MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
marco brasil - jeito caipira
Mulher pra me ganhar, ela tem que gostar do meu jeito caipira
Não mexer na muringa onde eu guardo minha pinga com sucupira
Quando eu chegar do mato, catar carrapato em meu corpo cansado
Não fazer enjoeiro quando sentir cheiro de bosta de gado
Refrão
Eu quero uma mulher que ainda reze com fé um um pai nosso perfeito
Eu não sou primitivo, é que eu acho que eu vivo melhor desse jeito
Eu quero uma mulher que ainda coe o café num coador de pano
Que vergonha não tenha de um fogão à lenha, o teto enfumaçando
Não precisa saber de tudo fazer, mas de duas coisas não abro
De noite o prazer e de dia fazer um franguinho com quiabo
Refrão 1x
Você pode pensar que eu não vou me casar, que essa coisa não vira
Que eu não vou encontrar uma mulher pra aceitar o meu jeito caipira
Quer saber o que eu acho?
Se não for nos braços de uma mulher
Uma coisa consola: o braço da viola, a viola me quer
marco brasil - bandido com razão
Ele não tem culpa, ele não deve nada
Ele é uma planta, tão frágil mal cuidada
Sua cabeça está à prêmio
Anjo do mal, anjo pequeno
Bandido com razão
Ele não tem culpa, ele só quer a vida
Ele é a vergonha, da pátria esquecida
Tem que roubar, tem que ser homem
Sobreviver, matar a fome
Salvar seu coraçãoMenino de rua eu te conheço
Dignidade não tem preço
Menino de rua quer ser gente
Menino pobre, tão carente
Pede uma chance pra viver
Menino de rua eu te conheço
Dignidade não tem preço
Menino manchete de jornal
Neste país de carnaval
Não tem comida pra você
Menino de rua eu te conheço
Dignidade não tem preço
Menino de rua quer ser gente
Menino pobre, tão carente
Pede uma chance pra viver
Menino de rua eu te conheço
Dignidade não tem preço
Menino manchete de jornal
Neste país de carnaval
Falta comida pra você
marco brasil - presente de um pai
Filhinha do meu coração,
No momento em que lê minha carta já deverás ter 15 anos
E um coração forte batendo em seu peito.
Esta foi a promessa que me fizeram os médicos
Que te operaram.
Não podes imaginar nem remotamente
Quando lamento não estar ao seu lado.
Quando soube que morrerias,
Decidi dar-te a resposta da pergunta que fizeste
Quando tinha 7 aninhos a qual não pude responder,
Decidi dar-te o presente mais bonito
Que ninguém jamais faria por minha filha,
Te dou de presente minha vida inteira
Sem nenhuma condição, para que faça com ela
O que queiras, viva filha, te amo com todo meu coração,
Quando ela chorou todo dia e toda noite.
No dia seguinte ela foi ao cemitério
E sentou-se ao lado do túmulo de seu pai,
Chorou tanto como ninguém poderia chorar e sussurrou:
Papai agora posso compreender o quanto me amavas,
Eu também te amava ainda que nunca tenha dito,
Agora compreendo a importância de dizer te amo,
Te amo, te amo!
E quero te pedir perdão por haver guardado silêncio
Tantas vezes.
E nesse instantes as copas das árvores
Balançavam suavemente caíram
Algumas folhas e florzinhas e uma suave brisa
Roçou a face da menina que olhou para o céu
Tentou enxugar as lágrimas do seu rosto
Mas se levantou deu um sorriso sentiu o beijo de seu pai,
E naquele dia em diante saiu pelo mundo a fora,
Pra pedir a você que diga as pessoas
Eu te amo, para você que está chorando nesse momento,
Pra você que esteja emocionado,
Também possa dizer e abrir o seu coração.
Diga ao mundo que você o ama, diga a sua família,
Diga à sua esposa a seu filho a sua filha,
Diga a seus irmãos, diga dentro do seu coração
Ao seus inimigos, eu também te amo! diga à deus,
Diga a nossa senhora, diga à vida eu também te amo!.....
