MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
mano lima - espantando bagual
(Putututututu, temo domando
Temo aprendendo, temo ensinando)
O homem é igual ao cavalo quando é bom já nasce pronto
Mas a vida é que dá o pealo para deixar de ser potro
O cavalo se ajeita no freio e o homem na luta em que passa
Um se conhece em rodeio e o outro na causa em que abraça
O mundo é que doma o homem e o homem é que doma o cavalo
Uns atropelam no laço e outros já nascem domados
Não sou xucro, nem domado sou manso só de selim
Se me botarem no arado quebro a coice o balancim
mano lima - lobisomem do arvoredo
O Lobisomem do Arvoredo
Todo mundo tinha medo
Foi meu pai que me contou
Que uma vez ele posou e se encontrou com a bicharedo
Sexta-feira lua cheia,
E ele posou lá sózinho
De repente viu uma sombra,
Pois era a Lobisoma com seis lobisominhos.
A Lobisoma bem tetuda
Tava dando de mamá
Ele saiu de mansinho e pegou o Lobisominho
E trouxe pra criar
Ele pegou o Lobisomem
E trouxe pra criar guacho
Hoje o bicho tá famoso, tá vivendo pelo povo
E toca Gaita de 8 baixo
O Lobisomem do Arvoredo
Todo mundo tinha medo
Foi meu pai que me contou
Que uma vez ele posou e se tocou pro "bixaredo"
Hoje o bicho tá famoso
Na profissão até já tem nome
Ele é uma baita de uma rima ele se chama Mano Lima,
é o rei do Lobisomem
Ele é uma baita de uma rima ele se chama Mano Lima,
é o rei do Lobisomem
Ele é uma baita de uma rima ele se chama Mano Lima,
é o rei do Lobisomem
Ele é uma baita de uma rima ele se chama Mano Lima,
é o rei do Lobisomem
mano lima - cadela baia
A minha doma é na base do iá há há
Deixo que corra a vontade embalo o corpo pra golpear
Dou-lhe um tirão lá no fundo da invernada
E outro aqui na chegada e nesse já faço esbarrar
Conto com a sorte e com minha cadela baia
Que ás vezes a pobre me ajuda e outras vezes me atrapaia
Eu mesmo pego, eu mesmo encilho, e eu mesmo espanto
Depois que eu salto pra arriba nos arreios eu me garanto
Depois que eu boto a curva da perna no arreio
Pode frouxar minha cadela só que rache pelo meio
A minha cadela sai pegando pelas ventas
E afirmo na soiteira e abraço nas ferramentas
Pra quem não sabe meu apelido é polvadeira
E desde que vim da fronteira dou pau em égua aporreada
Meu professor foi o maragato Antenor
Que mora ali no corredor pra diante da encruzilhada
mano lima - marrequinha
O meu rancho já tá pronto, já botei bóia na tuia
O meu revolver é schmidt, tem sete balas na agulha
Marrequinha da lagoa tu vai ser a minha puía
Enquanto eu canto pra ti tu fechas as asas e mergulha
Bate, bate, bate asas e não voa
Marrequinha ta dizendo que o mano é coisa boa
Coração de marrequinha e de véinha é complicado
Marreca se assusta e voa e o veio morre apaixonado
Por isso marrequinha tu não via me bater asas
A lagoa do meu peito tem junco e rosa d'água
mano lima - saco de gato
São Pedro eu venho de longe lhe peço licença para desencilhar
Lá da terra adonde eu vivo lhe digo amigo não dá pra agüentar
Ã? um engolindo os outros chega dá até nojo da gente falar
O dinheiro corre tanto que só os gatunos conseguem pegar
O salário anda tão baixo que lhe digo amigo inté nem inflói
Se trabalha pela bóia a ainda se passa fome, isso é o que mais me dói
Venho lhe pedir uma mão para proteger o Rio Grande porque ele se vai
Bamo ensacar esses gatos e atar bem a boca e soltar no Uruguai
mano lima - um bagual corcoveador
A tropa vinha estendida
pastando no corredor
eu empurrava culatra
e também fazia fiador
num bagual gordo e delgado
arisco e corcoveador
que se assustava da estaca
e da sombra do maneador
É brabo a vida de um taura
que só trabalha de peão
nisso uma lebre dispara
debaixo de um macegão
meu pingo só deu um coice
escondendo a cara nas mãos
saiu sacudindo o toso
e cravou o focinho no chão
Tentei levantar no freio
mas era tarde demais
eu vi uma poeira fina
formando nuvens para trás
berrando se foi a cerca
e cruzou pro lado de lá
parecia uma tormenta
cruzando em Maçambará
Se enganchava nas esporas
sobre a volta do pescoço
cortando couro com pêlo
e tirando lascas de osso
