MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
mv bill - o bagulho é doido
Sem cortes
Liga a filmadora e desliga o olofote
Se quer me ouvir, permaneça no lugar
Verdades e mentiras, tenho muitas pra contar
Doideira
Fogueira à cada noite pra aquecer
O escuro da madruga que envolve o meu viver
Não sou você...
Também não sei se gostaria ser
Ficar trepado no muro
Se escondendo do furo
Não me falta orgulho
Papo de futuro
É nós
Que domina a cena
Bagulho de cinema
A feira tá montada, pode vir comprar
Eu vendo uma tragédia
Cobro dos comédias
16 é a média
Deus tá vendo, eu acredito
Sou detrito
Que tira o sono do doutor
Seria o Jason, se fosse um filme de terror
Desembassa
Saia na fumaça
O bonde tá pesado e você tá achando graça
Tipo peste
Tá no sudeste, tá no nordeste, no centro-oeste
Teu pai te dá dinheiro
Você vem e investe
No futuro da nação
Compra pó na minha mão
Depois me xinga na televisão
Na seqüencia vai pra passeata levantar cartaz
Chorando e com as mãos sinalizando o símbolo da paz
O bagulho é doido
Não tenta levar uma
Não vem pagar de pa, se não for porra nenhuma
Deus ajuda
Que eu fique de pé no sol e na chuva
A pista tá uma uva
Pretendo ser feliz
Com um rádio transmissor
E uma glock numa honda biz
Um trago no cigarro
Um gole na cerveja
E sou destaque no outdoor que anuncia a revista 'VEJA!'
"Se eu morrer.. nasci outro que nem eu ou pior, ou melhor..."
"Se eu morrer eu vou descansar.."
"Ah, sonhar! Nessa vida não dá pra sonhar não..."
"Amanhã não sei nem se eu vou tá aí"
Deixa de irônia
Que contradição
O rico me odeia e financia minha munição
Que faz faculdade
Trabalha no escritório
Me olha como se eu fosse um rato de laboratório
Vem de sheroki*
Vem de kawazaki
Deslumbrado com a favela
Como se estivesse vendo um parque
De diversões
Se junta com os vilões
Se sente por um instante
Ali Cuzão e os 40 ladrões
Se os homi chegasse
E nós dois rodasse
Somente o dinheiro iria fazer com que eu não assinasse
Pra você?
Tá tranqüilo
Nem preocupa
Sabe que vai recair
Sobre mim a culpa
Me levam pra cadeia
Me transformam em detento
Você vai para uma clínica tomar medicamento
Imagine vocês
Se eu fizesse as leis
O jogo era invertido
Você que era o bandido
Seria o viciado, aliciador de menor
Meu sonho se desfaz igual o vento leva o pó
Big Brother
Da vida de ilusão
Não se ama
Se odeia
Se precisar, mandamos pro paredão
Com bala na agulha
Cada um na sua
O meu dinheiro vem da rua
Um bom soldado nunca recua
A droga que você usa é batizada com sangue
É mais financiamento
Mais armas
Bang-bang
Corre igual um porco
Para não ficar 'sós'
Fica todo arrepiado quando ouve alguém falar que É NÓS
"É muito esculacho nessa vida..."
----> REFRÃO:
Já vou ficar no lucro se passar de 18
Depois que escurece o bagulho é doido
O mesmo dinheiro que salva também mata
Jovem com ódio na cara
Terror que fica na esquina
Esperando você chegar
Se passa de 18
Depois que escurece o bagulho é doido
O mesmo dinheiro que salva também mata
Já vem com um monte na cara
Terror que fica na esquina
Esperando você...
----
Aos 47 você vem falar de paz
Tem um maluco que falava disso hà 15 anos atrás
A bola do mundo me deixou na mira dos policiais
Sou notícia sem ibope na maior parte dos jornais
Quem sou eu
Eu não sei
Já morri
Já matei
Várias vezes eu rodei
Tive chance e escapei
E o que vem?
Eu não sei
Talvez, ninguém saiba
Eu penso no amanhã e sinto muita raiva
RELAXA..
Não tenta levar uma
Se não vou ter que dar baixa
É o certo pelo certo
O errado não se encaixa
Não usa faixa
Idade certa
Cidade Alerta
O alvo certo, a isca predileta
Tipo atleta
Correndo pela esquina
Assuta o senhor
Mas, impressiona a mina
Se liga
Que legal
Meu território é demarcado
Eu não atravesso a rua principal
Bacana sem moral
Liga pro jornal e fala mal
Viu a foto do filhinho na página principal
Não
Como vitima
Como marginal
Fornecia pros playboys e vendia Parafal
Mesmo assim eu continuo sendo o foco da história
Momentos de lazer eu carrego na memória
Se a chapa esquentar
O fogos não estourar
Depois que amenizar
Alguém vem pra me cobrar
Você sabe o que isso representa
Seu vicio é que me mata
Seu vicio me sustenta
Antes de abrir a boca pra falar demais
Não esqueça
Meu mundo você é quem faz..
"Tenho uma irmã de 5 anos.. de 6 anos.. fico pensando se eu morrer assim, mané.. minha irmãzinha vai ficar como... triste!"
----> REFRÃO:
Já vou ficar no lucro se passar de 18
Depois que escurece o bagulho é doido
O mesmo dinheiro que salva também mata
Jovem com ódio na cara
Terror que fica na esquina
Esperando você chegar
Se passa de 18
Depois que escurece o bagulho é doido
O mesmo dinheiro que salva também mata
Jovem com ódio na cara
Terror que fica na esquina
Esperando você...
mv bill - soldado do morro
Minha condição é sinistra não posso dar rolé
Não posso ficar de bobeira na pista
Na vida que eu levo eu não posso brincar
Eu carrego uma nove e uma hk
Pra minha segurança e tranqüilidade do morro
Se pa se pam eu sou mais um soldado morto
Vinte e quatro horas de tensão
Ligado na policia bolado com os alemão
Disposição cem por cento até o osso
Tem mais um pente lotado no meu bolso
Qualquer roupa agora eu posso comprar
Tem um monte de cachorra querendo me dar
De olho grande no dinheiro esquecem do perigo
A moda por aqui é ser mulher de bandido
Sem sucesso mantendo o olho aberto
Quebraram mais um otário querendo ser esperto
Essa porra me persegue até o fim
Nesse momento minha coroa ta orando por mim
É assim demorou já é
Roubaram minha alma mas não levaram minha fé
Não consigo me olhar no espelho
Sou combatente coração vermelho
Minha mina de fé ta em casa com o meu menor
Agora posso dar do bom e melhor
Varias vezes me senti menos homem
Desempregado meu moleque com fome
É muito fácil vir aqui me criticar
A sociedade me criou agora manda me matar
Me condenar e morrer na prisão
Virar noticia de televisão
Seria diferente se eu fosse mauricinho
Criado a sustagem e leite ninho
Colégio particular depois faculdade
Não, não é essa minha realidade
Sou caboquinho comum com sangue no olho
Com ódio na veia soldado do morro
Feio e esperto com uma cara de mal
A sociedade me criou mais um marginal
Eu tenho uma nove e uma hk
Com ódio na veia pronto para atirar(2x)
Um pelo poder dois pela grana
Tem muito cara que entrou pela fama
Plantou na boca tendo outra opção
Não durou quase nada amanheceu no valão
Porque o papo não faz curva aqui o papo é reto
Ouvi isso de um bandido mais velho
Plantado aqui eu não tenho irmão
Só o cospe chumbo que ta na minha mão
Como pássaro que defende seu ninho
Arrebento o primeiro que cruzar meu caminho
Fora da lei chamado de elemento
Agora o crime que dá o meu sustento
JÁ pedi esmola JÁ me humilhei
Fui pisoteado só eu sei que eu passei
Eu to ligado não vai justificar
Meu tempo é pequeno não sei o quanto vai durar
É pior do que pedir favor
Arruma um emprego tenho um filho pequeno, seu doutor
Fila grande eu e mais trezentos
Depois de muito tempo sem vaga no momento
A mesma história todo dia é foda
É issu tudo que gera revolta
Me deixou desnorteado mais um maluco armado
Tô ligado bolado quem é o culpado?
