MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
mundo segundo - anjo e demônio
Meu anjo, meu demónio, feitios competitivos,
Um quer pacificar o mundo, o outro quer comê-los vivos,
Um propaga a fé, o outro reflete a força bruta,
Quando entram em conflito, prefiro não sair da gruta.
Constantes alucinações, sofro em plena consciência,
Na realidade vou precisar deste instinto de demência,
Um chora e o outro ri, em plena sala de urgência,
Um absolveu-o, o outro condenou-o com sentença.
Sempre me deixaram optar, sou filho do livre arbítrio,
Um controla as contas, o outro é rei do desperdício.
Um têm o dom da virtude, o outro o prazer do vicio,
Mas um vive para o trabalho, o outro não conhece oficio.
Atraem-se mutuamente como pólos opostos,
Mas um de vocês é só lucro, o outro dinheiro de impostos.
Vocês são luz/escuridão, um berço, um caixão,
A esperança do avanço e a crise da recessão.
Refrão:
O bem, o mal, o anjo e o demónio,
Por vezes a minha mente é o interior dum manicómio,
Pura loucura, 100% sobriedade,
Caminho na corda bamba entre a malícia e a bondade.
(2x)
Um leva me à tona, outro puxa-me para o fundo,
O 1º traz-me felicidade, o 2º deixa-me moribundo,
Um dá tudo o que tem, o outro é grande somítico,
Um é pouco violento, o outro, nada pacifico,
O 1º é respeitador, o 2º abusador.
Um oferece-me alegria, outro só me vende dor,
De um lado, paz e amor, do outro, terror e ódio,
O 1º é real e óbvio, o outro sarcástico e mórbido, sórdido.
Um é remédio santo, o outro é puro ópio,
Um é carisma pessoal, o outro somente negócio,
Enquanto um me presenteia, o outro castiga-me,
Sei que um aconselha, mas o outro desvia-me, alicia me.
Ambos são pesos pesados na minha balança,
Um jura-me fidelidade, o outro inspira-me desconfiança.
Este é um lugar sombrio que a visão não alcança,
O 2º aprisionou-me, o 1º pagou-me a fiança.
Refrão:
O bem, o mal, o anjo e o demónio,
Por vezes a minha mente é o interior dum manicómio,
Pura loucura, 100% sobriedade,
Caminho na corda bamba entre a malícia e a bondade.
(2x)
(instrumental)
Refrão:
O bem, o mal, o anjo e o demónio,
Por vezes a minha mente é o interior dum manicómio,
Pura loucura, 100% sobriedade,
Caminho na corda bamba entre a malícia e a bondade.
(2x)
mundo segundo - lírico extremínio
Dlm e Mlc
Como um Tgv, só se ouve, não se vê
Ancestral, manual do Mc
O quê? Como? Quando? E porquê?
Manos sem base decalcam a fonética
De frases indigestas como gases revelam significados
Como foram capazes? Pobres rapazes?
Primeiro fodem-te depois querem fazer as pazes
Tás todo maluco, deixa de fumar charuto
Não vês que tens os neurónios de luto
A inteligência e coerência é o único produto
Que precisas em bruto
Damos-te um minuto para reflectires
Antes de fechares a porta e de ires
Ã? tua vidinha, já se faz tarde
Já está mais do que na hora de dormires
Mas claro que fora deste beliche
Tens a ignorância como fetiche
Ã? melhor rebobinares de novo pois não apanhaste
Um puto dum corno daquilo que eu disse
Muitos Mc?s devem ter nascido no dia 1º de Abril
Ou então já devem de ir sozinhos no consumo por inteiro do
3º barril
Mundo Segundo e Dj Assassino
Manos sabem que para as ruas chove mais um hino
Genuíno, lírico extermínio
De cabeças ocas no domínio, no domínio
Quantos Mc?s sem pedal nesta volta a Portugal?
Quantos Dj?s dão o cu de um modo descomunal?