naquele inferno danado
"bombiei" pro meu cebolão
regulava quatro e pico
numa tarde de verão
Senti a força do vento
me arrancando dos arreios
e aquele bicho parecia
que ia se rasgar no meio
deixei manso e de confiança
montaria de patrão
pois honro o nome que carrego
me orgulho de ser peão
mano lima - guasqueiro e domador
Toldei um bagual ruano que mal pisava o capim
Pingo de saltar esmagando se a volta viesse pra mim
Troteava as chilenas, bufando e bem arreglado
Fui visitar uma morena, que conheci no povoado
Eu que vivo domando e lidando com corda forte
Sou guasqueiro e domador e pra o amor tenho sorte
Boleei a perna no rancho e ele estava na janela
Frouxei o bocal do ruano, atei e fui lá vê ela
Ela foi lá na cozinha e trouxe um mate bem cuiudo
Eu olhava aquelas mãozinhas e apertava com cuia a tudo
E ali tivemos mateando pensando em que conversar
Disse ele tá sentando o teu bagual vai escapar
Só que rebente o pescoço, mas a cabeça é de ficar
Vira o mate e aquenta a água que tá querendo esfriar
Corda que eu faço menina, não é com lonca de sapo
Potro que eu pego se amansa, senão a golpe lhe mato
Agora o ruano tá manso, já dei a segunda sova
Já trouxe a china pra o rancho, morar na querência nova
Nas madrugadas charruas levanto devagarinho
Fica que é uma tatua, aninhada no meu ranchinho
mano lima - perseverano
Tenho espora cantadera
Que é uma tampa de chalera
O tamanho da roseta
Numa toca de peludo
Eu me sampei com égua e tudo
Correndo a novilha preta
Me encontraram dalhe um mês
Pode conta pra vocês
O amigo Perseverano
Que me acho pela espora
Que arrodeava campo fora
Igual o moinho cantando
Não foi facil meus amigos
Pra desentocar o Mano
Meus cabelo tavam duro
Igual a cola de burro
Pois ja estavam enraizando
Tenho um matungo safado
Que da coice até no rabo
Cada vez que eu vou pegar
Pega estribo e veiaqueia
Me derruba e me tonteia
Só pra poder me patiar
Era no mês de setembro
Tenho certeza me alembro
Quando eu me fui galopear
Fiz um paiero bem grosso
Só pra sair fumegando
Quando o bicho veiaquear
Oigalete baita tombo
Tombo igual eu nunca vi
Até aquele meu paiero
Eu não achei mais companheiro
Desconfio que engoli
Tenho a mulata facera
Que é loca de cabortera
E arrojada no facão
Essa morena aragana
Me salta igual caninana
No meio do macegão
Ela dorme enrrudilhada
Tipo cobra mal matada
Prontinha pra me pular
É fraquissima da ideia
E os dente da Jubiléia
Não da pra facilitar
Vivo peliando com a sorte
Total não so muito vil
Se é o perigo que me chama
Vamo embora caninana
Assubinado o amor febril
mano lima - conta pro tio
Conta pro tio
Qual é o mal que te afligiu
Conta pro tio
Qual é o mal que te afligiu
Conta pro tio
Qual é o mal que te afligiu
Conta pro tio
Só não vai mentir pro tio
A juventude tá carente
Não sei se todos sentem
Ou só eu que sou careta
Andam nos baile embolado
Que nem minhoca em banhado
Quando o tempo anda de seca
A musica é um barulho
e quase sempre e no escuro
Eu não entendo esses guris!
Se reúnem só num canto
se sacodem igual carancho
e vão bebendo até cair
Conta pro tioÂ?
Os homens tão grosseiro
e já não são mais cavalheiros
e cheio de má intenção
Influenciada nas novelas
as mulher vão abrindo as pernas
e fechando o coração
Vão se afastando da verdade
quando cai na realidade
os pais nunca tão presente
Aí chega um mau-carater
com cocaína e com crack
pra usá o adolescente
Conta pro tio
Qual é o mal que te afligiu
Conta pro tio
Qual é o mal que te afligiu
Conta pro tio
Qual é o mal que te afligiu
Conta pro tio
Só não vai mentir pro tio
Com a pupila grelada
essa pobre gurizada
vai se afundando no vício
Enxergam jacaré voador
lagartixa de suspensório
e objetos cachorris
Conta pro tio
e enfrenta o desafio
e abandona essas porquera
Égua derrubada a pialo
fica com olhos grelados
e perde o rumo da porteira
Conta pro tioÂ?
Conta pro tio
Qual é o mal que te afligiu
Conta pro tio
Qual é o mal que te afligiu
Conta pro tio
Qual é o mal que te afligiu
Dê a bola pro tio
Só não vai mentir pro tio
Conta pro tio
Qual é o mal que te afligiu
Dê a bola pro tio
Só não vai mentir pro tioÂ?
