MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
paulinho da viola - foi um rio que passou em minha vida
Se um dia
Meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar
Meu coração tem mania de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar
Porém, ai porém
Há um caso diferente
Que marcou num breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de Carnaval
Eu carregava uma tristeza
Não pensava em novo amor
Quando alguém que não me
Lembro anunciou
Portela, Portela...
O samba trazendo alvorada
Meu coração conquistou
Ah, minha Portela!
Quando vi você passar
Senti meu coração apressado
Todo o meu corpo tomado
Minha alegria voltar
Não posso definir aquele azul
Não era do céu
Nem era do mar
Foi um rio que passou em
Minha vida
E meu coração se deixou levar
Foi um rio que passou em
Minha vida
E meu coração se deixou levar...
paulinho da viola - quando bate uma saudade
D E7
Vem quando bate uma saudade
Em A7 D A7 D
Triste, carregado de emoção
C#7 Em A7
Ou aflito quando um beijo já não arde
D A7 D
No reverso inevitável da paixão
E7 A7
Quase sempre um coração amargurado
D D7 G
Pelo desprezo de alguém
Gm D B7 E7
É tocado pelas cordas de uma viola
A7 D A7 D
É assim que um samba vem
E7 A7
Quando um poeta se encontra
D C#7 Em F#
Sozinho num canto qualquer do seu mundo
Bm E7
Vibram acordes, surgem imagens
A7
Soam palavras, formam-se frases
Am D G
Mágoas, tudo passa com o tempo
F# Bm
Lágrimas são as pedras preciosas da ilusão
Em F° D B7
Quando, surge a luz da criação no pensamento
E7 A7
Ele trata com ternura o sofrimento
D A7
paulinho da viola - dança da solidão
Solidão é lava que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão palavra cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão
Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão
Camélia ficou viúva, Joana se apaixonou
Maria tentou a morte, por causa do seu amor
Meu pai sempre me dizia, meu filho tome cuidado
Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado
Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão
Quando vem a madrugada, meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola, contemplando a lua cheia
Apesar de tudo existe, uma fonte de água pura
Quem beber daquela água não terá mais amargura
paulinho da viola - argumento
Tá legal
Tá legal, eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro ou de um tamborim
Sem preconceito ou mania de passado
Sem querer ficar do lado de quem não quer navegar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar
paulinho da viola - o meu pecado
Meu pecado foi querer na minha mocidade
Amar tantas mulheres
O tempo já passou
Eu tenho saudade
Meu pecado foi passar noites em serestas
E bebendo por aí
Pela cidade
Nem com dinheiro as mulheres
Já não me desejam mais
Ah, se eu pudesse
Voltaria ao meu tempo de rapaz
O meu pecado foi querer na minha mocidade
Amar tantas mulheres
O tempo já passou
Eu tenho saudade
Meu pecado foi passar noites em serestas
E bebendo por aí
Pela cidade
paulinho da viola - pra jogar no oceano
Ê, Marujo, ê
Que vive navegando
Ê, marujo, ê
Que vive navegando
Te dou meu sofrimento
Pra jogar no oceano
Te dou meu sofrimento
Pra jogar no oceano
Se der no teu navio
Leva mais um desengano
Se der no teu navio
Leva mais um desengano
Leva de vez a saudade
E apaga a lembrança do que se perdeu
Ficando comigo a chama da vida
Eu canto a esperança que nunca morreu
Sei qual a minha sentença
O vento é quem tira a poeira de tudo
A gente lamenta e depois reconhece
Que o amor não se acaba nas dores do mundo
Leva, Marujo, a tristeza
E parte o punhal que a inveja lançou
Ele contém o veneno
Que pode matar meu desejo de amor
Tire as setas do ciúme
Que foram jogadas no meu coração
Pois o meu ideal se resume
Em ter meu destino na palma da mão
paulinho da viola - peregrino
Virá num riso de criança
Ou numa lágrima de dor
Virá talvez de uma esperança
Ou de um sonho que passou
Inesperado peregrino
Sagrada é a sua missão
De abençoar a nossa voz
Iluminar nosso destino
Com a chama da inspiração
Ele virá
Quem nasceu para sempre
Pra sempre virá
É uma eterna semente solta pelo ar
Fecundando de felicidade por onde for
E assim será
Ninguém vive feliz se não puder falar
E a palavra mais linda é a que faz cantar
Todo samba, no fundo, é um canto de amor
paulinho da viola - bebadosamba
Um mestre do verso, de olhar destemido,
disse uma vez, com certa ironia :
?Se lágrima fosse de pedra
eu choraria?
