MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
kivitz - amor É fardo
Acordei grávido de um rap
E por que rap?
Bom, filho não se escolhe, só se cria
Meu dom ejaculou na minha agonia
Um embrião de rimas
Numa placenta beat, alimentado por
Dúvidas de Deus, demonstrações de amor
E crises
A depressão chutou
Avisou que vai nascer de 7 mês
E se entubar ela derruba até o doutor
Gestação caótica na mente do cantor
Ilusão utópica na vida do mc
O movimento hiphop se sustenta pelo amor
Que nois aguenta a vida inteira
Pra fazer isso aqui
Cola pra somar, nego! chega pra ficar, chego!
Vamo se juntar, mas sem disputa
O inimigo vem pesado
E o ego de um homem não pode ser maior
Que a nossa luta!
Tivemos bons exemplos
Nos foi dado talentos
Recursos Deus envia
Só não temos muito tempo
Juntô 4 elementos
Amor nosso alimento
Pra não morrer igual morreram
Vários movimentos
E eu? me sinto honrado em fazer parte
Eles nos deram a situação a solução
Foi fazer arte
Um buffet completo, self service
Não a la carte
Mcs bons nascem do pó, não vem de marte
No início rastejam
Embora sejam de outro mundo
O perfeito mc tem na essência um vagabundo
Tem como projeto só se for salvar
Cada mano com versos, com cada mano converso
Bombas não, canos inversos, bom
Vamos manter imersos dons insanos no progresso
Show não cobramos ingresso, só
Também os seus ouvidos, teu coração
E seis sentidos aguçados
As rimas suja com esses beat mal lavado
E o dom de enxergar
Mais do que o mundo enxerga nosso fardo
Filhos da inadequação administram a náusea
Foco é no trabalho de base e educação a causa
Tivemos bons exemplos
Nos foi dado talentos
Recursos Deus envia
Só não temos muito tempo
Juntô 4 elementos
Amor nosso alimento
Pra não morrer igual morreram
Vários movimentos
kivitz - brisa leve
Acende um finim
Desrespeita a mãe
Problema num é acende um finim
Ã? desrespeitá a mãe
Trabalha duro, gasta tudo com quente
Ruim num é a quente é o q c faz com ela na mente
Pobres q ascenderam, serão classe média
A marilena odeia a classe média mas num é pela classe
O burguês cazuza diz q a burguesia fede, a burguesia fede
A burguesia
Queremos digná, a vida na periferia
Me pôe lá, te boto aqui, o q cada um de nós faria?
Ã? a vida loka, é a vida breve, é a vida ia, toda a sabedoria q conclui
Vida vazia
E a alegria como a vingança do pobre serve na mesa do rico
Um whiskie 12 anos
Dum workhalolic a um busão lotado, 90 manos, atreva-se a dizer
Qm é o errado, seres humanos
Justifica justifica justo não fica
Crucifica crucifica um justo como nunca vida rica eterna pura linda
Cada gota de esperança nos será bem-vinda
Vamo acaba com a cracolândia
Desarma a pm
Ponto final nessa maldade
Em liberdade semi
Perdão aos cegos como fez mandela
Volta da lua com a bandeira
E asteá na favela
Levá a copa pro haiti
E a áfica na veia
Abrir as celas de toda cadeia
A mesa cheia
Nos quilombos, e q pretos ñ precisem mais fugir
Um bom pagode q ngm é de ferro
E um açaí
Equilíbrio pra todo salário
Férias de 30 anos para revolucionários
Ã? q daora o itaú sem senha
Vitão sem crise
Anarquia da expertise
Mulheres sempre presidentas
Mais nada embutido
Uma bandeira só no mundo
Foda-se o partido
