MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
luiz marenco - quando a alma volta pra terra
Sentei os recaus no lombo de um mouro
Destapereando silêncios pelas taperas
Com cantigas de espera sem nada encontrar
Para algum dia voltar, ruminando quimeras
Com os anos passando, o sol foi bronzeando
Minha alma morena e a pampa torena
Dentro de mim, foi lambendo o capim com línguas de agosto
Moldando em meu rosto os rastros que apontam os rumos pra o fim
Sofreno o passado que vem estafado
Com sede e com fome
Pois a terra consome quem anda sem rumo
Sem erva e sem fumo
Pra algum dia, depois dessa vida proscrita
Voltar a terra bendita com todo vigor que a sina embuçala
Na estrada do tempo com a esperança na mala pra tapear amarguras
Jujando ternuras pra quem já perdeu o pago e o nome
luiz marenco - estância da fronteira
Guardiãs de pátria, memorial dos ancestrais
Onde trevais nascem junto ao pasto verde
Sangas correndo, açudes e mananciais
Pra o ano inteiro o gadario matar a sede
Grotas canhadas e o poncho do macegal
Para o rebanho se abrigar nas invernias
Varzedo grande pra o retoço da potrada
Mostrar o viço e o valor das sesmarias
Sombras fechadas de imponentes paraísos
Onde resojam pingos de lombo lavado
Que após a lida até parecem esculturas
Molhando a frente do galpão, templo sagrado
Pras madrugadas, mate gordo bem cevado
Canto de galo que acordou pedindo vasa
Cheiro de flores, açucena, maçanilha
E um costilhar de novilha pingando graxa nas brasas
Pra os queixos crus, os bocais dos domadores
Freios de mola pra escaramuçar bem domados
E pra os turunos ressabiados de porteira
O doze braças, mangueirão dos descampados
Pra os chuvisqueiros galopeados de minuano
Um campomar castelhano e o aba larga desabado
Pra o sol a pino dos mormaços de janeiro
Um palita avestruzeiro e o bilontra bem tapeado
Pras nazarenas, garrão forte e égua aporreada
Pras paleteadas o cepilhado de coxilha
Pra o progresso do Rio Grande estas estâncias
Mescla palácio com mangrulho farroupilha
luiz marenco - batendo água
Meu poncho emponcha lonjuras batendo água
E as águas que eu trago nele eram pra mim
Asas de noite em meus ombros sobrando casa
Longe "das casa" ombreada a barro e capim
Faz tempo que eu não emalo meu poncho inteiro
Nem abro as asas da noite pra um sol de abril
Faz muitos dias que eu venho bancando o tino
Das quatro patas do zaino pechando o frio
Troca um compasso de orelhas a cada pisada
No mesmo tranco da várzea que se encharcou
Topa nas abas sombreras, que em outros ventos
Guentaram as chuvas de agosto que Deus mandou
Meu zaino garrou da noite o céu escuro
E tudo o que a noite escuta é seu clarim
De patas batendo n'água depois da várzea
Freio e rosetas de esporas no mesmo trim
Falta distância de pago e sobra cavalo
Na mesma ronda de campo que o céu deságua
Quem tem um rumo de rancho pras quatro patas
Bota seu mundo na estrada batendo água
Porque se a estrada me cobra, pago seu preço
E desabrigo o caminho pra o meu sustento
Mesmo que o mundo desabe num tempo feio
Sei o que as asas do poncho trazem por dentro
luiz marenco - de estância e saudade
Senti um nó na garganta
Quando saí da querência
Tantas memórias recuerdo
Que a alma velha acalanta
E passam despercebidos
Só se fazendo presentes
Quando a saudade maleva
No peito sente a distância
Acácia velha da estância
Do adeus da minha partida
Esperançavam um retorno
Com flores amareladas
No galpão dos meus arreios
Pelas guascas engrachadas
Domavam potra da alçada
No lombo dos meus anseios
Refrão
Quando mirei as esporas
Estrelas largas de sonhos
Pelas formas das rosetas
Senti que a vida aragana
Também rodava despersas
Como os destinos imersos
Nas tristezas das partidas
E alegrias dos regressos
Cada pedra do terreiro
Relembrava qualquer coisa
De algum passado remoto
Num recurdo caborteiro
E alma velha da estância
Gritava em todos os lados
Em contra-pontos calados
Aos berros das minhas ancias
Da tropilha do destino
Embuçalei a saudade
Que já vinha laço a fora
Na mangueira da minha alma
Não tive sorte na doma
E hoje é potro caborteiro
Que corcoveia no peito
Quando o recurdo retoma
Refrão 2x
luiz marenco - de estância alma e tempo
"Mate galpão madrugada, a estrela guia nascendo,
E o fogo manso aquecendo um guitarreiro ancestral,
Esse é o crioulo ritual, que um novo dia repete,
Pingos, dobrando o topete, na testeira do bucal."