Mas eu, Boca, como semrpe perdido
Bêbado de sambas e tantos sonhos
Choro a lágrima comum,
Que todos choram
Embora não tenha, nessas horas,
Saudade do passado, remorso
Ou mágoas menores
Meu choro, Boca,
Dolente, por questão de estilo,
É chula quase raiada
Solo espontâneo e rude
De um samba nunca terminado
Um rio de murmúrios da memória
De meus olhos, e quando aflora
Serve, antes de tudo,
Para aliviar o peso das palavras
Que ninguém é de pedra
Bebadosamba, bebadosamba
Bebadosamba, bebadosamba
Meu bem
Bebadosamba, bebadosamba
Bebadosamba, bebadosamba
Bebadosamba, bebadachama
Também
Boca negra e rosa
Debochada e torta
Riso de cabrocha
Generosa
Beijo de paixão
Coração partido
Verso de improviso
Beba do martírio
Desta vida
Pelo coração
Bebadachama (chamamento)
Chama que o samba semeia
A luz de sua chama
A paixão vertendo ondas
Velhos mantras de aruanda
Chama por Cartola, chama
Por Candeia
Chama Paulo da Portela, chama,
Ventura, João da Gente e Claudionor
Chama por mano Heitor, chama
Ismael, Noel e Sinhô
Chama Pixinguinha, chama,
Donga e João da Baiana
Chama por Nonô
Chama Cyro Monteiro
Wilson e Geraldo Pereira
Monsueto, Zé com fome e Padeirinho
Chama Nelson Cavaquinho
Chama Ataulfo
Chama por Bide e Marçal
Chama, chama, chama
Buci, Raul e Arnô Cabegal
Chama por mestre Marçal
Silas, Osório e Aniceto
Chama mano Décio
Chama meu compadre Mauro Duarte
Jorge Mexeu e Geraldo Babão
Chama Alvaiade, Manacéa
E Chico Santana
E outros irmãos de samba
Chama, chama, chama
Bebadosamba, bebadosamba
Bebadosamba, bebadosamba
Meu bem
Bebadosamba, bebadosamba
Bebadosamba, bebadosamba
Bebadosamba, bebadachama
Também
paulinho da viola - flor esquecida
Ele deixou até de beber
Pensando em procurar um novo amor
Capaz de afastar a saudade que ela deixou
Ainda, uma ferida que não fechou
Flor que ficou esquecida no seu coração
Por alguém que foi
Sua maior emoção na vida
Recolheu essa mágoa
E não mais procurou ninguém
E nem mais tocou também
Naquele violão
E passou a viver afastado do mundo
Esquecido de tudo e perdido na sua paixão
Hoje quer reagir
Transformando essa flor que ficou, em semente
E apagar para sempre esta recordação
É por esta razão que...
paulinho da viola - 50 anos
Eu vim aqui prestar contas
De poucos acertos
De erros sem fim
Eu tropecei tanto as tontas
Que acabei chegando no fundo de mim
O filme da vida não quer despedida
E me indica: ache a saída
E pede socorro onde a lua
Que encanta o alto do morro
Que gane que nem cachorro
Correndo atrás do momento que foi vivido
Venha de onde vier
Ninguém lembra porque quer
Eu beijo na boca de hoje
As lágrimas de outra mulher
Cinquenta anos são bodas de sangue
Casei com a inconstância e o prazer
Perdôo a todos, não peço desculpas
Foi isso que eu quis viver
Acolho o futuro de braços abertos
Citando Cartola:
- Eu fiz o que pude
Aos cinquenta anos
Insisto na juventude
paulinho da viola - e a vida continua
e a vida continua,
e a vida continua...
esse é um dito que todo mundo proclama
o consolo dos aflitos
e a desilusao de quem ama
os sonhos nos acalentam
os sonhos nos alimentam
coisas que no mundo não tem
e outro dia vém chegando
e a gente sempre esperando
aquilo que nunca vém
e o que passou foi embora
e o que vém não se sabe
sozinho a gente chora..
paulinho da viola - lamentação
Em meus olhos água
em meu peito mágoa
minha boca vazia
igual minhas mãos
e meus ouvidos cheios de lamentação
Sem ideal
Esperando o carnaval
pra matar minhas penas
na esperança que um canto
venha sufocar meu pranto
mas carnaval são três dias apenas
paulinho da viola - cidade submersa
Ergo em silêncio, como um pirata perdido,
Minha negra bandeira e me sento.
Mexo e remexo e me perco e adormeço,
Nas ruínas da cidade submersa.
Sonhando um mar que não conheço
Como não conheço as ondas do meu coração.
Restaram que nem cinzas, cicatrizes que tentei cobrir ainda com pudor.
Na memória tantas vagas, que nem posso repetir ou explicar, se me doeu azar,
Não quero saber de nada...
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Enviado por:
Luiza - Rio de Janeiro
paulinho da viola - a fonte secou
Eu não sou água
pra me tratares assim
só na hora da sede
é que procuras por mim
a fonte secou
quero dizer que entre nós
tudo acabou
teu egoísmo me libertou
não deves mais me procurar
a fonte do meu amor secou
mas os teus olhos nunca mais hão de secar
paulinho da viola - consumir É viver
No supermercado onde me encontro
Medindo e pesando o teu carinho
Uma oferta meu desejo vejo
Ali, como artigo de toda a semana
Confortável que não deixa manchas
Teu amor vim receber
Contigo vou viver, eu vim te vê
Como diz um profeta meu amigo
Quem consome vive e mata a fome
Quem demais convive some só
Meu bem, no mostruário vejo exposto
Pra consumo teu amado rotulado rosto, também
No mostruário vejo exposto
Pra consumo teu amado rotulado rosto, também
Mais no dia a dia que te vejo
Cada hora mais me perco
Teu amor unhas e dentes para me ferir
Dois inimigos que se encontram
Que se matam mais se amam também
No caixão mortuário vejo exposto
Teu amor rotulado, desgraçado rosto, meu bem
Consumir é viver
Conviver é sumir
Conviver é sumir
Consumir é viver.
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