A caxemira independente
O rap independente
Independentes nossos vícios
Ã? mais dependentes
Escolas grátis de amor na augusta
Todos pelados sem vergonha pois sonhar não custa
A vida justa, a ficha caindo, lindo
O sol se pondo e o morrão sorrindo
Pena da morte, senna com sorte
11 pelés, torce pra cada time um dia, ria do revés
Madrugadas frias com o seu amor
Vinho, sabores em fatias, entre o cobertor
Homens de rua só por opção
Q cuidem dela com carinho de
Um bom cidadão
Não tem patrão
Isso é o melhor então pus no repeat
Não tem patrão, não tem patrão
Amor em loop, dentro do padrão
Roubando beijos de cada ladrão
Faz jus a regra anos de perdão
Luz q se entrega a cada malandrão
E assim qm sabe a paz entre esses mcs
Cesta de frutos diferentes da mesma raiz, diss pra alimentar
A alma de mais um muleke, como tentei à minha própria
Ao escreve esse rap
kivitz - convite
Cantor de rap não tem fã, tem quem leva o fardo junto
Ã? um trabalho em conjunto em prol do amanhã
Minha terapia sem divã é ver esses menino bom
Mais do que manjar meu som, viver com a mente sã
Era escolher transformar esses rap em "din"
Mas meti minha berma e chin e vim pro lado b
Fornecer quilos do sonho pro qual me levanto
Bem maior que um motivo pra largar meu trampo
E entender que artistas não levantam cedo
A insônia da qual sofrem não é de stress, é medo
A música e um futuro incerto
Deram um peso que eu só guento com vocês por perto
Ã? que seus filhos me escutam, sim
Em paralelo peço aos pais que então rezem por mim
E pra que nasçam homens pic bill
Mulheres lauren hill, pra iluminar o brasil
Abri diálogo pela arte que humaniza a cidade
Bem tranquilo ao som de crombie na ciclovia do haddad
Ã? que o caminho do bem, nem sempre é o caminho bom
Mas quem te disse que eu controlo meu guidom?
Cê num conhece esses hits?
Num reconhece esses beats?
Isso é will bone e kivitz
A novidade na city
Som de malokero chic
Satisfação pelo click!
Fique à vontade, critique
Ou então soca o repeat
Tamo aguardando o convite!
Ã? que daora você! livre da depressão
Com uma boa impressão disso que chamam de vida
E o mano na beira da ponte, quer dispensa do front
Na intenção suicida
Ele te ouve assobiando esse som, relembra algo bom
E quer saber "qual a fita? "
Nessa hora olha pro mano e responde
"mano, esse som é você achando a vida bonita! "
E é bom saber que alguém se identificou
E de uns que até viciou nesses meu rap elma chips
Mas ainda sei que o legado do mc é seu caráter
Não são tracks nem clipes
Que na real a nossa arte é junção
Da experí no mundão, uma oração e uma bic
Um mínimo de talento, uma pá de bons exemplos
E assim... nasce mais um rap classic!
Cê num conhece esses hits?
Num reconhece esses beats?
Isso é will bone e kivitz
A novidade na city
Som de malokero chic
Satisfação pelo click!
Fique à vontade, critique
Ou então soca o repeat
Tamo aguardando o convite!
kivitz - eu em 2005
Ã? o seguinte, entrei em cima do beat
Ã? só os louco que insiste naquela ideia mil grau
O alemão bem largado, com o pensamento focado
Chamado de gardenal, ouviu e num achô legal, que tal?
Fazer um dim, até não caber mais no bolso
Chegar no baile e apontarem: aquele mano é famoso!
