MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
palmeira e luizinho - capital federal
Vendi a minha boiada
Passei a mão no dinheiro
Peguei a minha muié
E fui pro Rio de JaneiroFui conhecer a cidade
Como um bom brasileiro
Cidade maravilhosa
Mais linda do mundo inteiro
Vi tanta coisa bonita
Beleza de admirá
E fui num barco a motor
Na ilha de Paquetá
E nesse lindo passeio
Vi os navio navegá
E vi o Pão de Açúca
Lá na beirada do mar
No morro do Corcovado
O Cristo Onipotente
Fica de braços aberto
Sempre oiando pra gente
E eu tive no Catete
Que eu guardo sempre na mente
Vi o palácio onde mora
O nosso bom presidente
Eu e a minha muié
Corremo todos os lugá
E só depois de dez dia
Nóis resorvemo vortá
Hoje eu falo bem arto
Eu posso me ouguiá
Pois se morrê já conheço
A capitar federá
palmeira e luizinho - joanico do sertão
Joanico era um rapaz
Crescido sem proteção
E foi ele apelidado
Joanico do Sertão
Fazendeiro criador
No Triângulo Mineiro
Gostou muito do Joanico
Para ser peão boiadeiro
Joanico entrou com sorte
Que vocês não imagina
Conquistou logo o patrão
E sua filha Josefina
Joanico e Josefina
Viviam como dois irmão
Ele era muito jeitoso
Ela era mesmo um pirão
Joanico ganhou um presente
Dado pelo seu patrão
Era um boizinho zebu
Pretinho como um carvão
Joanico ficou contente
Cheio de satisfação
Batizou logo o boizinho
Com o nome de Trovão
O Trovão cresceu depressa
Ficou um lindo exemplar
Numa exposição bovina
Ganhou o primeiro lugar
Numa tarde bem tristonha
Quando do Trovão tratava
Josefina teve um fim
Que ninguém não esperava
Todo mundo ouviu um grito
Lá dentro do mangueirão
Era um gemido de dor
Que dava inté compaixão
Joanico sem demora
Sartou lá no mangueirão
Pra salvar a sua amada
Da fúria do boi Trovão
Ele também foi varado
Pelo chifre do animar
Ficando ali os dois sem vida
Morto no mesmo lugar
E o pai de Josefina
Mandou matar o Trovão
Vingando a morte da filha
E do Joanico do Sertão
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - cavalo preto
Tenho meu cavalo preto
Por nome de Ventania
Um laço de doze braça
Do couro de uma novia
Tenho um cachorro bragado
Que é pra minha companhia
Eu sou um caboclo forgado
Ai, eu não tenho famía
No lombo do meu cavalo
Eu viajo o dia inteiro
Vou de um estado pra outro
Eu não tenho paradeiro
Quem quiser ser meu patrão
Me ofereça mais dinheiro
Eu sou muito conhecido
No Triângulo Mineiro
Tenho uma capa gaúcha
Que eu troquei por um boi carreiro
Tenho dois pelego grande
Que é pura lã de carneiro
Um me serve de corchão
E outro de travesseiro
Com a minha capa gaúcha
Eu me cubro o corpo inteiro
Adeus que eu já vou partindo
Vou pousar noutra cidade
Depois de amanhã bem cedo
Quero estar em Piedade
Deus me deu este destino
E muitas felicidade
Onde eu passo com o meu preto
Deixo rastro de saudade
Onde eu passo com o meu preto
Deixo rastro de saudade
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - baile na tuia
Minha moçada
Hoje é aleluia
E nóis vai fazê
Um baile na tuia
E nóis vai fazê
Um baile na tuia, ai, ai
Eu tô avisando
O arraiá inteiro