Que fabrica a guerra e nunca morre por ela
Distribui a droga que destrói a favela
Fazendo dinheiro com a nossa realidade
Me deixaram entre o crime e a necessidade
Feio e esperto com uma cara de mal
A sociedade me criou mas um marginal
Eu tenho uma nove e uma hk
Com ódio na veia pronto para atirar(2x)
A violência da favela começou a descer pro asfalto
Homicídio seqüestro assalto
Quem deveria dar a proteção
Invade a favela de fuzil na mão
Eu sei que o mundo que eu vivo é errado
Mas quando eu precisei ninguém tava do meu lado
Errado por errado quem nunca errou?
Aquele que pede voto também JÁ matou
Me colocou no lado podre da sociedade
Com muita droga muita arma muita maldade
Vida do crime é suicídio lento
Bangu 1 2 3 meus amigos lá dentro
Eu tô ligado qual é.. sei qual é o final
Um saldo negativo.. menos um marginal
Pra sociedade contar um a menos na lista
E engordar a triste estatística
De jovens como eu que desconhessem o medo
Seduzidos pelo crime desde muito cedo
Mesmo sabendo que não há futuro
Eu não queria ta nesse bagulho
JÁ to no prejuízo um tiro na barriga
Na próxima batida quem sabe levam minha vida
Eu vou deixar meu moleque sozinho
Com tendência a trilhar meu caminho
Se eu cair só minha mãe vai chorar
Na fila tem um monte querendo entrar no meu lugar
Não sei se é pior virar bandido
Ou se matar por um salário mínimo
Eu no crime ironia do destino
Minha mãe tá preocupada seu filho está perdido
Enquanto não chegar a hora da partida
A gente se cruza nas favelas da vida
Feio e esperto com uma cara de mal
A sociedade me criou mas um marginal
Eu tenho uma nove e uma hk
Com ódio na veia pronto para atirar
Feio e esperto com uma cara de mal
A sociedade me criou mas um marginal
Eu tenho uma nove e uma hk
Com ódio na veia pronto para atirar
Feio e esperto com uma cara de mal
A sociedade me criou mais um marginal
Eu tenho uma nove e uma hk
Com ódio na veia pronto para atirar(3x)
mv bill - falcão
Mv Bill e Kamilla
Compositor: Mv Bill
Falcão
Refrão:
Jovem, preto, novo, pequeno.
Falcão fica na laje de plantão no sereno.
Drogas, armas, sem futuro.
Moleque cheio de ódio invisível no escuro, puro.
É fácil vir aqui me mandar matar, difícil é dar uma chance a vida.
Não vai ser a solução mandar blindar.
O menino foi pra vida bandida.
Desentoca, sai da toca, joga a fera.
O choro é de raiva, de menor não espera, a laje é o posto, imagem do desgosto, tarja preta na cara para não mostrar o rosto.
Vai, isqueiro e foguete no punho.
Quem vai passar a limpo a sua vida em rascunho .
Cume envenenado pra poder passar a hora.
Vive o agora, o futuro ignora.
O amargo do sangue, tá na boca.
Vivendo o dia-a-dia, descobre que sua esperança é pouca.
moleque vende, garoto compra, pirralho atira, menino tomba.
Mete Bronca, entra no caô pra ganhar.
joga no ataque, se defende com AK.
Pupila dilatada, dedo amarelo, jovem guerrilheiro no seu mundo paralelo, bate o martelo.
acabou de condenar, julgamento sem defesa, quem é réu vai chorar, vai babar .
Por que o coração não bate mais, agora quer correr a frente, não correr atrás.
Idade de Criança, responsa de adulto, mente criminosa enquanto a alma veste o luto, puto.
Por dentro, faz o movimento, raciocínio lento e o extinto sempre atento.
Não perde tempo, vem fácil, morre cedo, descontrolado , intitulado a voz do medo, vitima do gueto, universo preto.
Vida é o preço e pela vida largo o dedo.
Refrão:
Jovem, preto, novo, pequeno.
Falcão fica na laje de plantão no sereno.
Drogas, armas, sem futuro.
Moleque cheio de ódio invisível no escuro, mudo.
É fácil vir aqui me mandar matar, difícil é dar uma chance a vida.
Não vai ser a solução mandar blindar.
O menino foi pra vida bandida.
Falcão não dorme, olho aberto.
Guerreado com errado e fechado com quem ele acha que é o certo.
Boladão, menor revoltado, apanha calado, pra não cair como safado.
Cabelo Dourado, pele queimada que se acha BamBamBam.
Quando tá de frente pro bicho, atá se caga, junte mágoa, arma, ambição.
Guerreiro juvenil é o resultado da combinação.
Irmão de quem? Filho de ninguém, medo do além, olha o sacode bem, bem.
Dito e feito, grudado no asfalto tá o respeito.
O vagabundo engole seco, pra não dar dois papos, tu tá ligado e eu também.
Vagabundo é mais ou menos não diz amém.
Nem poder paralelo, nem poder constituído, pobre reunido é quadrilha de bandido.
Sim, faz sentido o ambiente marginal, as cores da sua roupa equivalem a um funeral.
Sujou, lombou, sangue ferve, quem faz a segurança do asfalto, ele chama de verme, paquiderme a doença tá na pele, o olho avermelhado anuncia que ele tá na febre.
Parafal no último modelo, o sonho de criança cresceu e virou pesadelo.
Se é meio termo, dormindo com o inimigo, escravo do perigo, traição de camarada, fez feio no desenrolado, rachou a cara.
Menos um no caminho, um a mais na patrulha da cidade.
Necessidade, excesso de vontade, neurótico, flexível quando tem que ser, o que vale é o proceder, sem caozada pra não ficar fudido.
De menor, 15 anos, ferramentas e o olhar de bandido.
Refrão:
Jovem, preto, novo, pequeno.
Falcão fica na laje de plantão no sereno.
Drogas, armas, sem futuro.
Moleque cheio de ódio invisível no escuro mudo.
É fácil vir aqui me mandar matar, difícil é dar uma chance a vida.
Não vai ser a solução mandar blindar.
O menino foi pra vida bandida.
mv bill - 3 da madruga
Três da madruga, insônia não ajuda
Saio sobre os olhos da vizinha pescoçuda
Tô na rua, sozinho no volante, o meu semblante
Tá sinistro bem melhor do que antes
Solto a embreagem vou que vou tô na estrada
Peço proteção pra me livrar de quem me roga praga
Deus que sabe o quanto vale a minha alma
Eu jogo a seta meto a quarta aumento o som e mantenho a calma
No role de migue sem destino
O vento vem na cara enquanto a cabeça vai refletindo
Vou seguindo, ouvindo meu hino
De guerra com olho grande tipo flamenguista e vascaíno
Tô na paz, com a mente sem maldade
Vou subi á colina que tem baile rolando até mais tarde
Corto a cidade a procura de uma cura
Que anule do meu coco a minha noite que não esta escura
Sinal fechado, um carro para ao lado
Um golf rebaixado, com para-brisas estourados
Uns quatros caras ou mais
Sem ter cara de paz
Olhos vermelho me olhavam e olhavam pra trás
Me liguei, mais não me intimidei
O piloto fez sinal de tá tranqüilo então me adiantei
Ficou pra tráz, ( foi ) virou passado
Eu acelero passo a quinta que por Deus estou sendo guiado
Rua escura com pouca iluminação
Vejo um comboio vindo em minha direção
Se lombra vou perder, correr pra onde
Foi se aproximando eu descobrir que era o bonde
Com bicos para o alto, tomando o asfalto
Será que é cobrança, seqüestro, assalto
Sei la não me interessa, eu também tenho pressa
Dei um toque no farol, atravesso e continuo a fuga
Seja protegida iluminada, madruga
O telefone toca, sera que e alguém que aluga
Só vou saber se atender
Seja quem for so não tire o meu lazer ( alô )
- Sou eu que tô ligando, so pra te dar um papo
Que o baile você tá indo hoje esta lombrado,
O morro esta tomado melhor você voltar
Que tá rolando uma festinha na pracinha do lado de cá
- Tá você e quem?
