MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
joão bosco - corsário
Meu coração tropical está coberto de neve mas
Ferve em seu cofre gelado
E à voz vibra e a mão escreve mar
Bendita lâmina grave que fere a parede e traz
As febres loucas e breves
Que mancham o silêncio e o cais
Roserais nova granada de espanha
Por você eu teu corsário preso
Vou partir na geleira azul da solidão
E buscar a mão do mar
Me arrastar até o mar procurar o mar
Mesmo que eu mande em garrafas
Mensagens por todo o mar
Meu coração tropical partirá esse gelo e irá
Com as garrafas de náufragos
E as rosas partindo o ar
Nova granada de espanha
E as rosas partindo o ar
Iela, iela, iela, iela la la la
joão bosco - trem bala
Dispara um trem bala veloz feito luzes
e integra a estação razão à intuição
Por meio do teu nome ausente em mim reluzes
enquanto um garotinho empurra seu limão
A blitz ali na frente diz que aqui a onda
tá mais pro Haiti do que pro Havaí
Se as coisas nos reduzem simplesmente a nada
de nada simplesmente temos que partir
Que fazer agora?
Dispara o trem bala veloz feito luzes
Uma criança chora?
De nada simplesmente temos que partir
Produzir vibrações rotações girassóis
danças saltos gravitações
Inventar novas metas e setas que vão
disparar novos corações
O céu está nublado?
As nuvens serão tela para o filme que se quer projetar
nas nuvens.
joão bosco - o bêbado e a equilibrista
Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos
A lua tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria um brilho de a...lu...guel
E nuvens lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas, que sufoco louco
O bêbado com chapéu coco fazia irreverências mil
Prá noite do Bra...sil, meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete
Chora a nossa pátria mãe gentil
Choram marias e clarisses no solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente
A espe...rança dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se ma...chu...car
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
tem que continuar
joão bosco - papel machê
Cores do mar, festa do sol
Vida é fazer
Todo o sonho brilhar
Ser feliz
No teu colo dormir
E depois acordar
Sendo o seu colorido
Brinquedo de Papel Machê...(2x)
Dormir no teu colo
É tornar a nascer
Violeta e azul
Outro ser
Luz do querer...
Não vai desbotar
Lilás cor do mar
Seda cor de batom
Arco-íris crepom
Nada vai desbotar
Brinquedo de Papel Machê...
Dormir no teu colo
É tornar a nascer
Violeta e azul
Outro ser
Luz do querer...
Não vai desbotar
Lilás cor do mar
Seda cor de batom
Arco-íris crepom
Nada vai desbotar
Brinquedo de Papel Machê...
Ai Ai Ai Ai Ai Ai!!
Lê Lê Lê Lê Lê Lê Lê
Lon Lon Lon Lon Ah!
Lê Lê Lê Lê Lê Lê Lê
Lon Lon Lon Lon Ah!...
joão bosco - linha de passe
Toca de tatu, lingüiça e paio e boi zebu
Rabada com angu, rabo-de-saia
Naco de peru, lombo de porco com tutu
E bolo de fubá, barriga d'água
Há um diz que tem e no balaio tem também
Um som bordão bordando o som, dedão, violação
Diz um diz que viu e no balaio viu também
Um pega lá no toma-lá-dá-cá, do samba
Um caldo de feijão, um vatapá, e coração
Boca de siri, um namorado e um mexilhão
Água de benzê, linha de passe e chimarrão
Babaluaê, rabo de arraia e confusão...
...
Eh, yeah, yeah . . .
(Valeu, valeu, Dirceu do seu gado deu...)
