MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
língua de trapo - a kombi
A primeira vez,
Que a gente fez.
Amor...
Foi naquela kombi,
Com cortininhas na janela...
Ela era azul e branca
E eu com muito...
Tato!
Pus a chave no contato
E a gente acendeu a luzinha amarela...
O rádio tava quebrado
E não deu nem pra escutar,
Aquela nossa musiquinha...
Mas o molejo e a suspensão tavam sem graxa!
E fizeram um barulhão,
Parecia uma bandinha...
Hoje a gente fica aqui
Junitnho e fracassado
E relembra nossa história,
Depois de alguns meses alugamos a casinha
Nós vendemos nossa Kombi,
Nosso ninho enferrujado!
E usamos o dinheiro,
Pro depósito da casa e pros móveis da cozinha....
Nossos filhos são doentes,
Miseráveis e carentes
E não podem ver uma Kombi passar
Eles sabem que nasceram
Porquê o banco do meio tava fora do lugar.
Vejam só que vida engrata
Outro dia encontrei a sucata da nossa piruazinha
Tive um extremecimento,
Ao ver que no velho ascento,
Ainda tem uma manchinha....
língua de trapo - acalanto
Dorme, filhinho
Dorme de uma vez
Que eu tenho que arrumar
A bagunça que você fez
A alegria que você me dá
É grande como a pilha
De fralda pra lavar
Quando você dorme
Eu posso perceber
Ser mãe não é tão fácil
Mãe gosta de sofrer
Eu gosto tanto
De te ver sonhar
Só não te dou um beijo
Pra você não acordar
Dorme, filhinho
Que a noite já vem
E eu não vejo a hora
De te mandar pra
FEBEM
língua de trapo - interromper
Pergunte ao céu
Ele há de lhe explicar
Há momentos em que é preciso,
é preciso, é preciso errar
Momentos rápidos, súbitos, mágicos
De extrema precisão
Momentos mórbidos, sórdidos,
tétricos, trágicos
Sua vida em minhas mãos
E no entanto ela se esvai
Escorrendo se desfaz
O momento é preciso,
é preciso, é preciso
O instrumento é inciso,
é inciso, é inciso
Meu filho eu preciso,
eu preciso, eu preciso
Meu filho eu preciso lhe matar
Entenda, esse mundo
Não pode lhe abrigar
Talvez assim você possa
então me amar
Por não sofrer,
por não viver,
por não viver,
por não viver jamais
Não, não, não, não há lugar
língua de trapo - xote bandeiroso
Ai! Meu Deus!
Essa máquina aperreia
(que aperriação)
Passo o tempo
trabalhando,
em completa agonia
Em total escravidão
Mas eu já nem penso mais
em voltar pro meu sertão
(nhanhanhão,
em voltar pro meu sertão)
Quando eu vim
lá do Nordeste,
eu era cabra da peste
Patola e folgazão
Trabalhando noite e dia,
nem sabia que existia
O índice da produção
Os ome lá da indústria,
era cheio de astúcia
e de muita ilustração
O patrão apoquentava
e quanto mais eu trabalhava
Menos eu tinha razão
Eles vinha e dizia:
Severino, seu destino
é ser orgulho da Nação
Se mostrar para o Brasil,
inté na televisão
Hora extra, mais apreço,
tudo isso a baixo preço,
era a competição
E entonce eu fui eleito
o Operário Padrão
(nhanhanhão,
o Operário Padrão)
Ai! Meu Deus!
