MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
pena branca e xavantinho - casinha de aço
Há muito tempo na alta sorocabana
Um fazendeiro por nome José Santana
Tinha um filho e um dia uma cigana
Leu sua sorte, diz que ela era tiranaDisse a cigana, o senhor vai ter trabalho
Porque seu filho vai ser morto por um raio
Ele abusou batendo com o pé no soáio
Com meu dinheiro esta sina eu atrapaio
José Santana pra trazê o filho seguro
Fez uma casa inteira de aço puro
Eu quero vê se Deus muda meu futuro
Se o Seu poder arrebenta o aço duro
Seu Zé Santana viu uma chuva no espaço
Pegou seu filho trancou na casa de aço
Foi um aviso que Deus mandou pro ricaço
Um forte raio fez a casinha em pedaço
José Santana já correu com aflição
Encontrou o filho brincando ali no chão
Joeiou em terra e pra Deus pediu perdão
Deus por ser grande dele teve compaixão
pena branca e xavantinho - calix bento
Oh Deus salve o oratório
Oh Deus salve o oratório
Onde Deus fez a morada, oiá, meu Deus
Onde Deus fez a morada, oiá
Onde mora o Calix Bento
Onde mora o Calix Bento
E a hóstia consagrada, oiá, meu Deus
E a hóstia consagrada, oiá
De Jessé nasceu a vara
De Jessé nasceu a vara
E da vara nasceu a flor, oiá, meu Deus
Da vara nasceu a flor, oiá
E da flor nasceu Maria
E da flor nasceu Maria
De Maria o Salvador, oiá, meu Deus
De Maria o Salvador, oiá
pena branca e xavantinho - cuitelinho
Cheguei na beira do porto
Onde as ondas se espáia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai
Aí quando eu vim de minha terra
Despedi da parentaia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai
A tua saudade corta
Como aço de navaia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
Os óio se enche d`água
Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai
pena branca e xavantinho - chuá chuá
A C#° Dm7
Deixa a cidade formosa morena
G G/F C
Linda pequena e volta ao sertão
C/E Eb° Dm7
Beber da água da fonte que canta
G C
E se levanta do meio do chão
C#° Dm7
Se tu nasceste cabocla cheirosa
G G/F C C7
Cheirando a rosa no peito da terra
F Fm C
Volta pra vida serena da roça
F G/F G C
Daquela paioça no alto da serra
G
E a fonte a cantar chuá chuá
C
E as águas a correr chuê chuê
C7 F
Parece que alguém
Fm C
Que cheio de mágoa
Am7 Dm7 G
Deixaste quem há de dizer
C G
A saudade no meio das águas
C C7
Rolando também Introd.
C C#° Dm7
A lua branca de luz prateada
G G/F C
Foz a jornada no alto do céu
C/E Eb° Dm7
Como se fosse uma sombra altaneira
G C
Na cachoeira fazendo escarcéu
C#° Dm7
Quando essa luz lá na altura distante
G C
Loira ofegante no poente a cair
C7 F Fm C
Daí essa trova que o pinho dissera
F G/F
Que eu volto pra serra
Que eu quero partir
G C
pena branca e xavantinho - encontro de bandeiras
Ai, que bandeira é essa, ai
Na porta de sua morada
Aonde mora o calix bento
E a hóstia consagrada
Que encontro tão bonito
Que fizemo aqui agora
Os três reis do Oriente
São José e Nossa Senhora
A bandeira vai se embora
As fitas vão avoando
Se despede do festeiro
Pra vortá no outro ano
pena branca e xavantinho - rancho triste
Seu moço, lá na roça ainda existe
Um ranchinho muito triste
Porque não tem morador
Um dia o lavrador cheio de filhos
Deixou a roça de milho
E pra cidade se mudou
Pensando ser feliz mais que na roça
Deixou a sua palhoça
Pra morar no arranha-céu
Mas tudo não passou de um sonho antigo
Hoje sem lar, sem abrigo
Desempenha o seu papel
E a morena tem saudade da viola
E o caboclo tem saudade do sertão
E hoje, sem terra e sem moradia
Vive na periferia
Solitário e sem razão
Agora nem João, nem Maria
Só revoltas todo o dia
Na procura do seu chão
E aquele rancho triste lá no mato
Espera seu filho nato
Pra de novo ser feliz
A volta pro sertão de um sertanejo
É maior que um desejo
É viver e ser feliz
E a morena tem saudade da viola
E o caboclo tem saudade do sertão.