Com o carro do ano, sobrâno farinha
Todo pá, rodeado de menininha
Há! segura um pouco, a ideia é otra, vem com calma
Eu vendo a ropa do corpo mas num vendo minha alma
Só bato palmas, pro cara que desceu o céu
Rasgou o véu e mais
Me sela dum lado do otro na frente
E atrás, me enche de paz
Me enche de orgulho de ter parceiros verdadeiros
Mais que uma família
A brisa da noite, do dia a dia que segue
O roteiro é improvisado e a trilha sonora é o rap, eu vô
Cena por cena, senão enverga
Cuidadoso pra não dá o passo maior que a perna
Sem maquiagem, a imagem é crua no semblante
Nem notaram minha presença, sou coadjuvante
A parte mais fraco do elo
O meu figurino é bermuda e chinelo
Sô brasileiro, amante do pagode
Da batucada, da pelada, da gelada
Não venho bem de terno e gravata, mas
Se é pra casa com a minha nega então não pega nada
Já vi manos que deram a volta por cima
(eu mando um salve)
Praqueles que curtem a nossa rima
Já vi manos que largaram tudo e foram pro buraco
Manos que julgam seus otros manos pela cor
Manos que são outros em cima do palco
Eu rimo porque sei que o hiphop, como me ensinou gog
Ã? mais que treta, lupa preta
Aba reta na bombeta, larga a camiseta
E o mc não é apenas o que se apresenta, mas sim lamenta
A situação dos seus irmãos
Nos morros, nas quebradas, nos barracos
Nas estradas, na febem
E na mansão também, pois felizmente tem
Felizmente tem!
Rico que tem tudo e não tem nada
Em vão a correria, os meios justificam os fins
E o fim? é só o começo de mais uma crise
Final feliz num existe ao menos que alguém te avise
Pise, pule a cerca, mas seja veloz
Há quem ataca e tá na placa, cuidado com o cão feroz
Eu sou a voz de quem você quiser que seja
Do excluído, da elite, da macumba ou da igreja, veja
Por outro lado, entenda o meu legado
O hiphop é o sorriso na cada do moleque abandonado
Ousado é aquele que não quer ser respeitado pelos homens
Sim, respeito é consequência
Che guevara só na camisa
Porque cristo que é minha essência
Tá tudo errado, o capeta tá cheio de sócio
Dá pele aos ossos, eu grito quando oro o pai nosso
Pai! seja feita a tua vontade
Que de uma vez por todas eu entenda
Sem ti não sou nada, minha vida é amarga
A porta era larga, eu entrei!
Na minha frente tem uma cachoeira
Mas eu insisto em beber da goteira
Desisto, não tava previsto mas arrego
A resposta foi pendurada no madeiro com um prego
Em cada mão, suando sangue
E aos homens que cuspiram em sua cara: lhes deu perdão!
Esse é meu Deus, sem beleza, só talento
Ã?nico rei que se arrastava num jumento
Andava com as puta, com os leproso e com os detento
Nasceu do lado do porco e da vaca
Num berço de palha, sem magia
Seu pai era um josé e sua mãe uma maria, quem diria?
Ao aprendiz de marceneiro eu entreguei minha vida
O cristo, por ele que eu existo
Me deixa sem palavras mesmo assim eu não resisto
E lhe declaro meu amor no verso, palavras rimadas
Quem diz que Deus não curte rap
Ainda num entendeu nada
kivitz - foge maria
"levanta, zé. já tá? já tô
Já fiz o teu café! já vô!
Nosso moleque é lindo, né?
Vai, mete o pé, cê que sonhou!
Partiu! estômago vazio na estrada e chão
Vão por aí: o egito é logo ali! #sóquenão, jão
Isso num é pesadelo, é bem pior
Ã? o caos batendo à porta
De quem tem mais fé que jó e ó
O próprio Deus ameaçado de morrer, viu quem?
A maior prova que essa vida não alisa
Pra ninguém, meu bem!
Que mundo é esse onde crianças morrem?
Maria, olha bem pra mim
Agora é com você, então corre!
Contra o tempo, contra o vento
Fardo aceito, ventre eleito!
Se o bebê chorar é que quer seu colo e peito
O anti-herói já nasceu metendo a fuga, zika
Da linhagem nego grama e a história intensifica
A própria vida e homicidas vem buscar o menino
Hoje não! embora a cruz seria seu destino
Hoje não! ele tem muito pra viver
Uns 30 anos pra ensinar
O que nois teima em num aprender!