By; jhenifher silva
marco brasil - meu velho pai
Meu velho pai
Preste atenção no que eu lhe digo
Meu pobre papai querido
Enxugue as lágrimas do rosto
Porque papai que você chora tão sozinho
Me conta meu papaizinho
O que lhe causa desgosto
Estou notando que você esta cansado
Meu pobre velho adorado
Sua filha esta falando
Quero saber qual a tristeza que existe
Não quero ver você triste
Por que é que esta chorando
Quando lhe vejo tão tristonho desse jeito
Sinto estremecer meu peito
Ao pulsar meu coração
Meu pobre pai você sofreu pra me criar
Agora vou lhe cuidar
Essa é a minha obrigação
Não tenha medo meu velhinho adorado
Estarei sempre do teu lado
Não lhe deixarei jamais
Eu sou o sangue do seu sangue papaizinho
Não vou lhe deixar sozinho
Não tenha medo meu pai
Você sofreu quando eu era ainda criança
a sua grande esperança
era me ver homem formado
Eu fiquei grande, estou seguindo meu caminho
E você ficou velhinho
Mas estou sempre ao seu lado
Meu pobre pai, seus passos longos silenciaram
Seus cabelos branquiaram
Seu olhar escureceu
A sua voz quase que não se ouve mais
Não tenha medo meu pai
Quem cuida de você sou eu
Meu papaizinho não precisa mais chorar
Saiba que não vou deixar
Você sozinho, abandonado
Eu sou seu guia, eu sou seu tempo e sou seus passos
Sou sua luz e sou seus braços
seu filho abençoado
marco brasil - adeus papai adeus mamãe
Adeus Papai, Adeus Mamãe
Eu sou o filho que volta, a bater na mesma porta
Que há muito tempo eu fechei,
Quando fui embora chorando e aqui soluçando
Papai e mamãe eu deixei
Hoje, vejo a gaiola vazia do canário que um dia,
Eu mesmo mandei soltar,
Talvez o pobre passarinho, voltou ao seu velho ninho
Como eu voltei ao meu lar
Vejo o meu cão policial latindo ali no quintal
Nem me reconheceu
Vem lobo, vem ver o seu dono que te deixou no abandono
Sem ao menos dizer-lhe adeus.
Já vai alta a madrugada, vejo a janela fechada
Do quarto de meus velhinhos
Talvez mãezinha chora, sem nunca pensar que agora
O seu filho está tão pertinho!
Talvez pensam que eu morri, porque nunca lhes escrevi
Desde a minha despedida.
Eles devem estar velhinhos, já na curva do caminho
Que conduz ao fim da vida
Abra a porta papai!
O seu filho está de volta prá pedir sua benção,
Sei que sua voz não sai, cortada pela emoção
Não precisa dizer nada, deixe as lágrimas derramadas
Banharem meu peito de dor.
Eu que vivi sem carinho, 20 anos papaizinho
Quero agora o seu calor!
Papai, cadê minha mãezinha?
Meu pensamento adivinha, olhando nos olhos seus
Meu filho, chorando quero te dizer:
Sua mãe não pode viver, foi se embora morar com Deus.
Qual uma flor entre espinhos, no abandono murchou
Papai como você está velhinho
Seus cabelos estão branquinhos,
foram as tardes sem fim
Vejo na parede a fotografia da mãezinha que um dia
Eu deixei chorar,
Parece que ela me diz:
"Filho como estou feliz, de ver você regressar"
Parti pra fazer riqueza, pra tirar-me da pobreza
Ao meu pai e minha mãezinha,
Mas compreendi tarde demais,
Que eram os meus velhos pais, a maior riqueza que eu tinha.
marco brasil - olha nós aqui de novo
Olha que loucura nós aqui de novo
Eu você na mesma mesa mesmo bar
Parece que foi ainda pouco, você me deixando quase louco
E eu com medo de me aproximar.