pena branca e xavantinho - flor do cafezal
Meu cafezal em flor
Quanta flor, meu cafezal
Ai menina, meu amor
Minha flor do cafezal
Ai menina, meu amor
Branca flor do cafezal
Era florada, lindo véu de
Branca renda
Se estendeu sobre a fazenda
Qual um manto nupcial
E de mãos dadas fomos juntos
Pela estrada
Toda branca e perfumada
Pela flor do cafezal
Passa-se a noite
Vem o sol ardente, bruto
Morre a flor e nasce o fruto
No lugar de cada flor
Passa-se o tempo
Em que a vida é toda encanto
Morre o amor e nasce um pranto
Fruto amargo de uma dor
pena branca e xavantinho - estrada do sertão
Coisa que não arrenego
Nem tão pouco desapega
Ter gostado de você
Foi gostar desenchavido
Encruado e recolhido
De ninguém se aperceber
Matutando vou na estrada
Nos meus óio a passarada
Faz um ninho pra você
Juriti espreita triste
E a jandaia não resiste
Chora junto por você
Nos teus óio faz clarão
E é um verde, um azulão
Tiê sangue furta cor
Que me dá desassossego
Que me suga que nem morcego,
Mangando que é beija-flor
Não me encrespe a vida assim
Já me basta o que de mim essa vida caçoou
Não me faz essa graçola
De me abrir essa gaiola
Pra depois não me prender.
Canta firme juriti
E vê se entoa uma canção
Sabiá me roça aqui
Ô Sabia...
Bem junto do meu coração
Pousa aqui meu colibri...
Vê se tu tem pena d´eu
Quero ser teu bacuri...
Quero ser de vós meçê
Quanto mais se desfeiteia,
Me despreza, mais me arrasto pra você...
pena branca e xavantinho - canto do povo de um lugar
Todo dia o sol se levanta
E a gente canta ao sol de todo dia
Finda a tarde a terra cora
E a gente chora
Porque finda a tarde
Quando a noite a lua mansa
E a gente dança venerando a noite
pena branca e xavantinho - que terreiro é esse
Boa noite meu pai
Salve a sua banda
Que terreiro é esse?
Bota fogo na fundanga
Minha casa é uma tenda
Sou filho de mãe Maria
Saravá meu preto velho
Salve a senhora da guia
Rainha mãe Iemanjá
Abençoe o meu cantar
E me tire dessa agonia
São Jorge é bom cavaleiro
E guerreiro do espaço
Não deixe este soldado
Pensar em triste fracasso
O céu mistura com a terra
E o mundo se acaba em guerra
E a viola não sai dos meus braços
Mais quem é filho de tenda
Não se sente fracassado
Ao contrário meu amigo
Eu sô bastante estimado
Junta feitiço e pagode
E comigo ninguém pode
O meu santo é batizado
pena branca e xavantinho - poeira
O carro de boi lá vai
Gemendo lá no estradão
Suas grandes rodas fazendo
Profundas marcas no chão
Vai levantando poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Olha seu moço a boiada
Em busca do ribeirão
Vai mugindo e vai ruminando
Cabeças em confusão
Vai levantando poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Olha só o boiadeiro
Montado em seu alazão
Conduzindo toda a boiada
Com seu berrante na mão
Seu rosto é só poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Barulho de trovoada
Coriscos em profusão
A chuva caindo em cascata
Na terra fofa do chão
Virando em lama a poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Poeira entra meus olhos
Não fico zangado não
Pois sei que quando eu morrer
Meu corpo irá para o chão
Se transformar em poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Poeira do meu sertão, poeira
Poeira do meu sertão
pena branca e xavantinho - romaria
É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido em pensamento
Sobre o meu cavalo
É de laço e de nó
De gibeira o giló
Dessa vida , cumprida a sol
Sou caipira , Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura
E funda o trem da minha vida
O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida
A custas de aventuras
Descasei , joguei , investi , desisti
Se há sorte , eu não sei , nunca vi
Me disseram porém
Que eu viesse aqui
Pra pedir em romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar , meu olhar , meu olhar
pena branca e xavantinho - marvada pinga
Com a marvada pinga
