MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
joão chagas leite - desassossegos
Meus desassossegos sentam na varanda,
pra matear saudade nesta solidão,
cada por de sol, dói feito uma brasa,
queimando lembranças,no meu coração.
Vem a noite aos poucos, alumiar o rancho,
com estrelas frias, que se vão depois.
Nada é mais triste, neste mundo louco,
que matear com a ausência, de quem já se foi.
Que desgosto o mate, cevado de mágoas,
pra quem não se basta, pra viver tão só.
A insônia no catre, vara a madrugada,
neste fim de mundo, que nem Deus tem dó.
Meus desassossegos sentam na varanda,
pra matear saudade nesta solidão,
cada por de sol, dói feito uma brasa,
queimando lembranças,no meu coração.
Então me pergunto neste desatino,
se este é meu destino, ou Deus se enganou?
Todo desencanto para um só campeiro,
que de tanto amor se desconsolou.
joão chagas leite - amigos do rio uruguai
Se lá no povo entre os blocos de cimento
Sentir no peito uma espécie de vazio
Junte a piazada tranque seu apartamento
Venha pra costa ouvir o canto do rio
Depois de noite quando a lua vem saindo
E a prosa mansa na varanda tem início
Entre os amigos do Uruguai por parceria
A correnteza chora e canta por capricho
(Quem cuida o mato como cuida o passarinho
Quem cuida o rio sem pretensão de pescar mais
Tenha certeza que o sol nasce mais bonito
Brotam mais flores ao redor dos mananciais)
Cada pesqueiro tem histórias e lembranças
Cada linhada busca um sonho pescador
Aos amigos do Uruguai fica esses versos
Como lembranças de um costeiro sonhador
joão chagas leite - abraço de pai
Pai quando a gente senta pra conversar,
Os teus conselhos vem me ajudar,
São palavras sábias vindas do coração
Para acalentar a minha aflição.
Sempre tive orgulho de quem você é,
Da maneira que você me educou,
Apesar do pouco tempo que a gente brincou.
Você é meu heróI, meu pai, meu protetor.
Refrão
O seu abraço meu pai,
Ã? o que eu preciso,
O seu carinho meu pai devolve o meu sorriso,
Poder estar ao seu lado
Me faz poder cantar
E o melhor desse mundo meu pai é poder te abraçar.
Repete 2ªparte
joão chagas leite - madrugador
Quando o céu sebruno se tinge em rosado
E meio encabulado vem parir o dia
Já me encontra de boçal tirado
Gerviando um amargo de erva guria
A pampa menina despida espreguiça
Suaves primícias de nudez tão crua
Só quem madruga goza as alvícias
De tê-la assim imaculada e nua
A mãe natureza que embalava a noite
De pronto se emponcha de um amor fugaz
E deixa a ternura de suas cantilenas
Pra engajar-se a um canto de um clarim de penas
Que acorda a pampa pra um diz de paz
Na vanguarda insone dos primos albores
Vou lembrando amores, cambichos e anseios
E as águas alvas das sangas são prantos
Que entoam cantos pra os meus devaneios
Mas o sol não para, parece apressado
Timbrando em dourado o pó do corredor
Já se foi a aurora, é chegado o dia
Já roncou a cuia, foi-se a fantasia
Lá se foram sonhos de um madrugador
A pampa menina despida espreguiça
Suaves primícias de nudez tão crua
Só quem madruga goza as alvícias
De tê-la assim imaculada e nua
A mãe natureza que embalava a noite
De pronto se emponcha de um amor fugaz
E deixa a ternura de suas cantilenas
Pra engajar-se a um canto de um clarim de penas
Que acorda a pampa pra um diz de paz
Pra um diz de paz
joão chagas leite - conto de fadas
Lembra do nosso primeiro abraço
O nosso primeiro beijo, o nosso jeito de amar
Tinha um pouco até de magia
Quando de longe eu sentia o seu perfume no arLembra como num conto de fadas
A tua mão eu beijava a murmurar eu te amo
Tenho gravado em minha lembrança
O nosso tempo criança, hoje me faz sonhar
Guarda os versos desta canção
Quero que fique pra sempre dentro do seu coração
joão chagas leite - ciranda
É bem mais fácil, para alguém falar em flores
Quando o destino, fez de pétalas seu ninho
É bem mais doce, não sentir amargas dores
Tendo mil rosas a enfeitar o seu caminho
Porém nem todos, têm destinos semeadores
E a primavera, a bem poucos acalanta
Quem nada faz, muitas vezes colhe as rosas
Deixando apenas, os espinhos pra quem planta
(Quem planta terra, cala a voz perante o forte
Ergue muralhas de riquezas e vaidades
Se faz a hora de erguermos vozes tantas
Pois se levanta uma nova realidade)
Vamos dar as mãos nesta nova ciranda
Forjando junto um porvir bem mais risonho
Onde a injustiça, sejam rastros repisados
Já apagados, pela rosa azul dos sonhos
Vamos dar as mãos, e abrir as portas do coração
Pra um amanhã, claro e seguro
Embora o ontem, tenha sido flores mortas
Pois nunca é tarde pra quem quer plantar futuro
joão chagas leite - ave sonora
Ave sonora eu vou embora
Eu vou contigo no vôo amigo desta canção
Ave sonora vamos embora
Batendo asas, por sobre as casas em migração
Ave não chora pois se agora somos só dois
Vai ver depois seremos mil
Ave não chora que sem demora
Em um segundo conquista o mundo nosso assobio
(Ave sonora saiba que agora
Não há censura nem linha dura para essa passeada
Ave sonora vamos embora
Que a academia é só mania de quem tem plata
Que a academia é só mania de quem tem plata)
/Ave sonora sabe quem mora depois da esquina?