Eu te quero tanto e você sabe
Não adianta evitar essa paixão
A gente se ama de verdade, vim para matar essa saudade
Que você deixou no coração.
Que tal nós dois logo depois
Sair daqui pra outro lugar
Curtir um lance dar um role
Sem compromisso pagar pra ver
Depois do amor deixar rolar
Se for pra ser assim será
O nosso caso e bem assim
Bom pra você melhor pra mim! (2x)
Que tal nós dois logo depois
Sair daqui pra outro lugar
Curtir um lance dar um role
Sem compromisso pagar pra ver
Depois do amor deixar rolar
Se for pra ser assim será
O nosso caso e bem assim
Bom pra você melhor pra mim!
marco brasil - mercedita
Recordo com saudades
Teus encantos mercedita
Perfumada flor bonita
E lembro que uma vez
A conheci num campo
Muito longe numa tarde
Hoje só ficou saudade
Esse amor que se desfez
Assim nasceu, nosso querer.
Com ilusão, com muita fé.
Mas eu não sei
Porque esta flor
Deixou-me dor e solidão
Ela se foi com outro amor
Assim me fez compreender
O que é querer, o que é sofrer.
Porque lhe dei meu coração
O tempo vai passando
E as campinas verdejando
E a saudade só ficando
Dentro do meu coração
Mas apesar do tempo
Já passado mercedita
Esta lembrança palpita
Na minha triste canção
Assim nasceu, nosso querer.
Com ilusão, com muita fé.
Mas eu não sei
Porque esta flor
Deixou-me dor e solidão
Ela se foi com outro amor
Assim me fez compreender
O que é querer, o que é sofrer.
Porque lhe dei meu coração.
marco brasil - caminhos da vida
Caminhos da Vida
Onze anos na estrada, cumprindo minha jornada; com a carreta a
viajar.
Em uma dessas viagens, meu bateu um cansaço, parei num posto
para descansar!
Já era de madrugada quando um anjo me acordou
Me incumbindo de um frete que São Cristóvão determinou
Você vai para Holambra, carregar lá na cidade das flores...
Pode ficar sossegado que eu te aviso quando o caminhão estiver
carregado
É para o céu que você vai viajar!
No mesmo instante me disse, vá, está tudo pronto e você não pode
demorar!
Não precisa nem de ajudante, mas leve este gravador, eu sei que
vai precisar.
Quando eu cheguei no céu, muita gente a me esperar!
Foram gritando:
Olha o caminhão da Morada vamos com o motorista conversar:
Todos queriam contar sua mágoa, sua dor;
Foi aí que eu entendi, o porque do gravador:
Para gravar mensagens de paz e trazer a este povo sonhador!
Comecei formar uma fila para não tumultuar
Toninho Boiadeiro, Renato Cordeiro e o Gilberto Preto
Tiveram que me ajudar!
Uma jovem sorridente pediu: deixa eu falar primeiro!
Beto Belentano reconheci seu caminhão, eu vi o letreiro;
Meu pai trabalhou com o Senhor, sou filha do André Monteiro!
Nisso um Senhor com olhos rasos d'água pediu para sua historia
contar
Outro gritou lá do fundo, seja rápido que a fita do gravador
pode acabar!
Eu tinha um 113 de caçamba, trabalhava na região de Piracicaba,
Rio das Pedras e Mombuca, até que um dia eu fui assassinado
na rodovia do açúcar.
Um outro caminhoneiro me mostrou um sinal profundo nas mãos e
dos pés
Viajava sempre sozinho, vejam só como é que é
Até que um dia eu carreguei, em Tuneiras D' Oeste no Paraná, uma
carga de café
Com destino à São Paulo, cidade de Avaré
Roubo de carga, quadrilha não deixa pista, leva a carga
E na maioria das vezes a vida do motorista.
Chega agora um moço alto, de olho azul, pelo sotaque notei que
era do sul
Quero contar o meu passado:
Parei para trocar um pneu que havia furado, inocente não
percebi
Dois homens atrás de mim, fortemente armados,
Um falava no celular, o outro me mantinha deitado.