Esporas acordam cedo os laços voltam aos tentos
Incomparáveis momentos neste rincão de mi flor
O gado no parador dispersa ao tranco por lote
E um potro verga o cogote pateando no maneador
Na costa a sombra espichada dos santa fés acordando
Pelos de lontra brilhando nas barrancas da lagoa
E assim a vida encordoa sobre o lombo da manhã
Enquanto um grito tajã pelo varzedo ressonga
Picadas de contrabando adoçadas de pitanga
Os matos costeando sangas rastro de sorro na areia
Junto as ressacas das cheias ossamentas encalhadas
De alguma rês atolada numa cruzada mais cheia
"Esses campos me conhecem de outros tempos vividos
Quando vibravam sonidos do bombo índio chamando
E as boleadeiras tombeando os fletes dos invasores
Entre amargos estertores da minha raça peleando."
Cada estância fronteiriça é um fortim de liberdade
De pátria e dignidade que o mundo reconheceu
Quando o Rio Grande nasceu eu já andava a cavalo
Suando contra um vassalo que quis tomar o que é meu
Por isso as vozes que ouço de tempos imemoriais
São mensagens fraternais pra quem renasceu agora
Por isso minha alma aflora em cada coisa que penso
E deixa um rastro de incenso pra exalar campo a fora
E permaneço gaúcho porque a essência perdura
Templa rude alma pura que a história conhece a fundo
Mesmo pequeno e inundo de imperfeições deste plano
Eu me sinto o ser humano mais genuíno do mundo
Mas genuíno do mundo
luiz marenco - nos bailes da guampa preta
Eu cheguei na guampa preta e já vi que estavam bailando
Os pingo atado na frente e o mestre Ambrósio tocando
E já andava guampa preta da sala para a cozinha
Pois só faltava cincerros para ser égua madrinha
Eu canto desde potrilho e comigo não tem bobagem
Ferrão de cochincho e punho e bóia de porco é lavagem
Diz que o sapo é pelado e a cobra não tem pelo
Mas eu vi uma muçurana tapadinha de cabelo
De tanto que se arrastou pelou todo o cotovelo
Foi então que eu me agradei e me meti de paleta
A cantar verso grongueiro no baile da guampa preta
Já fui capataz de tropa do coronel Chico Feio
E esfolei todo sabugo correndo boi do rodeio
Eu sou um índio vertendo e quando pego a "perigá"
Eu mato sem fazer sangue e engulo sem mastigar
Eu nunca tive curtume guampa preta minha dama
Mas se tu me der licença eu classifico essa courama
E por isso guampa preta canto sem desmerecer
Mesmo me enchendo de lenha não dou meu braço a torcer
Se eu escapar da cadeia eu volto só pra te ver
luiz marenco - pra os dias que vêm
O tempo insiste, me cobra seu preço
Das coisas que ontem a vida me deu
Não sabe que a vida se mostra a seu modo
Do jeito mais simples, que a alma aprendeu
Me bastam silêncios, me apego a distâncias
Cavalo de tiro e estrelas de esporas
Um claro horizonte com rumo de estrada
E vistas que alargam meus olhos de agora
Meu tempo é de hoje, pra sempre me leva
No tranco do baio de cada manhã
Pois domo meus potros com mãos de paciência
E amanso a querência, prevendo o amanhã
Lembrança de um tempo que adoça a alma
E amarga a saudade, teimando em marcar