O mundo dá tantas volta
(velho mundão)
Na conversa com os amigo,
eu fui vendo os perigo
Recebendo informação
E hoje eu nem
quero lembrar
dos tempo de servidão
(nhanhanhão,
dos tempos de servidão)
Minha vida de pelego
se mudou c'o desemprego
c'os tempos de recessão
A fome foi apertando
e em cada emprego que arrumava
mudei minha posição
Da imprensa
perdi o medo,
na prensa perdi o dedo,
fui ganhando instrução
Sempre bom cabra-da-peste,
botei medo na Fiesp
firme na negociação
Eles ainda me dizem:
Severino
bom menino, deixa de
subversão
Tu acaba na cadeia,
teu lugar é no formão
Mas eu tenho confiança
que esse Brasil-criança um
dia vai ver
Cada um se eleger
o Operário Patrão
(nhanhanhão,
o Operário Patrão)
O Operário Patrão
língua de trapo - quem ama não mata
Encontrei minha mulher com seu amante
Na minha cama, com meu pijama de bolinhas
E gritei: Alto lá seu cafajeste! Pode ser que ela não preste
Mas o pijama é meu!
Foi a minha mãe quem deu, mamãe, mamãe
Venha ver a sua nora
Ela sempre me ignora
Depois grita o dia inteiro
Só pra me deixar cabreiro:
Eu vou dar pro tintureiro, eu vou dar pro leiteiro
Eu vou dar pro padeiro, vou dar pro carteiro
Pro rapaz da NET, pro entregador de pizza...
Quando vi mulher naquela pose
Eu dei um close, depois não pude me conter
Seu amante, pendurei-o num cabide
Para evitar o revide
Que pudesse ocorrer
Mamãe, mamãe, e agora?
Sua nora eu afoguei lá no bidê
Agora, ela fica resmungando
E as vezes, borbulhando, ainda ouço ela dizer:
Eu vou dar pro encanador (glub, glub, glub...)
Eu vou dar pro homem da SABESP, eu vou dar pro escafandro
Eu vou dar pro Fliper...
língua de trapo - a vingança do hipocondríaco
Numa mudança de clima repentina fiquei constipado
Peguei chuva no costado e consultei o doutor salvador
Mas fiquei preocupado é que ele me receitou
Sulfato de neomicina mais xilometazolina
Pra curar meu resfriado.
O efeito colateral foi meu mal
Ai! que diarréia! (eu preferia rinorréia)
Mas me automediquei e passei a sentir cefaléia
Outro doutor me aviou injeção de nembutal
Aí meu quadro geral apresentou dispnéia
E quando acordo num leito que de estreito
Com um trilho se parece
Vejo que além de operado fui logrado pelo inps
Meu problema era o pulmão me operaram do tendão
Ai! meu deus! como pobre padece
Fiquei imobilizado mas parado nos estudos,
Não estudei mais do que platão
E conclui supletivo intensivo na televisão
E prestei vestibular pra área de medicina
Entrei lá em teresina com medalha e até menção.
O meu primeiro cliente inocente falou do pulmão
Passei remédio pro tendão
E seu tubo digestivo apreensivo sofreu depressão
Eu resolvi receitar fenilciclohexilacético
Que além de ser antisséptico não tem contra-indicação
Como o doente era alérgico ao lisérgico sofreu cefalalgia
Prescrevi pirazolona (butazona) curei sua nevralgia
Numa mudança de clima passageira e repentina recaiu
Morreu de pneumonia (foi minha vingança nesse dia)
língua de trapo - amor à vista
Oh! Baby, venho lhe dizer:
Você tem ganho pouco e a situação está cada vez mais difícil
Os tempos são de crise e você tem que se desdobrar (uou, uou)
Oh! Baby, tente entender:
Você tem que garantir nosso sustento e o de nossos filhos
Tente sair com mais encanto, com mais graça e mais brilho (uou, uou)
O desespero é geral, a fome é internacional e nos consome pouco a pouco
Enquanto você trabalha eu leio o jornal e sinto pena desse mundo louco
Nas esquinas o que mais lhe preocupa é o presente
Mas o futuro não está nada promissor
Por isso você tem que nos garantir
Você deve oferecer, ah! Você tem que insistir
Tente calar a voz que vem do seu interior
Baby você me ama e eu sei disso muito bem
E sei até que você sabe que eu te amo muito também
Mas, baby, você tem que faturar
Nunca esqueça, amor: que eu sou o seu homem, seu cafetão, seu rufião
Ah! Eu sou o seu gigolô.
