MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
monarco - homenagem à velha guarda
Um dia, tu fostes à Lapa ver a malandragem
Perdeste o tempo e a viagem
Como teu samba diz
Eu fui à Portela ver os meus sambistas
Mas consultando a minha lista
Também não fui feliz.
Lá falaram-me sobre um terreiro
Onde eles passam o dia inteiro
Num lugar qualquer de Oswaldo Cruz
Fica lá perto de Banto Ribeiro
Onde Paulo e seus companheiros
Faziam sambas que até hoje seduz
Procurando na localidade
Encontrei mano Alvaiade,
Nosso antigo diretor de harmonia
Deu-me sua dica valiosa
É uma casa formosa
Que reune paz, amor e alegria
Aí vi os sambistas de fato
Manacéia e Lonato e outros mais
Juro que fiquei boquiaberto
Nunca me senti tão perto
Da Portela dos tempos atrás.
monarco - samba velho amigo
Samba
Velho amigo e companheiro
Alegria dos nossos terreiros
Há muitos anos atrás
É este o mesmo samba verdadeiro
Que partiu para o estrangeiro
E penetrou nas camadas sociais
Samba do Estácio e Ismael
De Cartola e Mestre Paulo
Bide, Mano Rubem e Noel
Estácio, Mangueira e Portela
Tijuca, Favela
Os professores do morro
Nos mesmos ideais
Fizeram a grande alegria
Dos carnavais
Foi aí que o samba evoluiu
Como representante maior
Da cultura do Brasil.
monarco - escurinho
O escurinho era um escuro direitinho
Que agora tá com essa mania de brigão
Parece praga de madrinha ou macumba
De alguma escurinha que lhe fez ingratidão
Saiu de cana ainda não faz uma semana
Já a mulher do Zé Pretinho carregou
Botou embaixo o tabuleiro da baiana
Porque pediu fiado e ela não fiou
Já foi no Morro da Formiga procurar intriga
Já foi no Morro do Macaco e lá bateu num bamba
Já foi no Morro dos Cabritos provocar conflitos
Já no foi no Morro do Pinto pra acabar com o samba
monarco - eu nasci no morro
Não tenho queixas da vida
Nem de ninguém
Que nasceu feliz
Pois cada um de nós
Neste mundo
Tem o destino que Deus lhe deu
Não adianta chorar
Não adianta se revoltar
Eu nasci no morro
Num pobre barracão
De caixão
Vida de cachorro, pé no chão
Sem tostão
E depois segui o meu caminho
Eu sozinho
Conheci o luxo, a vaidade
Lá da cidade
Meus amores não duravam
Mais que um dia
Eu sofria
Consolava o coração no meu violão
Afinal me convenci
Lugar melhor não encontrei
No morro eu nasci
E no morro eu morrerei
monarco - o samba não pode acabar
Não podemos esquecer
Os nossos professores
Que tanto fizeram por você
Samba, você bate com os nossos corações
Sendo lá no morro
Ou na nobreza dos salões
Vejo a fidalguia se curvando pra você
Samba você não pode morrer
Não morreu nem morrerá
É a nossa cultura popular
Noel em seu Feitio de Oração
Já dizia que o samba
Tem que vir do coração
Venham todos pro terreiro
Tragam surdos e pandeiro
Reunião de partideiro
Vai até o sol raiar
Este samba verdadeiro
Já brilhou no estrangeiro
De janeiro a janeiro
O samba não pode acabar.
monarco - lenço
Se o teu amor
Fosse um amor de verdade
Eu não queria e nem podia
Ter maior felicidade
Com os olhos rassos d´água, me chamou
Implorando o meu perdão, mas eu não dou
Pega esse lenço, vai enxugar teu pranto
Já enxuguei o meu, o nosso amor morreu
Seguirei a ordem do meu coração
Não me fale de amor, nem tampouco me peça perdão
Eu não vejo honestidade em teu semblante
Falsidade isso sim eu vi bastante
Pega esse lenço e não chora
Enxuga o pranto, diga adeus e vá embora
monarco - nossos pioneiros
A música popular brasileira
Tem uma história tão linda e altaneira
É com prazer que vamos exaltar
Nomes que vieram lhe consagrar
Como Pixinguinha, Donga e Noel
Que agora estão descansando
No reino do céu
Gosto que me enrosco
De ouvir dizer
Sinhô foi o bamba
Que não poderemos esquecer
Está gravado nos anais da história
Essa inesquecível página de glória
Música e seus acordes divinais
Tempos que não voltam mais.