Mas de Mc só tens o microfone e tal
E muitos Dj?s só têm mesmo o material
Esse set não bomba em pista alguma
para quem for bom conhecedor
Não vai sobrar coluna nenhuma intacta após este terror
Auditivo, instrutivo
Muitos fazem rimas, eu escrevi um livro
Aliás, vários sobre o ser vivo
Que pode ir além daquilo que lhe é incutido
Encaminho putos no bom caminho como o meu mano Fusão
Dealmático, pentagonal, corda vocal na sua máxima tensão
Isto bate como bolotas do Paquistão
Após dois compridos é pura comunhão
Microfone aberto, o suor escorre do tecto, temperatura de Verão
Mas com o sangue frio sem chance, transe
Metafórico longo alcance
Acentuada nuance na performance
Há pouco quem sinceramente contrabalance
Muitos ignoram, raízes são cicatrizes
Na cultura, a não ser directrizes
Raros são os que têm identidade, a maior parte sofre de crises
Esta vai para todos os reais Mc?s e Dj?s originais, nada triviais
mundo segundo - assim não dá
Sente a vibração que se move por baixo do chão
Represento uma geração em rumo de orientação
Sempre em fase de coação, velhos tempos coalizão
Improvisos tarde são, do mais grave escalão
Observo bombardeamentos de estação em estação
Manos, nem temos dedos pra contar quantos são os danos,
Pela certa mas a causa essa é justa,
Pois por vezes a liberdade tudo nos custa, a realidade assusta
Quando vivemos de uma forma demasiado intensa
E alguém penetra no nosso campo sem pedir licença
Pouco civismo, incoerência já é meio caminho andando
Pro estado de violência, saída de emergência
Necessária afluência de bom senso e experiência
Aderência dos terrenos do factor
Tu pensa por ti próprio
Caga na má influência sócio
Procura uma forma de conseguir o divórcio
Assim não dá,
Tanta gente
A tentar ser líder
Só para poder ir á frente (x2)
Eu volto sempre mano como era suposto
Por entre, o esboço de alegria e a fase do desgosto
Sobrevivo, calmamente vou estudando o perigo
Neutralizando os pontos fracos vitais do inimigo
Claro e conciso quando deslizo friso,
Piso segundo, mundo, estado mental profundo
Amor e empenho a mil por cento
Quando me sentires por dentro
De qualquer cd, mixtape, vinil ou acontecimento
A minha perspectiva é um pouco similar à tua
Tudo acontece na rua mas cada um sabe da sua
Muito especialista, tenta liderar o plutão na crista
A dizer que não mas à espera que alguém invista
Tu hás-de crescer, com o tempo compreender
O que realmente por trás do pano está a acontecer
Expande, mano temos a mesma cor no sangue
Seja qual for a tua equipa ou o teu gang
Ã? espera que alguém ande para poder dar o próximo passo
Ã? o sinal, caminho ideal, para o portal do fracasso
Escasso é o esforço para que uma forte cultura suba
Pois muita a gente a fode e pouca gente ajuda
Assim não dá,
Tanta gente
A tentar ser líder
Só para poder ir á frente (x2)
mundo segundo - beleza interior
Já faz tempo desde a última vez que te vi no porto
O teu peso exterior no interior causava desconforto
Mobilidade reduzida, já não há roupa que te sirva,
E a falta de amor-próprio levou-te a amar perdidamente a comida
Já nem te lembras da praia, tão pouco recordas a costa
Quando recordas o quanto nesse fato de banho ficavas exposta
Mas, essas miúdas esbeltas que vês na revista
Têm retoques de photoshop de uma indústria esclavagista
Mana, tu não precisas sequer de ter as medidas certas
Pois tu és uma mulher feita que nunca brincou com bonecas.
Esse espelho não reflecte definitivamente quem tu és
Tu és tão pura e transparente que eu consigo ver através
Ao invés de quem tudo investe no que veste como um escape
No revés és quem investe no que veste como um disfarce
Não deixes que o tempo se arraste, como um problema pendente
Antes que esse peso nefaste te torne numa pessoa doente
Tu vive a tua vida com peso, conta e medida
A obesidade é tão mortal quanto a anorexia
A aparência visual leva a escravidão do corpo,
O desfecho é letal como um cérebro que nasce morto (x2)
Eu pensava que isso passava e que era só uma fase estúpida
Não contava que chegasse ao ponto de me inspirar em ti
nesta música
Com a nossa idade não eras a primeira nem serias a última
A viver de olhos fechados sendo que abri-los não resulta
Com o passar do tempo o problema foi crescendo e muito
Eu sabia falar mas tu eras melhor a mudar de assunto
Emagreceste de todo, enfraqueceste ao ponto
De o teu espírito ser tão pesado quanto o peso do teu corpo
Eu digo-te que ainda me lembro de como tu eras há um tempo
Imponente de físico, tendo uma tela de cores por dentro
Da última vez que te vi eu nem te ia conhecendo
Sendo que tinha sobrado muito pouco da cor que eu me lembro
Contaram-me que tens andado a magoar-te às escondidas
E a desnutrição começava a ter consequências mais nocivas
Eu gostava de ser capaz de te ajudar com esse problema
Mas só acaba onde começa e este começou em ti mesma
mundo segundo - corrida contra o tempo
Boa noite a todos, o meu nome é Mundo Segundo
Sejam bem-vindos ao volume 2
19 de 78 de Dezembro 3º
E o Mundo Segundo meu padrinho 1º