Nos olhos dos dois o ódio estava estampado
É verdade eu não minto, deu até pra ouvir o estampido da 765
Quando o gatilho foi acionado!
Um outro me pediu, grave aí minha historia:
Pelo sotaque forte, era um caboclo do norte
Trazia uma rede no ombro e uma toalha no pescoço
Pedi silencio, vamos ouvir este moço!
Meus amigos vejam como eu fazia:
O dia pra mim era noite e a noite pra mim era dia!
Carregava no Nordeste e chegava em São Paulo chinelando o câmera
fria.
Viagem de 48 no meu 16-18 eu fazia em 38!
Mas foi na Rio Bahia, na madrugada de um certo dia,
o fim da minha história seu moço!
Me chamaram de conterrâneo, abracei os dois e senti vontade de
chorar.
Chorando um deles disse:
Viajávamos contentes, era tudo maravilha,
De repente uma batida de frente, acabou tudo na Belém/Brasília.
A notícia chegou de imediato, o povo não quis acreditar...
A cidade de Borborema, no interior de São Paulo
ficou três dias parada, esperando a gente chegar,
O povo ficou emocionado ao ver o que tinha sobrado do Ninão e do
Dito Araçá!
Na seqüência chegou um moreno sorridente
E parando na minha frente disse grave aí um recado meu:
Peço calma aos motoristas, os acidentes ainda são constantes,
Eu também perdi a vida, na via dos Bandeirantes!
Nem lembro a velocidade que eu desenvolvia,
afinal era uma BMW, o carro que eu dirigia!
Diz pro meu amigo seguir em frente sua missão, pois toda vez que
ele canta aí;
Eu o acompanho daqui no refrão!
Até um estúdio tem aqui pra nós, eu vou gravar com o Pardinho;
Com o Tião Carreiro eu não combino a voz!
Evaldo Braga, Moraci, Duduca, Jessé, João Pacífico,
Cezar Rossini, Gonzagão e Gozaguinha, Xavantinho
Barrerito, Sandro, Leandro, Belmonte e Zilo
Eles também cantam com a gente,
fazemos uma mistura de voz, em duetos diferente!
Fora da fila, notei uma alegria de como quem brinca um menino,
Dei um abraço forte, era o tropeiro João Palestino!
Vem chegando um baixinho gesticulando.
É um moço que há muito tempo aqui no céu está cantando!
Neste momento eu disse: Eu te conheço?
Ele disse: Guri eu acho que não, pois quando eu vim pra cá
você ainda era um piazão!
Aproveito a oportunidade de pedir um favor atual,
para que você realize um desejo meu:
Sei que você é o caminho, peça pro Negrão tocar minha música
no Programa do Ratinho!
Aquele sujeito é batuta, anda com o povo na linha.
Agradeça a ele por nós e mande um abraço do gaúcho Teixeirinha!
Nisso recebi um bilhete de um senhor educado, que dizia assim:
Na sua próxima viagem traga uma foto de Itápolis para mim
Lá tem uma rua que tem o mesmo nome meu
Nela plantei algumas árvores, quero ver se já cresceu!
Dei um abraço em Zé Fortuna, o meu coração doeu.
A fita estava acabando,
quando alguém vestindo um terno branco e de microfone na mão
disse:
Cowboy da Estrada deixa eu te dar um abraço apertado
Reconheci, era Zé do Prato locutor apaixonado!
E ele disse:
Este microfone era do Marco Brasil, mas agora é meu;
Ele veio narrar um rodeio aqui no céu e de lembrança me deu!
Zé do Prato tinha na mão um tanto de oração e falou assim
comigo
Entregue essas orações a esses grandes amigos:
Jorge Moisés, Ivan Diniz, Piracicabano, Barra Mansa, Lalau dos
Santos,
Alan Coelho, Donizete Alves, Asa Branca, Capixaba, Sebastião
Ribeiro Chá!
Essa é para o Juliano Cesar, pra ele guardar no chapéu
Pois ele vive dizendo que eu sou o locutor aqui do céu.
