MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
jair naves - 5 4
Frente a um grande acervo
de desilusões e erros
quem não se encolheria em meu lugar?
Seguindo solto, a esmo
salvo por um beijo
quem não se espantaria em meu lugar?
E meu corpo volta a ter pulsação
Eu sou seu companheiro
eu me dei por inteiro
quem não se entregaria em meu lugar?
Dois amantes expostos
a contagem dos corpos
quem não se orgulharia em meu lugar?
E meu corpo volta a ter pulsação
Quase uma ressurreição
meu corpo volta a ter pulsação
Estranha combinação, nós dois
a irracionalidade da paixão
Nem sinal de razão
eu sou todo coração
O último a ceder
me deixa ir com você
Eu demoro a aprender
então me deixa ir com você
Toque de recolher
que venham me prender
Limites a infringir
tão típico de mim
O último a ceder
me deixa ir com você
me deixa ir com você
me deixa ir com você
Trovões a me atingir
trovões vêm me atingir
jair naves - araguari i
Como eu me defendo desse sentimento de inadequação
Que me destrói por dentro, pro qual eu não vejo explicação?
Bandeira a meio mastro, um afago áspero, a voz do cantor
Eu criei um certo faro para esse tipo de enganador
(Graças a você)
Ladeira abaixo, assim foi dito
uma obra-prima de eufemismo
para as dores da inaptidão,
para o sufocante calor da afobação
Ninguém imagina o que eu enfrentei
o quanto doeu, o quanto eu rezei
minha reza de ateu
num desespero que eu nunca me atrevo a demonstrar
Bêbada e vingativa,
o amor como eu o conhecia
de peito estufado, cheia de si
cantando em copos por aí
na madrugada eterna e ardente
que te deixou toda em carne-viva
Uma adoração inconcebível (em mim você devia confiar)
todo o amor que me é possível (eu vejo tanto de mim mesma em você)
recolhido, quieto, ensimesmado
meu refém conformado e imperturbável
na madrugada eterna e ardente
que me deixou todo em carne-viva
Agora, convenhamos: eu nunca me expus tanto, você nem pra impedir
Com todo esse alvoroço, eu só engoli meu almoço, não senti gosto algum
A torneira que eu esqueci aberta não tardou a inundar todo o prédio
mas eu sobrevivi, eu sobrevivi
O tempo que a gente passou aqui morando de favor
nos tornou parte da mobília sem valor
na percepção pobre e turva daquele que nos abrigou
E foi nesse corredor que eu vi o fantasma de um senhor
e de um labrador
magro, manco e ameaçador
Eu é que não vou me meter com esses dois
Nem queira saber o que eu ambiciono,
o que me mantém vivo, porque eu não cedo ao sono
Eu te aconselho: nem queira saber
Assim que os meus dias de vândalo terminarem,
eu sei que me levarão pro céu
E farão com que eu narre os meus escândalos
sem que eu me gabe,
com o constrangimento abatido de um réu
Talvez fosse preferível
que eu nunca tivesse saído
de onde eu nasci,
de Araguari
jair naves - carmem todos falam por você
Eu desconheço exemplo mais eficaz
do que uma criação inadequada é capaz
Eis que alisam a sua cabeça e reforçam a certeza
de que tudo é uma conspiração feita contra você
a plateia entregue
e o primeiro aplauso é meu
pro personagem hostil que nunca me convenceu
mas aplaudo mesmo assim
o que o mundo inteiro há de aplaudir
sempre a começar por mim
Carmem, eu nunca admiti
mas eu me transformei quando eu te conheci.
eu soube que você engravidou de um estrangeiro e se mudou
sem ressentimentos, nada contra você.
o amor que você vê, depõe contra você
a plateia entregue e o primeiro aplauso é meu
pro personagem hostil que nunca me convenceu
mas aplaudo mesmo assim o que o mundo inteiro há de aplaudir
sempre a começar por mim.
jair naves - de branquidão hospitalar queimando em febre eu m
No cômodo abafado, de branquidão hospitalar
via-se um mar de rostos borrados tentando te acordar
Você zombava desse empenho, da proteção que eu ofereci
um demônio enfermo de quem eu não consigo me despedir
Delirante, queimando em febre, você buscou a minha mão
A esse poder que você exerce eu nunca soube dizer não
Ela reagiu como se possuída
por um espírito ruim
Dizendo â??prepare-se pra uma guerra, eu não respondo mais por mimâ?