- Tô eu e aquela mina que eu tinha te tocado que ia botar na sua fila
Pode vir no sapato não precisa correr
Que o caô aqui na praça vai rolar até o amanhecer
Vou te aguarda, tô bebendo uma gelada
Só vou voltar pra casa, depois da madrugada
- Já é! vou desligar que tem uma blitz na minha frente
Vou tirar o meu boné e fazer cara de inocente
Acendo a luz do salão é dura da pm
Não devo nada mais não sei porque minha perna treme
Abaixo o farol, viaturas eu cruzo
Documento tá no bolso abaixo o som, reduzo
Fico escaldado sim, tenho a sensação do fim
Só que desta vez foi diferente nem olharam pra mim
Me benzi, sorri, passei batido eu boto fogo no asfalto,
Meu role ainda não esta perdido
Troco o cd, dou um grau no volume
Jogo o cotovelo para fora como de costume
No viaduto, caminho vou cortando,
O céu tá clareando, o dia vem raiando
O galo tá cantando, da pracinha vou me aproximando,
Pessoas vão saindo enquanto eu vou chegando
Os raios do sol atrapalham minha visão
Mas vejo que a praça esta vazia so tem garrafas no chão
Cheguei agora todo mundo indo embora
Viajei no caminho que até me esqueci da hora
Vou meter o pé abandonar o recinto,
Também que horas são hein?
- Sete e quarenta e cinco .
mv bill - soldado morto
Aqui estou eu jogado no chão
A nova atração que atrai a multidão
O chão tá quente queimando meu peito
Alguém passa a mão na minha cabeça do lado direito
Enxuga a lágrima que corre no meu rosto
Caí de olho aberto, vendo tudo fosco
Alguém comenta que olho aberto é vingança
Aqui eu era um sábio na terra da ignorância
Ouço gritos, carros, buzina
Vieram ver o bucha deitado aqui na esquina
Decepção pro meu pivete
Ver seu pai morrer aos 17
Muita adrenalina em nome de nada
Meu sangue tá no chão por causa de prosa errada
A minha marra foi lavada de vermelho
O matador não percebe que atirou no próprio espelho
É só pra isso que a gente tem valor
Achar que matou o cara certo que é da sua cor
Guerrilha burra, ignorância cometida
Por causa de inveja, drogas ou intriga
Quando parecer que a comunidade vai ficar tranqüila
Alguém compra meu barulho e invade com outra quadrilha
Mais uma mãe que chora
Mais um filho que vai
Mais um g3 que canta
Mais um amigo que trai
Eu só queria viver
Eu só queria sonhar
Condicionado a trair e a decepcionar
Conheço essa mão alisando meu queixo
É da minha velha que não agüenta e me dá um beijo
Mexe a cabeça de forma negativa
Parece não acreditar que tiraram minha vida
Segura minha mão e olha pro alto
Enquanto o meu sangue se mistura com o asfalto
Várias mulheres com o choro recolhido
Minha mina descobre que não era a única a dormir comigo
Pra alguns alívio
Pra outros, tristeza
Não é o fim da guerra, essa é a única certeza
Ritmo febrozo
A paz não existe
Mas um doido cai, outra família triste
É assim, guerra sem fim
Se arrepender tarde demais como tá sendo pra mim
Sem os amigos
Sem a família
Homem não chora, grande mentira
Minha disposição no meu mundo surreal
Não foi suficiente pra eu virar capa de jornal
E nem destaque no jornal nacional
Muito mau, marginal, coisa e tal, problema social
Pra destruição o cenário perfeito
Drogas, armas na mira de um jovem preto
Sem respeito, sem dinheiro, sem cyclone
Sem nike, sem vida, sem fé, sem nome
Nota 10 pra falta de atitude
Nota 0 pro futuro da juventude
Não tava pronto pra morrer, mas pronto pra matar
Há muito tempo eu não fazia minha mãe chorar
Eu só queria viver
Eu só queria sonhar
Depois que o bonde acelera é difícil frear
Um sorriso entristeceu, um coração não bateu
E o pior é saber que o culpado disso tudo sou eu
Queria o certo no lugar do errado
Observando a minha vida descer pelo ralo
As coisas que eu via acontecendo com alguém
Agora eu percebo que acontece comigo também
A vida passa pela cabeça como se fosse um filme
Nesse momento é notável que eu não era firme
Cadê a sorte, na garagem um scort
Vagabundo dá o bote
De chinelo, sem camisa e short
Desamor, dinheiro, notório
Mulher gostosa e um reinado ilusório
762 na quadrilha daqui, m16 na quadrilha de lá
Moleque bom ambicioso que nem eu
Coincidência é o desejo e a obrigação de matar
Fato estarrecedor
Os inimigos são pobres e da mesma cor (vai vendo)
Enquanto a nossa carne é sublinhada por terra
Alguém mais poderoso se diverte com a nossa guerra
De cada dia, que assusta a tia
Sem pó de antrax e investigação da cia.
Quem é esse louco com essa arma na mão
Que tem como inimigo um cara que parece seu irmão
De olho grande, traidor atrás de fama
Camuflado como amigo, me tratando na escama
Historia conhecida, final sem graça
Destaque na praça, caroçada na carcaça
Não, pra mim não tem mais solução
Nunca senti o chão tão perto do meu coração
Meu deus, quanta gente em volta do meu corpo
Vieram ver o soldado que foi morto
Um lençol azul vai tirando minha visão
Sinto minha coroa ir largando minha mão
Não sabia que eu era tão querido assim
A ponto de fazer várias pessoas chorarem por mim
O fim, já chegou e eu nem me liguei
Se fazia diferença
Mas agora eu sei
Só não tenho condições de mudar
Há muito tempo eu não fazia minha mãe chorar.
Eu só queria viver
Eu só queria sonhar
A sedução me levou e me fez naufragar
mv bill - traficando informação
Seja bem-vindo ao meu mundo sinistro, saiba como entrar
Droga, polícia, revólver não pode saiba como evitar
Se não acredita no que eu falo
Então vem aqui pra ver a morte de pertinho para conferir
Vai ver que a justiça aqui é feita à bala
A sua vida na favela não vale de nada
Até os caras da praça, jogando uma pelada
Discussão, soco na cara, começa a porrada
Mente criativa pronta para o mal
Aqui tem gente que morre até por um real
E quando a polícia chega, todo mundo fica com medo
A descrição do marginal é favelado, pobre, preto!
Na favela, corte de negão é careca
É confundido com traficante, ladrão de bicicleta
Está faltando criança dentro da escola,
Estão na vida do crime, o caderno é uma pistola
Garota de 12 anos esperando a dona cegonha
Moleque de 9 anos experimentando maconha.
Bala perdida, falta de emprego, moradia precária
Barulho de tiro na noite
É outra quadrilha querendo invadir minha área
Na minha casa, na madrugada, todo mundo deitado no chão
Com medo da bala perdida, que não tem nome nem direção
Pow Pow, um corpo no chão, Pow Pow, de um vacilão
Um otário que agora é finado porque se achava o malandrão
Amanheceu todo furado, do lado da lojinha
Era um otário se achando malandro
igual ao pai da minha sobrinha
Fez filho na minha irmã, não assumiu, sumiu
Pai, padrinho e tio da minha sobrinha sou eu, MV Bill
Encontrei minha salvação na cultura Hip-Hop
Tem outros que entraram na vida do crime querendo ganhar Ibope
Se você tiver coragem vem aqui pra ver
A sociedade dando as costas para a CDD
Refrão:
Traficando Informação (Diariamente conviver com esta situação)
Traficando Informação (Diariamente conviver com esta situação)
Traficando Informação (Diariamente conviver com esta situação)
Traficando Informação (Diariamente conviver com esta situação)
Eu não quero ver minha coroa cheia de preocupação
Com medo que eu seja preso confundido com ladrão
O sistema de racismo é muito eficaz
Pra eles um preto à menos é melhor que um preto à mais
CDD, Zona Oeste, Jacarepaguá, aqui o gatilho fala mais alto, pá pá pá
Os heróis da playboyzada vivem na televisão
Os heróis da molecada, aqui tão de fuzil na mão
Cocaína, maconha, revólver, cachaça
A última opção, tá na birosca, é liberada
Quase de graça, é álcool, e mata
Me lembro agora, de um cara perdido, no mundo da garrafa
Chegava bêbado em casa, querendo quebrar tudo
Porque bebeu a cachaça, a garrafa e também seu futuro
Bebe pra vacilar,por isso que eu te digo
Seu otário, se não sabe beber, bebe mijo
MV Bill, mensageiro da verdade
MV Bill, falando pela comunidade
Se tiver coragem vem aqui pra ver
A sociedade dando as costas para a CDD...
