MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
joão do vale - carcará
Carcará
Lá no sertão
É um bicho que avoa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião
Carcará
Quando vê roça queimada
Sai voando, cantando,
Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará come inté cobra queimada
Quando chega o tempo da invernada
O sertão não tem mais roça queimada
Carcará mesmo assim num passa fome
Os burrego que nasce na baixada
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará
Pega, mata e come
Carcará é malvado, é valentão
É a águia de lá do meu sertão
Os burrego novinho num pode andá
Ele puxa o umbigo inté matá
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará
joão do vale - minha história
Seu moço, quer saber, eu vou cantar num baião
Minha história pra o senhor, seu moço, preste atenção
Eu vendia pirulito, arroz doce, mungunzá
Enquanto eu ia vender doce, meus colegas iam estudar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar
E quando era de noitinha, a meninada ia brincar
Vixe, como eu tinha inveja, de ver o Zezinho contar:
- O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar
- O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar
Hoje todo são ?doutô?, eu continuo joão ninguém
Mas quem nasce pra pataca, nunca pode ser vintém
Ver meus amigos ?doutô?, basta pra me sentir bem
Ver meus amigos ?doutô?, basta pra me sentir bem
Mas todos eles quando ouvem, um baiãozinho que eu fiz,
Ficam tudo satisfeito, batem palmas e pedem bis
E dizem: - João foi meu colega, como eu me sinto feliz
E dizem: - João foi meu colega, como eu me sinto feliz
Mas o negócio não é bem eu, é Mané, Pedro e Romão,
Que também foram meus colegas , e continuam no sertão
Não puderam estudar, e nem sabem fazer baião
joão do vale - canto da ema
A ema gemeu no tronco do juremau (2x)
Foi um sinal bem triste, morena
Fiquei a imaginar
Será que é o nosso amor, morena
Que vai se acabar?
Você bem sabe, que a ema quando canta
Traz no meio do seu canto um bocado de azar
Eu tenho medo, morena, eu tenho medo
Pois acho que é muito cedo
Pra essa amor acabar
Vem morena, vem, vem, vem
Me beijar, me beijar
Dá um beijo, dá um beijo
Pra esse medo se acabar
joão do vale - pisa na fulô
Am7 B7 Em7 |
Pisa na fulô, pisa na fulô | BIS
Am7 B7 Em7 |
Pisa na fulô, não maltrata meu amô |
Am Em7
Um dia desse fui dançá lá em Pedreira
Am B7 Em
Na rua da Golada e gostei da brincadeira
Am B7 Em
Zé Caxangá era o tocador
C B7 Em
Mas só tocava pisa na fulô
Am Em7
Sô Serafim cuchichava a Marvió
Am B7 Em
Sô capaz de jurá que eu nunca vi forró mió
Am B7 Em
Inté vovó garrô na mão de vovô
C B7 Em
Vão'bora, meu veinho, pisa na fulô
Pisa na fulô, pisa na fulô...
Am Em7
Eu vi menina qui nem tinha doze ano
Am B7 Em
Agarrá seu par, também sair dançando
Am B7
Satisfeita e dizendo
Em C B7 Em
Meu amô, ai como é gostoso pisa na fulô
Pisa na fulô, pisa na fulô...
Am Em7
De madrugada Zeca Caxangá
Am B7 Em
Disse ao dono da casa num precisa me pagá
Am B7 Em
Mas por favô, arranje outro tocadô
C B7 Em
joão do vale - o jangadeiro
O jangadeiro vai ganhar a vida
No alto mar
Vai sem saber se volta
Mas tem que a vida ganhar
a vida ganhar...
Quando ele vem voltando na beira da praia
Fica logo assim de gente pra peixe comprar
Peixe a cem mil réis o quilo ninguém quer pagar
Mas todos quer peixe bonito
No preço do fiscal
Que nunca enfrentou
Temporal...