Hoje não! eis o grito de uma mãe mulher
Satisfação, maria, honra
E gratidão pela sua fé"
kivitz - horas vagas
Ã? nois aqui pro p. a. ou pro fone
(salve, will bone)
Quantos rap já fiz a cappella
Agora é microfone
Beat só metal, musical, orquestral
Os branco e os preto e tal
Rime respeito e práu
Como cê vive? como tem gasto seus dias?
(hein?)
Como tem sido a luta atrás do "cash"?
O que tem tocado no seu play?
As que mexe, as que faz cê se mexer
As que gravei?
Qual que vem, qual que foi?
Cadê o malandro que outrora eu via?
A revolução que cê fazia?
Cadê seu Deus? onde cê jogou suas orações?
Pó cola com nois, nossa voz é rec nas canções
Dom do alto viemos devolver
moleque, não é barulho
Embrulho as track pra você
Diz que isso chama "ep"
Nosso projeto em dueto, só podia
Som de gueto, música pro dia a dia
Sintonia do mc e a boa harmonia
World wide underground
5 Rounds de poesia e ritmo
Beat, pô, mítico, então traga músicos
E uma meia dúzia de horas vagas
kivitz - humildade
Ostentação é 3 refeição por dia
Meus rap alto num fone dum irmão em sintonia ativa
Viva la vida lá, viva lá, ouvi fala que
Ser mc num é questão de atitude
Isso é o mínimo pra quem cresceu ouvindo rappin hood
Tim maia racional traz nossa emocional saúde
Eu num vim paga de um de... cê sabe
Eu vim lotá o bau de raps
Clássicos pesados com as de hoje
De dia já, de manhã, djavan pus pra ouvir
Minhoração, frente ao mar, refleti
Uma mordida na maçã errada
Pai, livra-nos do mal, hoje eu não tô legal
O meu pecado é o de qqr quebrada
A humanidade e sua maldade pra curar
Necessidade do que não
Precisa mais pra si, se trair, decair, obter
Eu escrevi? não! vou escrever! um tratado sobre ter
Alienação, razão ser é passado, ultrapassado ser
Ter ou não ter, eis a nova questão
Um platão pra cada africaninho, meus irmãozinho
A corrente de ôro brilha o show do cão, luto então
E há quem diz "erro é não ter patrão"
De subemprego a subser, fiz do rap minha profissão
Luzes do show, meu flow, Deus me meu dom com bis
A essência ainda busco no primeiro som do xis
Ser mc profeta aqui poeta sempre quis
A simplicidade quando encontro é o que me faz feliz
Ã? voz na letra, mão na caneta, vocês em volta
O exemplo de sabota, cristo e a volta, muita treta
Fala pucê, apc, há de ser, somos nós
A justiça deu a luz e deixou claro o algoz
G o g num é de hoje me ensinô
Se o estudo fô o escudo, quem vence é o amor
Vem kamau, nada mal, vem trazer
O equilíbrio que minha geração precisa
Visão precisa pra robá dos roba brisa
Neto, são josé, quando for escrevê me avisa
O pós moderno, busca o que o moderno jaz
Do pré moderno, que nos volte seus amém
Pois quando duvidei sedento de explicação
Sai de perto
E o seu deserto como me fez bem
Areia, vento e eu, doeu
A constatação da extinção do eu
Com o que sobrou montei meu big broder
Dois neguin do haiti com fome na balada top
Ã? tua escolha entre e play e o stop
Eis o adão e eva da história hiphop
Meus amém vai pra você, cuidador de gente
Pro zeca pagodin de jet ski na enchente
Sim, lá no moin eu vi chega marmita quente
O pouco de cada todos é meu mestre nunca ausente
Mas crescente é religião saci
Quem reza o pai nosso faz um próprio apelo a si
Pai, façamos pois sua vontade
Dá só o mínimo a nós que é humildade
kivitz - louco ou são
"pelo fim dos hospícios"
Meu mano will, me sinto um astro
"astro? " nauta!
