MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
léo pinheiro - aliança
E nem o sol se foi
E o escuro da ausência
A exigir luz
Como a lembrar pra mim
Que a noite já chegou
E nem o só de antes
Ã? suficiência de um vazio
A querer calor como se quis
Como a dizer que sim
Que o junto se desfez
Mas foi preciso
Entre sofrimento e lágrima
O adeus a ferir mortal
Mas foi indeciso
Entre hiatos e não ditos
O amor a cair banal
Sem que não se desse conta
Que essa árvore é sombra
Coisa muito natural
Que esse rio é oceano
Que esse encontro é aliança
Não foi só um carnaval
De outras eras, outras vidas
Esse amor nasceu da sina
Que existe entre o bem e mal
léo pinheiro - alma leve
Cheiro bom
De brisa fresca
De passos fáceis
De alma leve
Cheiro bom
De chuva na terra
De olhar de mel
De chuva na terra
De coração manso
De chuva na terra
Sentir a brisa e seguir o caminho
Sentir a chuva e mirar você
Certeza de que se pode sonhar
E sonhar vivendo
Certeza de que se deve amar
E amar sonhando
léo pinheiro - bar do balacobaco
Bebo e não pago
No bar do Balacobaco
Foi um deus, foi um baco
Que pagou pra eu beber
Gosto do gosto
Desse tal de tira gosto
E guarde um pedaço pra mim
Que eu to disposto pra comer
E o bar do Belinho ta lotado
E um bebum bebe cana no balcão
E tá rolando um som de embolada
Ã? Vicente e Dilzinho no salão, lá no salão
Se eu der um tombo, se eu der outro a serra vira
Cai dentro da macambira, eu corro mais do que preá
Eu dou um pulo e é tamanha ligeireza
Eu quebro tamborete, mesa e cadeira de balançar
Quero beber, quero pagar sem dar vexame
Ã? batata, cebola, inhame, é macaxeira do pará
Você precisa ir na fazenda do azeite
Onde cabra não dá leite e bode velho da mamá
Tatarubola, tataru também consola
Na bola do mundo inteiro
Na bola você não dá
Sou esquentado e não monte no meu cangote
Se montar, leva chicote e morre doido de apanhar
Taratata, eu sou irmão de Ludugero
Que abriu um cemitério com a ponta de seu punhar
Você não dá, não dá, você não vê, não viu
Quando o macaco subiu fazendo pelo sina
E vindo de Serra Talhada eu passei em Santa Rita
E me deram um laço de fita pra eu botar no meu ganzá
Repara mesmo é meu ganzá meu ganzá lindo
E segura a bola menino e bote a cadeira pra lá
E bate lá com seu dinheiro e mande fazer um ganzá
Mas diga a ele que não faça ganzá gogo
Que eu to pondo no pescoço e pode balalança
léo pinheiro - baraúna negra morta
Fim do verde na floresta desbravada
Ontem mata virgem hoje deflorada
Longe o eco me repete as pancadas
Começou um ritual a machadadas
Reduzindo a verde vida em pedaços
Será lenha entre as pedras com seus laços
Joga o homem toda força que há nos braços
Começou um ritual a machadadas
He! São cem anos de vida no tronco Hê
Deu seu galho ao ninho de um pássaro branco Hê
Está indo ao chão
Mais dez golpes e é o fim dessa jornada
Em carvão ela será bem transformada
Vem caindo uma porção de toneladas
E da boca do lenheiro vem risadas
Fio fino fere fundo e não faz graça
Baraúna negra morta teve raça
Resistiu até morrer fatal desgraça
Vendo aquilo um rio chora quando passa
léo pinheiro - cuida do que é seu em mim
E que não se esqueça da sua parte que vive em mim
Que sobre o céu e sobre a terra há estrelas
a regar o meu jardim
E que não se esqueça do calor
que tem o seu olhar em mim
E que não se esqueça da sua parte que vive em mim
E que se lembre sempre da nossa parte na canção
Que entre o abraço, adeus saudade
há também vontade, há também paixão
E que não entristeça o amor que vem pra te fazer feliz
E que não enlouqueça com a dor que vem e deixa cicatriz
Cuida que o sonho novo demora a chegar
E finda a espera agora, me faça seu par
Cuida que a vida passa
E que a dança tem fim
Seu amor é meu abrigo
Cuida do que é seu em mim
léo pinheiro - de passagem
Só vim aqui
Passei aqui por querer
Pra lhe negar desamor
Pra lhe dizer só de amor
E só vim pra lhe dizer
Só vi o olhar
Seu olhar a me dizer
Para me dar seu amor
Pra lhe entregar por querer
E só vim pra me envolver
Esqueça tudo, o antes
Se lembre apenas de agora
Venha, vamos juntos seguir
O caminho, é a hora
De juntos, de juntos aqui
léo pinheiro - em cima daquele morro
Em cima daquele morro
Passa boi, passa boiada
Passa boiada
Tem movimento paca!
