MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
os monarcas - no ronco da baixaria
Ã? o ronco da baixaria
Puxa o fole, sanfoneiro, manda esse povo pra sala
Que a noite é boa para bailar
Começa agora esse fandango
E vai até o dia clarear
Puxa o fole, sanfoneiro, manda esse povo pra sala, puxa o fole
Que a noite é boa, puxa o fole, para bailar, puxa o fole
Começa agora esse fandango
E vai até o dia clarear
O mestre-sala prende-lhe o grito
Ã? proibido de dar carão
Eu quero ver peão e prenda
Saracoteando nesse galpão
De todo lado, gente chegando
E vão dançando com galhardia
Quem não tá dentro fica lá fora
Ouvindo o ronco da baixaria
Vamos, moçada, pro abraço
Para dançar um vanerão
Acompanhando o compasso
Do lusco-fusco do lampião
Ã? nesses bailes de campanha
Que o povo vai com alegria
Onde o gaiteiro se assanha
E faz roncar a baixaria
O mestre-sala prende-lhe o grito
Ã? proibido de dar carão
Eu quero ver peão e prenda
Saracoteando nesse galpão
De todo lado, gente chegando
E vão dançando com galhardia
Quem não tá dentro fica lá fora
Ouvindo o ronco da baixaria
Puxa o fole, gaiteiro, manda esse povo pra sala
os monarcas - cheiro de galpão
(Com este tranco dos Monarcas,
vamos levando esse cheiro de galpão
por este Brasil afora)
Esta vaneira tem um cheiro de galpão
Que reacende o meu olfato de guri
É pau-de-fogo da memória dos fogões
Essência bugra que me trouxe até aqui
Essa vaneira tem um cheiro chimarrão
De seiva xucra derramada no braseiro
Quando a fumaça do angico se mistura
Com um odor de figueirilha no palheiro
Esta vaneira tem um quê de quero mais
Que reativa um paladar que já foi meu
Relembra a rapa da panela que furou
E no cantinho da memória se perdeu
Esta vaneira tem sabor de araçá
Jabuticaba, guabiroba, ariticum
Por isso lembro o tempo bueno de piá
Enlambuzado de pitanga e guabiju
Esta vaneira tem um dom de reviver
Fazer as cores que o tempo desbotou
Sentir as formas que o tato esqueceu
E ser de novo o que eu fui e já não sou
Esta vaneira tem um quê de nostalgia
Que traz de volta o romantismo do cantor
Revigorando um coração que endureceu
E não queria mais ouvir falar de amor
Esta vaneira tem um quê de quero mais
Que reativa um paladar que já foi meu
Relembra a rapa da panela que furou
E no cantinho da memória se perdeu
Esta vaneira tem sabor de araçá
Jabuticaba, guabiroba, ariticum
Por isso lembro o tempo bueno de piá
Enlambuzado de pitanga e guabiju
os monarcas - vai que vai
Vanera que me larga pela sala
E essa gaita quase fala
Nesse fole, nesse vai e vem
Vai que vai,
Vem que vem,
Dançando com meu bem
Olha o tipo do gaiteiro
A corcovear
Animando esse entrevero
Sem parar
Nesse toque madrugueiro
Vou dançar
Com a china mais bonita do lugar
Eu te pego não te largo
Eu te largo não te pego
Noite inteira não sossego
Quero só saracotear
Agarrado na cintura
Dessa china que me agrada
Atravesso a madrugada
Até o dia clarear.
os monarcas - vaneira grossa
Essa vanera é antiga
E vem da fronteira
O autor não se sabe
Mas é de primeira
Me toque a vanera grossa
Me apinchou na sala
Num trote de guapo
A gaitita me embala
E não existe mais grossa
Que essa vanera
Na manha do ganso
Vou na polvadeira
Menina dance comigo
Que é do meu agrado
A vanera grossa no jeitão largado
Recordo os tempos passados
Que morei na roça
Vovô já tocava a vanera grossa
Mas hoje os tempos mudaram
Ficou a saudade
Mas trouxe a vanera morar na cidade
Vanera que o povo canta e aprende a dançar
Em qualquer bailanta chegou pra ficar
E no fandango monarca
bailando a contento
Vanera é uma marca que faz casamento.