Beto, esta é especial,
Entrega para o moço que contou um sonho e o mundo inteiro
ouviu,
Essa é para o Marco Brasil:
Marco Brasil, do rodeio que você fez aqui o povo ainda sente
saudade sua;
Os seus versos engraçados um anjo para de falar o outro
continua
Pediram até pra eu te imitar, não sei se vou saber
Não é o meu estilo, não tenho nada ensaiado, vamos ouvir o que
vai acontecer:
Alô, alô meu povão apaixonado,
Alô meu povo, tche, tche, tche!!!
E foi assim, com esta voz sumindo que acordei assustado;
na boleia do caminhão com o travesseiro molhado.
Mas logo o susto e a tristesa pela alegria foram trocados
Lembrei então daquelas mensagens e uma esperança surgiu
Tenho que contar pra todo mundo:
Na forma deste poema narrado por Marco Brasil!
marco brasil - do jeito que a moçada gosta
Hoje eu vou sair de casa
Vou bater as asas
Hoje eu vou voar
Quero um amor de verdade
Uma cara-metade pra me conquistar
Quero uma paixão no peito
Hoje eu tô do jeito que a moçada gosta
Quero o beijo da mulata
Da morena eu quero essa paixão que mata
Mas, se der, eu fujo com a loira nas costas
Hoje eu tô de rédeas soltas
Pega fogo no salão
Hoje o forró tá fervendo
Suor tá descendo, tá molhando o chão
Hoje eu tô de rédeas soltas
Brigo por qualquer paixão
Hoje eu caio na folia
E amanheço o dia nesse forrozão
Toca sanfoneiro, toca
Um arrasta-pé
Que hoje eu tô do jeito que a morena gosta
Hoje eu tô do jeito que a loirinha quer
Toca sanfoneiro, toca
Toca um chama-mé
Que hoje eu tô do jeito que a morena gosta
Hoje eu tô do jeito que a loirinha quer
marco brasil - cadeira na calçada
Bem meu povo,
Já vai longe aquele tempo,
Da cadeira na calçada,
Bem no finalzinho da rua,
Da minha velha morada.
A tarde num pé de amora,
Via a ultima andorinha,
E na rua a criançada,
Brincava de amarelinha.
A jardineira apanhava,
Os passageiros lá na venda,
Um cavaleiro passava,
A caminho da fazenda.
Os visinhos conversando,
Se alongavam noite a dentro,
Até ficar salpicando,
De estrelas no firmamento.
A cadeira foi deixada,
Na calçada do destino,
Onde senta com saudade,
O meu sonho de menino.
Na avenida do meu peito,
Esburacada pelos anos,
Hoje passa a solidão,
A galopar meus desenganos.
Já é tarde em minha vida,
Na calçada do meu tempo,
A cadeira do passado,
Foi deixada no relento.
A andorinha da lembrança,
Me transporta ver de novo,
A calçada minha rua,
E a conversa com meu povo.
Mais é sonho,
Porque agora,
Na calçada do meu ser,
Sou cadeira que o tempo,
Se esqueçeu de recolher.
marco brasil - fecha não buteco
Fecha não buteco que hoje eu não saio daqui
Mais um gole da marvada eu não quero nem dormi
Fecha não buteco que hoje eu não saio daqui
Só por causa da marvada hoje vivo pelas beiradas
Bebendo até cair.
Esse trem foi embora Me deixou na solidão
Hoje vivo arrependido Hoje vivo no mundão.
Marvada acertou de Jeito Catucou meu coração
Me deixou desnorteado Um menino apaixonado
Buteco não fecha não.
Fecha não buteco que hoje eu não saio daqui
Mais um gole da marvada eu não quero nem dormi
Fecha não buteco que hoje eu não saio daqui
Só por causa da marvada hoje vivo pelas beiradas
Bebendo até cair.
Esse trem foi embora Me deixou na solidão
Hoje vivo arrependido Hoje vivo no mundão.