Cana e cafuné, fandango e cassulê
Sereno e pé no chão, bala, camdomblé
E o meu café, cadê? Não tem, vai pão com pão
Já era Tirolesa, o Garrincha, a Galeria
A Mayrink Veiga, o Vai-da-Valsa, e hoje em dia
Rola a bola, é sola, esfola, cola, é pau a pau
E lá vem Portela que nem Marquês de Pombal
Mal, isso assim vai mal, mas viva o carnaval
Lights e sarongs, bondes, louras, King-Kongs
Meu pirão primeiro é muita marmelada
Puxa saco, cata-resto, pato, jogo-de-cabresto
E a pedalada
Quebra outro nariz, na cara do juiz
Aí, e há quem faça uma cachorrada
E fique na banheira, ou jogue pra torcida
Feliz da vida
Toca de tatu, lingüiça e paio e boi zebu
Rabada com angu, rabo-de-saia
Naco de peru, lombo de porco com tutu
E bolo de fubá, barriga d'água
Há um diz que tem e no balaio tem também
Um som bordão bordando o som, dedão, violação
Diz um diz que viu e no balaio viu também
Um pega lá no toma-lá-dá-cá do samba
joão bosco - o ronco da cuíca
Roncou, roncou
Roncou de raiva a cuíca, roncou de fome
Alguém mandou
Mandou parar a cuíca
É coisa dos home
A raiva dá pra parar, pra interromper
A fome não dá pra interromper
A raiva e a fome é coisa dos home
A fome tem que ter raiva pra interromper
A raiva e a fome de interromper
A fome e a raiva é coisa dos home
É coisa dos home
É coisa dos home
A raiva e a fome
Mexendo a cuíca
Vai ter que roncar
joão bosco - quando o amor acontece
Coração
Sem perdão,
Diga fale por mim
Quem roubou toda a minha alegria
O amor me pegou,
Me pegou pra valer
Aí que a dor do querer,
Muda o tempo e a maré
Vendaval sobre o mar azul
Tantas vezes chorei,
Quase desesperei
E jurei nunca mais seus carinhos
Ninguém tira do amor,
Ninguém tira, pois é
Nem doutor nem pajé,
O que queima e seduz, enlouquece
O veneno da mulher
O amor quando acontece
A gente esquece logo
Que sofreu um dia,
Ilusão
O meu coração marcado
Tinha um nome tatuado
Que ainda doía,
Pulsava só a solidão
O amor quando acontece
A gente esquece logo
Que sofreu um dia,
Esquece sim
Quem mandou chegar tão perto
Se era certo um outro engano
Coração cigano
Agora eu choro assim
joão bosco - bijouterias
Em setembro
Se Vênus me ajudar
Virá alguém
Eu sou de virgem
E só de imaginar
Me dá vertigem
Minha pedra é ametista
Minha cor, o amarelo
Mas sou sincero
Necessito ir urgente ao dentista
Tenho alma de artista
E tremores nas mãos
Ao meu bem mostrarei
No coração. Um sopro e uma ilusão
Eu sei
Na idade em que estou
Aparecem os tiques, as manias
Transparentes Transparentes
Feito bijuterias
Pelas vitrines
Da Sloper da alma
joão bosco - jade
Aqui meu irmão ela é coisa rara de ver
E jóia do Xá retina de um mar
De olhar verde já derramante
Abriu-se Sézamo em mim
Ah! meu irmão aqualouca tara que tem ímã
Mergulha no ar me arrasta me atrai
Pro fundo do oceano que dá
Prá lá de babá prá cá de ali
Pedra que lasca seu brilho
E que queima no lábio um quilate de mel
E que deixa na boca melante
Um gosto de língua no céu
Luz talismã misterioso cubanacã
Delícia sensual de maçã
Saborosa manhã
Vou te eleger vou me despejar de prazer
Essa noite o que mais quero é ser
1001 pra você....
Jade...Jade...Jade...
joão bosco - memoria da pele
Eu já esqueci você
Tento crer
Nesses lábios que meus lábios sugam de prazer
Sugo sempre
Busco sempre
A sonhar em vão
Cor vermelha carne da sua boca, coração
Eu já esqueci você, tento crer
Seu nome, sua cara, seu jeito, seu odor
Sua casa, sua cama
Sua carne, seu suor
Eu pertenço a raça da pedra dura
Quando enfim juro que esqueci
Quem se lembra de você em mim
Em mim
Não sou eu sofro e sei
Não sou eu finjo que não sei, não sou eu
Sonho bocas que murmuram
Tranço em pernas que procuram enfim
Não sou eu sofro e sei
Quem se lembra de você em mim
Eu sei, eu sei
Bate é na memória da minha pele
Bate é no sangue que bombeia
Na minha veia
Bate é no champanhe que borbulhava
Na sua taça e que borbulha agora na taça da minha cabeça
Eu já esqueci você, tento crer
Nesses lábios que meus lábios sugam de prazer
Sugo sempre
Busco sempre a sonhar em vão
Cor vermelha, carne da sua boca, coração
joão bosco - dois pra lá dois pra cá
Sentindo frio em minh'alma
Te convidei pra dançar
A tua voz me acalmava
São dois pra lá, dois pra cá
Meu coração traiçoeiro
Batia mais que o bongô
Tremia mais que as maracas
Descompassado de amor
Minha cabeça rodando
Rodava mais que os casais
O teu perfume gardênia
E não me pergunte mais
A tua mão no pescoço
As tuas costas macias
Por quanto tempo rondaram
As minhas noites vazias
No dedo um falso brilhante
Brincos iguais ao colar
E a ponta de um torturante
Band-aid no calcanhar
Eu hoje me embriagando
De whisky com guaraná
Ouvi tua voz sussurrando
São dois pra lá, dois pra cá.