Tem movimento paca!
Paca, tatu, cotia, não
Paca, tatu, cotia, não
Não tem na serra não
Ah, porque nêgo mata!
Ah, porque nêgo mata!
Joguei uma pedra nágua
De pesada, foi ao fundo
E foi ao fundo
E ninguém disse nada!
E ninguém disse nada!
Tubarão, peixe, piaba
Tubarão, peixe, piaba
Não respondem não
Ah, se não, nêgo mata!
Ah, se não, nego mata!
Batatinha, quando nasce
Esparrama pelo chão
Esparrama não!
Ah, porque nêgo cata!
Ah, porque nêgo cata!
E passarada passa o arado
E passarada passa o arado
E nada vem do chão
Ah, porque nêgo rapa!
Ah, porque nêgo rapa!
E nêgo mata caititu
Mata jacu, jaó
Paca, tatu, maracajá
No jacá de cipó
E taca o tiro, e taca a faca
A faca fere a fera!
Onde a inteligência impera
Ã? que se dá coisa pior
E morre a fauna e não se ouve
O sabiá cantando!
E morre a flora e não se vê
A flor desabrochando!
E não se escuta mais o ronco
Daquela cascata!
Ã? o fim da vida, é o fim da água
Nêgo tá matando a mata!
Nêgo tá matando nego
Nêgo tá matando a mata
Nêgo tá matando a mata
A mata, nego, nego, mata!
Nêgo mata a mata
léo pinheiro - estrela de néon
A estrela surgiu no céu
De néon pra enfeitar
A dança do teu cabelo
No vento me faz sonhar
A lua do teu sorriso
De noite vou beijar
Quis te trazer um poema
Só pra me revelar
Os versos que fiz deu pena
São poucos pra te contar
Mas como eu te amei, morena
Ninguém mais vai te amar
Navega meu coração
Nas águas do teu mar
Me leva esse navio
Pra onde o farol mandar
Meu guia, paixão morena
Pro teu corpo atracar
léo pinheiro - folia de rei
Ai andar andei
Ai como eu andei
E aprendi a nova lei
Alegria em nome da rainha
E folia em nome rei
Ai no mar marujei
Ai eu naveguei
E aprendi a nova lei
Se é de terra que fique na areia
Que o mar bravo só respeita rei
Ai voar voei
Ai como eu voei
E aprendi a nova lei
Alegria em nome em nome das estrelas
E folia em nome de rei
Ai eu partirei
Ai voltarei
Vou confirmar a nova lei
Alegria em nome de cristo
Porque Cristo foi o rei dos reis
léo pinheiro - Índio do uruguai
Eu conheci um velho índio do Uruguai
Que muito já foi onde a gente não sabe se vai
Conhece a vida traz pra frente frente pra traz
Andou nos caminhos do vem nas veredas do vai
Eu aprendi com o velho índio do Uruguai
Que a vida é de quem corre menos em busca de mais
Disse que o mar para na areia
Me disse que a alma é mais branca
Naquele que a carne é mais feia
Eu conheci um velho índio do Uruguai
Que fez e que faz coisas índias que o branco não faz
Me disse que a estrela d'alva assim que sai
Ã? hora de falar ao filho em nome do pai
léo pinheiro - o funk tirou férias
O funk saiu da esquina
E resolveu viajar
E foi pro mundo caipira
Para poder descansar
E se fingiu de mentira
Pro pessoal enganar
E quase que o funk pira
Pois o que mais lhe admira
Ver a viola caipira
E uma sanfona que tira onda no seu funquear
Onda no seu funquear
Não tinha samba nem rock
Nem rumba nem tchá tchá tchá
Não tinha frevo nem xote
Só tinha funk no ar
As minas fecharam o tempo
Dançando a luz do luar
Cabelos soltos ao vento
O funk disse eu não aguento
E aproveitou o evento
Aquele era o momento
Do funk se revelar
E o funk foi funquear
léo pinheiro - perereca
La no Central Parque tem uma lagoa
Cheia de sapo e uma perereca boa
Filha querida de madame rã que tem muito fã
Mas não é uma sapa atoa cuida da filha mais bela