Refrão:
Traficando Informação (Diariamente conviver com esta situação)
Traficando Informação (Diariamente conviver com esta situação)
Traficando Informação (Diariamente conviver com esta situação)
Traficando Informação (Diariamente conviver com esta situação)
Preto, pobre, favela
Coroa chorando, corpo coberto, sangue no chão, ao lado uma vela
Acerto de contas, cheirou e não pagou
Os cara chegaram e cobraram com tiro na cara
O sofrimento fica pra coroa
Que sempre rezava querendo ver seu filho numa boa
Morreu por causa de pó, vê se pode
Estava bebendo uma cerva, dentro do pagode
Isso acontece porque aqui ninguém ajuda ninguém
Um preto não quer, ver o outro preto bem
Isso é verdade, não é K.O., acredite
Você tem que tomar cuidado com os convites
Convite para cheirar, convite para fumar, convite para roubar
Aqui ninguém te convida para trabalhar
Meu raciocínio é raro pra quem é carente
MV Bill, sobrevivente
Da guerra interna, dentro da favela
Só morre preto e branco pobre, que faz parte dela
O sistema faz o povo lutar contra o povo
Mas na verdade o nosso inimigo é outro
O inimigo usa terno e gravata
Mas ao contrário a gente aqui é que se mata
Através do álcool,através da droga
Destruição na boca de fumo, destruição na birosca
Fazendo justamente o que o sistema quer, saindo para roubar
Para botar um Nike no pé!
Armadilha pra pegar negão, se liga na fita
MV Bill traficando informação
Refrão:
Traficando Informação (Diariamente conviver com esta situação)
Traficando Informação (Diariamente conviver com esta situação)
Traficando Informação (Diariamente conviver com esta situação)
Traficando Informação (Diariamente conviver com esta situação
mv bill - a voz do excluido
MV Bill tá em casa
Pode acreditar
Terrorismo: A voz do excluído tá no ar
Mais um guerreiro do Rio de Janeiro
Buscando alternativa pra sair do coma brasileiro
Considerado louco por ser realista, maluco e não me iludo com vidinha de artista
Guiado por Jesus, tenho minha missão
Guerreiro do inferno, traficante de informação
Chapa quente, favelado é o nome
Falo pelo menor que nunca teve danone como você
Sei que é dificil de entender
Você nunca sofreu como eu lá na CDD
Não acredito que o povo é contente
Quem ri da própria miséria não é feliz, está doente
Que não sente que esta sendo massacrado, drogado, vem sendo embriagado
Não represento o Hip Hop, só falo pelo pobre, que sempre se fode, guiado pelo IBOPE
Televisão, ilusão tudo igual
Faz você gastar o seu dinheiro no carnaval
Faz o meu povo ser ridicularizado, inferiorizado, engraçado, hostilizado
Tá tudo errado o orgulho foi roubado
As marcas de um passado que não foi cicatrizado
O que você vai fazer agora
Pra mudar a regra
O que você vai fazer agora
Pra mudar a real
Nascido e criado na CDD
Nascido preto e perseguido até morrer
Me ver na prisão é o desejo da madame
Mas eu não tenho AP de 1 milhão em Miami
Comprado e mobiliado com dinheiro do povo
Eu olho pra TV e me sinto mais um bobo
Contaminado e dominado pelo medo
Aqui cadeia é pra puta, pobre e preto
Sujeito homem, não sou homem sujeitado
Nem sou condicionado a ser manipulado por ninguem
Minha atitude vai alem
Falo por milhões, compreendido por menos de 100
Da CDD a baixada fluminense, se gerou conflito meu amigo então pare e pense
FHC não da nada pra favela
Só da carnaval, miséria, policia e novela
Que coisa linda, cheia de graça
Familia disputando seu almoço na praça
FMI vai achar sensacional
Quem gosta de miséria é intelectual
M V B I L L, preto na mente, na roupa e na pele
Cidade Negra, CDD tá no ar na hora de comprar a chapa pode esquentar
O que você vai fazer agora
Pra mudar a regra
O que você vai fazer agora
Pra mudar a real
O que você vai fazer agora
Pra mudar a regra
O que você vai fazer agora
Pra mudar a real
mv bill - estilo vagabundo
[Briga entre Mina do Bill - (MV Bill)]
Te aguardando cansada, em pé
a esse tempo todo (você não vai nem me ouvir?)
que vagabunda que você tava agora
a preta a branca a loira, qual foi ?
Qual delas que você tava agora?
Você gosta de tirar onda com a minha cara irmão
Você gosta quando eu to bonitinha né?
essa parada tu gosta
mais na hora de me dar uma atenção não me dá não
(tu não ajuda mermo em)
você é um filha da p**a mermo (tu não ajuda mermo em)
E "ih mermo" é o cara**o (merma coisa)
to cansada, é a merma coisa todo dia
(todo dia merma novela)
vai ser todo dia até você se cansa de mim
porquê você agora vai ser corno
você vai se corno
pra tu larga de ser comédia (posso te da um papo?)
Me da papo? quem tem papo é galinha
to cansada de ouvir teus papo já
vários anos irmão
tira a mão de mim o seu filha da p**a
tira a mão de mim
nem chega perto
se você chega perto de mim eu vo te agredi parceiro
cabô, cansei, não te quero mais o seu comédia
vai se f**e
da atenção ao teus amigo
aquele bando de otário lá que anda contigo
bando de vacilão
que só sabe te encharcar
na hora de tu me dá uma condição tu não me dá não
da condição pros otário que anda contigo
que isso
não sou uma mina feia, sou uma mina que pô
te dou uma moral parcero, comédia
cuzudo, seu pela saco, você é um otário
dá moral pras mamada mermo que anda contigo mermo
seu safado (vo deixa ela falando sozinha)
vai, falando sozinha mermo
porque tu não tem disposição pra me ouvi
né otário
[MV Bill]
Eu só quero saber porque você ta gritando
chamando atenção de quem passa, me envergonhando
mulher que não respeita, meu coração não aceita
eu tento te agradar e você sempre faz desfeita
pra ver se tu indireita, vou te deixar no sereno
agora vai ter que provar do seu próprio veneno
teu mundo é pequeno, pra tá dando show de graça
me xinga agora, tempos não me abraça
[Mina do Bill - (MV Bill)]
Quem é você pra falar de respeito
se a responsa do bagulho fica toda no meu peito?
pra mim tu não tem jeito, você não me merece
me abandona e depois não quer que eu cobre (Sem stress)
eu não consigo, você com a sua marrinha de bandido
arruma tempo pra tudo menos para ficar comigo
não ligo, sua hora vai chegar
depois que abandonar, não vem me procurar (Eu não)
Você não passa de um vacilão (Quem?)