Pai electricista, mãe empregada de limpeza
O amor não me faltava e a comida abundava na mesa
Mas nunca tive consolas, telemóveis, computadores
E só quando me tornei maior de idade, uma televisão a cores
Mas quando entrei na escola, já lia e escrevia
Já tinha a perfeita noção do quanto a mais o pai bebia~~
Seria a doença da mãe que interiormente o afectava
Ou da sua dura infância que vezes sem conta retratava
Fui educado a respeitar pessoas muito para além dos seus bens
Na vida o que importa é quem tu és e não aquilo que tu tens
Já fui refém de relações mas isso para mim acabou
Pois sinto-me bem com quem estou
E com a pessoa que eu sou
Acima de tudo a palavra foi ela que me trouxe até aqui
Foca-te naquilo que tu vês e não no que dizem por aí
Refrão :
Corrida contra o tempo, não há tempo a perder
Nós temos de crescer, fazer acontecer
Fazer acontecer, temos de crescer, não há tempo a perder
Na corrida contra o tempo
Corrida contra o tempo, não há tempo a perder
Nós temos de crescer, fazer acontecer
Fazer acontecer, temos de crescer, não há tempo a perder
Na corrida contra o tempo
Por mais amigos que tenha, sinto-me sempre sózinho
O pai partiu e a mãe também algures a meio do caminho
Mudei quatro vezes de ninho com uma mobília às costas
Na montanha russa da vida, desci múltiplas encostas
Perdi várias apostas, ganhei mais experiência
E recebi o dobro do que ofereci através desta exeriência
Muitos manos fodem a música, não têm respeito por ela
Bela e inocente nas vossas mãos virou cadela, reles
Desumana como um casaco de peles
Que te aquece por fora, mas por dentro faz com que congeles
Reveles o pior de ti, crias moda e extravagância
Mas eu era um homem simples, apenas rico em substância
Não tem importância sigo em frente, a vida continua
E por muitas voltas que dê, volto sempre à mesma rua
Para mim sonhar alto, esta era a altura do nível do palco
E caminhar para além dos 100 nesta velha estrada de asfalto
Refrão :
Corrida contra o tempo, não há tempo a perder
Nós temos de crescer, fazer acontecer
Fazer acontecer, temos de crescer, não há tempo a perder
Na corrida contra o tempo
Corrida contra o tempo, não há tempo a perder
Nós temos de crescer, fazer acontecer
Fazer acontecer, temos de crescer, não há tempo a perder
Na corrida contra o tempo
mundo segundo - efeitos secundários
Hipérboles e metáforas sem comparação
Esses animais que falam, é personificação
Não fazemos pausas com frases sem pontuação
A tua melhor resposta, ponto de interrogação
Frases que te deixam queixo no chão e pernas pró ar
Enquanto poucos se queixam e deixam manipular
Temos vários pentes de barras potentes
Barra caso tentes ponto com (.com)
Microfone, mas escondo os dentes
O luxo da poesia é moradia de três frentes
Os mais aguardados combustíveis não poluentes
Consistentes como massa, somos hidratos de carbono
O teu vazio criativo supera o buraco do ozono
Não sejas mal agradecido tal e qual um cão sem dono
Totalmente enraivecido nada joga em teu abono
Somos dois, sem carro à frente dos bois
E o que fizemos antes, tu só farás agora e depois
Hasteamos versos como piratas em alto mar
Pelo sonar, facilmente te vamos ouvir chegar
Vim acabar com o enredo à velocidade dum torpedo
Não tenhas medo da luz, a escuridão não é emprego
Vida de morcego que sai da gruta pró lado esquerdo
Torna-te plano como um vale, sem qualquer tipo de relevo
Soberbo, não do tipo quem â??pouco água fervoâ?
Não durmo até tarde, mano, prefiro acordar mais cedo
Quero paz e sossego, também tenho um lado negro
E quando o monstro acorda, canalizo no que escrevo
Sou raro de encontrar como quatro folhas num trevo
Se a riqueza é de espírito, sou o Belmiro de Azevedo
Levamos ao extremo o nosso sistema e as suas leis respectivas
Nem imaginas, voamos porque violamos as gravíticas
Tornámo-nos rápidos ao ponto de acompanhar cometas
Mcâ??s pediram desejos, confundiram-nos com estrelas
O poder metafórico desregula o campo magnético
Aves migratórias deixaram-te migrar pró lado certo
Desequilibramos ecossistemas de forma excessiva
O distúrbio só se compara ao dilúvio pós Hiroshima
Desbloqueamos mentes dormentes, estamos em cima
Temos mentes, basta, vemos isto mais pelas rimas
Nós somos a natureza enquanto vocês agem de acordo
Ã? a diferença entre jogar e fazer as regras do jogo
Não vale a pena fugir porque em caso de confronto
Primeiro mandamos nós em ti e depois mandas tu no teu corpo
Gajos fazem som por isso julgam que são espertos
Saibam em primeira mão que nós fazemo-los à séculos
Uns mostram-se cépticos, outros mostram-se incrédulos
Alguns fizeram pirâmides em homenagem aos versos
Somos mais complexos que os mais complexos
Chegamos a um ponto que o teu cérebro nem pode ter acesso
Construímos mapas de um universo com pautas
Hoje cantores andam perdidos armados em astronautas
Falhanço no regresso a Nasa referiu as causas
O melhor que vocês fizeram na música foram pausas
mundo segundo - era uma vez
Era uma vez um grupo de amigos
