MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
os tiranos - a minha gente do sul
A minha gente quando dança uma vaneira
É brincadeira tchê, é brincadeira
A sala véia fica assim até as beira
Com minha gente do sul quando dança uma vaneira
a minha gente conheçe o divertimento
um fandango flor dos buenos o gaitero pacholento
vai que se vai no salão meio lançante
e o indio procura espaço e sai limpo logo diante
a minha gente quando dança uma vaneira
é brincadeira tchê, é brincadeira
a sala véia fica assim até as beira
com minha gente do sul quando dança uma vaneira
A minha gente quando dança uma vaneira
É brincadeira tchê, é brincadeira
A sala véia fica assim até as beira
Com minha gente do sul quando dança uma vaneira
A minha gente na boca da madruga
Ta na lida forçejando e as vezes quebrado geada
É pura sepa e sobra disposição no calo da coxilha
Lavada com paixão
A minha gente quando dança uma vaneira
É brincadeira tchê, é brincadeira
A sala véia fica assim até as beira
Com minha gente do sul quando dança uma vaneira
os tiranos - aqui no potreiro velho
Eu moro perto do frio,
No sapé de uma colina
Aonde o campo termina
E começa uns 'caidão'
Meus amigos no meu rancho
Eu recebo a toda hora
E as mágoas ficam de fora
Da cancela do estradão
No lado sul da estância,
Num caponete fechado,
A mutuca tira o gado
No veranico de maio
É onde ronca o bugio
E gorjeia o mem-te-vi
E onde levo a taquari
Pra correr co' leão-báio.
É asssim que passo o tempo
Quando não tô em fandango
No dia-a-dia lidando
Da mangueira aos cafundós
Aqui no potreiro velho,
No ventre da casa branca,
Se mantém a mesma estampa
E os costumes dos avós.
Da janela centenária
De soleira portuguesa
Eu bombeio a beleza
Da tardinha que se veio
Vejo a sombra de um carancho
No repecho da coxilha
E a boiada que pontilha
Na procura do rodeio
Cai a noite em negro manto,
Se reúne a peonada
Pra contar suas queradas
No aconchego do galpão
Se fala de tudo um pouco,
Um índio chora de amor,
Outro ouviu o 'gritador',
O fantasma do rincão.
os tiranos - brasil de bombacha
Após muito tempo guardando
Os limites do Sul do Brasil
O gaúcho migrou para o Norte
E do Norte mudou o perfil
Deixou para traz a campanha
E a beleza dos campos dourados
E se foi a buscar nova vida
Numa terra de mato fechado
Este é o Brasil de bombacha
É a saga da raça guerreira
Nos fundões sesta pátria se acha
Um gaúcho abrindo fronteira
Só quem parte é quem sabe da dor
de deixar o seu pago e sua gente
As lembranças rebrotam ao redor
Só o forte consegue ir em frente
Nos pessuêlos vão laços de afeto
E a honra de ser o que são
Os centauros da banda do Sul
Povo guapo criado em galpão
Ao chegar no torrão de seu gosto
vão semeando alegria e respeito
O trabalho em seguida da fruto
E o fruto é um consolo pro peito
Mate quente ou mate gelado
Chimarrão ou então tererê
Os costumes vão sendo mesclados
Num País com sotaque de tchê
Quando bate a saudade Daninha
Nos gaudérios tão longe de casa
A cordeona resmunga num rancho
E o churrasco respinga na brasa
No alicerce de algum CTG
O Rio Grande campeiro floresce
Aos gaúchos de alma pioneira
Comovido o Brasil agradece
os tiranos - campeando uma festa
Eu venho de longe
Cortando o estradão
Num baio valente
Ligeiro das mãos
Eu trago no peito
Antigos carinhos
E a cruz Guarani
Eu não ando sozinho
Um pela vermelho
Rufando o vento
E o poncho emalado
Pro pouso ou relento
Chapéu desabado
Ao sol de janeiro
E o braço roçando
Na faca coqueiro
Me vou para o povo
Campear um festa
Carreira e bailongo
É o pouco que resta
pra quem passa o tempo
Longe dos cambichos
Num fundo de campo
Cantando pros bichos
Por onde eu passo
Eu deixo lembranças
E a china na porta
Com flores na trança
Um lenço abanando,
Um choro contido
São provas de afeto
No mundo em que vivo
Assim eu reponto
A sina de peão
No coice do arado
Dançando um bailão
Toldar um ventana
Pra vê a namorada
São gostos que tenho
e não troco por nada.