Quero muita moça
E um sanfoneiro
Quero muita moça
E um sanfoneiro, ai, ai
Escorei a tuia
Pra não balançá
E o assoaio embaixo
Já mandei carçá
E o assoaio embaixo
Já mandei carçá, ai, ai
Não precisa medo
Se o baile esquenta
Pode inté pulá
Que a tuia aguenta
Pode inté pulá
Que a tuia aguenta, ai, ai
Peço pras moça
Pra levá suas cuia
Pra bebê guarapa
No baile da tuia
Pra bebê guarapa
No baile da tuia, ai, ai
palmeira e luizinho - chão de minas
Eu comprei passagem pra seguir destino
Na Rede Mineira fui pra Ouro Fino
Fiquei recordando o tempo de menino
Que eu acompanhava as festas do Divino
Passei Pouso Alegre quando o trem apita
Daí a pouco tempo cheguei em Santa Rita
Tive em Itajubá, cidade bonita
Que é do sul de Minas o cartão de visita
De Boa Esperança fui pra Campo Belo
De cristais de rocha e topázio amarelo
São João Del Rei tem ouro singelo
E tem sua história tempo do castelo
Gostei de Curvelho e também de Corinto
Lá de Montes Claros saudades eu sinto
Em Sete Lagoas, juro que não minto
Fiquei encantado, seu povo é distinto
Em Três Corações eu fiz serenata
Cássio e Guaxupé, Lagoa da Prata
Em Poços de Caldas fiz uma cantada
Também viajei na zona da mata
Eu gostei da zona, Triângulo Mineiro
Tem moça bonita e tem muito dinheiro
Onde de arreune todos os zebuzeiro
Pra mostrar o gado campeão brasileiro
Em Juiz de Fora ninguém tem fadiga
Terra de progresso, seu povo que o diga
Passei Diamantina, Vargem e Formiga
Na velha Ouro Preto de igrejas antiga
Nesta minha moda que ninguém se apronte
Eu gostei da terra do Santos Dumont
Que não é preciso que ninguém me conte
Que o seu coração é Belo Horizonte
palmeira e luizinho - sabugo de milho
(â??- Ã?ta viola danada, parece que qué falá
Cante uma moda, caboclo, cante que eu quero escuitá
Me ajuda meu companheiro, pra esse moço escuitá
Nóis vamo contá uma história de fazê as pedra choráâ?)
Eu inda tinha vinte ano mais ou meno
Quando fiquei conhecendo uma cabocla trigueira
Perante Deus nóis casemo na capela
E esta flor tão singela ficou minha companheira
(â??Mas com esse verso cantado com tanta sinceridade
Com vancês devia morá a dona felicidade! â?)
Por muito tempo tudo foi felicidade
Inté que um dia a maldade o meu rancho procurou
Minha cabocla esqueceu seu juramento
Desviou seu pensamento, de outro caboclo gostou
(â??Eu já tô quase inteirado do que com vancê se passou
Você tava desconfiado ou foi alguém que lhe contou? â?)
Não foi preciso nem que eu desconfiasse
E que ninguém me contasse, ela mesmo me falou
Eu nesta hora senti uma coisa estranha
Uma loucura tamanha que meu corpo inté gelou
(â??Não é precisa contá como é que vancê se vingou
Rançou da cinta o punhá e no peito dela encravouâ?)
Não companheiro, eu nem relei na marvada
Levei ela inté na estrada e pedi pra não vortá
E esta cabocla que era linda, era faceira
Hoje é um pau de aroeira onde ninguém qué encostá
(â??- Caboclo, gostei de vancê e da sua resolução
Ela precisa sofrê pra pagá sua traição
Ela, coitada!
Vive por esse mundo passando de mão em mão
Ã? um sabugo de milho rolando por esse chãoâ?)