Alguns dos quais já nem se encontram vivos
Desconhecidos, do mundo em geral
Em mim desempenharam o papel principal
Era uma vez um grupo de amigos
Alguns dos quais já nem se encontram vivos
Desconhecidos, do mundo em geral
Em mim desempenharam o papel principal
Era uma vez um grupo de amigos
Dos quais alguns já não se encontram vivos
Ã?ramos miúdos sonhadores, insurrectos mas com valores
Alguns formaram-se doutores, advogados e professores
Uns quantos jogadores e alguns independentes
Agarrados a esta vida com, unhas dentes
Amanhã o sol, infelizmente, não nasce pa toda gente
Diz-me a morte sem face com a sua foice imponente
Tu eras só um adolescente quando nos deixas-te
Perguntei-me vezes sem conta porque razão saltas-te
Seria a depressão das drogas ou drama da família
O Rui maluco antes de suicídio tinha o vício de ler a bíblia
Grande Carlitos, o crânio, ninguém preenche o seu vazio
No dia que fez 18 apareceu morto a boiar no rio
O Vilela da viela levou os pais à ruína
A 1ª droga que experimentou aos 14 foi a heroína
Era uma vez um grupo de amigos
Alguns dos quais já nem se encontram vivos
Desconhecidos, de um mundo em geral
A mim desempenharam o papel principal
Era uma vez um grupo de amigos
Alguns dos quais já nem se encontram vivos
Desconhecidos, do mundo em geral
Em mim desempenharam o papel principal
Mano Ibrahim o teu sorriso ficará pa sempre
A boa disposição contagiava toda gente
Noites belas aquelas em que soprava-mos velas
Ã?s vezes fecho os olhos consigo imaginar-me nelas
Vivo num mundo daqueles que partilham a experiência
De a dor vivida no interior de uma sala de urgência
Mas mesmo assim nunca desisti ou baixei os braços
Chorei e ri frente a frente a derrotas e fracassos
Esvaziei os quantos massos pa matar a ansiedade
O fumo ainda era pior porque me matava de verdade
Manos que cumprem pena, visualizem-se nesta rima
Quando sair em moral cabeça p'ra cima
Um mundo de oportunidades cá fora à vossa espera
Mas nem tudo são rosas e a realidade sabe ser severa
P'ra todos que tão perdidos sem rumo ou direcção
Pensem naquilo que foram, comparem com o que são
Era uma vez um grupo de amigos
Alguns dos quais já nem se encontram vivos
Desconhecidos, do mundo em geral
Em mim desempenharam o papel principal
Era uma vez um grupo de amigos
Alguns dos quais já nem se encontram vivos
Desconhecidos, do mundo em geral
Em mim desempenharam o papel principal
Eramos uns putos e jogávamos à bola
Fumávamos às escondidas nas traseiras da escola
Viajavamos à borla quantas fugas ou pica
Corriamos a pé todas as ruas da cidade invicta
Uns cestos nas Camélias, skate em Matosas
Carrinho de rolamentos, velocidades furiosas
Nada de drogas, só pura adrenalina
Por vezes um pouco de álcool misturado com nicotina
O tempo foi passando e já não nos vemos tanto
Eu recordo os mesmos tanto
Cada um p'ra seu canto
Tanto tempo após posto o estandarte da geração
Em memória de todos aqueles que já partiram
Nada se perde manos, e tudo se transforma
E a batalha é infinita para quem não se conforme
Desejo-te uma vida longa, saúde e sucesso
Tu sê feliz mano, é tudo o que te peço
mundo segundo - manipulação
O fim do mundo é incógnito
Como código dos círculos na plantação
Como alinhamento de vénus com a terra
Que deixará a terra envolta em escuridão
Sou como um poço de informação
Enquanto satélites dotados espiam a população
Impávidos assistem a manipulação
Globalização da fome e da destruição
Temos tanques, aviões, submarinos e mísseis de alto avanço tecnológico
Mas o que o homem não tem definitivamente é uma cura pra si próprio
Ou para o impacto de cometas e meteoritos sobre a superfície terrestre
Desprevenidos quase fomos atingidos, 0% foi quanto tu soubeste
Ã? mundial a conspiração e a censura da imprensa sempre esteve no barulho
Na televisão dão-nos restos, alimentando os cérebros do povo com entulho
Dizem que a economia é a força motriz que faz este mundo girar
Mas essa mesma é que polui rios de vasta floresta, se nos impede no fundo de respirar
(refrão)
Impávidos assistem a manipulação
Globalização da fome e da destruição
(destruição (6x))
No terceiro mundo exploram-se crianças ao segundo
Multinacionais engordam o seu fundo
Políticos vivem no luxo supremo
São mãos que lavam dinheiro sujo do governo
Escravidão, submissão era suposto terem sido abolidas à séculos
Mas infelizmente sobreviveram o suficiente para conhecer filhos e netos
A resposta não se encontra nos livros
Mas sim na harmonia entre todos os seres vivos
A natureza dá sobre os mal agradecidos
E da mesma moeda somos retribuídos
Dizimados, inundados, refugiados
Clandestinos e desalojados
Tu não entendes, tas em casa sentado
A ver filmes ou desenhos animados
Deste lado a vida é bem mais pacata
Não há gás, mostarda a pairar sobre a praça
Ou disposição à radiação nuclear facial de formação a um nível que nos ultrapassa
Eu respiro alegria, mas no real dos meus olhos visionam a desgraça
Enquanto a pirâmide desta sociedade for orquestrada pelos senhores maestros da farsa.
