MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
paulinho da viola - rumo dos ventos
A toda hora rola uma história
Que é preciso estar atento
A todo instante rola um movimento
Que muda o rumo dos ventos
Quem sabe remar não estranha
Vem chegando a luz de um novo dia
O jeito é criar um outro samba
Sem rasgar a velha fantasia
Mulher é isso aí
Só existe a gente mesmo
Levando um barco pesado
Apesar do agitado mar
Sem a lua e seu encanto
Ao sabor da ventania
Mesmo no gelo da noite
Meu coração não esfria
E quando o vendaval passar
Acharemos uma ilha
E até quando Deus deixar, mulher
Iremos tocando a vida
paulinho da viola - amor à natureza
Relíquia do folclore nacional
Jóia rara que apresento
Nesta paisagem em que me vejo
No centro da paixão e do tormento
Sem nenhuma ilusão
Neste cenário de tristeza
Relembro momentos de real bravura
Dos que lutaram com ardor
Em nome do amor à natureza
Cinzentas nuvens de fumaça
Umedecendo meus olhos
De aflição e de cansaço
Imensos blocos de concreto
Ocupando todos os espaços
Daquela que já foi a mais bela cidade
Que o mundo inteiro consagrou
Com suas praias tão lindas
Tão cheias de graça, de sonho e de amor
Flutua no ar o desprezo
Desconsiderando a razão
Que o homem não sabe se vai encontrar
Um jeito de dar um jeito na situação
Uma semente atirada
Num solo fértil não deve morrer
É sempre uma nova esperança
Que a gente alimenta de sobreviver
paulinho da viola - passado de glória
Portela, eu às vezes meditando, quase acabo até chorando
Que nem posso me lembrar
Teus livros têm tantas páginas belas
Se for falar da Portela, hoje não vou terminar
A Mangueira de Cartola, velhos tempos do apogeu
O Estácio de Ismael, dizendo que o samba era seu
Em Oswaldo Cruz, bem perto de Madureira
Todos só falavam Paulo Benjamin de Oliveira
Paulo e Claudionor quando chegavam
Na roda de samba abafavam
Todos corriam para ver
Pra ver, se não me falha a memória
No livro da nossa história tem conquistas a valer
Juro que não posso me lembrar
Se for falar da Portela, hoje eu não vou terminar
paulinho da viola - batuqueiro
Abre a roda moçada que o samba é pesado, Sim meu senhor
Batuqueiro que é bamba não é derrubado, Sim meu senhor
Se cair, se levanta de bico calado, Sim meu senhor
Batuqueiro de roda não fica sentado, Sim meu senhor
Quem sai na chuva vai se molhar
Quem vai pro samba
Vai pra sambar
A batucada já começou
O samba é duro
Mais sambar eu vou
Abre a roda, moçada, que eu vim da favela, Sim meu senhor
Sai da porta, menino, e não abre a janela, Sim meu senhor
Este samba é pra homem e não é pra donzela, Sim meu senhor
O Marçal esta pensando, esperando por ela, Sim meu senhor
Abre a roda, moçada, que eu vim da favela, Sim meu senhor
Pede para a comadre uma rosa amarela, Sim meu senhor
Venho lá de mangueira e ainda vou na Portela, Sim meu senhor
Vi o negro comendo farofa amarela, Sim meu senhor
Quero ver a comida que tem na panela, Sim meu senhor
paulinho da viola - cavaco emprestado
Você quebrou
Meu cavaco de estimação
E não pagou
Por que razão?
