Músicas Online luizinho e limeira
Luizinho & Limeira São Uma Dupla De Cantores De Música Sertaneja Do Brasil, Formada Por Luís Raymundo, O Luizinho (são Paulo, Sp, 1916 - São Paulo, Sp, 1983) E Waldemar De Franchesi, O Limeira (pirassununga, Sp, 1919 - 1989). (wikipédia)
Playlist Luizinho E Limeira
MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
luizinho e limeira - cavalo preto
Tenho meu cavalo preto
Por nome de Ventania
Um laço de doze braça
Do couro de uma novilha
Tenho um cachorro bragado
Que é pra minha companhia
Eu sou um caboclo folgado
Ai, eu não tenho família
No lombo do meu cavalo
Eu viajo o dia inteiro
Vou de um estado pra outro
Eu não tenho paradeiro
Quem quiser ser meu patrão
Me ofereça mais dinheiro
Eu sou muito conhecido
No Triângulo Mineiro
Tenho uma capa gaúcha
Que eu troquei por um boi carreiro
Tenho dois pelego grande
Que é pura lã de carneiro
Um me serve de colchão
E outro de travesseiro
Com a minha capa gaúcha
Eu me cubro o corpo inteiro
Adeus que eu já vou partindo
Vou pousar noutra cidade
Depois de amanhã bem cedo
Quero estar em Piedade
Deus me deu esse destino
E muitas felicidade
Onde eu passo com o meu preto
Deixo rastro de saudade
Onde eu passo com o meu preto
Deixo rastro de saudade
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
luizinho e limeira - aquele beijo
Aquele beijo que você me deu
Tinha um gostinho de felicidade
Você gostou, mas eu também gostei
Surgiu então a nossa amizade
Meu coração hoje vive preso
Pela corrente de sua bondade
Foi assim que o nosso amor nasceu
Naquele beijo que você me deu
Foi assim que o nosso amor nasceu
Naquele beijo que você me deu
Vem, vem
Vem matar o meu desejo
Vem, vem
Quero dar-te outro beijo
Vem, vem
Vem matar o meu desejo
Vem, vem
Quero dar-te outro beijo
Perto de você eu fico contente
Sinto tristeza quando estou ausente
O meu amor é somente seu
Pelo beijo que você me deu
Vem, vem
Vem matar o meu desejo
Vem, vem
Quero dar-te outro beijo
Vem, vem
Vem matar o meu desejo
Vem, vem
Quero dar-te outro beijo
Perto de você eu fico contente
Sinto tristeza quando estou ausente
O meu amor é somente seu
Pelo beijo que você me deu
Vem, vem
Vem matar o meu desejo
Vem, vem
Quero dar-te outro beijo
Vem, vem
Vem matar o meu desejo
Vem, vem
Quero dar-te outro beijo
luizinho e limeira - valsa do assobio
Todo mundo já conhece o caboclo bizarria
Que ganhou esse apelido lá na minha freguesia
Ele nunca nada triste só conhece alegria
E só vive assobiando sempre essa melodia
Quando o dia amanhece ele logo principia
Mesmo na lida do gado o caboclo assobia
E a moda nunca muda sempre a mesma agonia
Cansa a gente de escuta sempre essa melodia.
Essa valsa do assobio que ele tanto assobia
Que ele diz a toda gente que é da sua autoria
E eu mesmo acredito no caboclo bizarria
Mas também que tenha dó, sempre esta melodia.
luizinho e limeira - as duas cruz de ferro
luizinho e limeira - bandinha da saudade
Ai se eu pudesse um dia
Voltar à mocidade
Dançar esta valsinha
Com a bandinha da saudade
Já foi o tempo bom
Que eu tinha meu amor
Ai quanta saudade
Da bandinha do interior
Quando o baixo fazia
Eu também repetia
Rarauá, rarauá
Vamos, vamos cantar
Pra bandinha voltar a tocar
Vamos, vamos cantar
Pra bandinha voltar a tocar
Ai se eu pudesse um dia
Voltar à mocidade
Dançar esta valsinha
Com a bandinha da saudade
Já foi o tempo bom
Que eu tinha meu amor
Ai quanta saudade
Da bandinha do interior
Quando o baixo fazia
Eu também repetia
Rarauá, rarauá
Vamos, vamos cantar
Pra bandinha voltar a tocar
Vamos, vamos cantar
Pra bandinha voltar a tocar
luizinho e limeira - as três lágrimas
Falado:
Se eu pudesse me esquecer, seu pudesse não lembrar
Aquela noite de São João era bem bom
Mais igual, não vê, era a moça mais bonita
Com seu vestido de chita
Toda enfeitada de fita dessa festa do sertão.