os monarcas - de tranco e vaneira
Se escuto uma vaneira, dessas fandangueira
De levantar poeira lá no meu rincão
Tranco de acordeona, gaita resmungona
Vai dando alegria pro meu coração
A magia que vem do teclado
Me tira da lida e sou fandangueador
Corcoveando escuto um floreio
Campiando um rodeio na estância do amor
Na vaneira me sinto um gaúcho
Num toque de gaita pachola e campeiro
É 'bueno' o talento do taita
E som que vem da gaita do velho gaiteiro
Se escuto uma vaneira, dessas fandangueira
De levantar poeira lá no meu rincão
Tranco de acordeona, gaita resmungona
Vai dando alegria pro meu coração
Puxa esse folhe gaiteiro
Pra vir um compasso pra gente dançar
Quem passa a semana no arado
Num baile é um pecado não saracotear
Quisera eu fosse um gaiteiro
Tocava vaneira até clarear do dia
E ver se de estância em estância
De gaita nas costas
Me mando "a la cria"
Se escuto uma vaneira, dessas fandangueira
De levantar poeira lá no meu rincão
Tranco de acordeona, gaita resmungona
Vai dando alegria pro meu coração
os monarcas - xote da saudade
O amor é coisa linda e nós devemos cultivar Bis
Este xote da saudade eu e tu vamos dançar Bis
Teu jeitinho encabulado encabula o meu querer Bis
Se no amor tudo é bonito pra que nós os dois sofrer Bis
Tomara que este gaiteiro não pare mais de tocar Bis
Que aí tu fica em meus braços até o dia clarear Bis
Ao ver a barra do dia me escaramuça uma ansiedade Bis
E eu te aperto contra o peito já morrendo de saudade Bis
Uma noite é muito escassa pra dizer tudo o que eu quero Bis
Flor da noite em outro baile com certeza eu te espero Bis
os monarcas - chimarreando só
Como é triste ver agora meu ranchito
Foi tão bonito dava gosto de se olhar
Perdi a graça de cuidar minha morada
Quando a chinoca resolveu me abandonar
(Chimarreando só
Olhar perdido com saudade do meu bem
Chimarreando só
Este amargo é mais amargo que se tem)
Chaleira velha também cheia de saudade
Água na cuia encharca erva de emoção
Porongo morno da cor da pele morena
Daquela china que feriu meu coração
A noite chega e custa vir a madrugada
Lá fora o vento gira em volta do galpão
Amanheceu a erva já esta lavada
Estou solito a beira do fogão
os monarcas - carcando um vanerão
Tascaram um grito vai ter baile na fronteira
Já há vespeiras junto ao rio beirando o rancho
Num bate coxa sempre tá a frota acionada
E eu to na estrada nem que seja de garancho
Um bem pro dito corcoveando um alazão
Um coração que era só teia de aranha
Tava ao seu lado de bandear pro horizonte
Me fui pra fonte e a fim de apalpar a Picanha
Já de vereda fui carcando um vanerão
Só no garrão pra fazer e acontecer
Firmei o pique numa branca de alambique
E já fisguei quem tem garrafa pra vender (2x)
Dancei na lenta pra não espantar o mulherio
Conheço o rio que tem piranha e que da pé
Eu sou do tempo que pé de valsa manhoso
Por ser nervoso não dança de marcha ré
Pra que boi na chuva apertando o barbicacho
Dono do cacho nunca precisei de ajuda
Só no que eu tenho vou costurando o sereno
Pois meu veneno sempre age na madruga
os monarcas - chamarrita galponeira
Vamos dançar a Chamarrita que é dança galponeira
Que nasceu la na Argentina e se bandeou pela fronteira
Prima rica do Bugio no compasso da vaneira
Ã? dança que virou moda da moçada dançadeira
Não tem prenda que resista no compasso desta dança
Seja velho, seja moço Dá-lhe casco que não se cansa
Se o gaiteiro é bom de fole se desdobra e se desmancha
E a gauchada se assanha gritando e pedindo cancha
No balanço desta dança dois por um bem compassado
Não tem par que não se acerte nem prenda sem namorado,
O salão fica pequeno e as chinócas mais bonitas
Abram alas minha gente pra dançar a Chamarrita
os monarcas - de chão batido
Em chucra bailanta de fundo de campo
o fole e o tranco vão acolherados
o índio bombeia pro taco da bota
e o destino galopa num sonho aporreado
polvadeira levanta entre o sarandeio
e é lindo o rodeio de chinas bonitas
quem tem lida dura e a idéia madura
um trago de pura a alma palpita.
Atávico surungo de chão batido
chucrismo curtido na marca do tempo
refaz invernadas de ânsias perdidas
encilha a vida no lombo do vento.
Faz parte do mundo do homem campeiro
Dançar altaneiro no fim de semana
o gaúcho se arrima nos braços da china
que cutuca a sina com um trago de cana
basta estar num fandango do nosso Rio Grande
pra ver que se expande este elo gaúcho
esta pura verdade que não tem idade
Ã? a nossa identidade aguentando o repuxo.