os tiranos - cancioneiro das coxilhas
Quando saio a cavalo
Montando no meu baio
Cortando as coxilhas
Eu não acho atrapalhado
Com a gaita na garupa
Pois eu a sempre tenho
Vou dizendo que saio
Só não sei é quando venho
Atravesso as canhadas
Só na macha troteada
E numa boa sombra
Eu faço a sesteada
Eu abro a minha gaita
E dou uma toada
De coxilha em coxilha
Só se ouve a toada
E quando é de tardinha
Que o sol já vai entrando
Na casa de um fazendeiro
Eu vou me aproximando
Com licença moçada
De longe eu vou gritando
É o cancioneiro das coxilhas
Que aqui ai vai chegando
E quando 'os galos cantam'
No romper da madrugada
Lidando na mangueira
Junto com a peonada
Tomando um bom amargo
No baio eu jogo a encilha
E alegre se despede
O cancioneiro das coxilhas
os tiranos - cantando o rio grande
Peço licença pra cantar este Rio Grande
Que se esparrama pelas frestas dos galpões
Te alcanço um mate e o calor da cuia antiga
Tenho certeza te trará recordações
Sorve com calma este mate meu parceiro
E pousa os olhos na magia do braseiro
Feito no cerno mais antigo deste pampa
Farrapa estampa do garrão Sul Brasileiro
Assim nasceu e se fez grande meu Rio Grande
Ouvindo o canto do minuano em assovio
Dançando xote, chamamé, valsa e milonga
Sendo crioulo no compasso de um bugio
Sinta então no coração toda a pureza
Da eterna ronda da roda de chimarrão
Fogão de lenha e o sorriso dos avós
A nos mostrar a verdadeira tradição
Pequenas casas que existem lá na serra
Fumaça branca saindo da chaminé
Bordam no céu a estrela do imigrante
pra ser parceira do lunar de São Sapé.
os tiranos - canto aporreado
Quando se apeia a inspiração, musa campeira
É qual tropilha retouçando a Deus dará
E o verso arisco que do peito abre a porteira
Campeia a gola do ponchito-bichará
Então galopa amuntada em ventanias
A devoção de um cantador que pirilampo
Pinta de estrelas o treval das melodias
Mostrando ao mundo o que sente pelos campos
Esta é a força do atavismo que conheço
E traz a essência mais crioula do galpão
Pois um gaúcho às paixões não bota preço
Porque não vende o que nasce ao coração
E pela estrada da memória, em recorrida
Por ser mascate das canções, com encomendas
Sempre semeio nos cantares paz e vida
Dizendo aos jovens que este amor nunca se venda
Dá-lhe Rio Grande, arrocinaos desalentos
E imita a chispa de um foquito galponeiro
Subindo aos ares pra alumiar os sentimentos
que se derramam pelos dedos do gaiteiro
Esta é...