É uma menina quase mulher
Ave sonora vá lá agora
Que a liberdade será verdade se tu quiser
Ave sonora vamos embora
Que a gaiola da nossa viola abriu cancelas
Ave sonora saiba que agora
Não a bodoque que nos coloque com quatro velas/
Ave sonora eu vou embora
Eu vou contigo no vôo amigo desta canção
joão chagas leite - no compasso do meu mundo
O dia já madrugava pra moldar bastos nos lombos
Num vento brandindo o pala bem desabado nos ombros
Por que este ano o inverno se acomodou por aqui
Mas não pega assim no másquem traz Rio Grande em si
Uma baia gaviona refugou bem na porteira
Mas meu gateado bragado pede o freio na mangueira
E o sol espia a campanha botando um gosto no mate
E vai quarteando a peonada pra mais um dia de embate
As esporas se despedem e se apartam pra casa lado
Aquerenciadas ao garrão das botas cano virado
Pois guardam pelas rosetas alguma balda de potra
Pra contarem no silêncio do galpão uma pra outra
Meu gateado pelo grosso mordendo o jogo do freio
Vai rangindo os paysandú que só descansa se me apeio
Trazendo pras campereadas algum verso mais sonoro
Arrinconando os estribos aos braços fortes dos loros
Do vento sopra uma copla que do mato pede abrigo
Parece até que se perde repontando um sonho antigo
E o que vejo me basta pra esta vida de rural
Um quero-quero cantando e o gado lambendo sal
As armadas retovam tentos onde figuram rodilhas
E uma pampa vai na volta sustentada na presilha
Pois a lida assim tranqueia campereando a várzea do fundo
E o dia segue a passo no compasso do meu mundo
joão chagas leite - por quem cantam os cardeais
Intro: E B7 A G#m F#m A E
B7
Não te preocupa bagual que campeiro não se engana
A E B7 E
Quem segue o rastro do sol sempre chega a Uruguaiana
A E B7 E
Quem segue o rastro do sol sempre chega a Uruguaiana
Solo: (E B7 E)
B7
Não te preocupa bagual que campeiro não se engana
A E B7 E
Quem segue o rastro do sol sempre chega a Uruguaiana
E7 A
O caminho pouco importa Alegrete ou Itaqui
E B7 E
Pois que quando a gente volta tanto faz por onde ir
F#m G G#7 C#m
Segue-se o rumo e se vai pra onde sol apaga as brasas
B7 A G#m F#m E
Pois quem bebe do Uruguai não vive longe de casa
B7 E
Barranqueiro e campeiro esse meu canto
B7 A E
Vai no vento feito chasque campo afora
B7 C#m (Bis)
Pra esta terra onde eu nasci e amo tanto
B7 A E
Mas que volto qualquer dia, qualquer hora
B7
Por onde quer que se ande na velha sina aragana
A E B7 E
Pois não conhece o Rio Grande quem não foi a Uruguaiana
E7 A
Quando o verde das pastagens se dourar os arrozais
E B7 E
Tu saberás na paisagem por quem cantam os cardeais
F#m G G#7 C#m
Segue o rumo companheiro pr'onde está meu coração
B7 A G#m F#m E
Que acharás algum parceiro pra cantar essa canção
A C E
(Refrão) (solo) (Refrão com final: ... qualquer hora)
joão chagas leite - corações guitarreiros
Quando olhares guitarreiros
Se encontram em sintonia
Contraponteiam estrelas
Na noite das melodias
(Num dueto de sentimentos
Guitarras em rebeldia
Rompendo tempos e ventos
Num tom de sonho e poesia
Irmãos, parceiros de alma
Semeando acordes e encantos
Se um violão chora notas
O outro seca seu pranto)
?E ao campear rimas e luas nas madrugadas desertas
parece que o céu flutua nessas guitarras libertas,
parece que pelas cordas correm corcéis pioneiros
abrindo céus e horizontes nos corações guitarreiros?