Marvada acertou de Jeito Catucou meu coração
Me deixou desnorteado Um menino apaixonado
Buteco não fecha não.
Fecha não buteco que hoje eu não saio daqui
Mais um gole da marvada eu não quero nem dormi
Fecha não buteco que hoje eu não saio daqui
Só por causa da marvada hoje vivo pelas beiradas
Bebendo até cair.
marco brasil - rodeio no céu
Eu não sei se é uma miragem
Ou é aviso o que ando tendo
Talvez seja uma mensagem
O que vem me acontecendo
Esta noite eu fui dormir, já estava amanhecendo
Tive um sonho esquisito, parece que estava vendo
Tinha sido convidado para um rodeio lá no céu
Agradeci, disse que ia
Peguei o microfone e o chapéu
Ms quando entrei no carro, logo vi a diferença
No meu carro tinha asas, vejam só que desavença
E ele em autocomando, partiu dali em um segundo
Ao chegar lá no recinto,
Vi que estava em outro mundo
Só que a companheirada, era um povo conhecido
Meus amigos de rodeio, gente que havia morrido
Apesar do grande susto, eu logo me eles festejei
Dei um abraço em cada amigo, e com eles festejei
Nisto começou a abertura, tudo virou emoção
Orestes Ávila ao microfone, fazia uma declamação
Depois vinha Zé do prata e Fernando mourão
Um prestava homenagens, outro fazia oração
Haviam muitos tropeiros,
Mas só alguns que eu conhecia
Chico piu, Mauricio Alves,
valtinho biazi e companhia
Gauchinho e Carlos binatti
Estavam com as caras pintadas
Vicente ramalho e belarmino,
Madrinhavam as boiadas
Fernando nogueira de Marília,
Era o empresário da festa
E organizando provo do laço,
De presidente prudente estava o testa
O Zé louco e João Luciano, estavam dando sedém
Zé Luiz de lima e o Floriano, os ajudavam também
Jair horliani e tonho do neno,
Estavam de portereiros
E no fundo da querência,
Tinha oitenta boiadeiros
Nisto um gritou meu nome;
-Marco Brasil! Você não se lembra de mim?
Sou o kiko da Albertina
E logo dele me lembrei, e fiquei a imaginar
O que um menino tão novo,
Fazia naquele lugar
Vi que a morte leva todos,
Uns vão tarde, outros mais cedo
Mata os que tem coragem,
E também os que tem medo
Nisto em uma barraca ao lado,
Escutei umas cantorias
E lá estavam Artur Bernardes,
Declamando poesias
Acompanhando com a viola
Só tinha gente famosa
Teddy Vieira, tião carreiro,
Estavam afinando a voz
E num canto conversavam,
Tonico e Paulinho queiróz
Com isso, meu povo,
Acordei assustado e me lembrei do Faustão
Barraqueiro assassinado,
Que morreu junto ao irmão
E eu fiquei desnorteado
Não consigo entender até agora
Porque quando acordei,
Segurava um par de espora,
Ao lado a imagem de Nossa Senhora.
marco brasil - filho ingrato
Certa vez estive viajando por esse Brasil afora
Quando me vi no sertão
Numa estrada de chão, era tarde, umas 3 hs
De repente, meu carro quebrado,
Fechei os vidros, deixei ali encostado
E ajuda eu fui procurar
Quando eu vi uma casa ali perto
O lugar era deserto
Pelo trilho comecei a andar
Fui chegando devagarinho
E quando vi estava pertinho
Por ajuda fui gritando
A casa parecia abandonada
A porta não estava trancada
Eu abri, fui entrando
Na entrada logo vi que alguém morava ali
Pois tinha uma cama velha,
Duas panelas na prateleira
Num canto, um banco encostado,
O fogão de lenha do lado
E a moringa era geladeira
De repente ouvi um gemido
Entrei e vi um velho caído
Que me disse com a voz extremecida:
meu filho, sente aqui do meu lado,
Só ouça, fique calado
A história da minha vida...