Oh! Baby, procure enxergar
Nós moramos em São Paulo e aqui a oposição está no poder
Mas o colapso econômico, isso ninguém pode resolver (uou, uou)
Oh! Baby eu votei no PT
Que é que tem? Gente baixa também pode ter consciência
Eu acho até que todas vocês tem mais é que se unir pra evitar nossa falência (uou, uou)
E tem o lado social, fortalecer o movimento e até sindicalizar
Pagar INPS e ter horário certo para o trotoar
Eu sei que o amor não se vende mas essa é a mais antiga profissão
Por isso você tem que nos garantir
Você deve oferecer, ah! Você tem que insistir
Tente calar a voz que vem do seu interior
Baby você me ama e eu sei disso muito bem
E sei até que você sabe que eu te amo muito também
Mas, baby, você tem que faturar
Nunca esqueça, amor: que eu sou o seu homem, seu cafetão, seu rufião
Ah! Eu sou o seu gigolô.
língua de trapo - conchetta
Querida Conchetta
Estoi a te ligare
Pra te convidare
Pra magiare, co me.
Come unas brachola,
Queijo provolone,
E na radiola, a Rita Pavone
Despois unas pizza,
Tipo california,
Tutti mezza à mezza
Ma que bruta esbórnia.
Conchetta vita mia,
Ricorda aquele giorno,
Aquele giorno que nois fumo no ristorante,
No ristorante do Grupo Sergio,
E voce parlo per me,
Facciamo la amore la no meu beliche
E io te dicce:
"Mai logo agora que io misturei cogumelo com aliche
Voce vem me parla en amore, em séquiço ?"
"Que io tô cuma bruta dolore no duodeno?"
E a dolore foi aumentando,
Aumentando, aumentando e io gritei pro garçom:
"Chega de espaguette,
Suspende a escarola,
Leva o capelleti,
Tira o gorgonzolla.
Trás um sal de frutas,
Dio, dio, tutta a meia,
Queta pastaciutta,
Me deu diarréia.
língua de trapo - conformática
Maria da Conceição é o nome da minha querida filha
Mas é melhor mudar para Dorothy
Porque computador não tem acento nem cedilha
Computador é resultado do progresso
Mas me parece que no fundo isso é conversa
Computador nasceu pra ajudar a gente
Mas no fim acabou sendo vice-versa
Informatização, informatização
A máquina evolui, o homem fica paradão
Informatização, informatização
A gente se deforma e se conforma com razão
Errar é humano eu sei
A gente é imperfeito de dar dó
Computador é muito mais perfeito
Inclusive sabe errar muito melhor
Mas não me chame de reaça ou saudosista
Computador é bom dentro dos conformes
Se acaba a força ou pára o terminal
A gente vira pro outro lado e dorme
Informatização, informatização...
Não tô mandando que você queime seus cartuchos de videogame
Só te lembro de não esquecer de que quem tem de jogar é você
Eu falo bem do que eu acho bom
Só no que eu acho ruim de pau eu caio
Esta sanfona é computadorizada
Tem um som bom e não dá bico de papagaio
Mas tem muita gente por aí que só aperta o botão e deixa tocar
Música feita só por computador
Acho que só computador pode gostar
Informatização, informatização...
língua de trapo - fado da falência
Lá nas terrinha portuguesas,
Eu nunca fui um milionário.
Por outras eu tenho a certeza
Que eu nunca fiz papel de otário.
Vim pra São Paulo de trambique,
Pra trabalhar nuns biscatinhos
Fugindo lá de Moçambique
Saí da guerra de fininho.
Montei depressa uma cantina.
Especialista no tremoço.
Abria a sete da matina
Fechava na hora do almoço.
REFRÃO (repete)
Foi um fracasso financeiro.
Arruinou-se o capital.
Confiscaram o meu dinheiro
Não pude ir pra Portugal.
Mas Santo Antônio me ajudou.
Ganhei no bingo vinte bi.