os tiranos - chamamé do amor
O baile é triste quando a gente espera alguém
Que não vem
Não existe baile bueno
Quando estamos sem ninguém
A solidão traz a saudade de você
Num chamamê
A canção que a gente canta
Quando precisa se ver
Não adianta sofrer, não adianta beber
Não venha me dizer que o baile tá bom
Eu só vou dançar quando ela chegar
Num chamamê
E a gaita se alegrou
Tocando o nosso chamamê do meu amor
A gaita se alegrou
Tocando o nosso chamamê de meu amor
A gaita se alegrou,
Quando você chegou
A gaita se alegrou,
Quando você chegou
Me faz sofrer, o chamamê do meu amor
Me faz sofrer um chamamê
Não vou dançar sem você
Me faz sofrer, o chamamê do meu amor
Me faz sofrer um chamamê
os tiranos - chamamé sem fronteira
Amanhã se Deus quiser forro a gibeira
Cruzo a fronteira e boto o pé lá Argentina
Vou amar, vou sonhar, vou bailar o chamamé
Com a hermana flor pampeana correntina
Deságuo as mágoas pelas águas do Uruguai
Num sapucai vou bailar a noite inteira
Danço e me amanso no balanço da cordeona
como me encanta uma bailanta de fronteira
Correntina bailarina
Campesina flor mulher
Não há porteira e nem fronteira
Práquem dança um chamamé
Dança comigo minha linda correntina
Me ensina a arte de bailar o chamamé
Hoje me amanso nos teus braços,
me desmancho, me encanto
Na euforia da magia do teu pé
Roda a saia correntina vai rodando
Vai requebrando a cinturinha de pilão
Se adona me aprisiona em teu olhar
Folgoneia me encendeia de paixão
os tiranos - de alma lanhada
Hoje eu aprumei o corpo pra encilhar um fandango Bueno de bota garrão de potro pra o mundo ficar pequeno.
Quero campear namoro com jeitão bem da campanha desses de esticar o couro aquerenciado na manha
Me solta que eu sou gaitero um tranco véio cuiudo que eu vou quartiando tambeiro esse baile macanudo (bis)
Já tenho a alma lanhada a entrevero e bochicho, vou golpeando pros dois lados grudado igual carrapicho.
Desde guri esperneio até afrouxar o garrão
me agrada parar rodeio pra manunciar o coração
Me solta que eu sou gaitero um tranco véio cuiudo que eu vou quartiando tambeiro esse baile macanudo (bis)
Já tenho a alma lanhada a entrevero e bochicho, vou golpeando pros dois lados grudado igual carrapicho.
Desde guri esperneio até afrouxar o garrão
me agrada parar rodeio pra manunciar o coração
Osni Siqueira
O.S.J Escola musical prudentópolis Pr
os tiranos - de sangue catarinense
Hoje amanheci faceiro
E vou gauderiar um pouco
Para quem trabalha muito
Sempre vai sobrar uns trocos
Quero laçar nos Praianos
E no fandango dançar
E depois molhar os pés
Nas águas mornas do mar.
Me agrada a vida de campo
Cavalo e berro de gado
E também todo o encanto
Das praias do meu Estado
Agradeço ao patrão velho
Por me dar esses pertences
Deter alma Gauchesca
e sangue Catarinense
Eu sou filho de Açorianos
Mas me criei de bombacha
Onde tiver cantoria
Qualquer vivente me acha
Plantei pinhão no Planalto
Quebrei geadas na serra
Catarina é só ternura
E Anita é Clarin de guerra.
Repontando a integração
E os Rio Grandenses costumes
Hoje sou mais um peão
Da tradição que nos une
Lá da pujança d'Oeste
Ás enseadas costeiras
Catarinense é um orgulho
Da terra Sul Brasileira
os tiranos - de um canto saudade
No compasso que toca o gaiteiro,
Eu peço licença 'prum' taura cantar,
As belezas da terra sulina,
Da mata, campina de rio, serra e mar...
Ô ô ô...deu saudades da terra
Ô ô ô...canto que o gado berra...
No resmungo de uma botoneira
Me emponcho em licença pra ser cantador,
Por andar extraviado no mundo,
Eu canto a história mostrando o valor...
No churrasco e arroz carretero,
No vento minuano e na marcação
Com tertúlias e rodas de mate,
Fandangos, carreras e prendas
Que amaram este peão
Ô ô ô...deu saudades da terra
Ô ô ô...canto que o gado berra...