Ã?ia a brisa do mc
Quando é "só" oxigênio que lhe falta
Tô louco e sóbrio, tô sóbrio e louco
"bateu a nave, kivitz? cê tá muito louco! "
Perdão... cheguemos longe pra voltar
A terra, o barro, a família
O homem de família, eis o transgressor
Volte pra ele
O primeiro amor... "sempre o amor"
Poetas, shakespeare sendo operário
Cumprem horário
Ã? charles chaplin atrás de um salário
"não ao contrário"
Loucos tem voz, rádio tan tan
O elogio é from brazil, não roterdã
Se teu erasmo é carlos, se seu roberto é baggio
Mulheres nunca foram o sexo frágil!
Nexo mágico, palavras tem poder e não voltaram vazias
Profecias são seres vivos
São livros de caetê, rimas de sabotí, feitas pra você
Eis água benta para gil benzer
A volta da pureza, criança sem crescer
Não dedico a thomas more, I wanna more
Essa é só pra 2 ou 3, no four
Sobreviver não é escolha, é instinto
O infinito, de trás pra frente é mito, reflito
Hoje sou, mas nada precede o ser
Ora, então seja, é o que te restou
Mas mano, a rotina beija, minha mina almeja e eu?
Atrapalho o plano todo
Quasímodo, minha sede é só de breja
Minha fome era de mim
Depois de orar será que é bom "que assim seja"?
Chenzo e sua prece ignorante
Verso figurante de uma poesia vida
Desconectada da beleza dela, erros e sequelas
Ã? tarja preta, cinderela
Rap remédio pra quem faz, pra quem ouve
O que houve, se a paz, alma só sente na distância?
Crise calibra a sã doutrina, mas
Seria fuga da rotina ou distúrbio da esperança?
Crianças são loucas, são
Quero ser criança então
Que entre ser louco ou são
Quero ser criança
Crianças são loucas, são
Quero ser criança então
Que entre ser louco ou são
Quero ser criança
kivitz - movimento
"água parada, cê sabe, a preguiça te pica
Tesóra tua vibe... o mundão?
O mundão só Deus sabe!
Sai zika: água mansa!
Se cê mósca a rotina te cansa
Ã? normal, é normal
Te trança, te dopa, teu vício, tua droga
Teu laço, cansaço, teu maço, tua folga
Ã? normal, é normal, bem banal
Ã? normal
Tua bolha, tua folha, tuas capa da veja
Tua ressaca no banco da igreja
Ã? normal
Ã? normal
Bem normal
Ã? normal
Teu saldo no banco, teu rango sem gosto
Teu tédio estampado no rosto
Ã? normal
Ã? teu corre, é teu love, é teu carro
Teu limite, tua city, é são paulo
Ã? normal
Ã? tua fuga, tuas ruga de sol
Ã? tua gula, teu colesterol
Ã? teu porto, conforto, é tua fé
Rivotril, ritalina, café
Ã? teu cargo, é teu trampo, é teu terno
Ã? tua casa virando um inferno
Ã? tua nóia, tua brisa, teu ócio
Tua paz que resulta em divórcio
Tua inércia dominical
Teus like no insta, tua vida banal
Ã? normal
Bem normal
Ã? normal"
kivitz - o Último cristão
Paulo brabo
Narração intro
O ensino de Jesus só permanece novo porque nunca foi tentado
Nos últimos mil e oitocentos anos, pelo que sabemos, esteve longe
De ser colocado em prática com esse nome
Melhor seria não manchar a reputação irretocável de Cristo com
O nome de cristão. Ele merece esse nosso sacrifício
Uma deliberada e silenciosa desconversão em massa
Pensando bem, talvez trouxesse finalmente toda a glória que
O ensino, o exemplo e a obra de Jesus desconheceram nos últimos
Milênios. Permaneceríamos cristãos em segredo, a portas fechadas
Lutando consistentemente, em absoluto sigilo e completa dedicação