O hoje tem jeito de adeus e passado
Que cruza depressa, sem desencilhar
Componho meus dias, por esta existência
Antiga e tão minha, que ao tempo remoçam
Meus olhos de estrada campeiam o amanhã
Tentando ser ontem, embora não possam
Meu pingo é de hoje, pra sempre me leva
Na calma dos bastos, no tranco que tem
Encilho meus baios, com jeito e tenência
E cuido a querência, pra os dias que vêm
luiz marenco - fandango na fronteira
Vou te contar bem direitinho
De um fandango na fronteira
Vanerão se dança xote
Também se dança rancheira
Os gaúchos são valentes
E as chinocas são faceiras
E os índios tinem a espora
No balanço da vaneira.
Este fandango que eu falo
É na fronteira do estado
Primeira estância da querência
No rio grande é o mais falado
E lá dos pagos missioneiros
É a catedral xucra do pago.
Prá dançar lá na fronteira
O salão sempre é folgado
São gaúchos caprichosos
Sempre estão bem arrumados
Guaiaca, bombacha larga
Lenço branco ou colorado.
Vou te contar bem direitinho
Das chinocas missioneiras
Dos olhares feiticeiros
Carinhosa e candongueiras
Umas que são argentinas
E outras que são brasileiras.
Quando vem clareando o dia
Que já termina o fandango
Se ouve o ronco dos trinta
E o forte estalos de mango
Mas não é briga e não é nada
É os gaúchos pacholeando.
E foi assim que eu te contei
Que é o fandango na fronteira
Vanerão se dança xote
Também se dança rancheira
Os gaúchos são valentes
E as chinocas são faceira
E os índios tinem a espora
No balanço da vaneira.
luiz marenco - bailes do boqueirão
"Nos bailes do Boqueirão
Não tem de mamãe não gosta
Depois que a chirua encosta
Só o que aparta é com facão"Nos bailes do Boqueirão
Sem espora ninguém dança
E toda e qualquer lambança
Se decide no facão
Nos bailes do Boqueirão
Candeeiro de querosene
Gateada, ruiva e morena
A gente amansa a tirão
Nos bailes do Boqueirão
Com cordeona de oito baixo
A fêmea é que agarra o macho
E é proibido carão
Nos bailes do Boqueirão
Não tem de mamãe não gosta
Depois que a chirua encosta
Só o que aparta é com facão
Nos bailes do Boqueirão
Nos bailes do Boqueirão
Nunca se muda de rima
O mais fraco vai por cima
E o mais forte anda no chão
Nos bailes do Boqueirão
Ninguém é dono de china
E o causo sempre termina
Num sururu de facão
Nos bailes do Boqueirão
Com cordeona de oito baixo
A fêmea é que agarra o macho
E é proibido carão
Nos bailes do Boqueirão
Não tem de mamãe não gosta
Depois que a chirua encosta
Só o que aparta é com facão
Nos bailes do Boqueirão
Nos bailes do Boqueirão
Quando o candeeiro termina
Apenas o olhar da china
Serve de iluminação
Nos bailes do Boqueirão
Sempre que dá um tempo feio
O taio de palmo e meio
É menor que um beliscão
Nos bailes do Boqueirão
Com cordeona de oito baixo
A fêmea é que agarra o macho
E é proibido carão
Nos bailes do Boqueirão
Não tem de mamãe não gosta
Depois que a chirua encosta
Só o que aparta é com facão
Nos bailes do Boqueirão
Nos bailes do Boqueirão
luiz marenco - chamarrita de galpão
A trote e a galope percorro qualquer lonjura