eu não sou palhaça de ninguém (Nem eu)
[MV Bill]
Se for guerra, você perdeu
ta afim de acreditar nos outros, problema seu
suas amigas que ficam me queimando na sua mente
ficam cheia de foguinho quando você ta ausente
[Mina do Bill]
Não queira ser inocente
você não é criança
se elas tão com intimidade
é que você deu confiança
não sou mina do tipo que gosta quando apanha
se eu der bola na suas costas
vou passar como piranha
[MV Bill]
Lá vem você de novo com esse assunto
se isola e não se esforça
pra tentar entender meu mundo, estilo vagabundo
você sempre me sufoca,
transforma em confusão o que começa em fofoca
e não se toca que a fila tá andando
e eu sem paciência pra ouvi você falando
[Mina do Bill]
O papo foi dado, você ignorou
pra mim acabou
cansei de ficar batendo palma pro teu show
dei chance de você mudar, e agora é tarde
não vou ficar com um cara que me trate
como um covarde, sinico, sonso
pensou que eu não sabia
que o pouco tempo que sobra tu vai pra academia
só quer saber de malhação e fumo todo dia
você na cachorrada enquanto em casa eu dormia
[MV Bill - (Mina do Bill)]
Você que me vigia já me conheceu assim
não tá mais aguentando não vem por a culpa em mim
(Como assim?)
dizendo que somente eu errei
amizade com piranha não da certo eu te avisei
ficam de leva e traz (eu só quero paz)
então agora vai embora mete o pé e não me ligue mais
escândalo de mulher, eu já sei como é que é
fala xinga chora e continua no meu pé
toda mina que você bota para me escoltar
tu vai embora o papo muda e ela fala que quer me dar
[Mina do Bill - (MV Bill)]
Vou te esculachar, seu traíra
não vem me diflamar, me arrasar com mentira
tu tá muito confiante
me tratando tipo Amélia (que isso)
cansei de ser boba e me vestir tipo uma velha (Aii)
Pode ter várias mais sou eu que te aturo
chega em casa estragado e quer dormir
eu tento, procuro
não me da assistência e abre concorrência
sinceramente com você perdi a paciência
(Vai se arrepender)
É sem retorno, se quiser continuar
se prepare pra ser corno
(Ta mostrando quem tu é)
Não, você que é zé mané
sai do meu caminho, vai viver sozinho (JA ÉÉ)
Ninguém te quer, só eu que te aturava
te dava mó moral e você nem se importava
rachou a cara, e terminou de um jeito chato
não tava no roteiro você ter que interpretar o rato
que foi pego no ato, com a calça arriada
quem quer ficar com tudo tem nada
sua conversa ta desafinada
Ficar contigo é furada, tô fora
sai da minha vida, me sacaneou e agora chora
Canalha, que deixou falha (3x)
mv bill - só Deus pode me julgar
Vai ser preciso muito mais pra me fazer recuar
Minha auto-estima não é fácil de abaixar
Olhos abertos fixados no céu
Perguntando a Deus qual será o meu papel.
Fechar a boca e não expor meus pensamentos
Com receio que eles possam causar constrangimentos
Será que é isso? Não cumprir compromisso
Abaixar a cabeça e se manter omisso.
A hipocrisia, a demagogia se entregue à orgia
Sem ideologia, a maioria fala de amor no singular
Se eu falo de amor é de uma forma inocular
Quem não tem amor pelo povo brasileiro
Não me representa aqui nem no estrangeiro
Uma das piores distribuições de renda
Antes de morrer, talvez você entenda
Confesso para ti que é difícil de entender
No país do carnaval o povo nem tem o que comer
Ser artista, Pop Star, pra mim é pouco
Não sou nada disso, sou apenas mais um louco
Clamando por justiça, igualdade racial
Preto, pobre é parecido mas não é igual
É natural o que fazem no senado
Quem engana o povo simplesmente renúncia o cargo
Não é caçado, abre mão do seu mandato
Nas próximas eleições bota a cara como canditado
Povo sem memória, caso esquecido
Não foi assim comigo, fiquei como bandido
Se quiser reclamar de mim, que reclame
Mas fale das novelas e dos filmes do Van Dame
Quem vive no Brasil, no programa do Gugu
Rebolo, vacilou, agachou e mostrou
Volta pra América e avisa pra Madona
Que aqui não tem censura meu pais é uma zona
Não tem dono, não tem dona, nosso povo ta em coma
erga sua cabeça que a verdade vem à tona.
É! Mantenho minha cabeça em pé!
Fale o que quiser, pode vir que já é!
Junto com a ralé Sem dar marcha ré!
Só Deus pode me julgar, por isso eu vou na fé !
Soldado da guerra a favor da justiça
Igualdade por aqui é coisa fictícia
Você ri da minha roupa, ri do meu cabelo
Mas tenta me imitar se olhando no espelho
Preconceito sem conceito que apodrece a nação
Filhos do descaso mesmo pós ? abolição
Mais de 500 anos de angustia e sofrimentos
Me acorrentaram, mas não meus pensamentos
Me fale quem... Quem!?
Tem o poder... Quem!?
Pra condenar... Quem!?
Pra censurar... Alguém!?
Então me diga o que causa mais estragos
100 gramas de maconha ou um maço de cigarros?
O povo rebelado ou polícia na favela?
A música do Bill ou a próxima novela?
Na tela, seqüela, no poder corrupção
Entramos pela porta de serviço
Nossa grana não
Tapão ... só pra quem manda bater
Pisando nos humildes e fazendo nosso ódio crescer (CV)
MST, CUT, UNE, CUFA (PCC)
O mundo se organiza, cada um a sua maneira
Continuam ironizando
Vendo como brincadeira, besteira
Coisa de moleque revoltado
Ninguém mais quer ser boneco
Ninguém mais quer ser controlado
Vigiado, programado, calado, ameaçado
Se for filho de bacana o caso é abafado
A gente é que é caçado, tratados como Réu
As armas que eu uso é microfone, caneta e papel
A socialite assiste a tudo calada
Salve ! Salve ! Salve!
Oh ! pátria amada, mãe gentil
Poderosos do Brasil
Que distribuem para as crianças cocaína e fuzil
Me calar, me censurar porque não pode fala nada
É como se fosse o rabo sujo falando da bunda mal lavada
Sem investimento, no esquecimento, explode o pensamento
Mais um homem violento
Que pega no canhão e age inconseqüente
Eu pego o microfone com discurso contundente
Que te assusta uma atitude brusca
Dignificando e brigando por uma vida justa
Fui transformado no bandido do milênio
O sensacionalismo por aqui merece um premio
Eu tava armado mas não sou da sua laia
Quem é mais bandido? Beira mar ou Sérgio Naya?
Quem será que irá responder
Governador, Senador, Prefeito, Ministro ou você?
Que é caçado e sempre paga o pato
Erga sua cabeça pra não ser decepado
É! Mantenho minha cabeça em pé!
Fale o que quiser pode vir que já é!
Junto com a ralé Sem dar marcha ré !
Só Deus pode me julgar por isso eu vou na fé !
Como pode ser tragédia a morte de um artista
E a morte de milhões, apenas uma estatística ?
Fato realista de dentro do Brasil
Você que chorava lá no gueto ninguém te viu
Sem fantasiar realidade dói
Segregação, menosprezo é o que destrói
A maioria é esquecida no barraco
Que ainda é algemado, extorquido e assassinado
Não é moda quem pensa incomoda
não morre pela droga, não vira massa de manobra
Não idolatro a mauricinho de Tv, não deixa se envolver
Porque tem proceder Pra que? Porque?
Só tem paquita loira, aqui não tem preta como apresentadora
Novela de escravo a emissora gosta mostra os pretos
Chibatadas pelas costas
Faz confusão na cabeça de um moleque que não gosta de escola
E admira uma intra-tek Clik ? clek Mão na cabeça
Quando for roubar dinheiro público
Vê se não se esqueça
que na sua conta tem a honra de um homem envergonhado
Ao ter que ver sua família passando fome
Ordem e progresso e perdão
Na terra onde quem rouba muito não tem punição
É! Mantenho minha cabeça em pé!
Fale o que quiser pode vir que já é!
Junto com a ralé Sem dar marcha ré!