Pelo Nome que não ousamos macular ou pronunciar
No fracasso institucional e na crucificação ideológica do cristianismo
Talvez esteja a semente da sua ressurreição
O último cristão pode muito bem ser o primeiro
Kivitz
Então fizemos da Tua casa nossa casa
Pusemos em nossa boca Tuas mais loucas palavras
Repetimos, o Seu sagrado livro repetimos
Com o mais puro desejo de acertar a rota e irmos
Entre manos, dinheiro, trampo e vício nos perdemos
Nos lembramos daquilo que quando criança ouvimos
Seu Jesus papai noel já deu no saco, então
Fale por si da sua fé que é só por hoje, irmão
Ã? o mundo cão como Miúdo alerta
Pelos neguim trancado em Franco é que meu peito aperta
A droga boa e a porta pra ela aberta
Fora a impressão que é depressão q a razão num interpreta
Milagre é raro onde hipocrisia é mato
Meu Deus é o Deus dos nóia que o dos crente é chato
Ossos do ofício, profissão profeta
Canção que faço é a minha confissão aberta
A sugestão? aquela lá que em todo rap brota
Não se entregar pra sabotar e assim honrar o Sabota
Com a fé madura que do pé não cai
Ã?rfão de vô que é ter um pai que nunca teve pai
Mas me ensinô a cartilha, que ponho em rimas
Dizem que herdei esse seu dom de quebrar paradigmas
E se eu quebro então eu prego a desconversão
Em massa dessa praga que é religião
Dividindo capítulos da tradição
Pra me portar como discípulo nessa missão, entendeu?
Coerência, humildade, alegria
Com aquela certa dose de inadequação
Sem a fantasia do Jesus bonzinho
Sigo o nazareno loko da revolução
Não o santo, barba feita, cabelo lisinho
Curto aquele acusado como beberrão
Que sem drink lá na festa fez da água, vinho
Sou mais esse que jantou na casa do ladrão
Que abriu mão de ser o primeiro pra reinar sozinho
Oro a Deus que ele me faça o último cristão
Refrão
O último cristão, o último cristão, o último cristão, o último
Kivitz
Militante da causa não usa pessoas
Não usa mulheres, não usa a inveja pra destruir seus algozes
E nem tem algozes
Pois não usam pessoas e mulheres e a inveja
E não torcem contra ninguém
Pra nós dinheiro é bem comum
O pika dos pikas aqui é só mais um
Feito a puta que lavou os pés de jesus, somos quem
Sabemos que Deus não é de ninguém
Contra crentes folclóricos que são bons em julgar
Hipócritas católicos ótimos em jogar
Irmãos pro inferno e conversa fora, fofocar
Compraram a salvação e agora querem me alugar
Num viu que eu tava pronto pra mudar?
Aprendiz de homem bomba assumí o meu lugar
Linha de frente, na solidão jamais, canhão
Antigo crente, febril, sintomas de cristão
Cabeça quente, do espírito de Cristo dependente
Pra num fazer merda tenta ser um homem decente e só
Só vou derrubá da minha frente
Quem tirá o chão que me ajoelho e que meu joelho sente
kivitz - paciência pra quem vai no front
Só eu sei as forças que vem contra
Espíritos que sopram e votam
Pra eu não mais cantar (monstros a sussurrar)
O flow sai puto, o beat roda em luto
A rima soa insulto pra ressuscitar, me relembrar
Da voz de cima, aquela que escuto
Quando o resto muto pra me consertar (e então citar)
Que rap é cura! só quem sabe que é doente entende
E hoje quem porta o mic vai te consultar (te receitar)
Loucura! desilusão! desiludir é bom
Veja o vento de onde vem, pra onde vai?