Com a minha vida nos tentos e a justiça na cintura
É coisa linda de ver, um índio quando se agarra
E destorce um doze braças dando pealos de cucharra
E a dirigir a festança no compasso da chamarra
O dia que eu amanheço com os pés apapagaiado
Com a bombacha arremangada e o tirador do outro lado
Milico na minha frente não passa sem ser notado
Quem será aquele louco que vai toda disparada
Respondi ao pé da letra não é louco, não é nada
Aquele lá é um gaúcho que vai ver sua namorada
Sou domador de mão cheia ginetaço flor e flor
Tranço laço, ainda por cima tenho sorte para o amor
Não sou manco na guitarra, guitarreiro e cantador
luiz marenco - cantador de campanha
Meu trabalho é de peão campeiro
conforme diz meu documento
sigo sem afrouxar nenhum tento
de campanha, crioulo e fronteiro
Mas eu trago outro oficio no mundo
que esses fundos já sabem qual é
canto baile nos ranchos de campo
do Retiro a Azevedo Sodré
Bendição que eu carrego comigo
ser um peão cantador de campanha
com o gaiteiro eu me entendo por sanha
pra pobreza eu até já nem ligo
Me chamaram pra sábado agora
cantar um baile na costa do Areal
eu não tenho no bolso um real
mas eu sou o cantador dessa gente de fora
Chão batido de saibro vermelho
meia água de quatro por cinco
vou mirando os buracos do zinco
e cantando ao clarão do cruzeiro
Que faz ano a guria mais nova
lá do rancho do seu Gomercindo
e eu não sei qual o semblante mais lindo
das três filhas da comadre Mosa
A Isabel, a Canducha e a Rosa
nem te digo qual a mais bonita
todas três com vestido de chita
com pregueado de fita mimosa
O Amadeus na gaita de botão
e o Condonga no violão canhoto
e um zumbido igual gafanhoto
no pandeiro do negro Bujão
Duas moças vem do Parador
e uma prima de São Gabriel
pode ser que a menina Isabel
faça uns olhos de graça pra este cantador
Se clareia agarremo a estrada
que a pegada é só segunda feira
vou cantando mais duas vaneiras
dessas de iluminar madrugada.
luiz marenco - por ela
Por ela invernei uma saudade,
Trancei tentos na louca da solidão.
Por ela eu plantei uma esperança,
No solo morto de um triste coração...
De um triste coração.
Por ela cavalguei fletes alados,
Levei nos pessuelos os segredo dos amantes.
Fui um Dom Quixote vagando pela pampa
Feito um cavaleiro da história de Cervante...
Da história de Cervante.
(REFRÃO)
Por ela cevei mate nas auroras,
Morri aos poucos a cada amanhecer
E renascia em acordes de milongas,
Na ilusão de nunca le perder..
Por ela mudei o rumo dos ventos
Em muitos janeiros tremia de frio.
Feito um louco mandava mensagens
Em garrafas navegando pelos rios.
Feito um louco mandava mensagens
Em garrafas navegando pelos rios.
Por ela a poesia cantou triste,
O violão chorou desafinado.
E bateu serenatas nas janelas,
Para encontrar um coração roubado...
Um coração roubado.
Por ela me apaixono todo dia
Um amor febril, que nem sei direito.
Sei que a alma é mais trina campesina,
Das calhambras que eu trago no meu peito
Que eu trago no meu peito.