Eu era um rapaz faceiro,
Era o rei dos boiadeiros
Tinha vida pra dar e vender
Na viola eu era um açoite
Trabalhava dia e noite,
Só não sabia ler e escrever
Me apaixonei por uma moça
Chamada Tereza
E no dia do nosso casamento
Dançamos até noite adentro
E eu fazia meus planos,
Vou construir nossa casinha
Criar gado, criar galinha
Nem que demorasse muitos anos
Mas aí veio a tristeza
A minha querida Tereza
O filho não pôde suportar
Foi sentindo a dor do parto
E ai nesse mesmo quarto
Ela partiu e com Deus foi morar
Fiquei eu e o menino
Tracei ali o seu destino e jurei a ele,
Estudo dar
Nem que eu tivesse o sacrifício
Se fosse pro seu benefício
Até sangue eu ia derramar
Mas quem tem Deus não se apura
Mesmo levando uma vida dura
Eu não podia me queixar
Eu era muito valente
O menino inteligente
Arroz e feijão nunca ia faltar
Me lembro como se fosse agora
Ele chegando da escola
No ultimo dia do ano
E com sua simplicidade me disse
Pai, eu quero entrar na faculdade
Pois é esse meu plano
E se foi para a cidade grande
Me deixando aqui tão longe
Para vencer no seu futuro
Eu fazia economia, trabalhava noite e dia
Para manter o seu estudo
Se passaram quatro anos
E eu na roça lutando
Numa vida muito dura
Mas ao céu eu agradeci
Pela graça que recebi
Pois chegou o dia da sua formatura
Vesti meu terno de estopa
Eu não tinha outra roupa
No meu pé, meu velho sapatão
Com as unhas sujas de terra
Pulei vale, cruzei serras
Pra ver meu filho receber a sua formação
Fui chegando na cidade
E com a minha simplicidade
No salão eu fui entrando
Quando vi meu filho do lado
Tava bonito, tava arrumado
E pro seu lado fui andando
Eu fui com os braços abertos
Mas na hora ele saiu de perto
Com uma cara risonha
Criticou minha roupa velha
As unhas sujas de terra
Falou que de mim estava com vergonha
Foi embora e me deixou ali num canto
Dos meus olhos escorreu pranto
E no meu peito uma grande dor
Pois ali me desprezava
Quem eu tanto ajudava
do fundo do meu amor
Fui saindo do salão
Cruzei aquela multidão
Com o peito cheio de tormento
Então voltei pra essa casinha
Pra tocar minha vidinha
E esquecer meu sofrimento
Hoje... hoje estou velho, eu sei!
De tanto que trabalhei
Da minha dor que mais parece uma ferida
O meu filho eu não vi nunca mais
Hoje deve ser doutor ou senhor dos tais
E eu aqui, no fim da minha vida
Mas vá, parte agora
E se um dia encontrar meu filho
Por essa estrada afora
Diga à ele que aquele terno de estopa
Que eu usei no dia da sua formatura
É o mesmo terno que usei
No dia que me casei
Com aquela que morreu para lhe dar a vida
E é com ele que eu vou para sepultura
Diga também que foi com aquele velho sapatão
Que eu trabalhei e tirei desse chão
O sustento do seu futuro
E as unhas sujas de terra
Representa o anel de formatura
De quem nunca teve estudo
E por fim, diga a ele que eu lhe perdôo
Que por Deus eu lhe abençôo
E não reclamo a minha cruz
Foi tão grande meu sofrimento
Mas não se compara em nenhum momento
Ao sofrimento de Jesus"
marco brasil - bens materiais
Bens Materiais
Preste atenção minha gente no que eu tenho pra dizer
Este é fato muito triste e que jamais vou esquecer:
Existiu um cidadão ganancioso demais,
Só pensava em poder e em bens materiais.
Tinha uma esposa mal amada e um filho por nome Juninho,
A quem pouco dava atenção e jamais dava carinho!
O pai ignorava a família e só pensava no dinheiro
Não tinha morada certa nem tão pouco paradeiro.