(refrão)
Impávidos assistem a manipulação
Globalização da fome e da destruição
(destruição (6x))
mundo segundo - mantém te fiel
Porque é que já não há festas como antigamente,
Gajos a arriscar a pele pelo movimento
Porque a grande maioria, sempre viveu sentado
Ã? mais fácil ficar em casa à espera de ser contratado
Caros conformados a minha missão terminou
Uma década de noites, pra mim o tasco já fechou
Por enquanto! Manos têm que ser autónomos
E colocar o problema em causa a eles próprios
Se fazes parte da cultura, desempenha o teu papel
Dá o teu contributo e mantém-te fiel
Não desperdices tempo com ideias negativas,
Organiza o pormenor vais ver que te optimizas
Concretizas, porque o sonho comanda a vida
Isto é mais que um provérbio é o encontrar da saída
Neste labirinto existencial
Onde o homem vive atormentado, rodeado pelas forças do mal
Se te dizes parte da cultura, desempenha o teu papel
Dá o teu contributo e mantém-te fiel
Mantém-te fiel, mantém-te fiel
Dá o teu contributo e desempenha o teu papel! (x2)
Eu vivo inspirado pelas forças do bem
Nesta sociedade de injustiça, terra de ninguém
Na palma da tua mão reside o futuro
Ser escravo da inércia o diamante que brilha no escuro
Nos dias que correm há muito jovem imaturo
Que arrisca a liberdade em vão só pra provar que é duro
Mas a dureza só revela fraqueza, medo falta de inteligência numa destreza
Tenho obras, projectos, abstractos concretos
Direitos de autor para filhos e netos
Manifestos, protestos, desabafos em versos, liricamente ilustro processos
Dos mais adversos, aos com ascendência relevante
Cada concerto pra mim é sempre o mais importante
Muitos Mc?s pegam no microfone
Mas é raro o que dá o litro e é isso que me consome
São chamas que embolem a flora da cultura
Chibos e má língua, a vergonha da rua
Purifico, desinfecto, sem presidir dou o veto
Manos dizem que vimos tarde mas sempre no tempo certo
Transbordo entre batidas como estações de metro
Dos mais versáteis que já escutaste quando interpreto
Tenho muito amor pra dar meu puto, não tenho ódio
Esta saga continua até o próximo episodio
Se te dizes parte da cultura, desempenha o teu papel
Dá o teu contributo e mantém-te fiel
Mantém-te fiel, mantém-te fiel
Dá o teu contributo e desempenha o teu papel! (x2)
mundo segundo - som
Refrão)
Entre eu e Deus tá a minha consciência
Entre eu e os meus vive a minha confiança
Entre eu e tu nasce a forte resistência
Sólida oportunidade de mudança (x2)
Dei muitas quedas nesta vida, mas levantei-me de seguida
E redigi toda a subida numa batida fodida
Enganaram-se aqueles que pensavam que eu estava de partida
Mortinhos à espera de poder barricar a saída
Sei que a fé que me move, não vos comove em definitivo
Mas se esperas que me dobre, nunca enquanto vivo
Sigo, o meu caminho num percurso rectilíneo
Sem colaborar no extermínio do raciocínio
Muitos grupos, discursos e opiniões
No fundo todos à procura de melhores soluções
Tamos fartos de sermões e apartes de merda
O civismo da sociedade regressou à idade da pedra
Por trás da cortina, neste mundo da rima
Há muito quem opina mas pouco quem nos ensina
A rotina de crescer nas esquina ao sabor da adrenalina
Abre os olhos pra vida de quem já passou nesta oficina
Umas vezes por baixo, outras vezes por cima
Sem nunca desanimar na disparidade do clima
Este é o mundo que ainda não conheces
Sem filmes, sem stresses,
Aquele que difamas mas pessoalmente nunca estiveste
Que esse sócio, queres espaço não é suficiente
Se não curtes tudo bem, trabalha vai em frente
Cada um é como é não como o outro deseja
Mas se queres ser um burro com palas então que assim seja!