Mas ele enfrenta tudo porque tem zezinho
Filho de estimação que quer aprender ler
Ver o filho estudando é seu maior prazer
Ã? a razão de ir pra o mar
Sem medo de morrer
Pra um pescador
Zé não sei...
Nunca temeu ao mar mas sempre o respeitou
Por viver sempre no mar ele tem amor
Tem orgulho do que é mas o que ele não quer
Ã? que seu filho pra viver
Tenha que enfrentar o mar
Tenha que vim ser
Pescador...
***************************
Enviado por:
Luiza - Rio de Janeiro
joão do vale - maria filó
Lá vai o danado do trem
Levando Maria Filó
Lá vai o danado do trem
Levando Maria Filó
Nem sequer dá um apito
Pra mim que fiquei tão só
Nem sequer dá um apito
Pra mim que fiquei tão só
Lá vai Maria Filó
Levando todos "terem"
Lá vai Maria Filó
Levando todos "terem"
No meio dos cacareco
Meu coração vai também
No meio dos cacareco
Meu coração vai também
Coisa esquisita é trem
Quando sai pra uma cidade
Pra uns leva alegria
Pra outros deixa saudade
***************************
Enviado por:
Luiza - Rio de Janeiro
joão do vale - a lavadeira e o lavrador
Eu vi a lavadeira pedindo sol
E o lavrador pra chover
Os dois com a mesma razão
Todos precisam viver
Eu vi o lavrador com o joelho no chão
O pranto banhando o rosto
Seu filho pedindo pão
O gado todo morrendo
Ã? Deus poderoso
Faça chover no sertão
Nessa hora eu queria ter força e poder
Pra acabar com a miséria
E fazer no sertão chover
Vocês vão me censurar
Mas veio na imaginação
Nem tudo é santo de Deus
Pois Deus não tem coração
Depois, veio a lavadeira
Soluçando a reclamar
Dez dias que não faz sol
Pra minha roupa secar
Se eu não entrego a roupa toda
Doutor não vai me pagar
Se amanhã não fizer sol
Ai, meu Deus, o que será
Aí, eu vi que Deus é toda a perfeição
O que eu pensei ainda há pouco
Agora peço perdão
Só uma força de cima
Controla a situação
Um povo querendo inverno
Outro querendo verão
Eu vi a lavadeira pedindo sol
E o lavrador pra chover
Os dois com a mesma razão
Todos precisam viver
Eu vi o lavrador com o joelho no chão
O pranto banhando o rosto
Seu filho pedindo pão
O gado todo morrendo
Ã? Deus poderoso
Faça chover no sertão
Nessa hora eu queria ter força e poder
Pra acabar com a miséria
E fazer no sertão chover
Vocês vão me censurar
Mas veio na imaginação
Nem tudo é santo de Deus
Pois Deus não tem coração
Depois, veio a lavadeira
Soluçando a reclamar
Dez dias que não faz sol
Pra minha roupa secar
Se eu não entrego a roupa toda
Doutor não vai me pagar
Se amanhã não fizer sol
Ai, meu Deus, o que será
Aí, eu vi que Deus é toda a perfeição
O que eu pensei ainda há pouco
Agora peço perdão
Só uma força de cima
Controla a situação
Um povo querendo inverno
Outro querendo verão
joão do vale - a voz do povo
Meu samba é a voz do povo
Se alguém gostou
Eu posso cantar de novo
Eu fui pedir aumento ao patrão
Fui piorar minha situação
O meu nome foi pra lista
Na mesma hora
Dos que iam ser mandados embora
Eu sou a flor que o vento jogou no chão
Mas ficou um galho
Pra outra flor brotar
A minha flor o vento pode levar
Mas o meu perfume fica boiando no ar
joão do vale - bom vaqueiro
quem foi vaqueiro que vê
outro vaqueiro a boiar
fica lembrando dos "tempo"
que vivia a vaquejar
sofre igual quem ama alguém