Montei firma de aquecedores
No interior do Piauí.
Veio a falência me arrasaire
E era cobrança noite e dia.
E quando fui me suicidaire.
Eu arrendei uma padaria.
Já dependei uns cem franquinhos.
Nas minhas mãos fiz até calo
No Brasil ninguém bebe vinho.
Só tomam o rabo do galo.
Fui um fracasso financeiro
Arruinou-se o capital.
Confiscaram o meu dinheiro
Não pude ir pra Portugal
Tirei da manga outro valete
Utilizando raciocínio.
Abri lá na Alameda Glete
Uma casa de lenocínio.
A freguesia se esbaldava
Com aquelas noitadas de orgia.
Uns cem escudos eu cobrava,
Já incluindo a companhia.
Que dispaltério, ai, ai, Jesus.
Fecharam-me a casa, que lástima.
Porque dei nome ao rendez-vous,
De Nossa Senhora de Fátima.
língua de trapo - fraude
Eu me angustio, eu me angustio, me deprimo, fico mal, eu fico mal
Eu sou um imbecil, eu sou um imbecil
Um cretino, um mentecapto, ah! eu sou um idiota,
Ou, um idiota
Mas eu abomino aqueles que vivem reclamando de tudo
Ah! eles falam isso, falam aquilo, mas eles nada fazem
E se acham muito bem
E também abomino aqueles que não reclamam de nada
Mas que também não fazem nada
E não sabem se estão mal ou se estão bem como
Também abomino aqueles que vivem dizendo que fazem tudo
Mas que na verdade não fazem nada e...ah! vá pro
Inferno, encheu o saco
E tudo bem...
Moda, tudo é moda, mas não há nada que incomode,
Que atinja ou melindre
Os donos das consciências, da sua (ridícula) consciência
É triste ver tantos robôs fabricados, programados, esquematizados
Com passos ensaiados, excêntricos, esquizofrênicos
Em nome da modernidade, ou, modernidade
Entra década e os cabelos crescem ,
Sai década e encurtam os cabelos...
Ah! mas eu, tolo, parvo, vil, abjecto, beócio
Não quero nem saber de cabelo, eu tô mais preocupado
É com a cabeça, ou, com a minha cabeça
Que me perdoe o walter franco, mas eu, burrão,
Imbecilzão, cretinão
Estou mais preocupadoem encontrar alguma coisa
Que faça a minha cabeça, ou, minha cabeça
Só vendo só como é que dói, só vendo só como é que dói
Saber que só tem uma rádio em que se manifesta lá em niterói
E de resto não vai nada nem melhor e nem pior
Nós ainda somos os mesmos e vivemos, nós ainda
Somos os mesmos e vivemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos como o belchior
língua de trapo - insatisfaction
A bossa nova é um saco
Eu não sei se eu gosto muito do Tom Jobim
Rock'n Roll já não me dá barato
Nem o blues faz minha cabeça tanto assim
Ando meio ligado em música flamenca
Ando meio ligado em rítmo latino
Mas tudo me soa assim meio capenga
Eu tô procurando o meu caminho
Há dez anos eu já desconfiava
Que um dia eu ia enjoar
Busquei refúgio na música clássica
Mas nem aí eu consegui me achar
Jazz é legal mas parece assim meio punheta
O músico buscando a própria satisfação
Será que o importante mesmo é a letra?
Eu sigo buscando o gosto da canção
Eu tô procurando o que me dê tesão
Eu botei fé na tal de vanguarda
Novas estéticas perseguindo o novo
Mas vi muita gente pedindo água
Andando pra traz pra alcançar o povo
Sobrevivência é o que importa
Comida pintando no prato do artista
Sair do país talvez seja uma porta
Mas eu sigo buscando uma nova pista
Eu tô procurando a minha pista
Eu quero encontrar o meu nome na lista
E sigo escutando a minha alma de artista
língua de trapo - ouriço na vila
Eu fui à Vila Madalena apanhar minha pequena
Prum programa legal, pegar uma tela e o escambau
E na Fradique Coutinho entrei lá no Sujinho
Pra me ambientar, a inteligenzia toda lá
E quando fui entrando, fui logo morando
Um papo diferente, na mesa de um livre docente
Ele defendia uma tese esdrúxula, paradoxal:
- Levando-se em conta o alcoolismo crônico de Scoth Fitzgerald
E a homossexualidade imanente de Proust
Temos, pois, que E é igual a MC ao quadrado, morô?