Quantas vezes a mãe ao lado de seu filhinho
Passavam Natal, aniversários e outros dias sozinhos.
O filho às vezes chorava querendo o pai encontrar
E a mãe sempre dizia querendo lhe consolar
Seu pai está trabalhando pra mais conforto nos dar!
O pai sempre viajando por este chão brasileiro
Não media as conseqüências
Pra ganhar o seu dinheiro.
Certa vez um bom dinheiro ele conseguiu ganhar
Comprou o carro importado que ele vivia a sonhar
E depois de um bom tempo, com a família veio encontrar.
Chegou em casa no seu carro dirigindo
E para a sua família foi logo se exibindo
Era um carro de luxo da cor azul do céu
Que para todos ele mostrava, como se fosse um troféu.
O filho com saudades, perto do pai chegava.
mas ele não dava atenção, nem sequer pro filho olhava.
O homem só falava do carro, até parecia um louco
Depois de algum tempo, resolveu descansar um pouco.
O pai foi dormir e o garoto ficou acordado
Olhando pra aquele carro viu uma sujeira do lado.
Na inocência de criança querendo o pai ajudar,
Pegou um balde de água para o carro lavar
Pegou uma bucha de aço e começou a esfregar.
Depois com simplicidade foi correndo o pai acordar!
O homem ao ver o carro todo arranhado
Parecia um animal feroz e descontrolado
E como um demente que não sabe o que faz
Nas mãozinhas do menino começou a bater
A mãe num quarto trancada não pode seu filho ajudar
Vendo o pai com muito ódio o garoto castigar!
O pai mostrando maldade impedia e não deixava
Que a mãe buscasse socorro pro seu filho que ali chorava.
Três dias se passaram de sofrimento sentido
Atá que o pai foi consertar o carro e o filho pode ser
atendido.
O médico deu a notícia tão triste de se escutar
Mãe, a mãozinha de seu filhinho teremos que amputar!
Em estado de choque a mãe foi internada
E naquele mesmo dia a cirurgia do filho marcada.
Passaram-se alguns dias e o pai foi avisado
A notícia deixou o homem totalmente desesperado.
Saiu correndo para o hospital onde o filho estava internado.
Quando viu o seu filho, com a mão amputada, começou a chorar.
O menino o abraçou e quis o pai consolar.
Na inocência de criança para o pai começou a falar:
"Papai eu nunca mais vou fazer você chorar,
Pois eu já não tenho minha mãozinha para o seu carro arranhar!"
O homem saiu correndo sem saber o que fazer
Com tanta dor e remorso não queria mais viver.
Não tinha mais solução, não tinha mais outro jeito.
Pegou então uma arma e sem pensar
atirou contra o próprio peito.
Aquele tiro tirou a vida em poucos instantes
De um homem egoísta, covarde e ignorante!
Termino esta triste história e espero não ver outras iguais.
E deixo aqui uma mensagens para filhos e pais:
"Na vida há coisas mais importantes do que bens
materiais!"
marco brasil - coração de caminhoneiro
Meu amor
Ele fez minha malas
Me ensinou a estrada
Mais uma vez vou viajar
Estou bem
Um eterno Carretero
Coração de caminhão dirigir
Sem um bar onde eles param
Hoje aqui
E amanhã onde possa
Um temporária cama
Ã? a minha paixão tão forte
O que me traz
Entre o vento e asfalto
Deus me vê de cima
E deixem-me a pé
Ea minha vida passar
Trata-se de um motor de combustão
eu vou ... Voar sem asas
Com memórias de casa
Rasgando no coração
Chuva e sol
Dia e noite vou seguir
Eu vim para fora
Sem saber o meu endereço
Meu amor
Como é sempre eperando
nós sempre andamos juntos
Ao cantar sua canção
E assim
Viver sempre em frente
Com as mãos sobre o voante
Outro amor, com paixão
E viajar
Ã? noite transiente
Um feroz na estrada
E um anjo no coração
Cds marco brasil á Venda