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - coisas do mundo
Não posso dizer em versos
A história de minha vida
Levaria muito tempo
É uma história bem compridaEu passei horas amargas
Passei horas divertida
Eu já ri de alegria
Já chorei mágoas sentida
Esse mundo é mesmo assim
Tem tristeza e alegria
Dá momentos de prazer
Outros de melancolia
Se a tristeza vai-se embora
Alegria principia
E devemos conformar
Cada uma tem seu dia
Eu me lembro dos momentos
Que passei no meu ranchinho
Quando eu tava lá dentro
Recebia só carinho
Hoje vivo aborrecido
Desprezado tão sozinho
Esse rancho para mim
Hoje tem somente espinho
Esse mundo é todo igual
Seja toda a humanidade
Hoje a gente tem só dor
Amanhã felicidade
O diabo é quem semeia
Pelo mundo a falsidade
Semeou lá pelo mato
E também pela cidade
Semeou lá pelo mato
E também pela cidade
palmeira e luizinho - maruca do sertão
Eu andei quarenta légua
Em riba do meu mulão
Fui fazer meu casamento
Com a Maruca do Sertão
Pra aliviá meu coraçãoAtravessei mata virge
E as campina do deserto
A distância mais distante
Pra quem ama fica perto
Quem quer bem sabe que é certo
Eu cheguei no patrimônio
E avistei um azulão
Perguntei do paradeiro
Da Maruca do Sertão
Tive uma desilusão
O azulão me arrespondeu
Se procura o seu amor
Não lhe posso dar notícia
Daqui não sou morador
Quase que eu morri de dor
Eu segui a caminhada
Atravessei a pinguela
Fui tirar informação
No moinho da cancela
Meu sentido tava nela
E nas águas do moinho
O monjolo arrespondeu
A Maruca do Sertão
Faz três noite que morreu
O meu peito estremeceu
Eu vortei margeando as águas
Bem no remanso do rio
Como se fosse uma santa
Tua imagem arrefletiu
Eu senti um calafrio
A Maruca estava bela
Como a laranjeira em flor
E me disse, vós não chore
Que eu te espero, meu amor
Junto de Nosso Senhor
palmeira e luizinho - véspera de natal
Todo mundo me pergunta
Por que sou tão triste assim?
Por que deixei que a tristeza
Tomasse conta de mim?Eu digo em poucas palavras
Pra quem quiser me escuitar
Foi que me aconteceu
Numa véspera de Natár
Eu tinha ido na vila
Mantimento fui comprar
Depois vortei lá pro rancho
Pra festejar o Natár
E quando entrei no ranchinho
Não encontrei a muié
Pois ela tinha fugido
Com um caboclo quarqué
Abriu-se a porta do quarto
E vi sair meu filhinho
Trazia o pobre inocente
Na mão o seu sapatinho
Passou por mim sem me vê
E foi de pé ante pé
Ponhou o sapato na porta
Pro tar de Papai Noé
Que quadro triste pra mim
Que dor que eu suportei
Meu peito não arrebentou
Só por causa que eu chorei
E todo ano esta data
Que é véspera de Natár
Eu me fecho no meu quarto
Pra ninguém me ver chorar
palmeira e luizinho - baldrama macia
Comprei um caco chapeado
E uma baldrama macia
Um cochinilho dos branco
Pra minha besta ruzia
Peitoral de argolinha
E uma estrela que brilha
Fui dar um passeio em Tupã
Só pra ver o que acontecia
E quando entrei na cidade
Com a besta toda enfeitada
O povo todo da rua
Parava em pé na calçada
E as muié que passava
Oiavam admirada
No meio delas vi uma
Que me prendeu numa oiada
Que morena tão bonita
Nunca vi muié assim
Pra onde eu me virava
Via ela oiá pra mim
E eu vendo aquela flor
Parecida com jasmim
Eu pensei comigo mesmo
Vou levá pro meu jardim
Eu andei mais um pouquinho
E da besta me apeei
E chegando perto dela
Lindas coisas eu falei
Ela então me arrespondeu
Se é por causa que eu oiei
Vancê tá muito enganado
Foi da besta que eu gostei
Vancê tá muito enganado
Foi da besta que eu gostei
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - cachorro sultão
("Quando perdi a muié
Sofreu meu coração
Eu vendi tudo que tinha
E me arribei pro sertão
Levei comigo o fiinho
Espingarda e munição
E o meu cachorro lobo
Que era chamado Sultão
Ao precisar certo dia
De comprar mais munição
Deixei o fio no rancho
Com o cachorro Sultão
Despois de fazê a compra
Tive uma parpitação