(Refrão)
Entre eu e Deus tá a minha consciência
Entre eu e os meus vive a minha confiança
Entre eu e tu nasce a forte resistência
Sólida oportunidade de mudança (x2)
Mc?s fazem doutros Mc?s tema de conversa
O que me têm a dizer, sinceramente não me interessa
De olhos postos na cultura, cimentando a estrutura
Desde o berço à sepultura, sentimento que perdura
Nada atenua, esta arte de rua
Manos vão-se multiplicando pois a luta continua
Punhos fechados, dentes cerrados, a muito preparados
Não penses que vais encontrar um bando de coitados
Porque falhados são aqueles que se sentem afectados
Por meia dúzia de versos mal interpretados
Eles estavam esquecidos têm medo de ser lembrados
Da essência criada pelos antepassados
Hoje o hip hop tá na moda como dois bafos de droga
Como uma queca com uma beta à saída da discoteca
O Cenário é duvidoso como o carisma da mensagem
(?) médiatico, turistas de passagem,
Investem em maquilhagem pra disfarçar a má imagem
Mas não enganam mais ninguém com essa curta metragem
Rimas vazias apedrejadas com coreografias
Não estimulam mentes só atraem mais tias
Estudo a ciência da paciência onde com calma e inteligência
Se tentam prevenir os desvios da adolescência
Nada mais que experiência colocada no papel
No movimento educativo ao qual me mantenho fiel
(Refrão)
Entre eu e Deus tá a minha consciência
Entre eu e os meus vive a minha confiança
Entre eu e tu nasce a forte resistência
Sólida oportunidade de mudança (x2)
mundo segundo - se queres ser dj
Mixtape mundo assasino
Para as ruas chove mais um hino
Genuíno, lírico-extermínio
De cabeças ocas no domínio
Meu mano executante exímio
Amor à arte zero no patrocínio
Djs do bling, carreiras em declínio
Básicos de raciocínio
Frustrados tentam fazer sombra
E no mar alto abafar a bomba
Mas a sonda não detecta os 30 e tal metros desta onda
Que antevêem fogos destruição
Extinção de zonas contaminadas
Expostas à radiação da ignorância
de mentes dementes esteriotipadas
Verso meu é obra de museu
Levanto o véu escuro como breu
Ressurreição no terceiro dia
Na utopia de que o hip hop faleceu, eu
Reinvento-me de outra forma
Da margem contrária à norma
Muitos artistas deviam ir à junta médica
E pedir antecipadamente a reforma
Um abraço a todos os reais
Arquitectos de versos e instrumentais
Djs que destroem mesas e pratos
B-boys no anonimato e artistas de morais
Colectivos nacionais e internacionais
Vítimas de rusgas policiais
Eles batem-te como animais imunes a leis governamentais
Se não tens papeis na emboscada
Dá direito a carrinha e esquadra
Numa semana conseguem que uma família inteira venha a ser deportada
E tu vens-me falar sobre quem vendeu mais discos ou quem tem
Mais vídeos, marcas e estilos..puto tas maluco e não tas a ver bem
Trago metáforas de longo alcance, há pouco quem dance
Ã? o lírico trance e todo aquele que avance, aqui não há quem se canse
Vives de relance, groupies e romance
Mas aqui a luta é bem diferente, alojo-me no teu subconsciente
Multiplico imagens do real, esse teu filme é insólito e bastante deprimente
Somos independente e irreverente, indiferente a orçamento insuficiente
Com conteúdo transcendente,
fazemos manos viajar no tempo anos luz à frente
Como a cena mudou..de mensagens, entretenimento e flow
Tempestade de conhecimento em cabeças ocas onde já há muito tudo o vento levou
Mano se queres ser dj inteira-te na situação
Turista de mala de cds não é solução
Isto é corte de precisão como circuncisão
Djs da moda é tipo trânsito na circunvalação
Hey mano anda tudo ao cheiro
Sentir na mão o poder do dinheiro
Continuo na descontra em velocidade de cruzeiro
O meu som bate na cabeça, não no cagueiro
E vamos lá pôr os pontos nos is
Neste país conto pelos dedos os bons mc´s
Heróis da moda para mim são fantoches
Toma um conselho puto foge enquanto podes
E aproveita e leva essas pitas contigo,
Ocas de mais e não percebem o que digo
Sou gajo na boa, sempre descontraído
Se entornas o caldo, tá tudo fodido
Não perco tempo com tangas e bujigangas
Sou cru e direto sem truques nas mangas
Já te disse o que dou todos os dias
O meu rap não é televisão nem fotografias
Pareces as tias da baía de cascais
Não dizes nada e apareces de mais
Pões um nível invulgar como um toque polifónico
Varremos a zona como um vento ciclónico
10 milhões aguardam o desfecho
Com essa cara de mau ainda deslocas o queixo
Viciado em assédio eu trago-te o remédio
Vigésimo andar do topo de um prédio
Mano se queres ser dj inteira-te na situação
Turista de mala de cds não é solução
Isto é corte de precisão como circuncisão
Djs da moda é tipo trânsito na circunvalação
mundo segundo - segundo piso
Yeah yeah Mundo verdadeiro
Cruzfader Dj
Mais um diaâ?¦ para a gera que roka, pró mundo inteiro
Ã? o verdadeiro movimentoâ?¦
Ã? mais um dia de angústia constante
Observo entre as paredes a felicidade distante
E tão perto ao mesmo tempo estendo o braço
Agarro o maço de tabaco em direcção, ao trabalho ao frio e ao vento
Que me congelam o corpo, que me cortam os dedos
Revelo as folhas inibidamente os meus segredos
Medos já não os tenho
Enterrei-os no passado
Coragem e sinceridade são quem me tem acompanhado
Fortalecido estado, espírito em delírio
Por ente o bloco escuro, pró futuro no percurso duro
Maduro pensamento objectivo e concreto
Sem tecto e sem abrigo no castigo encarrego
Andei por ruas, vi mentes nuas
Outras na lua e outras em casa sem saber nada que se passa
Cordeiros dançam com lobos
Á volta de fogueiras que iluminam o povo revolucionário
Com eles partilho as páginas do meu diário
Pobre e humilde, é tudo que tenho e sempre tive
Segundo piso infinito poder do Mundo mímico
Cuspo sangue na cara porque sabes que eu não sou sínico
Porque é que todos querem estar no topo
Se o amor verdadeiro só existe no esgoto?