O tempo continua indecifrável
A verdade da vida é insuportável
O que já foi não é e o que virá será, logo irá
Se tornar o que já foi, o hoje é sem boi
Pergunto: qual evolução?
Ã? a mema bifurcação: o mal e o bem
Só que os menino é febem
Humano qual? ser o mano "quem"
Ser humano é mau
Por bem ou por mal, pelo mal de quem?
E hoje nem tô mal, até que tô bem
Se deserto é ritual, o que é eterno será atual
Do desconforto nasce a resistência
Do medo, a ciência
Mano e o que vai dar sentido pra sua existência?
Vivência traço, passo pro almaço
Faço voz da consciência maço das letra que amasso
Laço que enfraquece o nó do pó que renasço
My brotha diz: entra pro crime
E vem dizer que é fácil! (vem)
Cês quer que eu rime sem sentir o cansaço?
O ônus do palhaço é caminhar descalço
Perdi meu templo, perdi a fé naqueles bom exemplo
E num é que foi bom?
Hoje o passo é lento
Olhar pro vento
E paciência pra quem vai no front!
Rap é o som
kivitz - profetas
Profetas sempre foram mal vistos, mal quistos
Veja como trataram cristo
E ser profeta é um compromisso meu
O dia que o rap virar moda ele morreu
Num é nada mais que incomodar nossa função, protestos
Em vida e canção profetas indigestos
Riscando cadernos, quente, utopia em mente
Satisfação, minha profissão é inconveniente!
Mal aceito em rodas, malão, excluído
Ã? isso memo, o rap não nasceu pra ser bem-vindo
Ideias subversivas refletidas em canção
Nunca mais esqueço o bill cantando no faustão
Em plena tela criticou as novela
Pic bandido, o negão foi logo interrompido
Ã? loco meu, ô loco memo, meu
Rap sumiu, as bunda reapareceu
Essa é a mídia do brasil, putaria intensa
Noiz vai chegar, mas vai fala o que pensa
Cavalo selvagem, salve, rapadura
Pesadelo dos patrão da nova ditadura
Rap não é tapinha pra agrada nas costa
Se pergunta, cês vão ouvir inéditas respostas
Vamo juntar pra num deixar se perder, corre solto
Se virá moda é porque já tá morto
Em festas já opinei em cima de batidas
Pediram pra não voltar então missão cumprida
Minhas ferramentas são rimas e beats
Aceito sacrifícios, rejeito convites
que nem kamau que apesar dos pesares insiste
Meus manifestos soco na playlist
Somos limões azedos, quem morde estranha
Faz cara feia, desce quadrado e arranha
Pois quem aponta o dedo na cara do sistema
Jamais terá seu braço erguido como herói na cena
Resgate do valor essencial que carrego
que nem sininho em bola de futebol pra cego
Mostro o caminho pra quem não enxerga
ninguém é puro, mas é possível comer menos merda
A voz que denuncia extrapola o quintal
Jeremias, elias, taíde e brow
Snj, g o g, marechal
De gilberto gil a facção central
Missionários em fundações casa
Favelas, quilombos que me dão asas
Concedem mil motivos, sem red, nem bull
Descendentes de ex escravos da pele azul
Ã? uma tribo só, um ideal maior
Sem essa conversinha de "quem é o melhor? "
E o julgamento dos escroto é o que eu menos temo
porque o alerta é pros otro e também pra noiz memo
kivitz - rir pra não chorar
O sal dá gosto ele não rouba a cena
A luz dá foco pro que vale ver, no alto da antena
Ã? a sina dos corações dessas alma serena
Olho que brilha, fagulha a trilha da sua retina
Se a guerra tem dois lados, nenhum lado é bom
Sobra um par pra se dançar, se o silêncio é o som
O mal nasceu com nome, chama-se vaidade
Saudade da cidade, fome de shalom
Olhei pro calendário e vi
Nois preso numa grade de números frios
O tempo é relativo, são ciclos
Atrás dos seus motivos pra não ser vazio
Que dia é hoje? não sei, não confio em relógio
Nem no tanto de sódio que me alimentei
Minha família é tudo e todos
O mundo é a nossa quebrada ou terra de ninguém?