Eu lembrei que não deixava
O que comê pro Sultão")
Voltei pro rancho correndo
Caindo pelo caminho
Pra ver se ainda salvava
O meu filho queridinho
Me parecia estar vendo
Lá dentro do meu ranchinho
O Sultão louco de fome
A devorar meu filhinho
Ao chegar perto do rancho
Com a porta escancarada
O Sultão ensanguentado
Veio a mim em disparada
Levantei a espingarda
Atirei sem pensar nada
O Sultão deu um latido
E caiu morto na estrada
Dentro do rancho, meu filho
Me chamou e chorou comigo
Me mostrou uma onça morta
Pelo Sultão, seu amigo
O meu engano cruel
Eu até hoje maldigo
Matei o pobre Sultão
Matei o meu grande amigo
palmeira e luizinho - chica morena
Vou pedir perdão a Deus
Pelo mal que um dia fiz
Mereço ser castigado
Eu não posso ser feliz
Pra morta Chica Morena
A fia do seu Simão
Que hoje sinto remorso
Dentro do meu coração
Eu era mais meu irmão
Dois violeiro arrespeitado
Nas festa da redondeza
Nóis era sempre chamado
E foi numa dessas festa
Chica Morena eu vi
Gostei tanto da marvada
Que nem sei o que senti
Mas ela não deu valor
No amor deste caboclo
A Chica por ser bonita
Do rapaz fazia pouco
Meu irmão teve mais sorte
Por ser mais moço que eu
Os agrado da cabocla
Foi ele que mereceu
(â??E eu fiquei enciumado
Com essa situação
E criei ódio de morte
Na moça e no meu irmão
E o tempo foi passando
E a situação piorava
De vê os dois tão feliz
Meu coração se apertava
E foi na saída de um baile
Chica Morena esperei
E um punhal bem afiado
No seu peito encravei
Suas últimas palavras
Foi o nome de João
Era o nome do seu noivo
O saudoso meu irmãoâ?)
Meu irmão chegou correndo
Da garrucha ele puxou
Mas em vez de me atirá
Ele mesmo se matou
Este quadro doloroso
Até hoje eu tô vendo
E senti tanto remorso
Pouco a pouco vou morrendo
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - fandangueiro
O meu nome é Parmera
Meu irmão chama Luizinho
Eu canto moda campeira
Com muita alma e carinho
Eu tenho um cavalo preto
E tenho um burro picaço
Eu não troco a minha vida
Pela vida boa de quarqué ricaço
Eu sou um fandangueiro
Juro que não sou gabola
Nunca rejeitei parada
No braço desta viola
Quando eu entro num pagode
No salão ninguém me amola
Se alguém fica mais engraçado
Em cada braçada é quatro que rola
Das morena dos meus pago
Muito suspiro eu arranco
Gosto de fazê bonito
Quando amonto num potranco
Carco as espora no bicho
Encosto ele no barranco
Boto a moça na garupa
E saio macio sem dá solavanco
Sou gaúcho de Pelotas
O meu irmão é mineiro
Eu tenho uma charqueada
Que me dá muito dinheiro
Meu irmão também trabaia
Ã? peão de mulambeiro
Mas na hora do fandango
Aqui tá dois peito que são brasileiro
Mas na hora do fandango
Aqui tá dois peito que são brasileiro
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - mágoa escondida
Eu vou
Vou partir ao romper da aurora
Prestem atenção, por favor, minha gente
Não perguntem por que vou-me embora
Eu vou
Vou partir ao romper da aurora
Prestem atenção, por favor, minha gente
Não perguntem por que vou-me embora
Vou-me embora e levo comigo
Somente um amigo, o meu alazão
Também levo uma mágoa sentida
Que vai escondida no meu coração
Vou-me embora e levo comigo
Somente um amigo, o meu alazão
Também levo uma mágoa sentida
Que vai escondida no meu coração
Eu vou
Vou partir ao romper da aurora
Prestem atenção, por favor, minha gente
Não perguntem por que vou-me embora
Eu vou
Vou partir ao romper da aurora
Prestem atenção, por favor, minha gente
Não perguntem por que vou-me embora
Vou-me embora já tô resorvido
Mas vou bem sentido com uma pessoa
O motivo não posso falá
Eu sinto é deixá esta gente tão boa
Vou-me embora já tô resorvido
Mas vou bem sentido com uma pessoa
O motivo não posso falá
Eu sinto é deixá esta gente tão boa
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
palmeira e luizinho - maquinista
Cds palmeira e luizinho á Venda