MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
joão luiz corrêa - mensalinho
Lá no planalto a coisa tá pegando fogo
A história é longa e não deixo de desconfiar
Desvio de verba antigamente era roubo
Tem uns aí, que vão rir de quem reclamar
Muita conversa fazem pouco, quase nada
Rabo na estrada quem tem, não pode cobrar
E tem cobrança que é o chique da marmelada
Boca fechada o mosquedo não pode entrar
Há muito tempo vivo só de mensalinho
Anda faltando até erva pro chimarrão
Agora eu sei porque eu ganho tão pouquinho
Tiram do meu pra sustentar o mensalão
Toma lá, dá cá que eu tô te dando
Mas, você tem que me dá
E o que não couber nas malas
Nas cuecas bamo guardar
Se os trouxas tão pagando
O que dê bamo rachar
O povo anda elegendo essa bandidagem
Que faz escola e mestrado em corrupção
Não tem vergonha dos filhos, dá parentagem
E nem se importam serem chamados de ladrão
De rabo preso sei que um tem medo do outro
Faz que não vê e se puder rouba também
Pra educação e segurança é muito pouco
Mas pra propina e mensalão dinheiro tem
joão luiz corrêa - quando tapeia o chapelão
Todo fandango tem peão,
Todo fandango tem guria,
No fandango a rapaziada atravessa
a madrugada no compasso da alegria.
Mas a sala fica cheia
Quando a gaita corcoveia
Falta espaço no salão
O gaiteiro mostra o jeito
Bate o taco, estufa o peito
E vai tapeando o chapelão
Refrão:
Quando tapeia o chapelão
Tem vanerão, tem vanerão
Quando tapeia o chapelão
Tem vanerão, tem vanerão
joão luiz corrêa - fandango em soledade
Vamos moçada lá pro meu rincão
Tem fandango em Soledade
Na capela do pontão
Fim-de-semana esse campeiro se apaixona
Ouvindo toque de cordeona
Já me alegra o coração
Tem mulher velha
Moça nova bem faceira
Com as nova danço no meio
Com as véia vou pelas beira
Vim lá de fora tapado de judiaria
Pra dançar com essas guria
No balanço da vanera
Como é bonito o fandango lá pra fora
Se ouve o tilintar de espora
Da gauchada chegando
E a muierada são bonita e são mimosa
Já ficam todas dengosa
Locas pra saí dançando
Tem mulher...
Por isso eu gosto dos fandangos de campanha
Tem gaita, mulher e canha
Churrascada e cantoria
Danço com as velha e com as mais nova
A noite inteira
No balanço da vanera
Vou até clarear o dia
Tem mulher...
joão luiz corrêa - sacudindo a poeira
Passei o mês inteiro
Em cima de um cavalo
Paleteando e dando pealo
Nesse dura lida
É sábado à noite
Vou batendo o mango
À procura de um fandango
Prá alegrar a vida.
Passei o mês inteiro
Em cima de um cavalo
Paleteando e dando pealo
Nesse dura lida
É sábado à noite
Vou batendo o mango
À procura de um fandango
Prá alegrar a vida.
Hoje vou sacudir a poeira
No embalo da vaneira
Até o sol raiar
Nos braços da linda morena
Uma noite é pequena
Prá mim sarandear.
Hoje vou sacudir a poeira
No embalo da vaneira
Até o sol raiar
Nos braços da linda morena
Uma noite é pequena
Prá mim sarandear.
Cutuca seu gaiteiro
Esta cordeona
Numa vaneira chorona
Que eu gostei do som
Pois hoje eu não volto
Pro meu aconchego
Sem levar pros meus "pelego"
Um gosto de batom.
Cutuca seu gaiteiro
Esta cordeona
Numa vaneira chorona
Que eu gostei do som
Pois hoje eu não volto
Pro meu aconchego
Sem levar pros meus "pelego"
Um gosto de batom.
Hoje vou sacudir a poeira
No embalo da vaneira
Até o sol raiar
Nos braços da linda morena
Uma noite é pequena
Prá mim sarandear.
Hoje vou sacudir a poeira
No embalo da vaneira
Até o sol raiar
Nos braços da linda morena
Uma noite é pequena
Prá mim sarandear.
