MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
mariza - o melhor de mim
Hoje, a semente que dorme na terra
E se esconde no escuro que encerra
Amanhã nascerá uma flor
Ainda que a esperança da luz
Seja escassa
A chuva que molha e passa
Vai trazer numa gota amor
Também eu estou
Ã? espera da luz
Deixo-me aqui
Onde a sombra seduz
Também eu estou
Ã? espera de mim
Algo me diz
Que a tormenta passará
Ã? preciso perder
Para depois se ganhar
E mesmo sem ver
Acreditar!
Ã? a vida que segue
E não espera pela gente
Cada passo que dermos em frente
Caminhando sem medo de errar
Creio que a noite
Sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre me iluminar
Quebro as algemas neste meu lamento
Se renasço a cada momento
Meu o destino na vida é maior
Também eu vou
Em busca da luz
Saio daqui
Onde a sombra seduz
Também eu estou
Ã? espera de mim
Algo me diz
Que a tormenta passará
Ã? preciso perder
Para depois se ganhar
E mesmo sem ver
Acreditar!
Ã? a vida que segue
E não espera pela gente
Cada passo que dermos em frente
Caminhando sem medo de errar
Creio que a noite
Sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre nos iluminar
Sei que o melhor de mim
Está para chegar
Sei que o melhor de mim
Está por chegar
Sei que o melhor de mim
Está para chegar
mariza - ó gente da minha terra
É meu e vosso este fado
Destino que nos amarra
Por mais que seja negado
Às cordas de uma guitarra
Sempre que se ouve o gemido
De uma guitarra a cantar
Fica-se logo perdido
Com vontade de chorar
Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi
E pareceria ternura
Se eu me deixasse embalar
Era maior a amargura
Menos triste o meu cantar
Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi
(SOLO)
Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi
mariza - alfama
Quando Lisboa anoitece
Como um veleiro sem velas
Alfama toda parece
Uma casa sem janelas
Aonde o povo arrefece
É numa água-furtada
No espaço roubado à mágoa
Que Alfama fica fechada
Em quatro paredes de água
Quatro paredes de pranto
Quatro muros de ansiedade
Que à noite fazem o canto
Que se acende na cidade
Fechada em seu desencanto
Alfama cheira a saudade
Alfama não cheira a fado
Cheira a povo, a solidão,
Cheira a silêncio magoado
Sabe a tristeza com pão
Alfama não cheira a fado
Mas não tem outra canção.
mariza - meu fado meu
Trago um fado no meu canto
Canto a noite até ser dia
Do meu povo trago pranto
No meu canto a Mouraria
Tenho saudades de mim
Do meu amor, mais amado
Eu canto um país sem fim
O mar, a terra, o meu fado
Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado
De mim só me falto eu
Senhora da minha vida
Do sonho, digo que é meu
E dou por mim já nascida
Trago um fado no meu canto
Na minh'alma vem guardado
Vem por dentro do meu espanto
A procura do meu fado
Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado
mariza - ai esta pena de miim
Ai, esta angústia sem fim
Ai, este meu coração
Ai, esta pena de mim
Ai, a minha solidão
Ai, esta pena de mim
Ai, a minha solidão
Ai, minha infância dolorida
Ai, meu bem que não foi
Ai, minha vida perdida
Ai, lucidez que me dói
Ai, minha vida perdida
Ai, lucidez que me dói
Ai, esta grande ansiedade
Ai, este não ter sossego
Ai, passado sem saudade
Ai, minha falta de apego
Ai, passado sem saudade
Ai, minha falta de apego
Ai de mim, que vou vivendo
Em meu grande desespero
Ai, tudo que não entendo
Ai, o que entendo e não quero
Ai, tudo que não entendo
Ai, o que entendo e não quero
mariza - rosa da madragoa
A rosa da madragoa
Enche a canastra na praça
Vem para a rua, apregoa
E acorda meia lisboa
Que sorri quando ela passa
Sobe as escadas divertida
Numa alegria que alastra
Baila-lhe a saia garrida
Não lhe pesa a cruz da vida
Pesa-lhe mais a canastra
Se pela sombra das esquinas
A sua voz atordoa
Sabem as outras varinas
Quando passa pelas trinas
A rosa da madragoa
mariza - o tempo não pára
Eu sei
Que a vida tem pressa
Que tudo aconteça
Sem que a gente peça
Eu sei
Eu sei
Que o tempo não pára
O tempo é coisa rara
E a gente só repara
Quando ele já passou
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
Cantei
Cantei a saudade
Da minha cidade
E até com vaidade
Cantei
Andei pelo mundo fora
E não via a hora
De voltar p'ra ti
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
mariza - mãe
Mãe descobri que o tempo para
E o mundo não separa o meu coração do teu
Eu sei que essa coisa rara
Aumenta, desassossega mas para
Quando o teu tempo é o meuMãe canta com vaidade
Porque já tenho idade
Pra saber que em verdade em cada verso teu
Onde tu estás estou eu
Mãe contigo o tempo para
Nosso amor é coisa rara
E cuidas de um beijo meu
Sei que em cada gesto teu
Está teu coração no meu
Mãe canta com vaidade
Porque já tenho idade
Pra saber que em verdade em cada verso teu
Onde tu estás estou eu
Se pudesse mandar no mundo
Parar o tempo à minha vontade
Pintava teu coração com as cores da felicidade
Em cada gesto teu, está teu coração no meu
Mãe canta com vaidade
Porque já tenho idade
Pra saber que em verdade em cada verso teu
Mãe, a nossa espera valeu
mariza - barco negro
São loucas! são loucas! loucas...
Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir
Pois tudo em meu redor
Me diz que estás sempre comigo
Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir
Pois tudo em meu redor
Me diz que estás sempre comigo
De manhã, que medo, que me achasses feia!
Acordei, tremendo, deitada na areia
Mas logo os teus olhos disseram que não,
E o sol penetrou no meu coração
Mas logo os teus olhos disseram que não,
E o sol penetrou no meu coração
Vi depois, numa rocha, uma cruz,
E o teu barco negro dançava na luz
Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas
Dizem as velhas da praia que não voltas:
São loucas! loucas...
Eu sei, meu amor,
.... .... ....
No vento que lança areia nos vidros;
Na água que canta, no fogo mortiço;
No calor do leito, nos bancos vazios;
Dentro do meu peito, estás sempre comigo
No calor do leito, nos bancos vazios;
Dentro do meu peito, estás sempre comigo
( solo )
Eu sei, meu amor,
.... .... ....
mariza - chuva
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
mariza - de braços abertos
Da janela vês o mar e esta paz é tão maior
Como se parasse o tempo ao pé de nós
Como um sonho em que se vai feito de asas e de gente
Que se entrega a cantar numa só voz
Sabes que vou chegar de braços abertos
Sabes que vou chegar de braços abertos (bis)
Sou da terra de quem diz que a vida é uma canção de amor,
Que toda a gente vive o sonho que quiser
Ã? voar e ser feliz, para dar e ser melhor
Sabes que vou chegar de braços abertos
Há uma terra que te espera, há um céu que aconteceu
E o sol queimando as pontas do amor
Há uma lua que se deita para deixar amanhecer
Aqui, anda, me traz ao calor.
Sabes que vou chegar de braços abertos
Sabes que vou chegar de braços abertos (bis)
Sou da terra de quem diz que a vida é uma canção de amor,
Que toda a gente vive e sonha o que quiser
Sou da terra da kisaca, da mulemba, do tambor
Sabes que vou chegar de braços abertos
Da janela vês o mar e esta paz é tão maior
Como se parasse o tempo ao pé de nós, fazer amigos, viajar
Ã? o que nos faz sentir que a vida é melhor
Vou voar e voar
Sabes que vou chegar de braços abertos
Sabes que vou chegar de braços abertos (bis)
mariza - mágoa
Bóiam leves, desatentos,
Meus pensamentos de mágoas
Como no sono dos ventos
As algas, cabelos lentos
Do corpo morto das águas
Bóiam como folhas mortas
À tona de águas paradas
São coisas vestindo nadas
Pós remoinhando nas portas
Das casas abandonadas
Sono de ser sem remédio
Vestígio do que não foi
Leva-me a água leve tédio
Não sei se pára, se foi
Não sei se existe ou se dói
mariza - meu fado
Trago um fado no meu canto
Canto a noite até ser dia
Do meu povo, trago pranto
No meu canto, a mouraria
Tenho saudades de mim
Do meu amor mais amado
Eu canto um país sem fim
O mar, a terra o meu fado
O meu fado, meu fado, meu fado
Meu fado, meu fado
De mim so me falto eu
Senhora da minha vida
Do sonho digo que é meu
E dou por mim ja nascida
Trago um fado no meu canto
Na minha alma vem guardado
Vem por dentro do meu espanto
A procura do meu fado
O meu fado, o meu fado
O meu fado, meu fado
Meu fado, meu fado
Meu fado, meu fado
Meu fado
Meu fado, meu fado
Meu fado, meu fado
mariza - oiça lá ó senhor vinho
Oiça lá ó senhor vinho,
vai responder-me, mas com franqueza:
porque é que tira toda a firmeza
a quem encontra no seu caminho?
Lá por beber um copinho a mais
até pessoas pacatas,
amigo vinho, em desalinho
vossa mercê faz andar de gatas!
É mau procedimento
e há intenção naquilo que faz.
Entra-se em desequilíbrio,
não há equilíbrio que seja capaz.
As leis da Física falham
e a vertical de qualquer lugar
oscila sem se deter
e deixa de ser perpendicular.
"Eu já fui", responde o vinho,
"A folha solta brincara ao vento,
fui raio de sol no firmamento
que trouxe a uva, doce carinho.
Ainda guardo o calor do sol
e assim eu até dou vida,
aumento o valor seja de quem for
na boa conta, peso e medida.
E só faço mal a quem
me julga ninguém
e faz pouco de mim.
Quem me trata como água
é ofensa, pago-a!
Eu cá sou assim."
Vossa mercê tem razão
e é ingratidão
falar mal do vinho.
E a provar o que digo
vamos, meu amigo,
a mais um copinho!
mariza - pequenas verdades
No meu deserto de água
Não havia luz para te olhar
Tive que roubar a lua
Para te poder iluminar
Quando iluminei o teu rosto
Fez-se dia no meu corpo
Enquanto eu te iluminava
Minha alma nascia de novo
refrão:
São as pequenas verdades
As que guiam o meu caminho
Verdades brancas
Como a manhã
Que abre a janela do nosso destino
Como o teu olhar
Quando tu me olhas
Como a tua lembrança
Depois de partires
É verdade que a sombra do ar me queima
E é verdade que sem ti eu morro de pena
Misteriosa era a tua boca
Misterioso o meu lamento
Mas não se o nosso amor de primavera
Foi mentira ou uma paixão verdadeira
Quando a solidão regresse
Cega de amor irei até à morte
As verdades só existem pelos recantos da mente
Essa pequenas verdades que giram o meu caminho
Cds mariza á Venda