E eu, tão impressionável,
me apaixonei
Eu me apaixonei,
eu me apaixonei
O que eu mim você reconhece, eu reconheço em você (não estou só)
O gosto da sua pele, as fraquezas que eu tento esconder (não estou só)
Quando eu menos esperava, a vida não falhou em me surpreender (não estou só)
Nada mais me entristece agora que eu encontrei você (não estou só)
Quando eu menos esperava, a vida não falhou em me surpreender (não estou só)
Nada mais me entristece agora que eu encontrei você (não estou só)
jair naves - maria lúcia santa cecília e eu
Você sabe
tão bem quanto eu
ninguém pode
dar amor se nunca o recebeu
Ah, tão sem jeito
Ah, tão sem jeito
Ah, tão ruim
E é frustrante
não poder mostrar
como eu me sinto
por receio de te afugentar
Ah, tão sem jeito
Ah, tão sem jeito
Ah, tão ruim
Ontem eu adoeci de tão preocupado
envolto em um suor espesso e gelado
me sentindo ingênuo
e despreparado
para lidar com o mundo lá fora
Maria Lúcia riu:
"filho, você só precisa
do seu violão
e da sua imagem de Santa Cecília
para ser alguém na vida,
para honrar a sua família,
para me deixar orgulhosa"
E o quanto isso me acalma
você nem desconfia
Meu porto seguro,
minha mãe, minha pessoa preferida
Então que eu seja alguém na vida,
que eu honre a minha família,
que eu a deixe orgulhosa
Pois eu te digo que o meu maior temor
é que quando a minha mãe se for
ela vá intranqüila,
sem a sensação
de partir com a sua missão cumprida
Com o tempo, eu criei
meu próprio conceito de Deus
o que talvez me torne
um tipo raro e estranho de ateu
Ah, tão sem jeito
ah, tão sem jeito
mas assim que é pra mim
O que eu busco é alguma garantia
de que existe algo além dessa vida,
de que a morte não é tão definitiva
e sim uma breve despedida
jair naves - minha cúmplice minha irmã minha amante
Minha cúmplice, minha irmã, minha amante
que cedo se pôs a ir embora
é tão doído pra quem tem que ficar
(E os policiais, embora tivessem provas da sua inocência,
queriam te levar presa de qualquer maneira
sob a alegação de que você nasceu predestinada ao crime
a julgar pelos traços do seu rosto)
Só há uma luz de alcance curto
rastejante sob a porta
A vontade de dormir pra sempre
que eu não jamais chamaria de sono
E eu que ri quando te espiei
cantarolando em frente ao espelho
a menina mais bonita
com quem eu já feri meus ingênuos olhos provincianos
Quanto a mim,
há tanto tempo eu ando de bar em bar
pra fugir da solidão
que me levou a pedir aos céus para nascer de novo
mesmo sabendo que tal milagre é impossível
Quem sabe eu consiga
recuperar o gosto pela vida?
Assim eu espero, assim eu espero
(No presídio perto de casa,
as mães chorosas repetiam com extremo fervor:
?Para uma existência que não se justifica,
só há conforto nos braços do Senhor?)
jair naves - no fim da ladeira entre vielas tortuosas
Vem até mim um senhor de fala lenta
diz que bebendo assim eu nem chego aos quarenta
Teima que sabe bem
o que deixa um homem no estado em que eu estou
e me alerta que a auto-piedade é a sequela mais comum do amor
Eu nem ouso discordar
Esse esteve em meu lugar
Então eu desabafo, peço conselhos
ganho a simpatia dos outros bêbados
Fico elaborando teorias
tentando esgotar o assunto e seguir em frente a minha rotina
Eu só queria poder
me redimir com você
Acho que eu te deixei assustada,
eu agi da forma mais errada
Aquele triste homem intimidado
agora luta pra se manter afastado
e não te incomodar
Me diz quando parar
(onde é que eu vou parar?)
No fim da ladeira, entre vielas tortuosas,
há uma vila de casinhas silenciosas
Numa manhã fria, eu saí de uma delas
convencido de que ali eu havia achado a pessoa certa
Agora dói passar perto daquele lugar
Acho que eu te deixei assustada,
eu falei alguma coisa errada
Um nervosismo incontrolável
agora eu luto pra me manter afastado
e não te incomodar
Me diz quando parar
(onde é que eu vou parar?)
Acontece que eu ainda enxergo em ti
tudo de que eu mais me orgulho em mim
Como um pássaro ruidoso ao ver a luz do amanhecer
eu não pude me conter
Me desculpa se eu te deixei assustada,
se eu disse alguma coisa muito errada
Mas eu nunca fui de pecar pela omissão
ou de ignorar o meu coração
Não vá se afastar
jair naves - silenciosa
Passou, passou
Um dia eu me conformo
e paro de me culpar
Passou, acabou
Sabe quando você sente que não vale mais a pena lutar?