Num volteado de um sapateado foi que nós se conhecemos
Nossas olhos se gostaram
Os meus olhos suplicaram um olhar dos olhos seus
Um sorriso dos seus lábios que alegrassem os olhos meus.
Cantado:
Num sorriso ela me deu toda a esmola que pedi
E encheu meu coração de consolo e de alegria
Seu olhar me deu certeza, seu sorriso a confiança
Meus olhos lagrimejaram por que tive a esperança.
Mais um ano se passou quando foi nesse são João
Era noiva mais bonita que pisou na povoação
Juntos saímos da igreja por toda a eternidade
Meu olhos lagrimejaram de tanta felicidade.
Nos quatro cantos da mesa nesse terceiro São João
Quatro velas bem acesas iluminavam seu caixão
Ela estava mais bonita com ramo de flor na mão
Com seu vestido de chita deitada no seu caixão.
Falado:
Na hora da despedida agarrei na cabeça dela
E como um louco beijei aquela face amarela
Quando larguei, meu deus não podia mais chorar
O resto das minhas lágrimas eu dei pra ela levar.
Cantado:
Ã?s vezes pela tarde dela eu agarro a lembrar
Sem querer, não sei por que tenho vontade de chorar
No meu coração magoado não há mais felicidade
luizinho e limeira - teu destino
luizinho e limeira - pretinho aleijado
levando oitocentos bois
Eu saí de Rancharia
Na praça de Três Lagoas
Cheguei no morrer do dia
O sino de uma igrejinha
Numa estranha melodia
Anunciava tristemente
A hora da Ave Maria
Eu entrei igreja adentro
Pra fazer minha oração
Assisti um quadro triste
Que cortou meu coração
Um pretinho aleijado
Somente com uma das mãos
Puxava a corda do Sino
Cantando triste canção
Aaaaai ai
Aquela alma feliz
Era um espelho a muita gente
Que tendo tudo no mundo
Da vida vive descrente
Meu negro coração
Transformou-se de repente
Ao terminar minha prece
Era um homem diferente
Noutro dia com a boiada
Saí de madrugadinha
Muitas léguas de distância
Esta notícia me vinha
Um malvado desordeiro
Assaltou a igrejinha
E matou o aleijadinho
Pra roubar tudo o que tinha
Aaaaai ai
O sino de Três Lagoas
Vivia silenciado
E eu com meu Parabelo
Andava atrás do malvado
Voltando nesta cidade
Vi um povo assustado
Diz que o sino à meia-noite
Sozinho tinha tocado
Quando entrei na igrejinha
Uma voz pra mim falou:
Jogue fora esta arma
Não se torne um pecador
Tirar a vida de um Cristão
Compete a nosso Senhor
Conheci a voz do pretinho
O meu ódio se acabou
Aaaaai ai
luizinho e limeira - vidas fracassadas
luizinho e limeira - o menino da porteira
Toda vez que eu viajava
Pela estrada de Ouro Fino
De longe eu avistava
A figura de um menino
Que corria abrir a porteira
Depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço
Que é pra mim ficar ouvindo
Quando a boiada passava
Que a poeira ia baixando
Eu jogava uma moeda
Ele saía pulando
Obrigado boiadeiro
Que Deus vá lhe acompanhando
Pra aquele sertão afora
Meu berrante ia tocando
No caminho desta vida
Muito espinho encontrei
Mas nenhum calou mais fundo
Do que isto que eu passei
Na minha viagem de volta
Qualquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada
O menino não avistei
Eu apeei do meu cavalo
Num ranchinho beira chão
Vi uma mulher chorando
Quis saber qual a razão
Boiadeiro veio tarde
Veja a cruz no estradão
Quem matou o meu filhinho
Foi um boi sem coração
Lá pras bandas de Ouro Fino
Levando gado selvagem
Quando eu passo na porteira
Até vejo a sua imagem
O seu rangido tão triste
Mais parece uma mensagem
Daquele rosto trigueiro
Desejando-me "boa viagem"
A cruzinha do estradão
Do pensamento não sai
Eu já fiz um juramento
Que não esqueço jamais
Nem que o meu gado estoure
Que eu precise ir atrás
Nesse pedaço de chão
Berrante eu não toco mais
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
luizinho e limeira - pé na tábua
Trabalhei um mês com um caminhão
E o meu patrão era um tal mané
Me pagou a conta e me mandou passear
Depois de xingar a classe dos chofer
E o homem tinha toda a sua razão