monarco - onde a dor não tem razão
Canto
Pra dizer que no meu coração
Já não mais se agitam as ondas de uma paixão
Ele não é mais abrigo de amores perdidos
É um lago mais tranqüilo
Onde a dor não tem razão
Nele a semente de um novo amor nasceu
Livre de todo rancor, em flor se abriu
Venho reabrir as janelas da vida
E cantar como jamais cantei
Esta felicidade ainda
Quem esperou, como eu, por um novo carinho
E viveu tão sozinho
Tem que agradecer
Quando consegue do peito tirar um espinho
É que a velha esperança
Já não pode morrer
monarco - ora vejam só a malandragem
Ora vejam só a mulher que eu arranjei
Ela me faz carinhos até demais
Chorando ela me pede, meu benzinho
Deixa a malandragem, se és capaz
A malandragem eu não posso deixar
Juro por Deus e Nossa Senhora
É mais certo ela me abandonar
Meu Deus do Céu, que maldita hora
A malandragem eu vou deixar
Não quero saber da orgia
Mulher, do meu bem querer
Essa vida não tem mais valia
monarco - passado de glória
Portela, eu às vezes meditando, quase acabo até chorando
Que nem posso me lembrar
Teus livros têm tantas páginas belas
Se for falar da Portela, hoje não vou terminar
A Mangueira de Cartola, velhos tempos do apogeu
O Estácio de Ismael, dizendo que o samba era seu
Em Oswaldo Cruz, bem perto de Madureira
Todos só falavam Paulo Benjamin de Oliveira
Paulo e Claudionor quando chegavam
Na roda de samba abafavam
Todos corriam para ver
Pra ver, se não me falha a memória
No livro da nossa história tem conquistas a valer
Juro que não posso me lembrar
Se for falar da Portela, hoje eu não vou terminar
monarco - quitandeiro
Quitandeiro, leva cheiro e tomate
Pra casa do Chocolate que hoje vai ter macarrão
Prepara a barriga macacada
Que a boia tá enfezada e o pagode fica bom
Chega só 30 litros de uca
Para fechar a butuca
Desses negos beberrão
Chocolate, tu avisa a crioula
Que carregue na cebola e no queijo parmesão (BIS)
Mas não se esqueça
De avisar a nêga Estela
Que o pessoal da Portela
Vai cantar partido alto
Vai ter pagode até o dia amanhecer
E os versos de improviso
Serão em homenagem à você
Quitandeiro, leva cheiro e tomate
Pra casa do Chocolate que hoje vai ter macarrão
Prepara a barriga macacada
Que a boia tá enfezada e o pagode fica bom
Chega só 30 litros de uca
Para fechar a butuca
Desses negos beberrão
Chocolate, tu avisa a crioula
Que carregue na cebola e no queijo parmesão
monarco - tudo menos amor
Tudo que quiseres te darei, oh flor
menos meu amor
darei carinhos se tiveres a necessidade
e peço a Deus para te dar muita felicidade
infelizmente só não posso ter-te para mim
coisas da vida, é mesmo assim,
Embora saiba que me tens tão grande adoração
eu sigo a ordem e esta é dada por meu coração
neste romance existem lances sensacionais
mas te dar meu amor, jamais.
A gente ama verdadeiramente uma vez
outras são puras fantasias, digo com nitidez
mas uma história de linguagens sensíveis e reais
o que quiseres mas o meu amor, jamais.
monarco - vai mesmo
Vai mesmo
Para mim não causa pena
Para fazer, não tiveste remorso
Queres te esconder
Mas a culpa te condena
Quero esquecer da ingratidão
Mas eu não posso
Eu te consagrei
Num amor como ninguém
Me foste perjura
Vai, ó criatura, para o meu bem
monarco - estação primaveril
Primavera és a estação de amores
Tua aurora saúda teus bosques com perfume e flores
Brilha no horizonte o astro matutino
Canta a passarada alegremente dá voz ao moinho
Natureza invenção sublime do Senhor
Tu és a vida, tu és o romance, tu és o amor
Canta a cigarra ao amanhecer
Dando previsões de um lindo dia
Surge a lua por detrás da serra
Iluminando essa terra
De beleza tão sutil
E o trovador feliz da vida
Enaltece a mais querida estação primaveril
monarco - o passado da portela
Um dia um portelense de outrora
Transbordante de alegria
Proferiu em linhas de um samba comovente
Que deixou muita saudade na gente
Quero referir-me àquele avante
Frase bem interessante
Quando o ideal é conquistar
Vitória retumbante
Alertando a mocidade
Com palavras que estão na memória
O passado da Portela
Ã? coberto de vitórias
O que nos vale é a fé
Que encoraja e conduz
Portelense de verdade
Que defende Oswaldo Cruz
Cds monarco á Venda