Atávico surungo de chão batido
chucrismo curtido na marca do tempo
refaz invernadas de ânsias perdidas
encilha a vida no lombo do vento.
os monarcas - rancheira puladinha
Vamos dançar essa rancheirinha
Bem puladinha pelo salão
Peão e prenda marcando passo
Bem no compasso do coração
Pula, pula, pula chinoca
Pula, pula, pula peão
Na sala faz um trenzinho
Peão e prenda se dando as mãos
Pra fechar a porteirinha
Batendo forte com o pé no chão
os monarcas - de tanto pelear
Ergue-te Alma Campeira,
Num missal de sentimento,
Dai nos paz, direito à terra,
Donde brota o firmamento.
E abençõe este gaúcho,
Engarupado no vento."
Eu amanheci tampado com,
A bandeira do Rio Grande,
Quebrei a pata do cavalo,
De tanto pelear,
Ergam-se os cavalos,
Que se foram ao léu,
Enrolado na bandeira do
Oh! de casa na porteira,
Pra São Pedro lá no céu.
Ouvi orações, lamentos,
Gritos de viero e bamo,
Vela acesa e o céu se abrindo,
de tanto pelear.
Ergam-se os cavalos,
Que se foram ao léu,
Enrolado na bandeira do
Oh! de casa na porteira,
Pra São Pedro lá no céu.
E ainda vejo cá de cima,
A fronteira tão amada,
E o meu povo que não cansa,
De tento pelear.
Ergam-se os cavalos,
Que se foram ao léu,
Enrolado na bandeira do
Oh! de casa na porteira,
Pra São Pedro lá no céu
os monarcas - bugio do fole solto
Essa cordeona dengosa
Me chama pro sarandeio
Onde a china Florisbela
Se debruça nos meneios
Brilhantina com extrato
Se espalham pelo ar
Num rancho de chão batido
Salpicado de luar
Retalhando a tabatinga
Sarandeio a noite inteira
Escondendo a Florisbela
No meio da polvadeira
Vai na chama do lampião
No fole que vai e vem
Com a china Florisbela
Sacudindo o recavém
No bugio de fole solto
Dou-lhe pata e peço cancha
Gastando o taco sa bota
Nos braços dessa pingüancha
Retalhando a tabatinga
Sarandeio a noite inteira
Escondendo a Florisbela
No meio da polvadeira
Retalhando a tabatinga
Nos braços dessa pingüancha
No bugio de fole solto
Dou-lhe pata e peço cancha
os monarcas - sonhando na vaneira
Hoje é dia de surungo lá no rancho da tia Nena
Já passei água de cheiro e glostora nas melenas
Chego a trote bem garboso arrastando minhas esporas
No corcovear da vaneira vou bailar a noite inteira
Até o romper da aurora
(Quando eu entro num surungo minh'alma fica serena
Me sinto dono do mundo bailando com esta morena
Me sinto dono do mundo bailando com esta morena)
Morena minha morena dos lábios cor de pitanga
Ai não tem mamãe não deixa ai não tem papai se zanga
Sou vivente da campanha meu mundo não tem assombro
Embora o teu pai não queira no embalo da vaneira
Tu vai sonhar no meu ombro
Gaiteiro velho gaiteiro não deixa a gaita parar
Que a morena no meu ombro já começou a sonhar
Quando a coisa fica loa a noite morre pequena
Juro por toda a minha gente nunca vi poncho mais quente
Que os braços desta morena
O galo cantou mais cedo calou-se a gaita manheira
Acabou-se o mundo bonito sonhado nesta vaneira
Tá na hora vamo embora grita tia lê lá na sala
Saio arrastando a chilena e o perfume da morena
Levo nas franjas do pala
os monarcas - apostando na vaneira
Rio Grande, minha querência estou levantando trincheira
Moendo que nem tafona peneirando na joeira
Nos palcos do nativismo não pode faltar vaneira
Quem entrar de trote lento vai se perder na poeira
Nos palcos do nativismo não pode faltar vaneira
O cantor dos mais gaúchos os gaiteiros de primeira
Hoje se acaba o marasmo da gauchada campeira
Na garganta dos Monarcas está chegando a vaneira
Enquato o Brasil avança criando jeito e maneira
A nossa pampa descansa sem passar pela fronteira
Um dia a música xucra vai "rebentar" a porteira
E o Brasil vai cantar junto e dançar nossa vaneira
Um dia a músoca xucra vai "rebentar" a porteira
O cantor dos mais gaúchos os gaiteiros de primeira...
Faz tempo que os lá de cima estão nos batendo a carteira
Comendo o mingau inteiro e nós lambendo nas beira
Tomara que quem decide jogue pra longe a viseira
Vamos virar esse jogo apostando na vaneira
Vamos virar esse jogo apostando na vaneira
Cds os monarcas á Venda