Se não deu certo com a gente, acho que nunca vai dar
Passou, passou
Um dia eu me acostumo
e paro de te importunar
Passou, acabou
Sabe quando você sente que não vale mais a pena lutar?
Se não deu certo com a gente, acho que nunca vai dar
Prometo que eu não demoro
quando eu estiver pronto, eu te aviso
Se bem que eu não me incomodo
pode ir agora que eu já não ligo
Só vê se não esqueceu nada
e vê se não volta mais
Enquanto eu não me recobro,
enquanto eu não estiver bem, em paz
A cama ficou espaçosa
nosso quarto ficou mais frio
A casa, silenciosa,
não me serve mais como abrigo
E foi consensual
nós nem sequer discutimos
Tudo tão civilizado
nem parecia comigo
Nossos amigos ainda questionam o que foi dessa vez
qual a gota d?água, como eu consegui
afastar você de mim
Deve haver em tudo isso alguma lição
algo a ser aprendido, uma compensação
para o quanto nós nos ferimos
Passou, passou
Um dia eu me conformo
e paro de te culpar
Passou, acabou
Sabe quando você sente que não vale mais a pena lutar?
Se não deu certo com a gente, acho que nunca vai dar
jair naves - um passo por vez
Para quem é pouco mais que a soma
de incontáveis hematomas
adquiridos ao longo
de um percurso errático, sobre escombros
Ã? bom dar um passo por vez
então me deixa dar um passo por vez
Pelas minhas contas, faz sete anos
que eu e meu irmão não nos falamos
por orgulho infantil de ambas as partes
mas eu não volto atrás, eu ainda sou incapaz
de dar o braço a torcer
então me deixa dar um passo por vez
Eu quase nunca me apaixono
não é assim que eu funciono
é tão raro eu achar alguém de quem eu goste
mas eis que surgiu você, justamente você
Ã? bom dar um passo por vez
então me deixa dar um passo por vez
Vê? Eu que mal me agüentava em pé
tive que reaprender a andar
com calma, um passo por vez
Hoje não há quem me detenha, ninguém
Não há exceção à regra
Você estava certa
ao se proteger de mim
Eu sei, eu só preciso dar um passo por vez
Me dói te ver vivendo presa
com tanta pena de si mesma
mas é uma escolha só sua
O que eu posso fazer? O que eu posso fazer?
A não ser dar um passo por vez
E aos poucos me afastar de vez
(de um emprego em que eu não sou eu mesmo,
da rotina em que eu não sou eu mesmo,
da mulher com quem eu não sou eu mesmo...)
Eu sei, um passo por vez
jair naves - vida com v maiúsculo vida com v minúsculo
Tão tarde eu fui dormir, tão cedo
Eu acordei com um desapego imenso. (x4)
Pela manhã,
Aviões traiçoeiros que teimam em ameaçar cair
Trarão seus modos tirânicos até aqui
E eu não caibo em mim de contentamento
E eu não vejo em mim nenhum medo,
E não existe em mim nenhum medo
Quando eu era menor,
Eu me perguntava como deveria ser
A vida em uma dessas casas à beira da estrada
Tristes e isoladas
Acho que agora eu sei,
Pelo vazio com que eu convivo há tanto tempo
E eu não vejo em mim nenhum medo,
E não existe em mim nenhum medo
Por uma intervenção divina, uma devoção desobediente
Eu não vejo em mim nenhum medo
E não existe em mim nenhum medo
Quilométrico é o sorriso que explode ensurdecedoramente
Eu não vejo em mim nenhum medo
E não existe em mim nenhum medo
jair naves - deixe force
Por um impulso autodestrutivo
Ou busca por aprovação
Você apagou o seu brilho
E aniquilou o que havia de mais puro
No seu coração, é um desperdício
Deixe o medo morrer
Deixe o sangue ferver
Deixe o mundo aceitar você
Não é um delírio
É mais simples do que parece ser
Longe de mim apontar o caminho
Ou mesmo soar doutrinador
Só me parece um desperdício
Te ver se anulando pra se enquadrar
Custo de tanta dor, é um desperdício
Deixe o medo morrer
Deixe o sangue ferver
Force o mundo a aceitar você
Não é um delírio
É mais simples do que parece
Por um impulso autodestrutivo
Ou busca por aprovação
Você apagou o seu brilho
E aniquilou o que havia de mais puro
No seu coração, é um desperdício
Deixe o medo morrer