Agora mesmo quero indenização
Porque senão, senão, senão
Senão não sei não
Você pegou meu cavaquinho emprestado
Viajou pra todo lado
Nem sequer me convidou
Ganhou dinheiro
Tirou onda de artista
Quero pagamento à vista
Do meu cavaquinho
Que você quebrou
paulinho da viola - a voz do morro
Eu sou o samba
A voz do morro
Sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo
Que tenho valor
Eu sou o rei do terreiro
Eu sou o samba
Sou natural
Daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões
De corações brasileiros
Salve o samba
Queremos samba
Quem está pedindo
É a voz do povo de um país
Mas o samba
Vamos cantando
Essa melodia
De um Brasil feliz
(Repete letra)
paulinho da viola - a gente esquece
A gente esquece um samba
E faz um outro samba
A gente perde um grande amor
E acha um outro amor
Você morreu no meu peito
E no meu peito nasceu
Não um outro amor
Mas essa indiferença sem saudade
Sem tristeza e sem rancorA gente tem uma esperança
E vai vivendo
A gente canta até na hora de sofrer
Já fiz um samba que perdi
Onde eu dizia veja bem
Que não havia mais ninguém
Senão você
paulinho da viola - jurar com lágrimas
Jurar com lágrimas
Que me ama
Não adianta nada
Eu não vou acreditar
É melhor nos separar
Não pode haver felicidade
Se não há sinceridade
Dentro do nosso lar
Se aquele amor não morreu
Não precisa me enganar
Que seu coração é meu
paulinho da viola - 50 anos
Eu vim aqui prestar contas
De poucos acertos
De erros sem fim
Eu tropecei tanto as tontas
Que acabei chegando no fundo de mim
O filme da vida não quer despedida
E me indica: ache a saída
E pede socorro onde a lua
Que encanta o alto do morro
Que gane que nem cachorro
Correndo atrás do momento que foi vivido
Venha de onde vier
Ninguém lembra porque quer
Eu beijo na boca de hoje
As lágrimas de outra mulher
Cinquenta anos são bodas de sangue
Casei com a inconstância e o prazer
Perdôo a todos, não peço desculpas
Foi isso que eu quis viver
Acolho o futuro de braços abertos
Citando Cartola:
- Eu fiz o que pude
Aos cinquenta anos
Insisto na juventude
paulinho da viola - quando bate uma saudade
D E7
Vem quando bate uma saudade
Em A7 D A7 D
Triste, carregado de emoção
C#7 Em A7
Ou aflito quando um beijo já não arde
D A7 D
No reverso inevitável da paixão
E7 A7
Quase sempre um coração amargurado
D D7 G
Pelo desprezo de alguém
Gm D B7 E7
É tocado pelas cordas de uma viola
A7 D A7 D
É assim que um samba vem
E7 A7
Quando um poeta se encontra
D C#7 Em F#
Sozinho num canto qualquer do seu mundo
Bm E7
Vibram acordes, surgem imagens
A7
Soam palavras, formam-se frases
Am D G
Mágoas, tudo passa com o tempo
F# Bm
Lágrimas são as pedras preciosas da ilusão
Em F° D B7
Quando, surge a luz da criação no pensamento
E7 A7
Ele trata com ternura o sofrimento
D A7
paulinho da viola - chico brito
Lá vem o Chico Brito,
Descendo o morro nas mãos do Peçanha,
É mais um processo!
É mais uma façanha!
Chico Brito fez do baralho seu melhor esporte,
É valente no morro,
Dizem que fuma uma erva do norte.
Quando menino teve na escola,
Era aplicado, tinha religião,
Quando jogava bola era escolhido para capitão,
Mas, a vida tem os seus revezes,
Diz sempre Chico defendendo teses,
Se o homem nasceu bom, e bom não se conservou,
A culpa é da sociedade que o transformou.
paulinho da viola - novos rumos
Vou imprimir novos rumos
Ao barco agitado que foi minha vida
Fiz minhas velas ao mar
Disse adeus sem chorar
E estou de partida
Todos os anos vividos
São portos perdidos que eu deixo pra trás
Quero viver diferente
Que a sorte da gente
É a gente que faz
Quando a vida nos cansa
E se perde a esperança
O melhor é partir
Ir procurar outros mares
Onde outros olhares nos façam sorrir
Levo no meu coração
Uma grande lição que contigo aprendi
Tu me ensinaste em verdade
Que a felicidade está longe de ti
paulinho da viola - dama de espadas
Ela vem com as cartas marcadas e diz:
Você é um espada no amor
Mas o seu jogo é pesado
E eu não desejo ser mais um fiel perdedor
Quem traçava o baralho era ela
Ficando com a sorte e me dando azar
Quase sempre n fim da parada
Eu não tinha mais nada
D meu pra jogar
No amor não se brinca com fogo
Parei com esse jogo sem forra e perdão
Hoje faço meu lance e não corro
Mas quero saber
Quais as chances do meu coração
Procurando mudar meu destino
Fugi do cassino onde quase quebrei
E dispensei essa dama
Que finge que ama
Chamando de rei
paulinho da viola - mar grande
Se navegar no vazio
É mesmo o destino
Do meu coração
Parto pra ser esquecido
Navio perdido
Na imensidão
Lobo do mar, timoneiro,
Me leve pro Sol
Quero outro verão
Não quero mar de marola
Das praias da moda
Na rebentação
Quero mar alto, o mar grande
Por favor não me mande de volta mais não
Não quero cais, outro porto,
Não mais o mar morto
Da minha ilusão
Prefiro ir à deriva
Me deixe que eu siga
Em qualquer direção
Se eu sou de um rio marinho
O mar é meu ninho
Meu leito e meu chão
paulinho da viola - timoneiro
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
E quanto mais remo mais rezo
Pra nunca mais se acabar
Essa viagem que faz
O mar em torno do mar
Meu velho um dia falou
Com seu jeito de avisar:
- Olha, o mar não tem cabelos
Que a gente possa agarrar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
Timoneiro nunca fui
Que eu não sou de velejar
O leme da minha vida
Deus é quem faz governar
E quando alguém me pergunta
Como se faz pra nadar
Explico que eu não navego
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
A rede do meu destino
Parece a de um pescador
Quando retorna vazia
Vem carregada de dor
Vivo num redemoinho
Deus bem sabe o que ele faz
A onda que me carrega
Ela mesma é quem me traz
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