Porque é que todos querem estar no topo
Quando o amor verdadeiro só existe no esgoto?
Olho para o espelho e observo rugas
Tou cheio deste meio é um rodeio de sanguessugas
Dizem (?), gunas em curvas, mães em fugas
Rende-te aos factos
Corpos comprados e vendidos por uns trocados
Cifras em pupilas
Traficantes à porta têm filas de ressacas
Contentores marcados nas docas e barracas
Com antenas parabólicas colocadas no telhado
Que tipo de merdas é que falas nas tuas rimas
Armas, balas, putas, finas
Merda pura, eu distribuo de vários anos nas esquinas
Pra gunas sonâmbulos
Orgasmos consecutivos vão protegendo os meus ouvidos
E de certos indivíduos constrangidos pelos versos por mim construídos
Mestra de obras, num covil de cobras
Fodas hipnóticas
Mil e uma noites melancólicas de fumo intenso
Mundo e Cruzfader liberdade para este movimento
Do fundo do coração, a alegria é imensa
Porque razão somos amaldiçoados com tal sentença
Gente que pensa que na vida o que conta é ser forte
Mas a única porta de saída colectiva é a morte
O que nos reserva o espaço é complexo e baço
O fundamento humano já com o tempo gasto e esquecido
Como qualquer outro indivíduo
mundo segundo - sonhos desfeitos
Ele sonhava ser um dia jogador de futebol
Mas o sonho morreu numa triste tarde de sol
Era um recem encartado a 200 num carro novo
Quando se abusa da sorte, o azar vem cobrar o dobro
Sonhava ser doutor já formado em medicina
Até que os diabetes lhe roubaram a rotina
Ele era um milionário vivia na mó de cima
Mas o crédito bancário estourou-o na cocaína
Sonhava com quantias, casas, carros enormes
Acessórios de marca nos melhores uniformes
Levou cana, com meio quilo debaixo da cama
Foi levado, algemado e ainda de pijama
O outro procurava amor mas conheceu o drama
Infectado à primeira sem camisa na fulana
Com mais fama que o Obama no bairro onde residia
Vivia na noite sonhava ver a luz do dia
Viu o Juiz afastado no banco dos réus
A pressão da corrupção maior que a dos Pirenéus
Começou por ser ateu mas cedo se converteu
Baleado 3 vezes e mesmo assim sobreviveu
O sonho comanda a vida é o mesmo que te manda à vida
Quando o passo é grande e a perna não é comprida
Não sejas uma vítima da ambição desmedida
Ou da circunstância ao teu habitat relativa
Amargo sabor, aperto no peito
São os sintomas de um sonho desfeito
Ã? esta a beleza de um mundo perfeito
Não sentir emoções quando me deito
Há coisas que queremos de uma forma tão excessiva
Que é preferível não as termos do que as perdermos um dia
Não quis ouvir mas alguém dizia
Pra não sonhar demasiado alto ou eu caia a pique lá de cima
Sonhava com mais força sempre que isso acontecia
Se fosse pra cair caia do mais alto que eu podia
As marcas passam mas as memórias ficam
Por sinal os sonhos só se perdem quando se concretizam
Alguns perderam tudo que investiram outros conseguiram
Poucos viram parte daquilo que realmente tinham
Nem todos têm sorte, a vida não dá chance
E às vezes a única hipótese que existe está fora de alcance
Só a vi em sonhos desses que não valem a pena
Acreditava durante a noite, de manha já estava na mesma
Com o tempo o pensamento torna-se um problema
Porque só sonhamos quando a realidade não nos chega
Amargo sabor, aperto no peito
São os sintomas de um sonho desfeito
Ã? esta a beleza de um mundo perfeito
Não sentir emoções quando me deito
mundo segundo - o homem mais rico do mundo
Eu sou o homem mais rico do mundo
Encontrei petróleo em mim no dia em que bati no fundo
Epifania num segundo
Nunca me senti tão feliz
No teu sorriso vi ouro
Nos teus olhos vi rubis
O teu coração um diamante
Minha amante não meretriz
Este pirata com tesouro não liga ao que o povo diz
Frases que atiras são safiras
Mesmo que firas tu diz
O rei no reino das mentiras vive pobre e infeliz
Fiz um x neste mapa
Enriqueço a cada etapa
Neste forte, uma mente forte não me importa se a carne é fraca
Deposito confiança, invisto com perseverança
A verdade nunca se gasta, daí eu não fazer poupança
Amizades são valiosas como pedras preciosas
Pobres almas invejosas que têm origens duvidosas
Têm espinhos essas rosas que empunhei e sangrei
Caíram lágrimas salgadas nessas feridas que sarei
Quantas almas eu toquei
Quantas vidas eu salvei