e vê com outro, passar
ÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔ
Mestre Costa bom vaqueiro
no sertão do Maranhão
muntado no seu cavalo
num cachorro um barbatão
e com carreira e meia
não jogasse ele no chão
ÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔ
hoje em vez de peitoral
traz no peito uma paixão
de não poder vaquejar
nem vestir o seu jipão
passa boi passa boiada
pisa no seu coração
ÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔ
Mestre Costa na fazenda
hoje só abre cancela
mocidade deixou ele
ele também deixou ela
a "véice" montou nele
ele desmontou da sela
ÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔ
Mestre Costa na fazenda
hoje só abre cancela
mocidade deixou ele
ele também deixou ela
a "véice" montou nele
ele desmontou da sela
ÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔ
joão do vale - coroné antônio bento
Coroné Antônio Bento
No dia do casamento
Da sua filha Juliana
Ele não quis sanfoneiro
Foi pro Rio de Janeiro
E convidou Benê Nunes
Pra tocar,
Olê, lê, olá, lá
Nesse dia Bodocó
Faltou pouco pra virá
Todo mundo que mora por ali
Esse dia num pôde arresisti
Quando ouvia o toque do piano
Rebolava, saia arrequebrando
Inté Zé Macaxera que era o noivo
Dançou a noite inteira sem pará
Que é costume de todos que se casa
Ficá doido pra festa se acabá.
Nesse dia Bodocó
Faltou pouco pra virá
Meia-noite o Bené se enfezou
E tocou um tal de rock'n'roll
Os matutos caíram no salão
Não quiseram mais xote nem baião
Foi aí que eu vi que no sertão
Também tem os matuto transviado
Nesse dia Bodocó
Faltou pouco pra virá.
joão do vale - de teresina a são luiz
Peguei o trem em Teresina
Pra São Luiz do Maranhão
Atravessei o Parnaíba
Ai, ai que dor no coração
O trem danou-se naquelas brenhas
Soltando brasa, comendo lenha
Comendo lenha e soltando brasa
Tanto queima como atrasa
Tanto queima como atrasa
Bom dia Caxias
Terra morena de Gonçalves Dias
Dona Sinhá avisa pra seu Dá
Que eu tô muito avexado
Dessa vez não vou ficar
O trem danou-se naquelas brenhas
Soltando brasa, comendo lenha
Comendo lenha e soltando brasa
Tanto queima como atrasa
Tanto queima como atrasa
Boa tarde Codó, do folclore e do catimbó
Gostei de ver cabroxas de bom trato
Vendendo aos passageiros
"De comer" mostrando o prato
O trem danou-se naquelas brenhas
Soltando brasa, comendo lenha
Comendo lenha e soltando brasa
Tanto queima como atrasa
Tanto queima como atrasa
Alô Croatá, os cearenses acabam de chegar
Pra meus irmãos uma safra bem feliz
Vocês vão para pedreiras e eu vou pra São Luis.
O trem danou-se naquelas brenhas
Soltando brasa, comendo lenha
Soltando brasa, comendo lenha
Comendo lenha e soltando brasa
Tanto queima como atrasa
Tanto queima como atrasa
joão do vale - estrela miúda
Estrela miúda que alumeia o mar
Alumiar terra e mar
Pra meu bem vem me buscar
Há mais de mês que ela não
Que ela não vem me olhar
A garça perdeu a pena
Ao passar no igarapé
Eu também perdi meu lenço
Atrás de quem não me quer
Estrela miúda que alumeia o mar
Alumiar terra e mar
Pra meu bem vem me buscar
Há mais de mês que ela não
Que ela não vem me olhar
A onda quebrou na praia
E voltou a correr no mar
Meu amor foi como a onda
E não voltou pra me beijar.