mano lima - minha pátria
Eu sou gaúcho e brotei do vento e da pampa
cresci peleando abraçadito num fuzil
de bombacha e de chapéu de aba larga
por muitas vezes já defendi meu Brasil
Por igualdade já peleei com meus irmão
tive meu corpo todo coberto de chaga
mas injeitei ajuda de outras nação
pra não ferir a pátria que eu tanto amava
E o que mais me deixa triste meus amigos
é que meu nome a história não escreveu
pra quem não sabe, sou o Rio Grande do Sul
e não existe mais brasileiro que eu
mano lima - oveia abichada
Me dá um aperto no peito como dói meu coração
To igual oveia abichada na cabeça meu irmão
O que mais dói nessa vida é uma paixão recolhida
Se a bicha tivesse dente matava a gente a mordida
A mulher é igual o jogo é difícil de acertar
E eu como sou teimoso não me canso de jogar
Quem ganha aposta na sorte quem perde na sua razão
Quem joga porque precisa perde por obrigação
O namoro e o aparte são duas coisas iguais
Tem a hora e o momento não deu ali nunca mais
Quem é campeiro conhece e cuida do redomão
Não atraca mais o pingo pra não bancar o bobaião
Cavalo que é ressabiado pega a se negar da res
Coração que foi magoado não quer amar outra vez
Cavalo manco do encontro é perigoso rodar
Quando se cai por amor é duro de levantar
Tem o cavalo e o homem tem o homem e o elemento
Só não ama nessa vida quem não tiver sentimento
O amor mora no peito mas não de um bicho qualquer
Tá no peito de quem ama seja homem ou mulher
mano lima - tronqueira
Venho vindo de longe
da terra crioula, Mãe de Sepé
por ela eu Mato e Morro
e tô sempre prontito para o que der e vier
venho do berço de bento
sou Rio Grandense, sou farroupilha
sou treo barba de bode
sou capim limão e grama de forquilha.
A mim o mundo nào leva nem que faça força
e me arranque os pedaços
tô cravado nessa terra
mais ou menos um metro e meio pra baixo
essa tronqueira baguala foi mal falquejada
pra escorá guascaço
cortado na lua minguante, pau-ferro em pé
ou quem sabe lapacho.
Cresci terciando solito levando comigo
a terra na garupa
Rio Grande te quero tanto pateia em meu peito
mais forte que nunca
se a morte vier me levar
que este mundo mau vai me tirar de cima
diga amigo que este taura que morreu cantando
foi o Mano Lima.
mano lima - américa do sul
Vou falar sobre o cavalo de raça e pelo também
De manso xucro e domado, de todos que eu já encilhei
Toda a pelagem é linda desde que seja cuidada
A melhor raça é aquela que dá bem mansa e domada
E o melhor reprodutor é o que endireita a manada
Para conserva o pelo fino eu posso lhe aconselhar
A minguante de janeiro melhor lua pra castrar
A pra que seu parelheiro com paia de girivá
No crioulo tem lubuno, gateado, mouro e rusio
Também tem o tubiano, são os pelos primitivo
Neles eu vejo a América embaixo do meu lumbio
mano lima - tordilho negro
Correu notícia que um gaúcho lá na estância do paredão
Tinha um cavalo tordilho negro foi mal domado ficou
Redomão
Esse gaúcho dono do pingo desafiava qualquer peão
Dava o tordilho negro de presente pra quem montasse
Sem cair no chão
Eu fui criado na lida de campo não acredito em
Assombração
Fui na estância topar o desafio correu boato na
População
Era um domingo clareava o dia puxei o pingo e o povo
Reuniu
Joguei os trastes no lombo do taura murchou a orelha
Teve um arrepio
Botei a ponta da bota no estribo algum gaiato por
Perto sorriu
Ainda disseram comigo eram oito que boleou a perna
Montou e caiu
Saltei do lombo e gritei com povo este será o último
Desafio
Tordilho negro berrava na espora por vinte horas
Ninguém mais nos viu
Mais de uma légua o pingo corcoveou manchou de sangue
A espora prateada
Anoiteceu o povo pelo campo procurando o morto pela
Invernada
Compraram vela fizeram o caixão a minha alma estava
Encomendada
A meia noite mais de mil pessoas deixaram da busca
Desacorçoada
Daqui um pouco ouviram um tropel olharam o campo
Noite enluarada
Eu vinha vindo no tordilho negro feliz saboreando uma
Marcha troteada
Bolhei a perna na frente do povo deixei a rédea
Arrastar no capim
Banhado em suor o tordilho negro ficou pastando em
Roda de mim
Tinha uma prenda no meio do povo muito gaúcha e eu
Falei assim
Venha provar a marcha do tordilho faça o favor monte
De selim
Andou no pingo mais de meia hora deu me uma rosa lá
Do seu jardim
Levei pra casa o meu tordilho negro mais uma história
Que chega no fim
mano lima - joão balaio
Fui dançar com uma morena muito linda
Se eu não me engano foi em santa catarina
Ela me disse: "eu não danço com pião de estancia
Fede a barro de manguera, a galpão e a criolina."
Ela me disse: "eu não danço com pião de estancia
Fede a barro de manguera, a galpão e a criolina."
Dali um poco o gaitero cansou
E me pediu que lhe desse uma mão
E a morena veio e me perguntou:
Se eu não cantava ingles
Nem que fosse uma canção
I love you, i love me
Eu vo canta o jão balaio só pra ti
Doberlai, doveslai, doveslou
Doberlai, taimeti goodi guslão
Doberlai, doveslai, doveslou
Doberlai, taimeti goodi guslão
(2x)
Cds mano lima á Venda