Passei o mês inteiro
Em cima de um cavalo
Paleteando e dando pealo
Nesse dura lida
É sábado à noite
Vou batendo o mango
À procura de um fandango
Prá alegrar a vida.
Passei o mês inteiro
Em cima de um cavalo
Paleteando e dando pealo
Nesse dura lida
É sábado à noite
Vou batendo o mango
À procura de um fandango
Prá alegrar a vida.
Hoje vou sacudir a poeira
No embalo da vaneira
Até o sol raiar
Nos braços da linda morena
Uma noite é pequena
Prá mim sarandear.
Hoje vou sacudir a poeira
No embalo da vaneira
Até o sol raiar
Nos braços da linda morena
Uma noite é pequena
Prá mim sarandear.
joão luiz corrêa - xixando
Dê-le surungo
Que esta noite é uma criança
Segue com a dança
Que eu quero me entrverá
Gosto dum xixo
Pra chacoaia a mondongueira
Numa vaneira
Dessas de descadeirá
Não tô aguentando
O xixado desse corpo
De fazê morto
Do caixão se levantá
Vai no gingado
Da loirinha e da morena
A noite é pequena
Prá quem quer se apaixoná
Mexe co'as ancas
Chacoaia pra lá e pra cá
Faz o balanço de canoa prá virá
Não demo bola
Segue xixando sem pressa
Que a praia é essa
E nós não bamo se afogá
Eu quero achego
No durante e no depois
Que barco a dois
É mais fácil prá remá
Vem no compasso
Que tá bom barbaridade
E a claridade
Começou me atrapaiá
Começou me atrapalhar
joão luiz corrêa - um cambicho na internet
Já faz um eito que larguei da namorada
Pois andava encambichada
Com o vizinho da Claudete
Por ta solito agora to me bombeando
E de longe namorando
Com uma tianga na internet
Na aparência ela é igualzinha uma atriz
E nas prosas só me diz
Que ta na minha e muito afim
Pelo retrato dá pra ver que é tão bonita
E do jeito que palpita
Já se apaixonou por mim
Ref
Me manda uns troço cheio de coraçãozinho
E uns boneco redondinho
Amarelado se fresqueando
Uns recadinho tudo escrito pelo meio
E eu que bem pouco leio
Tenho que ir adivinhando
Ã? KK, SHUASHUA, HEHEHEHE
E eu não sei o que dizer
Então peço que ela repita
La vem de novo
KK, SHUASHUA
E eu paguei a desconfiar que ela gagueja nas escrita
Esse cambicho de fato ta se apegando
Nem bem â??temoâ? namorando
E ela já quer me controlá
Recado de outra ela pede que eu delete
Pois nessa tal de internet
Ã? bem fácil de namora
Pra um índio grosso
Isso é um bicho corcoveando
Mais ela ta me domando
E até me deu uns â??conseioâ?
Que eu não abra recadinho com suspiro
Porque tem um tal de â??viruâ?
Que â??escuiambaâ? os â??apareioâ?
joão luiz corrêa - surungo de candeeiro
Num galpão de pau-a-pique
Chão batido bem molhado
Um surungo bem largado
Ao costume missioneiro
Num canto o velho candeeiro
Faz que se apaga e se acende
Que até parece que entende
Bailando a o som do gaiteiro
E o chinaredo se assanha
Como traíra na isca
E algumas até se arrisca
Mordendo no barbicacho
E o rude candeeiro guacho
Às vezes vai se apagando
Mas o patrão vai bombeando
Cuidando o modo dos machos
Segue o surungo ala solto
E o gaiteiro sonolento
Já se entrava litro á dentro
E aos gritos pro bolicheiro
Traga mais canha parceiro
Que a aurora agora se muda
Nem que o cheiro da crinuda
Se misture ao do candeeiro
Eu dancei todas as marcas
Com uma morena faceira
Chinoca flor de primeira
Minha altura mesma idade
Que se foi pra Soledade
Voltei pra casa solteiro
E o surungo de candeeiro
Só deixou pra mim saudade
joão luiz corrêa - gauchão de apartamento
Quem vê de longe diz que é um taura da campanha
Trás na figura a própria estampa do rincão
Mate cevado e uma matera a meia espalda
E bem pilchado pra dizer que é gauchão.