Com o seu caminhão lá no canindé
Um poste e uma casa eu desmantelei
Quando manobrei o carro em marcha ré
Como em nossa vida logo tudo passa
Eu entrei na praça em carro de aluguel
Trabalhando à noite como empregado
Num ponto afamado na praça da sé
Eu tinha mania da velocidade
Dentro da cidade eu metia o pé
O meu apelido era "pé na tábua"
Eu dizia: N'água salve quem puder
Cabelo penteado, meu boné de lado
Sempre assanhado quando via mulher
Eu pagava multa quase todos mês
E algumas vezes duas tres até
Sempre mariscando eu formava pega
Fechando o colega sempre de má fé
Dei uma trombada perdi o para-lama
E fiquei de cama com gesso no pé
Com a minha mania de cabra largado
Fui prejudicado, veja como é
A guarda civil me tirou a carteira
Para o bem da ordeira classe de chofer
E até foi bao que isso aconteceu
Pois agora eu vejo boa maré
Mudei profissao e ganho dinheiro
Hoje sou violeiro lá no sumaré
luizinho e limeira - burro picaço
luizinho e limeira - bela bambina
Italiana, italiana
Sei que és a puritana
Minha linda italianinha
Tu serás nossa rainha
Vem depressa minha bela
Vem dançar a tarantela
Pra esquentar a tarantela
Só você, linda menina
Não se faça de rogada
Vem depressa minha bela bambina
Pra esquentar a tarantela
Só você, linda menina
Não se faça de rogada
Vem depressa minha bela bambina
luizinho e limeira - coração de luto
O maior golpe do mundo
Que eu tive na minha vida
Foi quando com nove anos
Perdi minha mãe querida
Morreu queimada no fogo
Morte triste e dolorida
Que fez a minha mãezinha
Dar o adeus da despedida
Vinha vindo da escola
Quando de longe avistei
O rancho que nós morava
Cheio de gente encontrei
Antes que alguém me dissesse
Eu logo imaginei
Que o caso era de morte
Da mãezinha que eu amei
Seguiu num carro de boi
Aquele preto caixão
Ao seu lado eu chorando
A triste separação
Ao chegar no campo santo
Foi maior a exclamação
Taparam com terra fria
Minha mãe do coração
Dali eu sai chorando
Por mão de estranho levado
Mas não levou nem dois meses
No mundo fui atirado
Com a morte da minha mãe
Fiquei desorientado
Com nove anos apenas
Por este mundo jogado
Passei fome e passei frio
Por este mundo perdido
Quando mamãe era viva
Me disse, filho querido
Pra não roubar, não matar
Não ferir sem ser ferido
Descansa em paz minha mãe
Eu cumprirei seu pedido
O que me resta na mente
Minha mãezinha é teu vulto
Recebas uma oração
Deste filho que é teu fruto
Que dentro do peito traz
O seu sentimento oculto
Desde nove anos tenho
O meu coração de luto
Desde nove anos tenho
O meu coração de luto
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
luizinho e limeira - o crime do circo
A vida do artista é uma ilusão
Arrisca sua vida pra ganhar o pão
Pois veja o exemplo do que aconteceu
Com nossa Zezinha que quase morreu
No palco de um circo a cena se abriu
Tocando e sorrindo Zezinha surgiu
Um homem do povo o palco invadiu
E com o punhal a Zezinha feriu
Zezinha pensava que seu agressor
Viesse até ela trazer uma flor
E foi por milagre que ela escapou
De perder a vida na hora do show
Do povo presente se ouvia o clamor
Por ter presenciado a cena de horror
Os homens queriam linchar o agressor
E disse que ia matar por amor
Por ser tão querida por ter tanta fama
Sabendo que a Zeza estava de cama
Chegou muita carta também telegrama
Rezaram prá ela voltar ao programa
Por ser uma moça de espírito forte
Saindo do leito ao vencer a morte
Mostrando ter alma de tão grande porte
Zezinha perdoou o moço do norte.
Declamação:
A quem foi o causador de grande dor que passei
Peço a Deus que o perdoe porque eu já perdoei
Peço a Deus que abençoe a todos que me visitaram
As cartas os telegramas que tanto me confortaram
Cantado:
A vida do artista nem tudo é fulgor
De nosso caminho espinho e a flor
O que nos conforta é a prova de amor
Que o povo nos dá nas horas de dor.
Cds luizinho e limeira á Venda