joão chagas leite - cria enjeitada
Não tenho pressa e nem penso em ter mais pressa
Vou no meu tranco como boi na verga vai
Esse meu jeito meio rude falquejado
Herdei da vida e um pouco de meu pai
Trago lembranças das grandes matarias
Das águas puras e das sangas sossegadas
Dos vales férteis das serras e dos campos
Da natureza que era ainda respeitada
E sinto cheiro de terra após a chuva
E tantas flores perfumando sem cobrar
Do pão de forno, do apojo e da canjica
Da pitanga, da tuna e do araçá
E há em mim uma saudade latejando
Vozes de pássaros pedindo pra cantar
Gritos de bichos, sementes pequeninas
A espera de que possam germinar
Hoje a ambição fez pousada à minha volta
Plantou desertos em sementes traiçoeiras
Cria enjeitada do progresso que importamos
Batendo palmas a ganâncias estrangeiras
Só temos pressa, e mais pressa pra ter pressa
Receita louca que inventamos pra morrer
De neuroses e calmantes pesticidas
Matando a vida que esta doida pra viver
joão chagas leite - partida
Por que não vens dizer-me, amor que não te vais
Que há um outro rio maior do que o uruguai
A unir nossos destinos sempre mais?
Por que não vens, amor, para meus braços
Sem me deixar a te seguir os passos sem me deixar o coração à sós
Se é teu olhar que aquece e que me encanta
E um novo amor nesta semana santa virá tão lindo florescer em nós?
(Arruma, flor, minha mochila inteira
Tô de partida nesta quarta-feira já não há mais como poder ficar
Quando chegou-me o eco da mensagem
Meu coração já estava de viagem rumo à fronteira louco pra chegar)
Põe nesta mala umas quinquilharias
Que pra passar uns três ou quatro dias basta a vontade de se encontrar
Com outro anguera de mirada franca
E descobrir nas vozes da barranca cada razão que me puxou pra lá
Põe um chapéu pro céu das madrugadas,
E uma água benta pra benzer a estrada que irei fazendo por onde passar
E em cada coisa há de ficar teu cheiro
Que é mais feliz aquele barranqueiro que após a festa tem pra quem voltar
joão chagas leite - pelo sul
Pelo sul sigo a cantar
Procurando ser feliz
Coração cruzando o tempo
Entre sonho e sentimento
Busco força pra seguir
Um sorriso, uma canção, uma flor
Um abraço, um mate amigo, um amor
Ã? assim que a alma voa
Pra encontrar as coisas boas
Que o destino reservou
Peito aberto nas estradas
Serenando as madrugadas
Solidão não tem lugar
Guardo a luz do meu cantar
Tenho fé nessa jornada
E quando a emoção me ganha
Essa luz se faz tamanha
Sentimento que se vai
Pelo sul, o sonho sai
E ela sempre me acompanha
joão chagas leite - sol de abril
Dentro da tarde gris
Se enrodilha infeliz
Um cachorro sem dono.
A chuva já passou
E o pampa que chorou
Espera o sol de outono.
Estendo o poncho azul
E olho para o sul
Perdoando os temporais.
A china que partiu
Me deixou tanto frio
Que eu não aguento mais...
Prá onde foi o verão?
Pergunto sempre em vão
E não sei responder.
O inverno que virá
Dirá do bixará
Que o amor não vai tecer...
O catre está vazio
Parece um desafio
Que eu não vou aceitar..
Invento um novo amor
Prá não morrer de dor
Na hora de cantar...
Por que a luz nasceu e o mundo se fez meu
Envolto em tons de anil?
As folhas pelo chão me dão a impressão
De um céu no sol de abril...
Empunho o meu violão e canto esta canção
Lembrando a quem partiu
Quando o inverno vier,
Um nome de mulher será maior que o frio...
Cds joão chagas leite á Venda