Mas quando está sozinho em seu apartamento
Esquece o mate e se veste igual maloqueiro
Só bota a pilcha quando é dia de rodeio
Estufa o peito e fala alto eu sou campeiro.
Cheio de manha estiloso
Malandrão cento por cento.
É o gauchão de apartamento.
Se num fandango não larga a guampa de canha
E na vaneira dança até clarear o dia
Leva na mala de garupa os mantimentos
E nunca falta um ?paieiro? pra parceria.
Mas quando está sozinho em seu apartamento
Liga no rádio um bate-estaca indecente
Numa frasqueira seus creminhos de beleza
E pra beber gosta de chocolate quente
joão luiz corrêa - vanera de rancho
Sempre que escuto uma vanera de rancho
Penduro o chapéu num gancho e me vou para o salão...
Pego uma gringa, dessas que vem lá da serra,
Pois aqui na minha terra fica feio dar carão...
E já me atiro, que nem bugio no arvoredo,
A gaita conta o segredo, nunca contado a ninguém.
Baile de rancho todos vêm para dançar
Se o bonito arruma par o, feio arruma também.
REFRÃO
Segura o tranco, nesta vanera de rancho,
Qu'eu vou pousar de carancho, no coração da chinoca...
Eu e a pinguancha, neste troteado de ganso,
Aprendi este balanço nos bailes da Bossoroca.
Chega a peonada desfilando a brilhantina,
Em cada olhar de china tem um brilho que provoca...
Os bons ginetes já se atiram muito afoitos,
Pegam essas de dezoito e tá feita a massaroca...
Cabelos curtos, no estilo flor de porongo ,
Outras de cabelos longos, bem mais que minha esperança...
Quem vê de fora diz que o baldrame tem mola,
Todo mundo se rebola e até o rancho se balança!
Nesta vanera, que a cordeona quase fala,
Até a lua vem p'ra sala, pelas frestas da janela...
Nos galanteios os corações viram brasa,
A peonada pede vasa, p'ra poder molhar a goela...
Ninguém refuga antes que o dia amanhece,
O vento gemendo em prece e a moça pedindo amor...
É nesses ranchos que ninguém liga p'ra fama,
Onde a alma se derrama e a vida tem mais sabor.
joão luiz corrêa - me vou pra vaneira
Ao som de um farrancho, chego de à cavalo
Apeio no embalo, xúcro de um gaiteiro
Campeio meus troco, rodeio a guaiáca
E o cabo da faca, reluz no candiêro
Já entro pachola e vou pagando a ficha
Uma china me espicha um olhar de soveú
Vou direito a copa, cutuco a algibeira
E tapeio a poeira, na aba do chapéu
= REFRÃO =
Falquejo uma prosa, capricho no trote
Já armo meu bote, prá uma fandangueira
O gaiteiro bueno, de canha se enxarca
E eu feito um monarca, me vou pra vaneira
Sou de pouca prosa, me agrada entrevero
E até bochincheiros, conhecem meu jeito
Tirando retosso, cordeôna, guitarra
E o gosto por farra, não tenho defeito
Prá o meio do baile, arrasto as chilenas
A noite é pequena bombeando as mulher
Se acaso puder a mais linda eu penero
E aparto a que eu quero pra arrastar o pé
No assoalho vermelho, do chão colorado
Eu danço embalado, nos braços da china
Esqueço da lida, pendênga e peleia
Quando ela arrodeia, me alisando a crina
Já na outra marca, aquece o assunto
Comigo vai junto, na prosa que encilho
É certo o namoro, no fim da noitada
É carga dobrada, no pingo tordilho.
joão luiz corrêa - a solidão e a saudade
A Solidão e a Saudade A solidão e a saudade
São duas chinas mal domadas
Caborteiras, desgarradas
Maneiam a alma do cuera
Acolheradas com as rimas
Nas noites que se faz ronda
São parceiras das milongas
E do coração tapera
REFRÃO
Que bom existir poeta
Pra tapear a solidão
Espantar a saudade
Nos versos de uma canção
Para quem escreve versos
Logo a saudade aparece
Trançando os tentos das rimas
Pois quem ama não esquece
Dando rédeas à poesia
Também vem a solidão
Vem arpejos e acordes
Pra rimar com violão
Se pedir para um poeta
Uma rima pra saudade
Responde no pé da letra
Rima com felicidade
Mas pra quem está sofrendo
Distante do seu amor
A rima é solidão
Mesmo sendo verseador.
joão luiz corrêa - surungo de trás do cêrro
Surungo bueno que se forma de repente
Aparece tanta gente que eu não sei d`onde é que vem
O galpão véio fica lá de trás do cêrro
E nem que eu ande o dia inteiro me garanto e vou também.