Deixe o sangue ferver
Force o mundo a aceitar você
Não é um delírio
É mais simples do que parece ser
É mais simples do que parece
É mais fácil do que parece
É mais simples do que parece ser
jair naves - em concreto
Esculpido em concreto
Monumento aos vencidos
Hostil como o inferno
Deserto poluído
O lugar onde eu vivo
Que milagre eu estar vivo
Que milagre eu estar vivo
Impaciente, eu espero
O momento propício
A deixa certa pra que eu seja ouvido
Tudo fará sentido
Se ao menos eu for ouvido
Que milagre, que alívio
A hora enfim chegou [3x]
Ruas batizadas
Com nomes de assassinos
Memória soterrada
Cemitérios clandestinos
O lugar onde eu vivo
Que milagre eu estar vivo
Que milagre eu estar vivo
Impaciente, eu espero
O momento propício
A deixa certa pra que eu seja ouvido
Tudo fará sentido
Se ao menos eu for ouvido
Que milagre, que alívio
A hora enfim chegou [3x]
A fonte não secou, não [3x]
A hora enfim chegou [3x]
jair naves - prece atendida
O peso da decisão, da escolha definitiva cai sobre mim
A dor por ter frustrado as suas expectativas cai sobre mim
Um desafio à minha boa intenção, ao meu poder de cicatrização
Quando o cansaço em sua expressão mais abatida cai sobre mim
Rotineira tortura, torturante rotina, me falta o ar
E eu me convenço que esse não sou eu
Só uma fraqueza que me acometeu
Mas há um bloqueio intransponível em mim
Que eu não posso ignorar, que eu não posso ocultar
Mas vai passar, isso há de passar
Isso há de passar, isso há de passar
O vulto feminino, a prece atendida veio até mim
Numa aparição rápida e inconclusiva, veio até mim
Sem esforço, me ergueu do chão
Pôs em disparada o meu coração
A paixão que inflama e que devolve a vida cai sobre mim
O fogo persistente, ingênua teimosia, me falta o ar
E eu me convenço que esse não sou eu
Só uma loucura que me acometeu
Mas há um bloqueio intransponível em mim
Que eu não posso ignorar, que eu não posso ocultar
Mas vai passar, isso há de passar
Isso há de passar, isso há de passar
Isso há de passar, isso há de passar
Isso há de passar, isso há de passar
São palavras que eu nem meço
Escoando pelo meu peito aberto
Tudo que eu tenho é o sonho em que eu tanto insisti
Em que eu tanto insisti
A contragosto, eu me despeço
Seguindo o meu caminho incerto
Tudo que eu tenho é o sonho em que eu quis te incluir
Então vem sim, diz que sim
Diz que não vai abrir mão de mim [4x]
jair naves - um trem descarrilhado
Pavor que eu sinto nos ossos,
é mais do que eu suporto
Numa convalescente crença, eu me escoro
eu sobrevivo como eu posso
Enche o meu copo,
que o amor encubra o som do mundo a ruir
Ora é desgosto, ora é ódio
estampado nos meus olhos
Não sei quanto a você, mas eu não me conformo
Nos tiraram o que um dia foi nosso
Então fecha os meus olhos,
que o amor encubra o som do mundo a ruir
Vem no meu colo,
que o amor encubra o som do mundo a ruir
Ah, o que me condena?
Ah, quão longa é a minha pena?
Ah, é essa agonia interminável a minha sentença?
Ah, a sensação de não pertencimento ainda me enfrenta
Posto à prova, um fardo eu carrego
um coração inquieto, um trem descarrilhado
Vendo o mundo a ruir,
para onde eu eu devo ir?
Vendo o mundo a ruir,
o que os céus me reservam?
O mundo a ruir
Eu sei de cor, eu sei
Eu sei de cor
A lei maior, eu sei
A lei maior
A luta se faz valer
pelo que eu julgo certo, por só ter feito o bem
A lei maior, eu sei
A lei maior
Eu sei de cor, eu sei
Eu sei de cor
A lei maior, eu sei
A lei maior
A luta se faz valer
por quem me amou e por quem eu amei
O bem maior, eu sei
O bem maior
jair naves - b
Tudo tem um porquê
Tudo tem um porquê
Mas você já sofreu demais
Já sofreu demais
Tudo tem um porquê
Irascível ser
Mas pra mim tardou demais
Demorou demais
(Você faz parecer tão fácil,
Parece tão fácil)
Ao avistar você, amor
Eu soube que iria me perder
Cds jair naves á Venda