Que é sem dom pra ser donzela
Todo sapo ta na dela mas em volta é só capim
E a perereca cantava assim
Eu tava ali curtindo de canoa
E vi um sapo boi o rei das minas da lagoa
Um bicho doido de olho estufado com o peito inchado
Com todo peixe que vôoa e partiu para a conquista
Dando uma de surfista e com ela deu de vista
E pediu cante pra mim
E a perereca cantou assim
Olho no olho no meio do lago
Baby pouco papo sapo boi e era gago
Aproveitaram o resto do dia rancando mosquito
E mergulhados n`água fria mas o sapo era fera
Numa pererepaquera se não fosse a rã já era
E a bronca foi ruim
E a pereça chorava assim
De madrugada o sapo deu bandeira
De óculos raybam escorregou na ribanceira
Caiu de frente dos olhinhos dela
E já bateu pra ela sou atleta de primeira
Mas a noite era criança começou então a dança
Acordaram vizinhança e a história teve fim
Com a perereca suspirando assim
léo pinheiro - pro renato teixeira
Perguntei ao Renato Teixeira
Qual é maneira da vida brilhar
Ele disse: ascendendo a fogueira
Pegando uma estrela e jogando no mar
Perguntei se a verdade é mentira
E se o corpo que gira bambeia no ar
Ele disse: é o som dessa lira
Que trás alegria pra gente cantar
Perguntei se o que passa retorna
Ele disse o que foi nunca mais vai voltar
Mais além do futuro o passado
Nos olha de lado querendo brincar
Perguntei se pra um violeiro
A questão é dinheiro ou o que é que será
Ele disse: a resposta é amorena
Deitada na rede de papo pro ar
Perguntei dos mistérios das coisas
Das filosofias pro povo pensar
Ele disse: a resposta é o silencio
Que mora tranquilo no fundo do mar
léo pinheiro - recado
Mandei recado pro meu coração
Mandei recado pro meu coração
Que é só pra ele gostar de quem lhe da carinho
Que é pra nunca mais viver assim na solidão
Mulata faceira que leva o chucalho amarrado na canela
Vê se não judia de mim, já to quase ascendendo uma vela
Vê se não judia de mim já to quase ascendendo uma vela
Uma vela pra o meu "padim" pra ver se eu me caso com ela
Uma vela pra o meu "padim" pra ver se eu me caso com ela
Eu to ficando louco to a mais de cem
Procuro em todo canto e não acho ninguém
Eu to ficando louco to correndo a mil
Te procurei por todo canto mas você sumiu
Meu Deus do céu o que aconteceu?
Meu Deus do céu o que acontece?
O beijo que era doce que você trousse
Quando eu senti o gosto desapareceu
O beijo que era doce que você trousse
Quando eu senti o gosto desapareceu
Mandei recado pro meu coração
Mandei recado pro meu coração
Que é só pra ele gostar de quem lhe da carinho
Que é pra nunca mais viver assim na solidão
léo pinheiro - rock valseado do sertão
Ã? um rock frevado com metais
Ou um maracatu em Drum? n bass
Tambores de Crioula ou das Gerais
Ou samba valseado, feito em três
Quem nasce onde eu nasci é alquimista
Traz o chumbo enrustido no seu couro
Que mistura com sua alma de artista
Transmutando o seu coração em ouro
Aqui temos somente a raça pura
Desvendamos o verdadeiro jeito
A pureza atingida com a mistura
Ã? o ser e o não ser no mesmo peito
São os versos que vêm de Salvador
Encontrar sua melodia em Palmas
Ã? como mil jardins numa só flor
Um só corpo com seis milhões de almas
Ã? a miséria que encontra algum sorriso
Loucura namorando com o normal
A certeza nos olhos do indeciso
Vida e Morte dançando o carnaval
Cds léo pinheiro á Venda