Ganhei fortunas de um rei nessas dores que aliviei
Só amei não odiei, os meus nunca olvidei
Sei que nunca receberei nem metade do que dei
Ã? a lei de quem dá o que tem sem segundas intenções
O altruísmo é a recompensa, dispensa compensações
Deus escuta as orações dos frágeis e oprimidos
E como livros deixa-os interiormente enriquecidos
Ela sabe bem lá no fundo
Que é o homem mais rico do mundo
Riqueza a valer é saúde e saber
Só o espírito rico vencerá a miséria
Palavras escritas enquanto estavas a crescer
Dez anos depois os meus sonhos não matéria
Dei-te brilhantes diamantes, riquezas abundantes
Equivalentes a pedras incrustadas em tirantes
Nada será como dantes, nem para ti nem para mim
Perguntam-se se sou rico, a resposta é assim
Recebo dezenas de abraços, centenas de sorrisos
Tenho milhares de amigos, chego a milhões de ouvidos
Dás-me força de vida, tesouro precioso
Devolvo-te em barras de ouro sentimento valioso
Orientado no caminho de autoconhecimento
Nunca sozinho neste trilho enriquecendo
Ã? incalculável o valor do domínio dos defeitos
Potencial ilimitado da virtude e seus feitos
Sempre a ser eu mesmo da cabeça até aos pés
Milionário, conheço o meu país de lés a lés
Sou o espelho do meu povo, da minha gente
Dilema no corpo, coração, ama e mente
Pianos são ametistas
Violinos são esmeraldas
Quando pedes bis salvas de palmas são opalas
Os estratos bancários têm zeros infinitos
De sentimentos nobres nós somos ricos
Eu sou bem lá no fundo
Aquele homem mais rico do mundo
mundo segundo - sou do tempo
Não me arrependo de nada que vivi
Venho do tempo em que muito disto não estava aqui
Eu vi como a cultura evoluiu
Também assisti quando parte dela ruiu
Não existiam Dvd's, só vinil e cassete
Não existiam telemóveis, Mp3 ou internet
Só uma estação de rádio passava verdadeiro Hip Hop
Duas horas colado à energia com o marinho a dar-lhe forte
No porto os murais virgens recebiam os primeiros traços
Sou da escola de b-boys
Que na rua deram os primeiros passos
Do tempo *** revistas, para ler as notícias
Da cultura além fronteiras, grandes corridas de seguritas
Das mixtapes míticas cozinhadas no segundo
Das tardes de calor e das tertúlias de fumo
Do tempo que era tradição fumarmos à marroquina
Não deita fora, aguenta até uma volta inteira estar cumprida
Das festas até às 6, madrugadas à porta da fábrica de pastéis
Ou no tropical cheios como reis
Ouvidos a zumbir de tantos decibéis
Dormir de barriga cheia não era das opções mais saudáveis
Formatura na escola dos concertos à borla
Dos tempos em que jogávamos
Ã? bola no campo e não no comando da consola
Do 48k ao Commodore 64
Eu vim do Jurassico Spectrum ao clássico Mac Pentium 4
Incendiário de Mpc's, a primeira durou-me 3
Anos após faleceu, adormeceu e apagou-se de vez
Percorri a velha escola, do analógico ao digital
Comprovo coleções de vinis com a minha impressão digital
Eu vi do mais trivial ao mais intelectual
E muitos coletivos acabarem no individual
Vivi na cidade da música, toda a gente se conhecia
Mas a vizinhança foi crescendo e dissolvendo a sintonia
Venho da periferia onde começa sempre o dia
Conversas de bairro e política e futebol na barbearia
No café mulheres vendem
O corpo em troca do pequeno almoço
Observava enquanto crescia o peso que acaba no dorso
Muitos manos ainda conservam a escola anterior
Humildade e unidade com trabalho a nível superior
Estamos aqui para o que for, na alegria e na dor
Quantas condições pessoais frente ao condensador
Quantos quilômetros de ansiedade
E passagens em portagens
Do tempo em que o que ganhávamos
Nem chegava para as viagens
De putos sonhadores a humildes senhores
Viajando de terra em terra semeando valores
Manos senti-me completo
Por dentro por cada mensagem recebida
Manos, a vossa música ajudou-me numa etapa da vida
Passo o dia a ouvir-vos no Mp3
Conheço de cor as letras de todos vocês
Obrigado a todos que apoiam e mantêm a chama acesa
Desejo-vos um teto, saúde e sucesso, comida na mesa
Vivemos tempos difíceis, mas a hora é de mudança
Precisam-se de homens e mulheres com substância
Pertenço aos 70 de 1900
Beatbox de fundo, sem fundos para instrumentos
Não percebem, porque não passaram por isso
Cds mundo segundo á Venda