joão bosco - saudade de nós dois
Quando o dia amanhecer e de novo o sol se abrir
você vai, vai lembrar de mim.
O seu rosto no espelho, mesmo embaixo do chuveiro vai
lembrar...
Daquele nosso amor sem fim
Vai lembrar dos meu carinhos, dos abraços
E do bem, que só meu amor te faz
Dos lugares com os amigos,
Quase nada faz sentido
Solidão demais
Mas eu também tô com saudades de nós dois
A vida passa, o amor não fica pra depois
De lado a lado de você quero viver
De segunda a segunda, eu penso todo em você
Vai lembrar dos meu carinhos, dos abraços
E do bem, que só meu amor te faz
Dos lugares com os amigos,
Quase nada faz sentido
Solidão demais
Mas eu também tô com saudades de nós dois
A vida passa, o amor não fica pra depois
De lado a lado de você quero viver
De segunda a segunda, eu penso todo em você
joão bosco - incompatibilidade de gênios
Dotô,
jogava o Flamengo, eu queria escutar.
Chegou,
Mudou de estação, começou a cantar.
Tem mais,
Um cisco no olho, ela em vez de assoprar,
Sem dó,
Falou que por ela eu podia cegar.
Se eu dou,
Um pulo, um pulinho, um instantinho no bar,
Bastou,
Durante dez noites me faz jejuar
Levou,
As minhas cuecas pro bruxo rezar.
Coou,
Meu café na calça prá me segurar
Se eu tô
Devendo dinheiro e vem um me cobrar
Dotô,
A peste abre a porta e ainda manda sentar
Depois,
Se eu mudo de emprego que é prá melhorar
Vê só,
Convida a mãe dela prá ir morar lá
Dotô,
Se eu peço feijão ela deixa salgar
Calor,
Ela veste casaco prá me atazanar
E ontem,
Sonhando comigo mandou eu jogar
No burro,
E deu na cabeça a centena e o milhar
Ai, quero me separar
joão bosco - o mestre sala dos mares
Há muito tempo nas águas
Da guanabara
O dragão no mar reapareceu
Na figura de um bravo
Feiticeiro
A quem a história
Não esqueceu
Conhecido como
Navegante negro
Tinha a dignidade de um
Mestre-sala
E ao acenar pelo mar
Na alegria das regatas
Foi saudado no porto
Pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por
Batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam
Das costas
Dos santos entre cantos
E chibatas
Inundando o coração,
Do pessoal do porão
Que a exemplo do feiticeiro
Gritava então
Glória aos piratas, às
Mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça,
Às baleias
Glórias a todas as lutas
Inglórias
Que através da
Nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais.
joão bosco - vida noturna
Acendo um cigarro molhado de chuva até os ossos
E alguém me pede fogo - é um dos nossos
Eu sigo na chuva de mão no bolso e sorrio
Eu estou de bem comigo e isto é difícil
Eu tenho no bolso uma carta
Uma estúpida esponja de pó-de-arroz
E um retrato meu e dela
Que vale muito mais do que nós dois
Eu disse ao garçom que quero que ela morra
Olho as luas gêmeas dos faróis
E assobio, somos todos sós
Mas hoje eu estou de bem comigo
E isso é difícil
Ah, vida noturna
Eu sou a borboleta mais vadia
Na doce flor da tua hipocrisia
Cds joão bosco á Venda