Me encostei no balcão e feito um espião observei o alarde
Só dava Freud e Thomas Hardy
Eu fui me irritando, e o papo piorando
Pura citação, de Baudelaire até Platão
E tome Kurosawa, e tome James Joyce
E tome Hemingway, é tanto nome que nem sei
Saí meio grogue, chamando Van Gogh de Galileu Galilei
Jorge Goulart de Nora Nei
Eu sou um erudito de alto gabarito intelectual
Leio Camões no original
Sou pós graduado, formei-me advogado pelo telefone
Via Embratel pela Sourbone
Assino o Estadão, sou da oposição
Abaixo o sistema, já critiquei até cinema
Eu vou em gafieira, me amarro no Gabeira
E tô desempregado
Um dia eu chego a Jorge Amado
Voltei àquela bodega com uma raiva cega
E cuspindo prego
Me alteraram o super-ego
E fui logo citando, no estilo Marlon Brando
Uma frase em latim:
- Homus obispus James Dean
Os caras se borraram e já me contrataram para lecionar
Como professor titular
Na universidade da nossa cidade
O idioma latino
- Data vênia, Hare Krsna, como anda bem o nosso ensino!
língua de trapo - régui spiritual
Regue sua alma
Lave seu espírito
Com límpidas, translúcidas
Bolhinhas de amor
Solte-se, oh! solte-se
Pulsação e ritmo
Novo produto místico
Bolhinhas de amor
Não importa se Gita ou
Tabela Price
Cabalísticos dólares injetam o torpor
Propala-se a fome em nome dos deuses
São contas de vidro, sonhos coloridos
Bolhinhas de amor
Hare Deus meninos,
vinde, vinde
Pague dois, leve três
É só mais desta vez, oh!
vinde, vinde
Juros abençoados,
Corretores sagrados vendem a prestação
Seu terreno no céu, edifícil Babel,
Preço de ocasião
Hare Deus meninos,
vinde, vinde
Pague dois, leve três
É só mais desta vez, oh!
vinde, vinde
língua de trapo - samba do inferno
Um belo dia depois do expediente
Quando eu botava no cabide o meu terno
Tive um mal súbito, morri de repente.
Indo parar nas profundezas do inferno
Passei no céu mas resolveram me barrar,
Burocracia lá no céu é o que há
Ã? que eu morri sem preencher regulamento
que dá direito a residir no firmamento.
Levei cartão, ganhei status de banido,
pois me levaram direto pro purgatório
E um anjo disse: faça um último pedido!
Lhe perguntei: onde é que fica o mictório?
Fui sem escalas lá pros quintos dos infernos
onde satã me fez assinar um caderno
E disse: nego tudo aqui é organizado,
teve um rebu, agora tudo é estatizado.
Lá no inferno todo mundo come alcatra,
só da ministro e presidente nação
Tá entupido de fãs do Frank Sinatra
e de apresentadores de televisão.
Tem ruas largas onde até um jato pousa,
a maior delas chama Anastácio Somoza
E adivinhem quem por lá comanda a plebe:
é o Adolfinho com o Xá Reza Palevhi.
Lá no inferno as mulheres andam nuas,
mostrando tudo até o fruto proibido
Mas seu satã ferra com a gente, senta a pua
Ã? que no inferno nenhum homem tem libido.
Ontem eu fugi pro paraíso com um sujeito
que fez o mapa do inferno pelo jeito
Diz que é poeta e cheio dos guéri-guéri,
seu nome acho que é Dante Alighieri...
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