Só Deus pode me julgar por isso eu vou na fé !
mv bill - estilo vagabundo parte II
Kmilla
Eu só quero saber o que vc está esperando, com esse teu papo furado quase me enrrolando, consegue quase sempre o quer, eu tento me livrar e não consigo e fico no seu pé [tú minha mulher] não queria ser, sem querer, desmerecer ..
Mv Bill
Mais se o momento não é de briga então o estresse é pra que ?! [Pra resolver] U quee ?! [o que que vc vai querer] De que ?!
KML
Agora é com você, sou eu ou as mamadas, confesso que me molho com a sua chegada [eu sei], mais também quero ser valorizada, quem sabe ser amada, tratada como donzela, sem ter que dividir você com a rata velha, eu sou mais eu que ela ..
BILL
Eu também prefiro, te quero te admiro a você me refiro quando eu digo que tô carente é só você que me entende, acaba com meu drama e se deita na cama comigo .
KML
Contigo só se for eu mais ninguém, não quero ser galinha no cardapio desse teu arem, quem muito quer nada tem, você tem sorte que eu não consigo me soltar da sua garra, não quer dizer que você pode meter uma marra, quando é que vai parar com a farra ?!
BILL
Dentro do possível, ao meu alcance só quero ter a chance de te levar pra outro lugar e dar um lance ..
KML
Também não é assim meter a mão e ir levando [não?!], primeiro quero saber quem você anda pegando [ahn?!], a sua confiança excessiva me joga pra baixo e mostra que eu ainda to viva, fica com a preta, branca, loira só me procura quando todas te despessam e você vai a loucura, cachorro sem dono [eu confio no meu taco!] é bom! mais num é que você sabe meu ponto fraco, quando fala, quando me toca, quando liga, penso no seu corpo da um frio na barriga, saudades dos abraços que você me dááá [deixa eu te abraçar], não chega perto que eu não aguento falar, você vai ter que me ouvir, que eu sei que na manhã seguinte você vai sumir, é sempre assim !
BILL
Ihh não vou não, to afim de te levar pra suite de patrão pra selar a reconciliação [hmm,não sei não], eu você doze horas de prazer, no motel tipo lua de mel só lazer .
KML
Você vai ter que me convencer, gastar saliva, vou ouvir na moral sem ser agressiva, porém veja bem o que você vai falar, se o papo não for reto a gente vai se estressar ..
BILL
Sem stress nega que eu sei que tu gosta, quando eu passo meu cavanhaque nas suas costas se você quiser a gente faz uma aposta, é só você deixar eu falar perto do ouvido, ai eu duvido que você num entra no carro tira a lingerie e me chama de seu marido[que lindo!], ninguém se regula, depois que esvazia a garrafa de amarula, te levo a loucura agarro teu cabelo com força e com ternura, não ligue para aquela que eu peguei na rua[quee?!] se é pra você a toda hora que a minha saudade ta sempre dura, relacionamento moderno, a gente se dá bem sem dever satisfação a ninguém, igual a gente não tem, o baguio fica doido a temperatura passa de 100 no vai e vem..
KML
Vai vem nada, que isso é cachorrada sua, que conversinha é essa de outra que tu pega na rua ?!
BILL
É que eu ta-ta-tava éé pe-pe-pensando..
KML
Fica quieto que você ta gaguejando, não quero mais ouvir sua voz[não], esqueça essas idéias de ficarmos a só[não faz assim!] como não ?! só se eu fosse louca, te do condição você me fala de outra, fico com água na boca mais não posso me render a você que não se cuida e não faz por merecer[perai] se for falar daquela despencada, cala a boca vai embora que eu não quero mais ouvir [olha só!] a nossa noite acaba por aqui, se deixar vou te agredir, insistir vai ser pior.
Não acreditou, achou que tava tudo no seu nome escorregou e se arrassou.. não quero te ver aqui, a fila já andou você caiu e não notou melhor sair [eai?!] não quero você invadindo a minha vida[não?!], na minha casa pra você só tem saída[só?!].. iludida achei que tu tinha mudado, tem coisas que não muda tu continua safado..
Pra mim você é coisa do passado, um homem igual você tem mais é que ser corneado já tem outro negão engatilhado, safado ..
BILL
Sem briga, não me trate como se fosse inimiga, vai embora e depois você me liga, só não demora que já tem outra na fila, sem briga ..
KML E BILL
Safado, sem briga ..
Safado, sem briga ..
Safado, sem briga ..
Safado, sem briga ..
...
By Valéria.
mv bill - depoimento de um viciado
São 2 da manhã, e eu de calça e blusa
O tempo frio, do céu cai chuva
Eu sou sozinho, parceiro, e é foda
Com meu destino ninguém mais se importa
Chegar ao ponto que eu cheguei é lamentável
Estado físico inacreditável, eu sinto crise
Eu sinto convulsão, é muito triste o meu estado, sangue bom
30 quilos mais magro, vai vendo
O resultado é pura essência do veneno
O vício tira a calma, a cabreragem me acelera
O Demônio rouba a alma, o inferno me seqüestra
Cadê a luz que vem lá do céu?
Cadê Jesus pra julgar mais este réu?
Tenho vontade de morrer constantemente
O descontrole da mente me deixa impaciente, e é foda
Eu saio que nem louco pela rua
Único mano é o cano na cintura
Eu preferia tá falando de amor
Falando das crianças e não da minha dor
Mas eu sou o espelho da agonia de um homem
Sem identidade, caráter, sem nome
Sem Mercedes, Audi ou Mitsubish
Consumidor da praga do Apocalipse
Tão jovem sem esperança de vida
Tão novo e já suicida
São 2 da manhã e faz chuva
O pesadelo ainda continua...
Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
Depoimento de um viciado
Eu comecei de forma curiosa
Um cigarro de maconha não era droga
Era o que todo mundo me falava
Experimentei, nem eu mesmo acreditava
Primeira vez, outra sensação
Segunda vez, mó barato, ilusão
Mundo dos sonhos, me sinto mais leve
Enquanto isso meus neurônios fervem
Sentia fome, sentia a viagem inteira
Observava de longe as paisagens
A fumaça me deixava cada vez mais louco
Sem perceber, eu já era o próprio Demônio
Segundo passo, veio a cocaína
Morava com a minha mãe, me lembro da minha mina Felícia
Cheirava comigo sem parar
2 loucos 24 horas no ar
Parei com estudo, perdi até o trampo
Ganhei o mundo e uma desilusão e tanto
Perdi a minha própria mãe, que trauma!
Morreu de desgosto por minha causa
Nem assim eu consegui parar, vich!
Só a morte pode me libertar
Eu roubava pra sobreviver, ou melhor
Pra manter o vício e não morrer de dó
Suicídio e lento era o processo
Eu nunca fui estrela, eu nunca fui sucesso
Contaminado HIV positivo
Qual a diferença do inimigo pro perigo?
Aí, são 2 da manhã e faz chuva
Pesadelo ainda continua
Continua ladrão, o pesadelo ainda continua...
Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
Depoimento de um viciado
Amigo, aí, eu falei esta palavra
Me desculpa, foi erro, não pega nada
Eu nunca tive amigo nessa porra
Só prejuízo na vida de ponta a ponta
Mas quem vai se importar? Eu sou apenas mais um
Aidético viciado, infelizmente comum
Mais um entre mil ou um milhão ladrão
Escravo desta triste detenção
Eu não sou Rafael e nem a Vera Fischer
A minha história, parceiro, é mais triste
Eu nunca engoli escova de cabelo
Mas já matei pelo crack e por dinheiro
Puta que pariu, o inferno me chama
Quem sabe lá eu consigo a fama ou o drama
Ou a lama de fogo eterno
Condenado à escuridão do inferno
Hoje, eu sou louco de intensa coragem
Com o ferro a favor do crack
Não sei se a malandragem é minisérie ou história
Mas sei que a carreira, parceiro, é sem glória
Vou tentar não matar mais ninguém
Chega de ser refém, eu preciso é do bem
Vou entregar a Deus a minha vida
Vou acreditar nas palavras da Bíblia
Arrependido de todos os pecados
Ter conseguido escapar do Diabo
Espero que a minha história sirva de exemplo
Pra quem ta começando, parceiro, como eu comecei
Que se afaste das drogas enquanto é tempo
Pra não provar do veneno que eu provei
É embaçado, sangue bom, vai por mim
Tudo nesta vida tem um fim
São 2 da manhã, faz chuva
Eu vou orar pela minha alma e pela sua
É madrugada, faz chuva
Eu vou orar pela minha alma e pela sua...
Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
mv bill - muita treta
É muita treta viver num lugar onde ninguém te respeita
Onde a policia rola e deita em cima dos humildes
Ela espanca uma pá de cidadão de bem
Ela pega o menor e joga ele na febem
É muita treta o presidente raidor que a gente tem
Que se vendeu ao opressor por um baixo preço
Traidor que diexa o inimigo levar a riqueza
Do seu próprio berço
Graças a ele o gringo vem aqui e monta empresa
Escravisa mão de obra
E o meu povo fica com pior fica com as sobras
E muita treta ver a paz cada vez mais distante
Ouvir tiros e saer que são meus manos se afogando
No próprio sangue
É uita treta ver a educação restrita
Os manos morrendo na fita então por isso reflita
Insista por melhores condições pro seu povo e para você
Para isso é necesário um correto proceder
De que adianta pousar de arma na mão vender droga pros irmão
Que estão morrendo elas ruas ou denro da risão
É muita treta ver certos manos subirem no palco
Para de consciência e de luta
E nos bastidores traem suas mulheres e filhos
Com prostitutas
Traem nosso povo mentindo de novo
Se venderam pelo dinheiro
Se venderam pela fama pela grana
Mas alerto a deus não se engana
Por isso não meto marra de ladrão
Não pago de otário com arma na mão
Não vendo ilusão pros meus irmão
Mas prego a revolução de forma não violenta
Infelizmente querer paz é uita treta...
É muita treta a farsa da comemoração
Dos 500 anos de enganação
500 anos de exploração mentira de desigualdade
O que o branco portugues fez com meu povo foi cruel e covarde
Os indios morreram e os pretos que não estão nas celas
Estão nas favelas
Meu verso tem poder é o arrastão do gueto
Que bota playboy pr correr
O governo promove o racismo e a segregação
Mas cedo ou tarde o poder voltara para nossa mão
Pois na biblia tem essa frase escrita
Bem aventurados aqueles que tem sede de justiça
Sejam eles brancos ou pretos
Pois serão recompensados por deus se~rao satisfeitos
E só pra complementar
Eu vou terminar dizendo que é muita treta
O pacto que o governo fez com o capeta norte-americano
Que instalou a industria que mata milhões por ano
Me refiro ao álcool me refiro a nicotina
Destruição dos meus mano destruição das mina
Eu vou dizer e você pode acreditar
A maior treta de todas vai ser quando jesus cristo voltar
Muita treta é o sangue que corre no meio da favela
Troca de tiro corpo no cão cartucho de escopeta
Moleque desaparece da área depois é encontrdo morto
Outro irmão sem perdão executado acerto de conta
Inimigo traidro com ambição te jogando na lama
Muita treta é a mãe que passa fome
Agoniada por seu flho viver no poder
Que passa por cima se se importar com você
O presidio lotado já não cabe mais ninguém nos raios
Vitima da podridão sistema mercenário
O sonho que não se realiza poder matando vida
Controle de população criação de homicidas
O compasso seduz peço paz chamo a luz
O meu caminho é guiado por ch e um hmem chamado jesus
É muita treta mano é muita treta
Muita treta... mano, vichh é muita treta
mv bill - cidadão comum refém
Não somos poucos e somos muito loucos
Guerreiro é guerreiro de noite e de dia
Mv Bill, Charlie Brown Jr. conexão Rio Santos
Mexeu com a família agora se vira, segura a seqüência segue a quadrilha
Toda vez a mesma história, criança correndo mãe chorando chapa quente
tiro pra todo lado silêncio na praça o corpo de um inocente
chega a maldita polícia, chega a polícia o medo é geral
armado fardado carteira assinada com o ódio na cara pronto para o mal
mais um preto que morre ninguém nos socorre a comunidade na cena a arma dispara o cambio comenta parece até cinema não é
é real, as armas não são de brinquedo
quando a policia invade a favela espalha terror e medo
é gente da gente que não nos entende usam de violência
o corpo estendido no chão ao lado uma poça de sangue conseqüência do despreparo daqueles que eram pra dar segurança
e ganham aumento com bravura quando tudo termina em matança
refém do medo, guerreiro do inferno guiado por Jesus
na escuridão, tentando buscando achar uma luz
e por falar, fazendo uma curva uma viatura
vou ter que dar uma parada porque, agora vou ter que levar uma dura como sempre acontece tapa no saco me chamam de preto abusado
documento na mão, vinte minutos depois eu to liberado
é complicado ser revistado por um mulato fardado
que acham que o preto favelado é o retrato-falado
sempre foi assim (sim), covardia até o fim (fim)
a porrada que bate na cara não dói no playboy porque só dói em mim
programado pra matar pá pá, atire depois pra perguntar
se ele trabalhava ou se traficava só sei que deitado no chão ele tá e gera revolta na cabeça da comunidade
que é marginalizada pela sociedade
que se cala escondida no seu condomínio
na favela ainda impera a lei do genocídio
90% da população não anda de arma na mão
não confiam na proteção
medo de camburão
vê cacetete na mão
fica jogado no chão
REFRÃO: Quando o ódio dominar, não vai sobrar ninguém
o mal que você faz reflete em mim também, respeito é pra quem tem, pra quem tem (2X)
Autoridade vem e invade sem critério nenhum
o som da sirene o cheiro de morte derrubaram mais um
na frente do filho eles quebraram o pai
o Zé povinho fardado vem entra mata e sai
sem ser julgado corrompido alienado revoltado fracassado
vai pintando esse quadro
o quadro do filme da sua vida (da sua vida)
o quadro de vidas e vidas da maioria esquecida
decorrente do descaso e da corrupção
moleque cresceu não tinha emprego então virou ladrão
menor bolado por aqui tem de montão
morre um nasce um monte com maior disposição
E o pensamento de todos aqueles que à lei das favelas são fiéis
a revolta te consome da cabeça aos pés
e o pensamento de todos aqueles que à lei das favelas são fiéis
a revolta te consome da cabeça aos pés
A falta de perspectiva
sem a possibilidade de escolher o que é melhor pra sua vida
o que gera revolta na cabeça da comunidade
que é marginalizada pela sociedade
que se cala escondida no seu condomínio
na lei da favela ainda impera o genocídio
sua dura vida lhe ensinou a caminhar com as próprias pernas
resta agora você se livrar do mal que te corrói, e te destrói
porque o crime não é o creme bota a cara mister M
qualé mané o que que há, vacilou virou munrá
porque o crime não é o creme bota a cara mister M
qualé mané o que que há vacilou virou munrá
REFRÃO: 2x
Não é somente a favela
que é condenada a viver a luz de velas tática de guerra
tiro não me enterra
capitão do mato 5 pra atirar e não erra
depois que descobre que o cara deitado no chão era inocente
revolta na mente favela que sente, ódio toma conta de muita gente
todo mundo pra rua querendo bota fogo no pneu
querem se manifestar por que alguém morreu
só a mãe que vai chorar sabe o que perdeu
tem rua fechada carro parado camisa na cara piloto assustado
relógio roubado busão ta quebrado neguinho bolado caminhão saqueado
batalhão de choque de porrete na mão
tiro para o alto pra assustar multidão
tira o pino da granada de efeito moral
nessa hora todo mundo apanha igual marginal
e xinga o pobre de preto botando geral pra correr
saia voado se não quer morrer
se pegar te esculacha
bomba de gás bala de borracha
a manifestação que era pra ser contra violência
deixa mais feridos como conseqüência
manda a molequada pra casa
tira a barricada a pista liberada não acontece nada multidão se cala
hoje eu vo falar tudo que acontece na favela não abala ninguém
pedir ajuda a quem veja o que tem o povo ta sem somos do bem
falta ou não alguém
só resta o choro e o lamento da família dos amigos
que perderam muitos queridos
procure Deus e diga amém
de boca fechada para o seu próprio bem
teve um menor de camisa na cara
que deu uma pedrada no guarda que tava
baixando a porrada e que não aceitava
que aquilo rolava
o morro chorava
peço proteção de quem não teme nada
só mais confusão e mais gente machucada
favela ocupada o medo dominando
quem é trabalhador fica em segundo plano
o sangue marcando
o povo enterrando
imposto pagando
desacreditando
justiça clamando
por Deus implorando
por almas orando
com a vida jogando
Favela ocupada por uma semana vivendo em clima de tensão
quem tenta esquecer não consegue se lembra quando vê o sangue no chão
a comunidade ainda assustada aos poucos retorna ao seu dia-a-dia
lágrima seca mente prepara o corpo pra próxima covardia.