Trago na resistência farrapa
Que endoça a poesia de ouvir essa canção
Renegando marcha de cantiga
Num sopro de gaita no meu coração...
Ô ô ô...deu saudades da terra
Ô ô ô...canto que o gado berra...
No resmungo de uma botoneira
Me emponcho em licença pra ser cantador,
Por andar extraviado no mundo,
Eu canto a história mostrando o valor...
No churrasco e arroz carretero,
No vento minuano e na marcação
Com tertúlias e rodas de mate,
Fandangos, carreras e prendas
Que amaram este peão...
Ô ô ô...deu saudades da terra
Ô ô ô...canto que o gado berra...
os tiranos - defumando ausências
Busquei o teu riso claro
Chamei por teu nome
Mil vezes em vão
E muitos invernos
Ao pé do borralho
Defumei ausências
No fogo de chão
Gritei pela madrugada
Lá fora nem rasto
De alguém pra escutar
Um dia um estrela
Correu na janela
Me dando notícias
Que ia chegar
Passei vassoura
NA sala do rancho
Enxagüei a cuia
para te esperar
E quando vieste
Pra baixo do poncho
Mil sonhos antigos
Comecei a cantar
E deste esta feita
Não me reconheço
Nem sei se mereço
Amar e sorrir
Minha pilchas de gala
São os teus carinhos
Que abram caminhos
Pra eu prosseguir
os tiranos - esse teu jeito
Esse teu jeito de olhar
Me deixa assim a pensar
Se lá no fim bem no fim
Ainda gostas de mim
Como machuca esta dor
De ver partir um amor
Que era meu e ainda agora
Mas foi-se embora
(refrão)
Por isso quando se alonga
A gaita numa milonga
Saio a dançar por aí
Pensando em ti
Por isso quando se alonga
A gaita numa milonga
Saio a dançar por aí
Pensando em ti, pensando em ti
Esse teu jeito de ser
É o que me faz te querer
Que bom seria meu bem
Se tu quisesses também
Sei que um pouco de saudade
Nunca fez mal é verdade
Mas viver na solidão
Não quero não
(refrão)
Por isso quando se alonga
A gaita numa milonga
Saio a dançar por aí
Pensando em ti
Por isso quando se alonga
A gaita numa milonga
Saio a dançar por aí
Pensando em ti, pensando em ti
Esse teu jeito de amar
Me faz sorrir e penar
Às vezes pura paixão
E outras só ilusão
Não adianta eu me rendo
Pois sofro e não aprendo
Te enchergo e o meu desejo
É dar-te um beijo
(refrão)
Por isso quando se alonga
A gaita numa milonga
Saio a dançar por aí
Pensando em ti
Por isso quando se alonga
A gaita numa milonga
Saio a dançar por aí
Pensando em ti, pensando em ti
os tiranos - estampa da tradição
Sou índio cru desta pampa cativo da tradição
Fumaciando de galpão trago minh'alma curtida
Quando o sol vem me espiar acriolando as coxilhas
To changueando por uns pila no lombo xucro da lida
Sou quebra aqui da campanha que faz do laço um fiador
Com guisa de tirados cozinhada a tironaço
Quando o potro veiaqueia me planto bem nos arreios
E também planto-lhe o relho pra mostrar o dono do braço
É bem assim que eu sou me orgulho deste meu chão
É bem assim que eu sou
Vou trançando a minha história com tentos de tradição
Nasceu comigo esta cisma de domar cavalo xucro
que o vagueando de gaúcho traz de berço igual chamego
Este trejeito de traura pra redomão queixo duro
Vem com semblante maduro já no "Sentá dos pelegos"
Minha vida é um olho d'água cacimbando a minha pampa
Tenho orgulho desta estampa traduzida na bombacha
Trago dentro deste peito o meu Rio Grande o meu chão
Espelho do coração que só por china se agacha
Cds os tiranos á Venda