(REFRÃO).
luiz marenco - quando o verso vem pras casa
A calma do tarumã, ganhou sombra mais copada
Pela várzea espichada com o sol da tarde caindo
Um pañuelo maragato se abriu no horizonte
Trazendo um novo reponte, prá um fim-de-tarde bem lindo
Daí um verso de campo se chegou da campereada
No lombo de uma gateada frente aberta de respeito
Desencilhou na ramada, já cansado das lonjuras
Mas estampando a figura, campeira, bem do seu jeito
Cevou um mate pura-folha, jujado de maçanilha
E um ventito da coxilha trouxe coplas entre as asas
Prá querência galponeira, onde o verso é mais caseiro
Templado a luz de candeeiro e um "quarto gordo nas brasa"
A mansidão da campanha traz saudades feito açoite
Com os olhos negros de noite que ela mesmo aquerenciou
E o verso que tinha sonhos prá rondar na madrugada
Deixou a cancela encostada e a tropa se desgarrou
E o verso sonhou ser várzea com sombra de tarumã
Ser um galo prás manhãs, ou um gateado prá encilha
Sonhou com os olhos da prenda vestidos de primavera
Adormecidos na espera do sol pontear na coxilha
Ficaram arreios suados e o silencio de esporas
Um cerne com cor de aurora queimando em fogo de chão
Uma cuia e uma bomba recostada na cambona
E uma saudade redomona pelos cantos do galpao
luiz marenco - charla de domador
Gateado e mouro pangaré e lobuno
Tordilho e baio me criei domando
Qualquer é bueno quando tem comando
Ninguém é mestre se não tem aluno
Quem doma sabe aprendeu com o potro
Maestro rude desta lida braba
Só existe um jeito de evitar a baba
Em lua nova não se enfrena potro
Bocal e rédeas maneador carona a cincha o basto e o pelego branco
O jeito lindo de alargar o tranco e anca macia pra levar a dona
Domar e ciência mas precisa raça garrão de touro pra enfrentar a lida
Nesta carpeta onde se joga a vida não vendem fichas para jogar de graça
Buçal cabresto tirador chilena
Sinchão de pardo e o garrão borraio
Um mango feio pra surrar cruzado
E uma de canha pra espantar as penas
O brabo mesmo até parece farra
Pro andarengo tu nem sabe quanto
Depois de tudo envelhecer domando
Sem ter um flete pra soltar as garras
O brabo mesmo até parece farra pro andarengo tu nem sabe quando
Depois de tudo envelhecer domando sem ter um flete pra soltar as garras
luiz marenco - os da última tropa
A poeira dos cascos,
Baixava de manso,
Ganhando a canhada,
E o eco morrente da tropa pesada,
Termava no véu,
Como envolto em um féu,
Um par de abas claras,
A Deus levantava,
Um franqueiro ponteava
Mogindo tristonho,
Olhando pra o céu.
O capataz pensa em seis dias de marcha,
E mais cinco rondas,
E bombeia horizonte,
Pra ler pela várzea,
Que a chuva não vem.
Com os anos que tem,
Engordou a tropa
Que estende e se alonga,
Pra rede do areal um passo do rio,
Até embarcar no trem.
Se findava um maio,
Que já fora mês de tão grandes tropas,
Campeiros regressam em capas e ponchos,
Depois de dez dias.
Como estátuas de cerne,
Quebrados de abas,
E batidos de copas.
Escortejam a volta,
Coruja na trama,
A estrada vazia.
Se foram sumindo os da última tropa,
Na volta da estrada.
E um ventito sureño.
Assoviava cantigas,
Chamando a invernia.
Vai com mãos macias,
Brincando com areia
De apagar pegadas
Das tropas mais nada,
Que marcas de fogo pelas sesmarias.
E vira primavera e o pasto rebrota
Esquecido do fogo,
Já pro ano nas safras,
Não cruzaram xucros pelo corredor,
Sobram os homens do basto,
E do meio um capão que baixou dos pelegos.
Culatriar seus recuerdos,
Com as cercas da estrada,
Gritando em fiador.
Cds luiz marenco á Venda