Sábado cedo levanto junto co´s galos
Encilho bem o cavalo e saímos cortando estrada
De tardezita chego tapado de poeira
Me atraco numa vaneira e danço até de madrugada.
(Refrão)
Eu me entrevero nesse fandango cuiúdo
E lá de fora quem não entra se alvorota .
E pelas frestas do galpão enchergam tudo
E nesse bate-coxa a pinguancha não me solta.
Neste surungo só não dança quem não pode
O índio véio se sacode oitavado no balcão
Tomando um trago tenteando a china morena
E a noite fica pequena pra quem gosta do que é bom.
Sábado cedo levanto junto co´s galos
Encilho bem o cavalo e saímos cortando estrada
De tardezita chego tapado de poeira
Me atraco numa vaneira e danço até de madrugada.
joão luiz corrêa - esta saudade campeira
O traiêdo apreparado, naco de fumo e cambona
As cobertas na carona do pingo bem encilhado
Me botei num upa-upa, poeira entrando na goela
E um regalito pra ela na minha mala de garupa
Um sol de rachar a guampa, me ensopando os fundilhos
E o galope do tordilho me abagualando a estampa
No costado de um capão, vou baixar acampamento
Pois se ajeitar no relento é o gosto deste peão
(Refrão)
E assim, me vou feliz cortando estrada
Pra rever a namorada, que ascendeu minha paixão
E assim, mato esta saudade campeira
Com a china companheira, que domou meu coração
Um café preto e um pito, o charque pra dar sustância
Vou encurtando distância, galopando vou solito
Não dou bola pro cansaço, o pensamento me leva
E este meu jeito maleva, agüenta qualquer guascaço
Atravessando as Campinas, no peito baita ansiêdade
Cruz-credo, barbaridade, que saudade da minha china
O patrão me deu três dias e a vontade é de um mês
Quero chegar de uma vez, pra me encontrar com a guria
joão luiz corrêa - procurando cambicho
Eu quando lembro dos fandangos do meu pago
Bem animado já me bate uma saudade
Loira e morena dos cabelos cacheados
E o gaiteiro apaixonado tocava barbaridade
Antigamente aqueles bailes lá pra fora
Tinia espora e a sala ficava estreita
E lá no meio já se achavam no entrevero
Num balanço bem campeiro é que o namoro se endireita
Tô com saudade de uma baile campeiro
Tô com saudade da prenda faceira
Que passa dançando e o meu coração
Quero bailar contigo moça fandangueira
Daquele jeito eu aprendi tocar fandango
O velho pai me ensinou como fazer
Pra alegrar o povo chacoalhando a gaita véia
E a gauchada nos bailes de ctg
Tô com saudade de uma baile campeiro
Tô com saudade da prenda faceira
Que passa dançando e o meu coração
Quero bailar contigo mais esta vaneira.
joão luiz corrêa - batendo casco
Num bater de casco me larguei a campo fora
Procurando um baile daqueles de antigamente
Fui de a cavalo porque sempre fui gaudério
Pois um gaúcho não se entrega num repent
E e no caminho já convidei uns parceiros
Pra ir comigo dançar naquele surungo
E na chegada me "acarquei" com uma morena
E no balanço me senti dono do mundo
Esse fandango lá na costa do povoado
Era animado pelo gaiteiro tio joão
Que lá num canto chacoalhava a gaita velha
Acompanhado de um pandeiro e de um violão
E eu na sala me embalava pros dois lados
Bem agarrado na filha do nego juca
Esses fandangos de campanha, meu compadre
Sempre até mais tarde num belisque e me cutuque
Se o balanço é bom
Eu já me largo pra sala
Gaita velha me embala
Pros fandangos na fronteira
To acostumado a chegar nesse surungo
E me sentir dono do mundo
Quando danço uma vaneira.
Cds joão luiz corrêa á Venda