joão do vale - fogo no paraná
- é, toda hora vem gente dizeno fulano viajou
- foi pro sul
- é isso aí
- mais cedo ou mais tarde, todo mundo vai
- mas num é pra "enricar" não
- é só pra viver
Seu Zé Paraíba, Seu "Zé das Criança"
foi pro Paraná, cheio de esperança
levou a "muié", e seis "barriguidin"
Pedro, Joca e Mané
Ceverina, Zefa e Toin
No Norte do Paraná
todo serviço enfrentou
batendo enchada no chão
mostrou que tinha valor
dois anos de bom trabalho
até cavalo comprou
a meninada crescia
robusta e muito animada
a "muié" sempre dizia
ninguém tá com pança inchada
tudo igualzim a sulista
de buchechinha rosada
se nordestino é pesado
é do outro vicio o cavaco
é como diz o ditado
porta só quebra no fraco
deus quando dá a farinha
o diabo vem e rouba o saco
aquele fogo maldito
que o Paraná quase engole
José lutava com ele
acompanhado da prole
vós misse fiquem sabendo
que José nunca foi mole
depois de tudo perdido
José voltou pro ranchinho
foi conferir os meninos
tava faltando Toinho
voltou em cima do rastro
gritando pelo caminho
cadê Toinho, cadê Toinho
responde Toinho
cadê Toinho
vem cá Toinho
escute Toinho
cadê Toinho
cadê Toinho
joão do vale - morceguinho
O homem é o rei doa animais
A mulher a rainha da beleza
Através da ciência tudo faz
Engrandece a terra e a natureza
Faz um ¨moio¨ de ferro avoar
Mata e cura a própria humanidade
Fala um lá da China num ciclone
E num bicho de nome telefone
Manda um outro no Brasil escutar
Mas tem coisa pequena nesse mundo
Que desafia a ciência de verdade
Tá aqui uma que causa confusão
A ciência não dá explicação
Se morcego é ave ou animal
E como é que é feita a geração
Mata um, tem outro dentro dele
Dentro dele tem outro menorzinho
Procurando com jeito ainda encontra
Dentro do outro um outro morceguinho
A abelha por Deus foi amestrada
Sem haver um processo bioquímico
Até hoje não houve nenhum químico
Pra fazer a ciência dizer nada
O buraco pequeno da entrada
Facilita a passagem com franqueza
Uma é sentinela de defesa
E as outras se espalham no vergel
Sem turbina sem tacho fazem mel
Quanto é grande e suprema a natureza
Procurando com jeito ainda encontra
Dentro dele um outro morceguinho
joão do vale - morena do grotão
Foi num pagode que fizeram no Grotão
E veio o povo de Pedreiras pra dançar
Mas quando foi lá pra alta madrugada
O povo de Pedreiras começou a porfiá
Querendo ser, o terror do lugar
Na dança de coco, os maiorais
Começou a discussão
Quero ver
Quem tira o couro das morenas do Grotão
Quero ver
Quem tira o couro das morenas do Grotão
Quero ver
Quem tira o couro das morenas do Grotão
Mas as morenas tiram o coco é de amargar
Sapatearam e não deixaram se vencer
E casa desceu de chão a dentro
E o povo dançando, acompanhou ela descer
Quando veio o romper do dia
Já estavam bem longe
Mas eu inda ouvia
Quero ver
Quem tira o couro das morenas do Grotão
Quero ver
Quem tira o couro das morenas do Grotão
Quero ver
Quem tira o couro das morenas do Grotão
Passou dez dias e eu não vi ninguém voltar
Aí passei um telegrama pro Japão
Para saber se lá tinha chegado
O povo de Pedreiras e as morenas do Grotão
Me responderam que estavam se aproximando
Um bruto tropel e um povo cantando
Quero ver
Quem tira o couro das morenas do Grotão
Quero ver
Quem tira o couro das morenas do Grotão
Quero ver
Quem tira o couro das morenas do Grotão
Cds joão do vale á Venda