Vi um moleque perdoar seu pai
Aquele que agrediu sem ter motivo
Vi um acidente e o mano falou: "carai"
E agradeceu ao céu por estar vivo
Era uma mina ali de 11 anos
Com a pedra maldita presa em seu cachimbo
E uns malandro em volta dela, dormindo
A cena que marcou no último domingo
Vi um pastor abusar de uma criança
Vi um cobrador chantagear mulher
Já vi um índio na fila do banco
E a filha de um negro perguntar: "quem é? "
Vi um skatista mijar num papelão
E um morador de rua falar que era dele
Vi um palmeirense ser linchado, zuado
E vi um corinthiano apanhar por ele
Vi um milionário empurrando fusca
Vi um mano humilde humilhar nordestino
Vi uma menina que virou menino
Ser morta pelo tio, viu? essa vida é brusca
Tive um irmão que perdeu pro crack
Tive outro irmão que perdeu pro din
Tive um irmão que perdeu pro sexo
E desconexo cavou seu fim
Hahaha... hahaha
Ã? rir pra não chorar!
Ã?ta mundo bom de acabar!
Mas se ainda existe ar
Restam motivos para respirar!
Quem sussurra a voz que faz ecoar?
Na terra que cê pisa e que o homem caiu?
Quem concede a graça de recomeçar?
Na vida que foi dada e que cê nem pediu?
kivitz - sujeito
Ã? que cê pergunta para o sujeito
E ele "a paz do senhor"
Aí cê caminha com o sujeito
Mas num enxerga o senhor
Num vê a paz, nem o próprio sujeito mais
Só um rapaz que dormiu e que a religião cegô
Soldado neutro, já todo conformado à matrix
Deformado em seus tiques, esquizofrênico
Perdeu a rédea se entregô prum jogo cênico
Virô assunto pro meu arsenal de bics
Posado em fakes, nicks
Fí dum pai que lamenta
A distância, vendo a ânsia
Que ele memo num guenta
A vida passa: o santo ostentando fumaça
Trancô a própria alma em uma piada sem graça
Ele é só trave, engoliu a chave e partiu
Pro culto de segunda e a oração nem subiu
Diz que não peca, na beca como um homem inteiro
Com o espírito jogado num sofá de puteiro
Perfumado mais nois sente seu cheiro
Se perdeu, já morreu
Só enterrar que esqueceram
kivitz - trágico
Nem sou de ira, mas vejo fumaça
As mina pira, o vidro embaça
Lá várias carcaça oca
Do lado externo à boca canta qualquer nota, brota
Visto minha toca penetro as lorota, loka
Vazo puro como um green de bong
Entediado, endiabrado com mais uma song
Sou eu atrás de uma breja
Com a bike no cone
Em alguma esquina de sp e só rap no fone
Fase na de decidir
Agora, quando e onde
Se salvo o mundo amanhã
Ou se me mato hoje
Mano, como é que eu pôde
Ficar parado e cada dia
Me sentir mais longe?
Bater de frente com essa
Ã? me virar de costa?
Que bosta!
Tô sem emprego e mais de mil proposta
Pagando pau pra um ou dois que soube
Ter coragem
Com a mala pronta mas de trouxa neh
Cadê a passagem?
Trancado em casa, pseudo curto a viagem
Trágico
O original mais um rapaz comum covarde
Passa os aba reta, os frito
Aqueles boy roupa de festa e os
Dois é esquisito
Minha brisa noia corre fria ao monte
E o pior que foi meu pai que disse isso ontem
Cds kivitz á Venda