REFRÃO: 2x
mv bill - só mais um maluco
Direto do hospício que chamam de favela
Aqui mais um maluco que não acredita em novela
Se a vida é bela, na tela tudo bem
Quem é louco como eu veste a camisa de força também
Minha loucura é simples de ser compreendida
Me transformaram em canibal preto suicida
Inconformado mensageiro da verdade
Vendo o povo agonizando as margens da sociedade
Que massacra destrói humilha
Transforma seu filho em ladrão e prostitui sua filha
Te escraviza te humilha te mata
Enquanto o verdadeiro ladrão usa terno e gravata
Não manuseia fuzil nem escopeta
Mata milhões de brasileiros só com uma caneta
Fica impune, não vai preso
Ele não é pobre (não) não é preto
Se for condenado fica em cela separada
Com televisão frigobar e água gelada
Criminoso com nível superior
Financia a guerra o ódio o rancor
A burguesia faz questão de não entender
Disca 1-9-0 e manda os home me prender
O sociólogo me ouve e fica puto
Diz que esse bagulho de rap é coisa de maluco
Analfabeto ignorante sem cultura
Diz que quem é sábio com favelado nunca se mistura
Quem diria, que sabedoria
Estudou em outro país agora tem pavor da maioria
Mv Bill um maluco chapa quente
Que não aceita as covardias assim tão facilmente
Eu to ligado que a elite me odeia
Me chama de bandido e diz que mulher preta e feia
Eu na cadeia sentiriam até pena
Menos um problema e me vista fora de cena
O pesadelo que a elite não quer ter
Bater de frente com alguém da CDD
Trema na base quando vê o Bill
Chama a polícia quando vê o Bill
Aquele preto com o corpo tatuado
Denunciando a pobreza e a miséria do Brasil
Tem muita coisa na tv que eu não curto
Só mais um maluco, só mais um maluco
Na hora de falar eu nunca fico mudo
Só mais um maluco, só mais um maluco
Manda os home me prender me deixa puto
Só mais um maluco, só mais um maluco
Eu nasci assim por isso eu nunca mudo
Só mais um maluco, só mais um maluco
A madame se assustou a favela me deu dez
Quando eu entrei sem camisa de pistola no Freejaz
Pra quem duvida ainda tem muito mais
Eu faço apologia não do crime e sim da paz
Mas, roupa branca sem pensar na maioria
Pedir paz sem justiça é utopia
A guerra me parece inevitável
Pra quem vive na posição desfavorável
Sufocada amontoada aqui no morro
Se a população se revoltar não grite por socorro
É o armamento o povo que vai se formar
Veja seu descaso e arrogância no que vai parar
Pode esnobar, quem vive de baixa renda
Quando o sangue bater na sua porta espero que você entenda
E descubra que se preto e pobre é foda
Sociedade hipócrita, só lembre de ser brasileiro na copa
Fora da moda em cima do toque africano
Desobediente troca o pente enquanto eu vou falando
Militando, declamando, rimando, versando
Brigando, gritando, morrendo e ao mesmo tempo matando
Meu país, cadê sua raiz?
Aqui o povo que não luta é chamado de feliz
E segue a risca os padrões da burguesia
A mesma que assimila a dança com pornografia
Influência minha sobrinha e sua tia
Na frente do espelho imitando a coreografia
Incentivando a brutal pedofilia
Eu creio em deus pai todo poderoso o único que me guia
Se for pra ser feliz assim
Serei maluco até o fim
E se uma guerra amanhã estourar
Sei qual lado eu vou estar
É muito confuso é muito sinistro
Quem causa a miséria que jura ter amor a cristo
E com seu ar superior não tem respeito pelo gay
Pelo idoso pelo pobre e pelo preto
Trema na base quando vê o Bill
Chama a polícia quando vê o Bill
Aquele preto com o corpo tatuado
Denunciando a pobreza e a miséria do Brasil
Tem muita coisa na tv que eu não curto
Só mais um maluco, só mais um maluco
Tem muita coisa no rádio que eu nem escuto
Só mais um maluco, só mais um maluco
E com vidinha de artista eu não me iludo
Só mais um maluco, só mais um maluco
Lá na favela dona Maria ta de luto
Só mais um maluco, só mais um maluco
mv bill - dizem que sou louco
Dizem que sou louco
Ra-tá-tá
Pipoco
Meu sistema é outro
Bem solto não morto
A vida perigosa
Vivida de perto
Destacado do errado e fechado com o certo
Caminhando com Deus por isso eu sigo na fé
Se não é mais um mané pode vim que já é
Na fé, Filho de Cristina Pereira Barbosa
Que fica orgulhosa quando vê o filho dela falando sobre a favela que ela me criou
Incompreendido confundido com bandido
Meu Deus que perigo
Inimigo da burguesia que vicia o pobre se sentir um bosta
Com a pistola nas costas
Liberdade presa na grade
Saudade
Quem sabe, sabe e mora na favela
E não dá mole
Mastiga mas não engole
No corre ? corre
Quem desce ?
Quem sobe?
Quem foge?
Do Pit Bull que late, mas não morte
Eles dizem que sou louco
A guerra é grande que o vicio ainda é pouco
Vai vendo
Desenrolo o que tiver que resolver
Ponho em prática a tática que aprendi para viver
nego que xingar quer me sufocar
que me massacrar que me abafar
vou caminhando no tempo
Sem lenço sem documento
Marrento nojento formoso
Caminhando contra o vento
Impressão de playboy de momento
Quem fica pra trás eu lamento
Vai chorar, se a tela não se posicionar
Nar, a chapa vai esquentar
Tar, se desesperar
Rar, meu caminho
É composto por espinho
Que envenena o ninho
E deixa a vida em desalinho
Tem que ser forte contar com a sorte
Pra não bater de frente e levar um corte
Sou louco sou preto maluco
Revelado mal encarado
Venerado amado e odiado
(e acho que é tao normal)
Eu sou produto do Gueto
Cara pintada de preto
Moral no morro é respeito
Nenhum preto é suspeito
Me pré-julgar não aceito
X-9 não tem conceito
Caminho difícil é estreito
Foi sem sucesso no peito
Vai vendo
Alguma coisa está fora da hora
Duvida de nós enquanto, podem
Mandam matar depois fogem
Não confio em ninguém nem em mim
O mensageiro da mentira
Que maldade te inspira
Por isso pega o bico e atira e mata
Deixa jogado na vala
Homem canalha na vala
E a sessão da tarde outra vez se repete
Meu povo marionete
A tudo se submete
Sem ter acesso a internet
O deputado promete
E mete mete no povo
No povo mete me remete
Ao mundo cruel
Sem passagem para o céu
Enxergado como réu
Guerriando bem ao léu
A munição não acaba recuar que nada
Não vou dar minha cara pro senhor da tapa
Um bandido contra lá corrupcion
Armado com los hermanos, para revolucion
Decendente Africano, com sangue Brasileiro
Vigilado e criticado como grane riguero
É fácil me repudiar me difamar e desabar
O mundo inteiro contra mim
Por eu ter um gosto assim
Não gostar de quem não gosta de mim
Cds mv bill á Venda