu pirilampos
Forjando a noite do pampa
Quem viu a lua redonda
Banhando as crinas no rio
Cantou esporas de ronda
Pra milonguear desafios
Quem desatou o atavismo
Do memorial dos galpões
Conhece o fogo e o lirismo
Da pulsação dos violões
Sabe que o canto dos galos
É a saudade do azul
Querendo o sol de à cavalo
Pelas planícies do sul
A milonga é uma vertente
De há muito, não é segredo
É o pampa dentro da gente
Querendo vazar nos dedos
Quem se perdeu em repontes
Seguindo o ocaso das brasas
Já aramou horizontes
Pra ter aurora ?nas casa?
Quem colhe a rosa dos ventos
E bebe estrelas na sanga
Tem tanto pampa por dentro
Que se derrama em milonga
pirisca grecco - amargo
Amargo como o gosto da saudade
Quando vai caindo à tarde
Sem alguém que a gente ama
Amargo igual o tom do meu canto
Com o gosto acre do pranto
Que da alma se derrama
Amargo como o gosto do mate
E um lugar vazio no catre
Onde alguém sonha sozinho
Amargo feito os versos do poema
E o soluço de chilenas
No silêncio dos caminhos
Refrão (2x)
A quantas semanas tem o dia
Amargurando a poesia
Quando o amor vai embora
A quantos anos tem as horas
Quando o amor vai embora
Amargurando a poesia
Amargo como o gosto da ausência
E um por de sol na querência
Quando o dia chega ao fim
Amargo que nem a lembrança tua
Gosto de noite sem lua
Quando estas longe de mim
Amargo como o gosto do fracasso
Depois de um tiro de laço
Que no vazio se extraviou
Amargo tal um poema sem rima
Gosto de amor que termina
E o que era doce acabou
Refrão (2x)
Ahh quantas semanas tem o dia
Amargurando a poesia
Quando o amor vai embora
Ahh quantos anos tem as horas
Quando o amor vai embora
Amargurando a poesia
pirisca grecco - aos farrapos do novo milênio
Os sóis de setembro repontam lembranças,
Trazendo a garupa nas asas do vento,
Alvores de um tempo num pago criança,
Por sobre o lombilho do meu pensamento.
Os moços de hoje desfilam garbosos,
Com pilchas cedidas dos bens de família,
Mas dentro do peito trazem orgulhosos,
O mesmo amor dos heróis farroupilhas.
Cruzando avenidas parecem senhores,
Em pingos ligeiros de cascos groseados,
As rédeas, as bridas, os largos fiadores,
Buçais e cabrestos e estribos prateados.
Das ancas, dos fletes, os lanços trançados,
Bem apresilhados junto ao cinchador,
Vestidos da lida com touros alçados,
Rodadas, rodeios e pealos de amor.
Centauro farrapo, gaúcho imponente,
Assim te descrevem as telas e livros,
Mas quem te contempla, é certo que sente,
Que teus ideais permanecem bem vivos.
O ponho pesado em vicunha encarnada,
Pistolas pendidas das largas guaiacas,
Que junto a cintura conservam guardadas,
As onças e libras, tostões e patadas.
Chapéu bem copado de abas robustas,
Preso ao barbicacho que pende do peito,
Bombacha espalhada já ruta de lutas,
E o mango campeiro impondo respeito.
As longas adagas de folhas estreitas,
Bainhas soberbas de prata lavrada,
Pesadas chilenas de grandes rosetas,
Que ainda ostentam o pó das estradas.
pirisca grecco - buraco no peito
E foi assim desse jeito
Que morto entrou pela sala
Do lado esquerdo do peito
Tinha um buraco de bala
Eu já fiquei desconfiado
Bem logo no sangrador
No lugar premeditado
Por onde entra o amor
Será que foi por velhaco
Querer aquele abandono
Contar com aquele buraco
Pra vida sair do dono
Para quem leva por diante
A vida de fachudaço
Não exista quem garante
Que era furo de balaço
De morte não vou chamá-la
Nem com a prova do cartucho
Não vai ser furo de bala
Que vai matar um gaúcho
Ele morreu de verdade
Por outro tipo de bala
Com o balim da saudade
Que abre furo e não cala
Não há prova do delito
Morrer assim desse jeito
De tanto viver solito
Abriu um buraco no peito
pirisca grecco - caborteira
Ala Putcha! Que coisa gaúcha
é meu sonho que sai pelo pago.
É a tristeza campeando um achego
e eu "loco de bueno" tocando o cavalo.
É o Rio Grande que pede passegem
matando a saudade num fundo de campo.
É o sorriso que vem de regalo
fazendo um costado pras coisas que canto.
Tchê, compadre, falando em saudade,
esta dona anda "loca" pra vim me judiá.
Eu tenteio, pois sou caborteiro,
vou só no floreio e não vou me "afloxá".
"Se bobeia eu já tapo de bala",
pra mim não dá nada mais uma peleia,
seu eu me calço não tem pra ninguém
e me vou "bem de bem" que não tem coisa feia.
Pego essa saudade
chamo ela no "reio"
faço "conhece" rodeio
só pra pacholar.
Corto pelo meio
e firmo nos arreios
me agarro companheiro
e deixo corcovear.
pirisca grecco - co as espora torta
Tenho que ir embora
Tenho quem não quer que eu vá
Tenho uma tropilha xucra
E os que já tão pronto tenho que entregar
Me falta só bolear a perna
A solidão do brete quer me galopear
Tenho que domar o frio
E só os avio de mate pra me amadrinhar
Quando eu chegar de volta
Co´as espora torta e a tropilha mansa
Trago um coração de freio
Pronto pros arreio dessa moça
Chega de domar tormentas
Sesmarias pra enfrenar
Tenho quem me aqueça o mate
Quem não quer que eu vá
Tenho um poso em cada estância
Tenho a confiança dos patrões
Tenho um chasque pra peonada
Que vive apartada nos galpões
Tenho a vida nas esporas
Roseteando auroras me fiz nesse oficio
Hoje o coração me cobra um bem que Não se joga em mesa de bolicho
Cds pirisca grecco á Venda