É que eu me atrapaio
Eu pego no copo e já dou meu taio
Eu chego na venda e dali não saio
Ali memo eu bebo
Ali memo eu caio
Só pra carregar nunca dei trabaio
Oi lá
Sempre bebo a pinga
Porque gosto dela
Bebo da branquinha,
Bebo da amarela
Eu bebo no copo, bebo na tigela
Bebo temperada com cravo e canela
Seja em qualquer tempo vai
Pinga na goela
Oi lá
Venho da cidade
Já venho cantando
Trago um garrafão
Que venho chupando
Venho pro caminho,
Venho trupicando
Chutando o barranco
Venho cambetiando
No lugar que eu caio
Já fico roncando
Oi lá
Não largo da pinga
Nem que eu tome pito
Que é de inclinação eu acho bonito
O cheiro da pinga fico meio aflito
Bebo uma garrafa e já quero um litro
Já fico babando crio dois espírito
Oi lá
Pinga temperada eu não modifico
Quem manda no bule
Eu chupo no bico
Vou rolar na pueira
Que nem tico-tico
Vou de quatro pé destripando o bico
Junta a mosquiteira
Mas eu não implico
Oi lá
A muié me disse
Ela me falou
Largue dessa pinga
Peço por favor
Prosa de muié
Nunca dei valor
Bebo no sol quente
Pra esfriar o calor
E bebo de noite pra fazer suador
Oi lá
A muié me disse
Largue de beber
Pois eu com essa pinga
Hei de combatê
Você fique quieto largue
De tremer
Depois que se embriaga
Não levanto ocê
Vô deixá das pinga só quando eu morrer
Marvada Pinga
Pena branca e Xavantinho
(Letra de Ochelcis Aguiar Laureano)
Com a marvada pinga
É que eu me atrapaio
Eu pego no copo e já dou meu taio
Eu chego na venda e dali não saio
Ali memo eu bebo, ali memo eu caio
Só pra carregar nunca dei trabalho, oi lá
Sempre bebo a pinga porque gosto dela
Bebo da branquinha, bebo da amarela
Eu bebo no copo, bebo na tigela
Bebo temperada com cravo e canela
Seja em qualquer tempo vai
Pinga na goela, oi lá
Venho da cidade já venho cantando
Trago um garrafão que venho chupando
Venho pro caminho, venho trupicando
Chutando o barranco, venho cambestiando
No lugar que eu caio, já fico roncando, oi lá
Não largo da pinga nem que eu tome pito
Que é de crinação eu acho bonito
Com o cheiro da pinga fico meio aflito
Bebo uma garrafa e já quero um litro
Já fico babando crio dois esprito, oi lá
Pinga temperada eu não modifico
Quem matar no bule, eu chupo no bico
Vou rolar na pueira que nem tico-tico
Vou de quatro pé destripando o bico
Junta a mosquiteira mas eu não imprico, oi lá
A muié me disse ela me falou: Largue dessa pinga peço por favor
Prosa de muié nunca dei valor
Bebo quando for quente pra esfriar o calor
E bebo de noite pra fazer suador, oi lá
A muié me disse: Largue de beber
Pois eu com essa pinga hei de combater
Você fique quieta e largue de trever
Pois quem se embriaga não é vansucê
Vou deixar da pinga só quando eu morrer
pena branca e xavantinho - tristeza do jeca
Nestes versos tão singelos
Minha bela, meu amor
Prá você quero cantar
O meu sofrer e a minha dor
Eu sou que nem sabiá
Que quando canta é só tristeza
Desde o galho onde ele está
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade
Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira-chão
Todo cheio de buraco
Onde a lua faz clarão
Quando chega a madrugada
Lá no mato a passarada
Principia um barulhão
Nesta viola, canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade
Vou parar com minha viola
Já não posso mais cantar
Pois o Jeca quando canta
Tem vontade de chorar
Vontade de chorar
Vontade de chorar
O choro que vai caindo
Devagar vai-se sumindo
Como as águas vão pro mar
pena branca e xavantinho - jardim da fantasia
Bem-te-vi, bem-te-vi
Andar por um jardim em flor
Chamando os bichos de amor
Tua boca pingava mel
Bem te quis, bem te quis
E ainda quero muito mais
Maior que a imensidão da paz
Bem maior que o sol
Onde estás?
Voei por este céu azul
Andei estradas do além
Onde estarás meu bem
Onde estás ?
Nas nuvens ou na insensatez
Me beije só mais uma vez
Depois volte pra lá
Cds pena branca e xavantinho á Venda